Festival de Brasília do Cinema Brasileiro anuncia os filmes selecionados

46º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO BRASÍLIA

De 17 A 24 DE SETEMBRO DE 2013.

COLETIVA PARA ANÚNCIO DOS SELECIONADOS

Na manhã da próxima quarta-feira, dia 17 de julho, no Foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, o Secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira e o coordenador geral do 46º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO e coordenador de Audiovisual da Secretaria de Cultura, Sérgio Fidalgo, irão anunciar a lista de filmes selecionados para as Mostras Competitivas da 46ª edição do evento. Em 2013, o FESTIVAL recebeu um total de 478 inscrições, sendo 39 longas-metragens de ficção, 63 documentários, 239 curtas de ficção, 102 curtas de documentários e 35 curtas de animação. Durante a coletiva, a comissão organizadora também anunciará o filme de abertura e as atividades paralelas do Festival, como seminários, debates, oficinas, entre outras iniciativas.

Os números revelam um grande vigor do cinema de Brasília. Dos 478 inscritos, 60 títulos foram produzidos no Distrito Federal – 1 longa de ficção, 9  longas de documentário, 29 curtas de ficção, 15 curtas de documentário e seis curtas de animação.

Em 2013, o FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO acontecerá de 17 a 24 de setembro e contará com as Mostras Competitivas de longa e curta ficção, de curtas de animação e de longa e curta documentário. Estarão competindo aos prêmios seis títulos de longa-metragem de ficção, seis de longas documentários, seis curtas de ficção, seis curtas documentários e seis curtas de animação. E a edição vai manter a proposta de incorporação do formato digital na mostra competitiva, a descentralização das exibições e a elevação do valor dos prêmios, hoje o mais alto do Brasil, que totalizará R$ 700 mil.

Os filmes selecionados a serem anunciados no próximo dia 17 foram analisados pelas comissões de seleção no período de 8 a 13 de julho. A comissão de seleção dos longas-metragens de ficção foi composta pelos cineastas José Eduardo Belmonte, Kleber Mendonça, Manfredo Caldas e Vinícius Reis, além do crítico de cinema e pesquisador Sérgio Alpendre. Já na comissão de seleção dos longas-metragens de documentários estiveram reunidos os documentaristas Andréa Tonacci, Joel Pizzini e Vladimir Carvalho.

Os curtas-metragens de ficção e os curtas de animação foram escolhidos pela mesma comissão, integrada por Amir Admoni (diretor e animador), Diego Florentino (diretor e montador) e os cineastas Eva Randolph, Juliana Rojas e Ricardo Movitz. E coube à professora Amaranta Emília César dos Santos e às cineastas Clarissa Campolina e Danyella Proença fazer a seleção dos curtas de documentário.

A 46ª edição do FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO tem coordenação geral de Sérgio Fidalgo. O Patrocínio é da Petrobras, Terracap e BRB. Copatrocínio: Banco do Brasil. Apoio da Lei de Incentivo à Cultura, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Canal Brasil, TV Brasil, Revista de Cinema. Realização: Instituto Alvorada Brasil, Secretaria de Cultura, Governo do Distrito Federal e Ministério da Cultura.

COMISSÕES DE SELEÇÃO

COMISSÃO DE SELEÇÃO – LONGAS-METRAGENS FICÇÃO

José Eduardo Belmonte – Formado em cinema pela Universidade de Brasília, teve aulas com Nelson Pereira dos Santos e trabalhou com Vladimir Carvalho, entre outros. Em seu currículo, cinco curtas-metragens e quatro longas-metragens e cerca de sessenta prêmios nos principais festivais do país. Realizou Subterrâneos, o seu primeiro longa, ainda inédito no circuito comercial. Na sequência, lançou nacionalmente A Concepção. De sua autoria também Meu mundo em perigo, rodado e produzido em 2006 na cidade de São Paulo e exibido em 2010. Em 2009, foi a vez de Se nada mais der certo, seu quarto longa, também filmado em São Paulo, obteve vários prêmios, inclusive internacionais. Já em 2011 filmou Billi Pig, seu quinto longa-metragem, lançado em 2012. Belmonte ainda dirigiu em 2012 e 2013 os longas-metragens O Gorila, Mobília em Casa – Móveis Coloniais de Acaju e a Cidade  e Alemão.

