CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA

Espetáculos da Espanha, França, Escócia, Argentina e Brasil se revezam em 13 dias de programação

*Presença do celebrado bailarino e coreógrafo francês Jérôme Bel

*Pela primeira vez no Brasil, o espetáculo La función por hacer, indicado um dos melhores da Espanha nos últimos 20 anos

*Estreia brasileira de Tomorrow, criado em parceria com Festival de Brighton, Cia Vanishing Point, Cena Contemporânea e Tramway (Escócia)

O CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA começa a anunciar sua programação. Para esta 15ª edição, que acontecerá de 19 a 31 de agosto de 2014, o festival aposta em jovens criadores e no debate de temas que questionam identidade, envelhecimento e utopia. Também comprova a atualidade da obra do italiano Luigi Pirandello, que inspira quatro dentre as 23 encenações que integram o festival. São espetáculos da Espanha, Escócia, França, Argentina e Brasil que estarão se revezando em todos os principais palcos de Brasília, numa grande celebração que se estenderá por 13 dias. CENA CONTEMPORÂNEA tem curadoria e direção de Guilherme Reis. O Festival é uma realização da Cena Promoções Culturais e da Fundação Athos Bulcão, conta com o patrocínio da Petrobras, copatrocínio do Banco do Brasil e Funarte.

Um dos maiores festivais do Brasil, o CENA CONTEMPORÂNEA vai propiciar, pela primeira vez, o contato do público brasileiro com o trabalho da Cia Kamikaze, da Espanha, que trará o premiado espetáculo La función por hacer, dirigido pelos jovens encenadores Miguel Del Arco e Aitor Tejada, nomes de ponta do teatro espanhol hoje. A peça foi distinguida como uma das melhores dos últimos 20 anos na Espanha. No CENA também será possível ver, em primeira mão, a impressionante reflexão sobre o envelhecimento apresentada em Tomorrow, produção do grupo britânico Vanishing Point, sob direção do inglês Matthew Lenton, feita em co-produção com o Festival de Brighton, o festival CENA CONTEMPORÂNEA e o Tramway, tradicional espaço de criação artística da Escócia. E ainda conhecer o trabalho do dramaturgo catalão Carlos Gil – através do espetáculo Cuarteto Del Alba, do País Basco –, conferir o trabalho do celebrado bailarino e coreógrafo francês Jérôme Bel (em duo com o tailandês Pichet Klunchun, nome de destaque da dança em seu país) e tantos outros que estarão ocupando os palcos da capital brasileira.

No total, serão 23 espetáculos, além de apresentações musicais, oficinas (como a do dramaturgo argentino Santiago Serrano), debates e várias atividades que caracterizam este que é o maior festival das artes cênicas da região central do País. Ingressos à venda a partir do dia 8 de agosto, no Espaço Cena (CLN 205), no CCBB e pela internet, através do www.ticketcenter.com.br.

ATIVIDADES FORMATIVAS

O programa de ações voltadas para a formação e o aperfeiçoamento de artistas começa mesmo antes da abertura oficial do Festival. Já no dia 17 de agosto, domingo, a companhia espanhola El Conde de Torrefiel, que apresentará o espetáculo La chica de la agencia de viajes nos dijo que había piscina en el apartamento, inicia uma oficina que se estende até o dia 20. Neste mesmo dia, a Companhia dos Atores, do Rio de Janeiro (da peça Conselho de Classe), participa de um encontro que pretende discutir educação, envolvendo profissionais da educação, sindicatos e secretaria de Educação do DF.

Dia 21 é a vez de um encontro que promete ser revelador, entre dançarinos do Distrito Federal e dois mestres da dança mundial, o francês Jérôme Bel e o tailandês Pichet Klunchun. De 21 a 23 de agosto, o ator Cacá Carvalho ministra oficina de interpretação. Do dia 25 ao dia 29, uma atividade que costuma atrair muitos interessados na escritura teatral, a Oficina de Dramaturgia, com o dramaturgo argentino Santiago Serrado (autor de sucessos como Dinossauros, Eldorado e Noctiluzes).

