46º FBCB – Lançamento de livros e DVDs

*Clássicos como antológica série Mundo à Parte, assinada pelo sueco Arne Sucksdorff no Brasil

*O documentário Barra 68, de Vladimir Carvalho

*Premiados títulos de Joel Pizzini, como Caramujo-flor e Enigma de um dia

*Livros sobre cinema, novas mídias e reflexões sobre comunicação

O 46º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO reservou a tarde do sábado, dia 21 de setembro, para promover o lançamento de cinco livros e quatro DVDs. A partir das 17h, autores como Sérgio Moriconi e Virgínia Flôres e cineastas do reconhecimento de Vladimir Carvalho estarão autografando suas obras no Bamboo Bar do Kubitschek Plaza Hotel.

Os livros percorrem assuntos que dialogam com o cinema ou tratam do tema diretamente. Cinema – apontamentos para uma história, de Sérgio Moriconi, recupera a história do cinema em Brasília. Poéticas da mídia: midiatizações, discursividades, imagens, organizado por Goiamérico Felício Carneiro dos Santos e Tânia Marcia Cezar Hoff, reflete sobre a linguagem da contemporaneidade. Mídia e Imaginário investiga a criatividade midiática no século XXI. A obra tem organização de Gustavo de Castro assim como Comunicação e Transcendência, que aborda de forma filosófica os desafios da comunicação. E O Cinema – uma arte sonora, de Virgínia Flôres, como o próprio nome indica, analisa a utilização do som pelo cinema e sua influência na estética final da obra.

Dentre os DVDs, algumas raridades, como a série Mundo à Parte, filmada pelo cineasta sueco Arne Sucksdorff, durante o período em que viveu no Pantanal Mato-grossense. A série retrata as viagens feitas por ele e sua esposa Maria da Graça, na década de 1970. Lançado como uma homenagem ao chamado “Sueco do Cinema Novo”, o DVD traz como extra o documentário de Joel Pizzini, O Elogio da Graça. Também será lançado em DVD o celebrizado filme Barra 68 – sem perder a ternura, do documentarista Vladimir Carvalho, que mostra desde o esforço de Darcy Ribeiro em criar a Universidade de Brasília, em 1964, até a invasão da universidade, em 1968.

Do premiado documentarista Joel Pizzini chegarão ao formato DVD dois títulos: Cinema e Poesia e Anabazys. O primeiro integra quatro curtas-metragens de Pizzini bastante premiados: Caramujo-Flor (1988), Enigma de um dia (1996), Glauces, Estudo de um Rosto (2001) e Dormente (2006). O segundo, codirigido por Paloma Rocha e Joel Pizzini, é um prolongamento de A Idade da Terra, (1980), o filme-testamento de Glauber Rocha.

LIVROS

CINEMA – APONTAMENTOS PARA UMA HISTÓRIA, de Sérgio Moriconi, Edição ITS – Instituto Terceiro Setor.
Publicação que percorre a história do cinema em Brasília, desde o início da capital federal, com registros da construção da cidade até produções bem recentes, como Plano B, de Getsemane Silva, que integra a Mostra Competitiva de Documentários do 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O livro é o resultado de pesquisas e informações coletadas em diversas fontes, de matérias de jornal e material do Arquivo Público de Brasília a depoimentos recolhidos pelo autor, que reconstroem aproximadamente seis décadas dos fatos mais relevantes da história do cinema da capital brasileira. Nele, estão contemplados não só a produção e seus realizadores como também a exibição, os cinemas míticos e pioneiros, as instituições, os personagens consensualmente mais marcantes e as mais variadas iniciativas que contribuíram para construir uma cultura cinematográfica na nova capital. Segundo o autor, Sérgio Moriconi, trata-se de um livro sobre a “memória do passado e de nossa contemporaneidade, que também será passado no momento em que estiver escrito e lido”.

