MIT – Mostra Internacional de Teatro 2011

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL BRASÍLIA

DE 9 A 26 DE JUNHO DE 2011

Espetáculos da Alemanha, Finlândia, Portugal e Argentina se revezam em um mês de temporada.

 Abertura com o celebrado teatro radical do argentino Alejandro Catalán.

A arte dos finlandeses Ville Walo e Kalle Hakkarainen, que mistura teatro, dança, ilusionismo e malabarismo.

Junho, em Brasília, é mês de teatro. Há vários anos, o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília realiza, no período, uma mostra de teatro, em parceria com o FILO – Festival de Teatro de Londrina, trazendo para a capital brasileira o melhor da programação deste que é o mais antigo e um dos mais tradicionais festivais de teatro do Brasil. Em 2011 não vai ser diferente. De 9 a 26 de junho, o CCBB apresenta a MIT – MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO 2011, com espetáculos de companhias da Alemanha, Finlândia, Portugal e Argentina. São propostas teatrais marcadas pela diversidade, pela ousadia, pela invenção. As sessões acontecem no Teatro do CCBB, de quinta a sábado, às 21h, e no domingo, às 20h – com algumas exceções (ver programação).

A estréia será marcada pela proposta radical do argentino Alejandro Catalán, uma referência quando se fala de teatro contemporâneo na América Latina. Em AMAR, Catalán decidiu oferecer ao espectador uma experiência de teatro crua e real. Os atores entram em cena e começam um jogo teatral visível ao espectador, revelando os truques de iluminação, a troca de personagens, dentre outros, sem que a ficção fique prejudicada. O diretor costuma dizer que AMAR é, ao mesmo tempo, “um malabarismo de atores e uma obra; o truque de alguns magos que revelam que atuar não oculta nada”.

Na segunda semana, dose dupla, com uma produção do Teatro Turim, de Portugal, e a WHS – Ville Walo & Kalle Hakkarainen, da Finlândia. A companhia portuguesa vem com uma adaptação de um clássico da cinematografia sueca, Persona, de Ingmar Bergman. A versão teatral, dirigida pelo cineasta João Canijo, intercala trechos do filme com cenas ao vivo. Como numa partitura, a história vai sendo construída pelo conjunto de atrizes, do teatro e do cinema. Já os finlandeses Ville Walo e Kalle Hakkarainen apresentam em Keskusteluja (Discussions) sua versão para o fenômeno da incomunicabilidade contemporânea. Para abordar o assunto, utilizam elementos do ilusionismo, da dança, do teatro, projeções de vídeo, malabarismo e teatro de marionetes.

E a mostra termina com a Familie Floez, da Alemanha, com o emocionante Teatro Delusio, caracterizado pela utilização de máscaras variadas que, combinadas ao trabalho corporal dos atores, constroem diferentes jogos teatrais. Em cena, o mundo do teatro, a partir da visão de três técnicos que atuam nos bastidores. A MIT acontece simultaneamente em Brasília e São Paulo. A curadoria é de Luiz Bertipaglia, diretor do Festival Internacional de Londrina.

PROGRAMAÇÃO

De 9 a 12 – AMAR (Argentina)
Quinta e sexta, às 21h; sábado, às 18h30 e 21h; domingo, às 20h

Dias 16 e 17 – PERSONA (Portugal)
Quinta a sexta, às 21h

Dias 18 e 19 – KEKUSTELUJA (Finlândia)
Sábado e domingo, às 21h

De 23 a 26 – TEATRO DELUSIO (Alemanha)
De quinta a sábado, às 21h; domingo, às 16h

SINOPSES

AMAR – Encenação de Alejandro Catalán – Argentina
Duas cadeiras, um ramo de árvore, microfones e lanternas. Seis atores, três homens e três mulheres, surgem vestidos para sair como casais. A partir daí, inicia-se um jogo intenso, mágico e radical. Os próprios atores iluminam seus companheiros, com lanternas que destacam não apenas a cena, mas dão a dinâmica da narrativa. Uma proposta de atuação crua e real, que expõe a relação entre os casais durante uma festa ou o processo de seis seres que veem como uma noite os modificará.
A oficina que Alejandro Catalán coordena desde 1999 constitui um espaço imprescindível na cena teatral de Buenos Aires. A frase “estudei com Catalán” se ouve muito entre os atores portenhos. Catalán desenvolve um teatro autoral, marcado pela experimentação. O diretor nunca parte de um tema. Sua intenção é ver o ator se despir da exterioridade, conhecer seu imaginário expressivo. Catalán nasceu em Buenos Aires em 1971. É diretor, ator, professor e teórico.
Autor: Alejandro Catalán
Elenco: Edgardo Castro, Lorena Vega, Natalia López, Toni Ruiz, Federico Liss, Paula Manzone
Classificação indicativa: 16 anos