No dia 26 de agosto, o argentino Gabriel Chame, especialista na arte do clown, ministra masterclass. No dia seguinte, o estilista paulista Fause Haten, intérprete de A Feia Lulu, sobre a vida de Yves Saint-Laurent, participa de um bate-papo com nomes que destacam na concepção de figurinos em Brasília – Hugo Rodas, Fernando Guimarães, Eduardo Barón e Cintia Carla. E tem ainda oficina com a companhia Kamikaze, da Espanha, protagonista de La función por hacer, eleito um dos melhores espetáculos espanhóis dos últimos anos. Para finalizar, no dia 30, diretor e intérpretes do espetáculo britânico Tomorrow participam de um debate que terá como tema o envelhecimento.

Todas as atividades formativas do CENA CONTEMPORÂNEA têm entrada franca, mas são acessíveis mediante inscrição prévia. Interessados devem enviar e-mail a partir do dia 14 de julho para cena2014oficinas@gmail.com.

PROGRAMAÇÃO

19/08 – Terça
21h: Conselho de Classe – Cia dos Atores (RJ) – Teatro Funarte Plínio Marcos

20/08 – Quarta
19h: Perdoa-me por me Traíres – Novos candangos (DF) – Teatro Goldoni
21h: Conselho de Classe – Cia dos Atores (RJ) – Teatro Funarte Plínio Marcos
21h: Pichet Klunchun and Myself – Jérôme Bel (França) e Pichet Klunchun (Tailândia) – CCBB – Teatro I

21/08 – Quinta
19h: Perdoa-me por me Traíres – Novos candangos (DF) – Teatro Goldoni
21h: Calango Deu! Os Causos de Dona Zaninha – Cia Caititu (RJ) – Teatro Funarte Plínio Marcos
21h: La Chica de la Agencia de Viajes nos Dijo que Había Piscina en el Apartamento – Cia El Conde de Torrefiel (Espanha) – Teatro SESC Garagem
21h: Pichet Klunchun and Myself – Jérôme Bel (França) e Pichet Klunchun (Tailândia) – CCBB – Teatro I

22/08 – Sexta
19h: Mundaréu – Dois Tempos Cia. de Teatro (DF) – CCBB – Teatro II
19h: Perdoa-me por me Traíres – Novos candangos (DF) – Teatro Goldoni
21h: Calango Deu! Os Causos de Dona Zaninha – Cia Caititu (RJ) – Teatro Funarte Plínio Marcos
21h: La Chica de la Agencia de Viajes nos Dijo que Había Piscina en el Apartamento – Cia El Conde de Torrefiel (Espanha) – Teatro SESC Garagem

23/08 – Sábado
19h: Mundaréu – Dois Tempos Cia. de Teatro (DF) – CCBB – Teatro II
21h: Cuarteto del Alba (Quarteto do Amanhecer) – Laurentzi Producciones S.L. (Espanha) – CCBB – Teatro I
21h: La Chica de la Agencia de Viajes nos Dijo que Había Piscina en el Apartamento – Cia El Conde de Torrefiel (Espanha) – Teatro SESC Garagem

24/08 – Domingo
17h: Carriola – Um Teatro do Riso na Rua – Celeiro das Antas (DF) – Praça do Museu Nacional da República
19h: Misanthrofreak – Grupo Desvio (DF) – Teatro Goldoni
19h: Mundaréu – Dois Tempos Cia. de Teatro (DF) – CCBB – Teatro II
21h: Elefante – Probástica Cia de Teatro (RJ) – Teatro Funarte Plínio Marcos
21h: Cuarteto del Alba (Quarteto do Amanhecer) – Laurentzi Producciones S.L. (Espanha) – CCBB – Teatro
21h: O Homem com a Flor na Boca – Cacá Carvalho (SP) – Teatro SESC Garagem

25/08 – Segunda
19h: Misanthrofreak – Grupo Desvio (DF) – Teatro Goldoni
21h: A Poltrona Escura – Cacá Carvalho (SP) – Teatro SESC Garagem
21h: Elefante – Probástica Cia de Teatro (RJ) – Teatro Funarte Plínio Marcos

26/08 – Terça
19h: Adaptação – Gabriel F./Teatro de Açúcar (DF) – CCBB – Teatro II
19h: Autópsia I – Grupo Sutil Ato (DF) – Teatro Dulcina
19h: Misanthrofreak – Grupo Desvio (DF) – Teatro Goldoni
21h: Autópsia II – Grupo Sutil Ato (DF) – Teatro Dulcina
21h: A Feia Lulu – Fause Haten (SP) – CCBB – Teatro I
21h: umnenhumcemmil – Cacá Carvalho (SP) – Teatro SESC Garagem