Sergio Moriconi – milita há mais de 25 anos no cinema de Brasília. Dirigiu o curta-metragem Athos (1998), uma homenagem ao artista Athos Bulcão. Colaborou no roteiro de Louco por cinema, de André Luiz Oliveira, é corroteirista dos longas O romance do vaqueiro voador, de Manfredo Caldas, e Dom Quixote do Araguaia, de Érica Bauer, este último ainda inédito. Dirigiu também o curta Carolino Leobas (1978) e dividiu com Vladimir Carvalho a direção do curta Perseghini (1981). Foi crítico de cinema e música do Jornal de Brasília e colabora com diversas publicações, como o caderno Pensar, do Correio Braziliense e a Revista Roteiro. É professor de cinema do Espaço Cultural 508 Sul. Foi curador de mostras como Nação Farkas, Vladimir 70, Seijun Suzuki – O coreógrafo da violência, O Baú de Jim Jarmusch, A Idade da Inocência e A Permanência do Tempo – Filmes de Johan Van Der Keuken. É curador do Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação.
POÉTICAS DA MÍDIA: MIDIATIZAÇÕES, DISCURSIVIDADES, IMAGENS – organizado por Goiamérico Felício Carneiro dos Santos e Tânia Marcia Cezar Hoff e publicado pela Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia-UFG.
O livro é fruto de inquietações sobre da cultura e da linguagem da contemporaneidade, trazendo reflexões que problematizam as enunciações poéticas e as linguagens da mídia revestida pela poetização. Concebendo as linguagens como a matéria prima de um trabalho de criação e de transformação de realidades, o objetivo da obra é colocar em cena as tensões, as possibilidades criativas e as formas de endereçamentos e fruições que as epistemologias contemporâneas ensejam.

Goiamérico Felício Carneiro dos Santos – Poeta, publicitário e ensaísta em torno das questões de literatura, comunicação, cibercultura e consumo. Graduado em Letras pela Universidade Católica de Goiás. Mestre em Estudos da Linguagem-Teoria da Literatura na mesma universidade. Doutor em Teoria da Literatura pela PUC-Rio, com a tese intitulada Angústias da influência: parricídio e história da literatura, parcialmente publicada em livro pela Secretaria Municipal de Cultura, em 2005. Pós-doutor em comunicação pela Unisinos/RS e Universidade Nacional de Rosário/Ar. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Universidade Federal de Goiás, integra a LP Mídia e Cultura, além de também fazer parte do PPG em Direitos Humanos Mestrado Interdisciplinar. Pesquisador do Laboratório de Investigação em Mídias Eletrônicas (LIME) e do Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Mídias Interativas da UFG (Media Lab/ UFG).

Tânia Marcia Cezar Hoff – Doutora em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH- USP) e Mestre em Artes pela Escola de Comunicação e Artes, também pela USP. É professora-pesquisadora do programa de Mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. Tem publicado artigos em periódicos e obras do campo da comunicação. Dedica-se a pesquisar os seguintes temas: representação de corpo na publicidade; imaginários de corpo e de consumo na mídia; consumo midiático das representações de corpos diferentes; diversidade na comunicação publicitária; e transformações do discurso publicitário e das práticas de consumo no Brasil. É editora da Revista Comunicação, Mídia e Consumo. Exerce a função de vice-coordenadora do PPGCOM- ESPM.
MÍDIA E IMAGINÁRIO, organizado por Gustavo de Castro, Editora Annablume
A obra percorre as linhas que desenham o espaço do comunicador – o cinema, a música, o jornalismo, a televisão, a web, as narrativas e as linguagens, na tentativa de investigar a vida e a fluência das imagens e da imaginação no início do século XXI.
COMUNICAÇÃO E TRANSCENDÊNCIA, organizado por Gustavo de Castro. Editora Annablume
No dia 25 de maio de 2006, Michel Maffesoli pediu para que o autor desse livro o levasse para conhecer os Exús. O resultado do encontro, na periferia de Brasília, gerou duas dimensões filosóficas aqui desenvolvidas. A primeira trata da imersão do corpo tomado pelo fluxo incorpóreo da physis. A segunda revela os desafios e as incertezas daquilo que, contemporaneamente, chamamos de “comunicação”.