Kleber Mendonça Filho – Jornalista formado na Universidade Federal de Pernambuco, atualmente é chefe do setor de Cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Escreveu para o Jornal do Commercio, no Recife e colabora sistematicamente com as Revistas Continente e Cinética, além do jornal Folha de S. Paulo. Mantém ainda críticas e análises em seu site CinemaScópio. É também diretor artístico do festival Janela Internacional de Cinema do Recife. Realizou os curtas A Menina do Algodão (codirigido por Daniel Bandeira, 2003), Vinil Verde (2004), Eletrodoméstica (2005), Noite de Sexta Manhã de Sábado (2006), Crítico (2008) e Recife Frio (2009). Seus filmes receberam mais de 120 prêmios no Brasil e no exterior, com seleções em festivais como Brasília, Tiradentes, Festival do Rio, Gramado, Karlovy-Vary, Clermont-Ferrand, Hamburgo, BAFICI, Indie Lisboa e Cannes (Quinzena dos Realizadores). O Som ao Redor, seu primeiro longa-metragem de ficção, foi premiado nacional e internacionalmente.

Manfredo Caldas – Realizador de cinema, dirigiu, entre outros, Uma Questão de Terra (1988), longa-metragem consagrado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 1988. Seu mais recente filme, Romance do Vaqueiro Voador (2007), recebeu o prêmio Signis de Melhor Documentário no Rencontres Cinémas d’Amérique Latine de Toulouse – França, em 2008.

Sérgio Alpendre – Crítico de cinema, professor e pesquisador. Colaborador da Folha de São Paulo. Coordenador do Núcleo de História e Crítica da Escola Inspiratorium. Professor do projeto Pontos MIS com o curso Grandes Momentos do Cinema. Editor da Revista Interlúdio e do blog Chip Hazard (convidado do UOL Cinema). Foi curador das mostras Retrospectiva do Cinema Paulista e Tarkovski e seus Herdeiros. Ministra cursos de História do Cinema e oficinas de crítica por todo o Brasil.

Vinicius Reis – Diretor e roteirista de cinema e TV. Realizou os filmes A Cobra Fumou (2002), Praça Saens Peña (2010) e Noites de Reis (2012), exibidos em festivais e mostras no Brasil e no exterior. Para a TV, escreveu e dirigiu séries para o Multishow, Canal Brasil, Canal Futura, entre outros. Atualmente desenvolve Molambo, novo projeto de longa-metragem.

COMISSÃO DE SELEÇÃO – LONGAS-METRAGENS DOCUMENTÁRIO

Andrea Tonacci – Nascido em Roma, Itália, transferiu-se ainda criança para São Paulo, onde reside até hoje. Cursou Arquitetura e Engenharia até o 4º ano, quando resolve se dedicar integralmente ao cinema. Foi professor de Prática Cinematográfica na Escola de Cinema da Universidade São Luís em SP. É autor do prestigiado longa Bang Bang (1971) e foi pioneiro na utilização de equipamento de vídeo portátil no Brasil. Entre 1977 e 1984, como bolsista da John Simon Guggenheim Memorial Foundation, realiza ampla documentação das culturas indígenas das Américas e finaliza os longas Conversas no Maranhão e Jouez Encore Payez Encore. Também é autor de documentários sobre arte Brasileira para a Fundação Bienal de SP, Ministério da Cultura e a Biblioteca Nacional no RJ. Em 2000, filma Serras da Desordem, melhor filme e direção no festival de Gramado de 2006. Em 2009 realiza o curta Benzedeiras de Minas. Além de diretor da produtora independente Extrema, atualmente trabalha na finalização do média Já Visto Jamais Visto e no roteiro do longa-metragem Rosa dos Ventos.