27/08 – Quarta
19h: Adaptação – Gabriel F./Teatro de Açúcar (DF) – CCBB – Teatro II
19h: Autópsia I – Grupo Sutil Ato (DF) – Teatro Dulcina
21h: Autópsia II – Grupo Sutil Ato (DF) – Teatro Dulcina
21h: A Feia Lulu – Fause Haten (SP) – CCBB – Teatro I

28/08 – Quinta
19h: Adaptação – Gabriel F./Teatro de Açúcar (DF) – CCBB – Teatro II
19h: Noctiluzes – Cia Plágio de Teatro (DF) – Teatro Goldoni
21h: Tomorrow – Vanishing Point Theatre Company (Escócia) – Teatro Funarte Plínio Marcos

29/08 – Sexta
19h: Noctiluzes – Cia Plágio de Teatro (DF) – Teatro Goldoni
21h: Othelo – Gabriel Chamé Buendía (Argentina) – CCBB – Teatro I
21h: Tomorrow – Vanishing Point Theatre Company (Escócia) – Teatro Funarte Plínio Marcos

30/08 – Sábado
17h: Fios de Histórias – Mariza Vargas e Miriam Virna (DF) – CCBB – Teatro II
17h: Tomorrow – Vanishing Point Theatre Company (Escócia) – Teatro Funarte Plínio Marcos
19h: Noctiluzes – Cia Plágio de Teatro (DF) – Teatro Goldoni
20h: A Bicicleta do Poeta – Emmanuel Marinho (MS) – CCBB – Área Externa
21h: La Función por Hacer – Kamikaze Producciones (Espanha) – Teatro SESC Garagem
21h: Othelo – Gabriel Chamé Buendía (Argentina) – CCBB – Teatro I
22h: A Bicicleta do Poeta – Emmanuel Marinho (MS) – Praça do Museu Nacional da República

31/08 – Domingo
17h: Fios de Histórias – Mariza Vargas e Miriam Virna (DF) – CCBB – Teatro II
17h30: A Bicicleta do Poeta – Emmanuel Marinho (MS) – Praça do Museu Nacional da República
18h30: Hipóteses para Shakespeare a Céu Aberto – BR S.A. – Coletivo de Artistas (DF) – Praça do Museu Nacional da República
20h: La Función por Hacer – Kamikaze Producciones (Espanha) – Teatro SESC Garagem
20h: Othelo – Gabriel Chamé Buendía (Argentina) – CCBB – Teatro I

SINOPSES

• ESPETÁCULOS INTERNACIONAIS

LA FUNCIÓN POR HACER – CIA KAMIKAZE (ESPANHA)
30 de agosto, às 21h e 31 de agosto, às 20h – Teatro SESC Garagem
Espetáculo sem legendas
Livre adaptação de Seis personagens a procura de um autor, de Luigi Pirandello. Respeitando o original, mas aproximando-o do século XXI, o espetáculo toca em temas como amor, sexo, ciúmes, loucura, sentimento de culpa, o cômico, a tragédia, o ser ou não ser. Um espaço vazio no qual os intérpretes e o público se encontram cara a cara com a verdade do teatro. Vencedor dos mais importantes prêmios de teatro da Espanha, o espetáculo foi indicado como um dos melhores do país nos últimos 20 anos.
A Kamikaze Producciones foi fundada por Miguel del Arco e Aitor Tejada como núcleo estável de criação. Trabalha com teatro, cinema e televisão. Com 20 anos de trajetória, Miguel Del Arco é ator e roteirista de cinema e TV.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 90 minutos
FICHA TÉCNICA
Direção: Miguel Del Arco
Versão: Miguel Del Arco e Aitor Tejada
Elenco: Bárbara Lennie, Cristóbal Suárez, Israel Elejalde, Manuela Paso, Miriam Montilla e Raúl Prieto