Gustavo de Castro – Poeta, jornalista, quase-filósofo, editor e professor de estética e comunicação. Publicou dois livros de poesia: Os Ossos da Luz (2007) e Poemas Vis (2010), ambos pela editora Casa das Musas, fundada junto com os poetas Luiz Martins da Silva, Florence Dravet e o amigo Marcelo Costa. Em 2002, concluiu seu doutorado sobre Italo Calvino, tendo escrito depois trabalhos sobre os poetas René Char, Roberto Juarroz e Orides Fontela. Ajudou a organizar, em 1996, o primeiro livro sobre o pensamento complexo no campo das Ciências Sociais no Brasil. Tem treze livros publicados sobre filosofia e antropologia da comunicação. Natural de Natal (RN), atualmente vive em Brasília onde ministra cursos na UnB.
O CINEMA, UMA ARTE SONORA, de Virginia Flôres, Editora Annablume
O livro tem como tema central o som e seus modos de utilização no cinema. Esse tema foi trabalhado através da escuta na recepção dos filmes, perpassando o fazer e a construção desses sons. O texto procura ver como os pressupostos organizacionais dessa atividade de composição sonora para os filmes pode influenciar o resultado estético das obras. O percurso deste trabalho traz, também, uma aproximação com a teorização da música eletroacústica, mais precisamente a morfologia dos sons, proposta por Pierre Schaeffer em seu Traité des Objets Musicaux, e as categorias de sons que são usadas na manufatura das trilhas sonoras. Trechos selecionados de trilhas de alguns filmes são analisados, procurando demonstrar o resultado desta aproximação.

Virginia Flôres – Iniciou careira no cinema em 1974 como continuísta e assistente de direção. Hoje é montadora e editora de som. Fez especialização de Edição de Som no National Film Board em 1988. Em 2004 ganhou o Prêmio Vitae de Artes com a pesquisa A escuta Fílmica. Defendeu Mestrado sobre o som no cinema no Departamento de Música da UFRJ em 2006 e doutorado pelo Instituto de Artes da Unicamp em 2013, sobre o som fora de quadro. Recebeu prêmios de Montagem em Brasília por Pequeno dicionário amoroso, de Sandra Werneck e Miramar, de Júlio Bressane. Em 2009 dirige, em parceria com Rodolfo Caesar e Alexandre Fenerich, o média metragem Na trilha do bonde, que procura resgatar o universo sonoro do Rio de Janeiro nos anos quarenta. O filme foi premiado com Melhor Som no RECINE (2009) e Menção Honrosa no CINESUL (2011). Tem em sua filmografia de editora de som, filmes como Eu sei que vou te amar, O quatrilho, Carlota Joaquina, A cor do seu destino, Ele o boto, Tieta do agreste, Baile Perfumado, Menino maluquinho (I e II), Santo Forte, Villa-Lobos, O toque do oboé, Separações, Dias de Nietzche em Turim, Cleópatra, Nome próprio, Árido movie, A erva do rato, Não se pode viver sem amor, A alegria, Noites de reis, Vendo ou alugo.

DVDs

BARRA 68 – SEM PERDER A TERNURA, documentário de Vladimir Carvalho.
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade de Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UnB, desde o golpe de 64 até os acontecimentos de 1968, quando tropas militares ocuparam o campus, prendendo e atirando nos estudantes, sendo que 500 deles foram presos numa quadra de esportes. A crise culmina no Ato Institucional nº 5, o AI-5, que fechou o Congresso Nacional.

Vladimir Carvalho – Paraibano, mora em Brasília desde os anos 70, depois de longa atividade no Rio de Janeiro, onde foi colaborador de Eduardo Coutinho, Arnaldo Jabor e Geraldo Sarno. Professor emérito da Universidade de Brasília, é um dos fundadores do Polo de Cinema e Vídeo de Brasília e dirige ainda a Fundação Cinememória. Seu primeiro longa-metragem, O País de São Saruê (1971) foi interditado pela censura e só liberado no período da anistia. É autor ainda de O Evangelho segundo Teotônio, Conterrâneos velhos de guerra, Barra 68- sem perder a ternura, O engenho de Zé Lins, Rock Brasília. Quase todos seus filmes receberam prêmios e distinções, sendo detentor de três Margaridas de Prata, outorgadas pela CNBB. Seu mais novo documentário, Rock Brasília – era de ouro, conquistou no Festival de Paulínia o prêmio de Melhor Filme. Atualmente prepara projeto de filmagem sobre a obra e a vida do pintor Cícero Dias.
CINEMA DE POESIA E ANABAZYS, de Joel Pizzini, e MUNDO À PARTE, de Arne Sucksdorff
O Centro Técnico Audiovisual/Minc – CTAv, em parceria com os cineastas Joel Pizzini e Paloma Rocha, lança os DVDs Cinema de Poesia, Anabazys e Mundo à parte, de Arne Sucksdorff. Tanto Anabazyz como os filmes que compõem o DVD Cinema de Poesia foram premiados em outras edições do Festival. Produzidos pelo CTAv, realizados pela Polofilme e autorados pela Teleimage, os três DVDs integram a política do Ministério da Cultura de difusão de filmes que refletem a diversidade cultural, propondo a inovação da linguagem e a recriação da memória artística e ambiental do país.