PERSONA Ingmar Bergman – Encenação de João Canijo – Produção: Teatro Turim – Portugal
Depois de deixar de falar durante uma representação teatral, a atriz Elizabeth Vogler é internada e uma jovem enfermeira, Alma, é contratada para cuidá-la. As duas começam a desenvolver uma estranha relação. Inicialmente, Alma tenta preencher o vazio provocado pelo silêncio de Elisabeth, falando incessantemente sobre sua vida. Mas depressa se torna óbvio que o interesse de Elizabeth é mais do que mera educação ou curiosidade voyeurista. Ela está, de fato, querendo absorver a identidade de Alma. Persona é uma provocação altamente cerebral e artisticamente complexa à identidade humana.
Talvez o filme mais perturbador e experimental de Bergman, Persona é levado ao palco como “uma partitura”. Ao espectador é dada a possibilidade de escolher se quer ver a peça ou o filme, projetado do início ao fim do espetáculo, com os movimentos das atrizes em palco coordenados com a tela. O diretor João Canijo é cineasta, nascido em 1957, e ocasionalmente faz incursões no teatro. Ele já encenou obras de Eugene O’Neill e David Mamet. Em Persona, une suas duas grandes paixões.
Autor: Ingmar Bergman
Direção: João Canijo
Elenco: Katrin Kaasa, Teresa Tavares e Anabela Moreira
Classificação indicativa: 16 anos.

KESKUSTELUJA (Discussions) – WHS – Ville Walo & Kalle Hakkarainen – Finlândia
Dia 18, às 21h, e dia 19, às 20h
Um espetáculo de Novo Circo sobre a comunicação e seus fracassos. O malabarista Ville Wallo e o mágico Kalle Hakkarainen, dois artistas da consagrada companhia finlandesa WHS, utilizam elementos visuais fortes para refletir sobre a passagem do tempo. O espetáculo começa com duas cadeiras vazias no palco e uma trilha sonora que remete à sonoridade industrial – presente ao longo de todo o espetáculo e que vai se tornando cada vez mais forte. Os intérpretes vão, isoladamente, alternando suas intervenções, vivendo as suas próprias histórias, entre virtuosos malabarismos e interações com o vídeo (um dos momentos mais bonitos acontece quando o ator em palco se relaciona com a atriz de um filme mudo). O palco vai-se multiplicando em telas, ora mais próximas ora mais afastadas do espectador, criando novas leituras e dramaturgias à projeção. As dimensões temporais e os diferentes níveis de realidade se entrelaçam e se fundem, num trabalho que passeia pelo malabarismo, teatro de marionetes, ilusionismo e dança.
A companhia já excursionou pela Noruega, Alemanha, França, Portugal, Espanha e Croácia, além do Brasil – o espetáculo Odutustila foi apresentado em Brasília, como atração da mostra Planeta Circo, realizada pelo CCBB em 2004. Keskusteluja é uma produção feita em parceria com Cirko (o Centro do Novo Circo na Finlândia) e o Centro de Artes do Circo de Basse-Normandie.
Criação: companhia WHS
Elenco: Ville Walo e Kalle Hakkarainen
Classificação indicativa: 14 anos

TEATRO DELUSIO – Familie Floez – Alemanha
De 23 a 25, às 21h, e dia 26, às 16h
Espetáculo que joga com as infinitas facetas do universo teatral, entre o palco e os bastidores, entre a ilusão e a desilusão, criando um espaço mágico, cheio de humanidade. Em suntuoso vestuário de época e com opulenta cenografia, uma companhia encanta a platéia com a emoção de dramas de eterna beleza. Nos bastidores, três técnicos levam uma existência sem brilho e sem sonhos. A anos-luz das estrelas da cena, os três se entregam incansavelmente à busca da própria felicidade. Bob é jovem e hábil, forte e imprevisível; Bernd é doente, com um cansaço crônico, andando sempre de lado para outro, cumprindo ordens; e Ivan é um acomodado, de apetite insaciável, e não quer perder o controle que exerce no teatro.
Os trabalhos da Familie Floez não partem de uma base teatral. Os intérpretes-criadores se ocupam da modulação de figuras e situações teatrais. Assim surgem espontaneamente as máscaras, manancial de formas e afirmação de conteúdos. Cada máscara tem características únicas e compõem personagens difíceis de esquecer. A grande variedade de histórias e as muitas personagens nascem do trabalho de três atores, que se revezam em trocas de roupas num ritmo vertiginoso.
Criação: Paco González, Björn Leese, Hajo Schüler e Michael Vogel
Direção: Michael Vogel
Elenco: Paco González, Björn Leese, Jesko von den Steinen, Hajo Schüler, Sebastian Kautz
Classificação indicativa: 14 anos

MIT – MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO 2011

Data: de 9 a 26 de junho de 2011
Local: Teatro do Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília
Horários: de quinta a sábado, às 21h; domingo, às 20h – com exceções: ver programação
Ingressos: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia)
Informações: (61) 3310. 7087

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