Joel Pizzini – Autor de filmensaios, videoinstalações e textos críticos, conquistou inúmeros prêmios nacionais e internacionais. Filmes como Enigma de um Dia (1996) e Anabazys (2009) representaram o país no Festival de Veneza, assim como Glauces, Estudo de um Rosto (2001) e Dormente (2005) que no Festival de Locarno e Oberhausen. Seu primeiro curta, Caramujo-Flor (1989), ganhou o prêmio principal no Festival de Huelva (Espanha). Com os longas 500 Almas (2004) e Anabazys (2009) conquistou os prêmios de Melhor Filme, Som e Fotografia, o prêmio Especial do Júri e o de Melhor Montagem, nos Festivais do Rio, de Mar del Plata e de Brasília, entre outros. É conselheiro da Escola do Audiovisual de Fortaleza; professor da Faculdade de Artes do Paraná e da PUC/RJ; além de curador de diversas mostras e retrospectivas nacionais e internacionais. Em 2012, integrou o projeto “Living Archive”, em Berlim, com uma bolsa-residência, dirigiu Olho Nu, sobre o músico Ney Matogrosso  e Mr. Sganzerla, vencedor do Festival É Tudo Verdade (2011).

Vladimir Carvalho – Paraibano, mora em Brasília desde os anos 70, depois de longa atividade no Rio de Janeiro, onde foi colaborador de Eduardo Coutinho, Arnaldo Jabor e Geraldo Sarno. Professor emérito da Universidade de Brasília, é um dos fundadores do Pólo de Cinema e Vídeo de Brasília e dirige ainda a Fundação Cinememória. Seu primeiro longa-metragem, O País de São Saruê (1971) foi interditado pela censura e só liberado no período da anistia. É autor ainda de O Evangelho segundo Teotônio, Conterrâneos Velhos de Guerra, Barra 68- sem perder a ternura, O engenho de Zé Lins, Rock Brasília. Quase todos seus filmes receberam prêmios e distinções, sendo detentor de três Margaridas de Prata, outorgadas pela CNBB. Seu mais novo documentário, Rock Brasília – era de ouro, conquistou no Festival de Paulínia o prêmio de Melhor Filme. Atualmente prepara projeto de filmagem sobre a obra e a vida do pintor Cícero Dias.

COMISSÃO DE SELEÇÃO – CURTAS-METRAGENS FICÇÃO E ANIMAÇÃO

Amir Admoni – Diretor, animador e designer gráfico independente. Formado em Arquitetura na Universidade de São Paulo, é Mestre em Design pelo Sandberg Instituut em Amsterdã. Linear (2012), seu último curta-metragem, foi considerado o melhor curta-metragem brasileiro no Anima Mundi, tendo recebido ainda um prêmio especial de Carlos Saldanha, além de mais de 40 distinções no Brasil e exterior. Entre outros trabalhos, dirigiu os curtas Monkey Joy (2008) e Timing (2010).

Diego Florentino – Diretor, montador e roteirista de cinema e televisão. Formado em cinema pela CINETVPR/FAP, cursa especialização em Cinema, TV & Businnes. Estudou Teatro e participou do Núcleo SESI British Council de Dramaturgia. Dirigiu e montou premiados curtas-metragens, como Com as próprias mãos (2008) e O muro (2009). Estreou como diretor em longa-metragem com Circular (2011).

Eva Randolph – Graduada em Cinema pela Universidade Federal Fluminense e mestre pela Universidade Pompeu Fabra, Barcelona. Seu primeiro filme, Dez elefantes, foi premiado como melhor filme no Festival de Locarno, sendo exibido em mais de 30 festivais nacionais e internacionais. Seu terceiro filme, Menino Peixe, foi selecionado no Festival de Brasília de 2012. Prepara a filmagem de seu quarto longa com roteiro contemplado pela Secretaria do Estado do Rio de Janeiro. É montadora de diversos curtas e longas premiados, como Dreznica, de Anna Azevedo, Na sua Companhia, de Marcelo Caetano, Pachamama e Jards, de Eryk Rocha, Dj Duda e Milka Reis, de Murilo Salles, além de Amor, Plástico e Barulho, de Renata Pinheiro.