LA CHICA DE LA AGENCIA DE VIAJES NOS DIJO QUE HABÍA PISCINA EN EL APARTAMENTO – CIA CONDE DE TORREFIEL (ESPANHA)
21 a 23 de agosto, às 21h – Teatro SESC Garagem
Durante as férias, o tempo muda, torna-se independente e excepcional, permitindo-nos viver experiências únicas que são como um universo paralelo para saciar nossa ideia de felicidade. São um exercício voluntário de esquecimento do mundo. Segundo a companhia, a arte pop (que lançou por terra todas as tentativas de catalogar o objeto artístico) tirou o peso político de acontecimentos do século XX, banalizando-os. Isso gerou uma insatisfação crônica, que é destrutiva para as qualidades humanas e para a sobrevivência na complexa relação com o progresso.
A companhia El Conde Torrefiel é encabeçada por Pablo Gisbert e Tanya Beyeler e cria peças que são resultado da oscilação entre literatura, artes plásticas e coreografia. A história da companhia começa em 2010, com La historia del Rey vencido por el aburrimiento e segue com Observen cómo el cansancio derrota el pensamiento, de 2011, e Escenas para una conversación después del visionado de una película de Michael Haneke, de 2012. Para o espetáculo La chica de la agencia de viajes nos dijo que había piscina en el apartamento, o grupo trabalha com seis convidados das cidades onde se apresentam.
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 65 minutos
FICHA TÉCNICA
Ideia e criação: El Conde de Torrefiel
Dramaturgia: Pablo Gisbert
Texto: Pablo Gisbert e o elenco
Elenco: Cris Celada, Tanya Beyeler, Mariana Miranda e convidados

OTHELO – GABRIEL CHAME BUENDÍA (ARGENTINA)
29 e 30 de agosto, às 21h e 31 de agosto, às 20h – CCBB – Teatro I
O espetáculo dá continuidade à proposta de Buendía de investigar o humor dos textos clássicos a partir da ótica do clown e da comédia física. De William Shakespeare, já montou Macbeth, Rei Lear, Muito barulho por nada, Trabalhos de amor perdidos e Os Fidalgos de Verona. Com Othelo, questiona o que se entende por negro, engano, traição, lealdade e vingança em seu país de origem, a Argentina. Escrita em 1603 e encenada pela primeira vez em 1604, a história do mouro de Veneza nos chega através da linguagem do teatro gestual e físico, do clown e do burlesco, com total despojamento do realismo cotidiano. A encenação utiliza a multimídia, fazendo o espectador ver a ação em dois planos: na cena e na projeção, que revela intimidade com a estética cinematográfica e seus segredos, truques, confissões e medos.
Gabriel Chamé Buendía é formado pela Compañia Argentina de Mimo e discípulo de Étienne Decroux, em Paris. Fundador e ator de El Clu del Claun, fez várias turnês pela América Latina e Espanha. Desde 1990, trabalha, também, na Europa, ministrando cursos na Espanha, França e Alemanha, entre outros países.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 100 minutos
FICHA TÉCNICA
Texto: William Shakespeare
Adaptação: Gabriel Chamé Buendía
Elenco: Hernán Franco, Julieta Carrera, Martín López e Matias Bassi

TOMORROW – CIA VANISHING POINT (GRÃ-BRETANHA)
28 e 29 de agosto, às 21h e 30 de agosto, às 17h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Trabalho que explora o que é envelhecer e necessitar de cuidados especiais, num mundo em que o mito e a espiritualidade foram suplantados pelo que todos nós sabemos – que nascemos, vivemos e morremos. Vanishing Point Theatre Company investiga o tema a partir de um jovem que, de repente, se encontra em um lugar assustadoramente familiar, onde todos parecem conhecê-lo e onde se aplicam regras estranhas. Lá, todos parecem ter as melhores intenções, mas não há liberdade para sair. A ideia surgiu do questionamento sobre a falta de respeito das novas gerações aos mais velhos. Se não respeitam, estão se condenando ao mesmo destino? – perguntam os integrantes da companhia. Mas o jogo acontece diante da plateia: uma máscara de silicone é colocada em um jovem ator, como símbolo da velhice, da forma como ela é percebida. O espectador sabe que há um ator jovem por baixo, mas a justaposição cria um jogo de tensões e uma complexa série de provocações.
O espetáculo é resultado de um processo de criação de cinco semanas, entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, e dá continuidade a uma oficina ministrada por Matthew Lenton na edição 2013 do Cena Contemporânea.
A Vanishing Point foi fundada por Matthew Lenton em 1999 e desde então é dirigida por ele. Suas obras já foram apresentadas em mais de 16 países. Em 2010, foi escolhido para ser o primeiro diretor britânico da École des Maitres, um laboratório de teatro europeu, liderado por grandes nomes das artes cênicas do continente. No mesmo ano, Matthew dirigiu seu primeiro longa-metragem, Boy, para a Touchpaper Television e o Channel 4.
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 90 minutos
FICHA TÉCNICA
Direção e Concepção: Matthew Lenton
Dramaturgia: Pamela Carter
Texto: Pamela Carter e a Companhia
Elenco: Aleksandra Kuzenkina (Rússia), Elicia Daly (Inglaterra), Jenny Hulse (Escócia), Mercy Ojelade (Inglaterra), Peter Kelly (Escócia), Samuel Keefe (Escócia), Stephen Docherty (Escócia) e William Ferreira (Brasil)
Tomorrow é uma coprodução entre Vanishing Point (Escócia), Cena Contemporânea, Brighton Festival (Inglaterra), Tramway (Escócia) em associação com Platform (Escócia) e National Theatre Studio, Londres (Inglaterra). Em parceria com o British Council TRANSFORM e Creative Scotland.
A presença do ator William Ferreira em Tomorrow tem o apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Distrito Federal.