CINEMA DE POESIA – reúne quatro filmes de curta metragem de Joel Pizzini, originalmente lançados em formato VHS, em 1997, pelo próprio CTAv em parceria com a Riofilme, sob a direção, na época, de José Carlos Avellar. Inicialmente, o DVD continha os filmes Caramujo-Flor (1988), Enigma de um dia (1996) e O Pintor (1994). Na edição atual, foram acrescidos os filmes Glauces, Estudo de um Rosto (2001), Dormente (2006) e extraído O Pintor, documentário sobre Iberê Camargo.

CARAMUJO-FLOR, de Joel Pizzini (1988, 21min, 35mm)
Ficção experimental que recria o universo poético de Manoel de Barros através das personas Cabeludinho (Ney Matogrosso) e o Andarilho (Rubens Correa), que atravessam duas paisagens de sua obra: o pantanal e o mar. Com participação especial de Tetê Espíndola, Aracy Balabanian, Almir Sater, Chacal e Geraldo Carneiro. Prêmios de Melhor Filme no Festival de Huelva (Espanha) e de Melhor Direção e Melhor Fotografia no 22º Festival de Brasília.

ENIGMA DE UM DIA, de Joel Pizzini (1996, 17min, 35mm)
Um funcionário de museu – o vigia –, motivado pelo quadro homônimo de Giorgio De Chirico, é introduzido, por meio do cotidiano, no universo metafísico do pintor italiano. O filme se passa no instante em o vigia vê e é visto pelo quadro. Com Leonardo Villar. Participação especial de Helena Meireles. Prêmio de Melhor Filme no 24º Festival de Gramado e Melhor Filme no Festival Internacional de Figueira da Foz (Portugal). Seleção Oficial Festival de Veneza.

GLAUCES, ESTUDO DE UM ROSTO, de Joel Pizzini (2001, 30min, 35mm)
Glauces é um filme sobre o enigma de um rosto. Um rosto-máscara.
Um rosto-paisagem. Um rosto-história. O rosto que dá corpo ao filme-ensaio é de Glauce Rocha (1933-71), uma atriz brasileira, protagonista do filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, entre outros. Prêmios de Melhor Filme e de Melhor Montagem no 34º Festival de Brasília. Seleção Oficial no 54º Festival de Locarno (Suíça).

DORMENTE, de Joel Pizzini (2005, 15min, 35mm)
Estações, trilhos e cabos elétricos alinhavam os quadros noturnos do dormente que, sob luzes artificiais, revelam formas sem contorno, forças paralisadas, gestos repetidos, compondo a memória, os autorretratos e a escuridão da viagem cotidiana. Melhor Filme Experimental no Festival de Tehran (Iran). Seleção Oficial no Festival de Oberhausen (Alemanha). Melhor Filme Experimental no Curta Cinema (RJ). Além de trazer como extra o premiado curta de 1 minuto, Piggy Bank, o DVD apresenta Um Barco Só, uma viagem autobiográfica de Pizzini através de sua obra. Com direção de Fernanda Rocha Miranda, fotografia de Joaquim Castro e montagem de Claudio Tammela e Felipe Rodrigues. Acompanha o DVD um livreto com textos de Sérgio Medeiros, Livio Tragtenberg e Andrea Lombardi , bem como do próprio diretor.