Juliana Rojas – Formada em cinema na Universidade de São Paulo, dirigiu, em parceria com Marco Dutra, os curtas-metragens O Lençol Branco (Seleção Oficial – Cinéfondation – Cannes 2005), Um Ramo (Melhor Curta – Semana da Crítica – Cannes 2007) e As Sombras. Também realizou os curtas Vestida, pra eu Dormir Tranquilo (Prêmio Court Toujours – Festival de Toulouse 2012) e O Duplo. Trabalhar Cansa, primeiro longa de Juliana e Marco, estreou na seleção oficial do Festival de Cannes 2011 – Seção Un Certain Regard. Além de trabalhar como montadora, integra ainda Filmes do Caixote, um grupo de realizadores de cinema.

Ricardo Movits – Cineasta, produtor cultural, diretor de televisão, artista plástico, poeta, escritor e compositor. Foi diretor de filmes e projetos como Tendências & Negócios (2011-2013 TV Brasília), Músicas Urbanas (2013), O Eixo (2010), Pirataria Nunca Mais (2010), Daminhnão Experiença (2007), Brasil Das Letras (2007 TV Senado), A Última Brasa (2006) e Arquivo (2005). Morou treze anos em Los Angeles e foi produtor de vários longas-metragens, curtas-metragens e documentários para cinema e TV. Trabalhou com estúdios de cinema e canais de TV como, Disney, MGM, Paramount, Universal, Discovery, History, entre outros, além de ser diretor de pós-produção da FOX Latin America, em Los Angeles, por fdez anos.

COMISSÃO DE SELEÇÃO – CURTAS-METRAGENS DOCUMENTÁRIO

Amaranta Emília César dos Santos – Professora de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Possui doutorado em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Paris 3, Sorbonne Nouvelle. Organiza o Cachoeiradoc – Festival de Documentários de Cachoeira (BA) e coordena o Grupo de Estudos e Práticas em Documentário da UFRB.

Clarissa Campolina – Com formação em Comunicação Social, é pós-graduada em Artes Plásticas. Sócia-fundadora da Teia, dirigiu os filmes Girimunho, Odete, Adormecidos, Notas Flanantes, Trecho. É autora ainda das instalações Rastros – a paisagem invade e Eletrica. Suas obras ganharam prêmios e foram exibidas em festivais de cinema e instituições artísticas no Brasil e exterior, como o MoMA – Museu de Arte contemporânea de Nova York (2011), Festival Internacional de Cinema de Veneza (2011), Festival Internacional de Cinema de Oberhausen (2011), Festival Internacional de Documentário de Amsterdã (2011), Festival Internacional de Locarno (2009), Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (2008), Festival Internacional de Rotterdam (2007) e Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (2006). Também assina a montagem de filmes brasileiros que se destacaram no cenário brasileiro e internacional.

Danyella Proença – é jornalista e mestre em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UnB) com a dissertação “Arqueologia do invisível – reflexões sobre o poético na obra de Luiz Fernando Carvalho”. Roteirizou e dirigiu o documentário Braxília, que fala sobre a relação do poeta Nicolas Behr com a cidade de Brasília. O filme estreou em 2010, no 43º Festival de Brasília, onde ganhou os prêmios de melhor curta-metragem pelo júri popular, melhor roteiro e também o prêmio especial do júri. Desde então, tem circulado por mais de 20 festivais no Brasil e no exterior. Em 2012, foi o único filme brasileiro selecionado para o Zebra International Poetry Film Festival, em Berlim – um dos principais festivais do mundo voltados para o diálogo entre cinema e poesia.