PICHET KLUNCHUN AND MYSELF – JÉRÔME BEL (FRANÇA) E PICHET KLUNCHUN (TAILÂNDIA)
20 e 21 de agosto, às 21h – CCBB – Teatro I
Dueto criado pelo coreógrafo e bailarino contemporâneo francês Jérôme Bel (um dos mais proeminentes nomes da dança na Europa hoje), junto com Pichet Klunchun, bailarino de dança tradicional tailandesa. Nele, dois dançarinos conversam sobre dança, sentados no palco. Discutem nudez, religião, medo, tradição e coreografia. Os dois se conheceram em 2004, mas não sabiam exatamente o que cada um fazia. A peça coloca cara a cara dois dançarinos de linhas totalmente diferentes e mostra como fizeram para descobrir um ao outro, as respectivas práticas artísticas e a lacuna abissal que os separa. O espetáculo é perpassado por questões como interculturalismo, globalização e eurocentrismo.
Jérôme Bel vive em Paris e trabalha mundo afora. Decidiu dedicar-se à dança depois do impacto causado por espetáculos de Pina Bausch e Anne Teresa De Keersmaeker. Torna-se aluno do Centro Coreográfico Nacional, de Angers, entre 1984 e 1985. De 1985 a 1991, dançou com vários coreógrafos na França e na Itália. Em seguida, trabalhou por dez anos com Fréderic Seguette. Propõe a não-dança, movimento que trabalha o minimalismo provocador e lúdico.
Pichet Klunchun é um artista de dança clássica tailandesa que tenta incorporar um estilo contemporâneo, sem perder a tradição. É o único artista tailandês a desenvolver seu trabalho a partir da tradicional dança “Khon”. Graduado pela Classical Thai Dance at Chulalongkom University de Bangcoc, desde 2001 realiza uma série de projetos internacionais. Recentemente, estabeleceu sua própria companhia, a Lifework Company.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 105 minutos
FICHA TÉCNICA
Conceito: Jérôme Bel
Criação: Jérôme Bel e Pichet Klunchun em 12 de dezembro de 2004, no Bangkok Fringe Festival

CUARTETO DEL ALBA – CARLOS GIL ZAMORA (ESPANHA – PAÍS BASCO)
23 e 24 de agosto, às 21h – CCBB – Teatro I
Intérpretes se revezam na construção de vários personagens que vão descrevendo uma geração que se projeta no presente, como uma plataforma para o futuro. Diferentes emoções, conceitos, vivências que abarcam desde a dor da frustração política à dor provocada pela perda de um amor, tudo misturado a referências a essas liberdades, desconstruídas pela droga, pelas utopias políticas, a insatisfação e o desencanto. Mas não se trata de uma obra pessimista. A encenação trabalha numa órbita que escapa às estruturas convencionais, exigindo muito esforço físico.
O autor Carlos Gil Zamora nasceu em Barcelona, em 1950, estudou interpretação e direção na Escola D’Art Dramatic Adriá Gual, fez cursos de Diplomação em Ciências Dramáticas no Instituto del Teatro de Barcelona e direção de cinema na Escola d’estudis Artists de L’Hospitalet de Llobregat. Dirigiu mais de 20 espetáculos e é autor de vários textos teatrais. Desde 1982, exerce a função de crítico teatral, atuando como diretor da revista Artez de Las Artes Escénicas e também dirige a Editorial Artezblai, dedicada especialmente a livros sobre artes cênicas.
O diretor Lander Iglesias começou na arte em 1976 como bailarino, em uma companhia de dança independente na qual permaneceu até 1986. Iniciou a formação de ator na Universidad del País Vasco e, desde então, tem desenvolvido seu trabalho de ator, cantor e diretor de teatro e ópera, conquistando diversos prêmios.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 70 minutos
FICHA TÉCNICA
Texto: Carlos Gil Zamora
Direção: Lander Iglesias
Elenco: Alberto Iglesias, Maiken Beitia, Ricardo Moya e Valery Tellechea