ANABAZYS, codirigido por Paloma Rocha e Joel Pizzini, é um prolongamento de A Idade da Terra, (1980), o filme-testamento de Glauber Rocha, na medida em que recria a memória em torno da gênese e produção da obra cinematográfica. Não se trata apenas de um tributo, mas sim de um ensaio reflexivo sobre o método de um artista no apogeu de sua expressão polytico-poétyka. Narrado em primeira pessoa pelas “vozes” de Glauber, Anabazys experimenta as suas lições visionárias por meio da participação do elenco, equipe técnica e colaboradores, que revisitam o imaginário de A Idade da Terra. O ensaio incorpora cenas inéditas extraídas das 60 horas do material bruto não aproveitado na montagem e que flagram a dicção delirante do cineasta em plena filmagem. Além de investigar as motivações estéticas e a luta incansável de Glauber pela liberdade no país, examina ainda as raízes dos pré-conceitos forjados historicamente no sentido de excluir o filme do circuito cinematográfico. Um filme sobre um filme, no qual o autor assume também o papel de ator de sua verdade historyka.

MUNDO À PARTE, série distribuída no final nos anos 80 em 16 mm pela Embrafilme, e depois digitalizada e remasterizada na Teleimage, sai em DVD no Brasil em edição especial homenageando o diretor Arne Sucksdorff, que adotou o Brasil como sua segunda pátria. Convidado em 1962 para um curso de cinema pela Unesco/Itamaraty, realiza no Rio de Janeiro o longa Fábula, ou Meu Lar é Copacabana, permanecendo no Brasil por mais de 30 anos. Após sua morte em Estocolmo, suas cinzas são jogadas no Pantanal por Maria Graça, sua viúva.
A série retrata as viagens feitas pelo casal Arne e Maria Graça Sucksdorff pelas fazendas do pantanal sul e mato-grossense, onde realizaram, durante seis anos, ensaios fotográficos, pesquisas de campo, catalogação de espécies e plantas exóticas. Produzido nos anos 70, é composto por quatro filmes para a televisão sueca sob os títulos Os Anos Felizes, Os Anos na Selva, Manhã de Jacaré e o Reino da Selva. Os documentários de Sucksdorff, precursor do som direto no Brasil e professor da geração do cinema novo, revelaram para o mundo os encantos e as agressões ao ecossistema da maior planície inundada do planeta. Considerado pelo historiador francês Georges Sadoul um dos documentaristas mais importantes de seu tempo, Arne é ainda desconhecido pelo público brasileiro, que agora terá a oportunidade de conferir seus registros antropológicos.
A série de Sucksdorff traz como extra o documentário Elogio da Graça, de Joel Pizzini, indicado este ano para o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro – narrado do ponto de vista de Maria Graça Sucksdorff, que recria sua aventura nômade e produtiva ao lado do consagrado cineasta sueco, a qual resultou em fotografias, pesquisas e reportagens. O filme aborda ainda a opção de Arne pela causa ecológica após abandonar uma carreira sólida de documentarista na Europa.
Na equipe de realização dos DVDs estão as produtoras Fernanda Rocha Miranda e Maria Flor Brazil, pela Pólofilme, Joana Nogueira de Lima, Rosangela Sodré e Liana Correa, pelo CTAv, além da Estação Design que concebeu a capa e o livreto do Cinema de Poesia. A arte dos DVDs é assinada por Marise de Chirico, Adriana Ribeiro e Luiz Claudio França.

________________________________________________________________________
A 46ª edição do FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO tem coordenação geral de Sérgio Fidalgo, coordenador de Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura do GDF. O Patrocínio é da Petrobras, BNDES, Terracap e BRB. Apoio da Lei de Incentivo à Cultura, Inframérica (Aeroporto de Brasília), Câmara Legislativa do Distrito Federal, Canal Brasil, TV Brasil, Revista de Cinema. Realização: Instituto Alvorada Brasil, Secretaria de Cultura, Governo do Distrito Federal e Ministério da Cultura.

Assessoria de imprensa

Para uso exclusivo dos jornalistas

Objeto Sim Projetos Culturais

Telefones
(61) 3443-8891 e (61) 3242-9805 (fone/fax)
Carmem Moretzsohn: (61) 8142-0111
Gioconda Caputo: (61) 8142-0112
Maria Alice Monteiro: (61) 9831-5090
Roberta Timponi: (61) 9211-1414
Ana de Luna: (61) 8273-5999

Email
objetosim@gmail.com
objetosim@terra.com.br
+ info
www.objetosim.com.br