• ESPETÁCULOS NACIONAIS

CONSELHO DE CLASSE – CIA DOS ATORES (RIO DE JANEIRO)
19 e 20 de agosto, às 21h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Uma reunião de professores de uma escola pública carioca é desestabilizada pela chegada de um novo diretor. Esse encontro faz eclodirem dilemas éticos e pessoais, em meio a decisões que se confundem nas relações de poder da instituição escolar. No texto, é feita uma abordagem realista do ambiente escolar, a fim de gerar um diálogo a respeito da educação no Brasil e da atual situação no mundo. Hoje, quem deseja trabalhar em uma escola pública? Se o professor é mal remunerado e trabalha sob condições difíceis, que tipo de sociedade está sendo construída? Uma reflexão sobre a educação no Brasil. O espetáculo recebeu o Prêmio Shell (cenário), quatro prêmios Cesgranrio (espetáculo, texto, direção e cenário) e três APTR (texto, direção e ator).
A Cia dos Atores é formada atualmente por Bel Garcia, César Augusto, Gustavo Gasparani, Marcelo Olinto, Marcelo Valle e Susane Ribeiro. Nestes 25 anos, tem apostado no encontro com outros artistas e companhias de teatro. O processo colaborativo, a provocação estética e o diálogo com o tempo presente são marcas da companhia.
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 70 minutos
FICHA TÉCNICA
Texto: Jô Bilac
Direção: Bel Garcia e Susana Ribeiro
Assistente de Direção: Raquel André Elenco: Leonardo Netto, Lourival Prudencio, Marcelo Olinto, Paulo Verlings e Thierry Trémouroux
Voz Off : Drica Moraes

ELEFANTE – PROBÁSTICA CIA DE TEATRO (RIO DE JANEIRO)
24 e 25 de agosto, às 21h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Comédia dramática que conta a história de uma família que vive num tempo em que ninguém mais precisa morrer. Todos tomam pílulas para permanecer jovens. Às vésperas de seu aniversário, o filho único da família decide abandonar a casa sem dizer para onde está indo. Volta dez anos depois, envelhecido, com a aparência de um homem de 70 anos de idade. O espetáculo reflete sobre como nos relacionamos com a velhice – nossa e dos outros – e sobre a morte como escolha do homem. A peça se transforma em sátira sobre as discutíveis formas de se manter jovem “para sempre”.
A Probástica Cia de Teatro foi criada em 2010, com a peça {Des}conhecidos, que fez temporada na edição 2012 do Cena Contemporânea. Com Elefante, dá sequência à pesquisa sobre os conflitos contemporâneos. A companhia tem direção artística de Igor Angelkorte, diretor, ator e autor formado pela CAL – Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 80 minutos
FICHA TÉCNICA
Direção: Igor Angelkorte
Dramaturgia: Walter Daguerre
Elenco: Chandelly Braz, Fernando Bohrer, Igor Angelkorte, Lívia Paiva e Samuel Toledo

A FEIA LULU – FAUSE HATEN (SÃO PAULO)
26 e 27 de agosto, às 21h – CCBB – Teatro I
Obra que pesquisa várias linguagens e se inspira em La Vilaine Lulu, personagem de quadrinhos criada pelo estilista francês Yves Saint Laurent a partir de 1953 e publicado em 1967. O nome da personagem reúne as primeiras sílabas dos nomes da mãe do estilista, Luciene, e de Lúcifer. Em outras palavras, Lulu é filha da mãe de Saint Laurent e do diabo e, como a palavra Vilaine pode ser traduzida como feia, má, malandra e vil, Lulu é feita desta substância. Mas o que diferencia esta pequena de quatro anos de idade das demais é uma autoestima muito elevada, que a leva a não medir esforços para conseguir o que quer. A personagem é motor para o estilista brasileiro Fause Haten falar da vida de Yves Saint Laurent e de sua história de amor com o companheiro Pierre Bergé, criada a partir de pesquisa iniciada em setembro de 2013.
Fause Haten é um dos grandes talentos da moda brasileira. Nascido em São Paulo, filho de uma família de imigrantes libaneses, aos 19 anos lançou sua própria marca, Der Haten, que depois foi alterada para Fause Haten. O artista vem transpondo barreiras de seu universo de atuação, trabalhando com ourivesaria, figurinos para teatro e agora como ator.
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 70 minutos
FICHA TÉCNICA
Uma obra de: Fábio Retti, Fause Haten, Gregory Slivar, Francisco Carlos, Marina Caron e Ondina Clais Castilho
Uma performance de Fause Haten
Atriz Convidada: Olivia Martins

CALANGO DEU! OS CAUSOS DE DONA ZANINHA – CIA CAITITU (RIO DE JANEIRO)
21 e 22 de agosto, às 21h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Monólogo baseado na cultura popular mineira. Construído ao longo de cinco anos de pesquisa, apresenta vocabulário, histórias, músicas, crenças e hábitos numa grande celebração à sabedoria popular. Dona Zaninha é uma grande contadora de histórias, muito engraçada e com uma maneira de falar bastante peculiar, que conversa com os espectadores, dividindo com eles casos de amor, assombração, padres e beatas. A plateia é convidada a mergulhar nas míticas paragens mineiras, com muito humor, poesia e fantasia.
A Cia Caititu nasceu do encontro entre a contadora de estórias e atriz Suzana Nascimento, o diretor Isaac Bernat e a produtora Aline Mohamad. Calango deu! Os causos de Dona Zaninha é o primeiro espetáculo da companhia.
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 90 minutos
FICHA TÉCNICA
Direção: Isaac Bernat
Texto, direção musical e atuação: Suzana Nascimento

TRILOGIA PIRANDELLO – CACÁ CARVALHO (SÃO PAULO)
24 a 26 de agosto, às 21h – Teatro SESC Garagem
Há mais de 20 anos, Cacá Carvalho trabalha sobre as obras de Luigi Pirandello. A trilogia é resultado deste processo de imersão e engloba O homem com a Flor na Boca, A Poltrona Escura e umnenhumcemmil.
• O Homem com a Flor na Boca apresenta um personagem que, sabendo estar prestes a morrer, decide falar tudo o que pensa e sente. Um espetáculo sobre a valorização da vida, que mistura os conceitos de vida e de homem e que defende que a vida não deve ser desperdiçada. O texto ressalta as contradições entre vida e morte, dentro e fora, saúde e doença, solidão e convívio.
• A Poltrona Escura reúne um estudo das novelas Os Pés na Grama, O Carrinho de Mão e O Sopro, presentes nos livros “Berecche e la guerra” e “Candelora”. Apresenta o olhar lúcido, divertido e cruel de Pirandelo sobre a condição humana. O espetáculo estreou em 2004 e foi considerado um dos cinco melhores do ano pela APCA. Pelo trabalho, Cacá Carvalho recebeu o Prêmio Shell de Melhor Ator.
• umnenhumcemmil é a tradução cênica do último romance de Pirandello, “Um, nenhum e cem mil”. Mostra a história de Vitângelo Moscarda que um dia, diante do espelho, ouve sua esposa dizer que seu nariz é um pouco torto. O comentário o leva a questionar-se sobre sua pessoa pública, sua imagem social. Vitângelo decide mudar tudo e, de homem rico e bem-sucedido, torna-se ajudante de limpeza da casa de repouso construída com seu patrocínio e acaba se internando no local. Um questionamento sobre a questão da identidade.
Cacá Carvalho é ator e diretor nascido em Belém do Pará e com larga atuação em teatro e televisão no Brasil. Intérprete do lendário Macunaíma, de Antunes filho, de 1978, que lhe rendeu reconhecimento como intérprete, protagonizou outras encenações da importância de Meu Tio, Iauaretê, de Roberto Lage, em 1986, que foi assistida por Grotowski, na Itália. Na televisão, pode ser visto em várias produções da TV Globo, como as novelas Torre de Babel, de 1998 (no papel do memorável Jamanta), e Belíssima, 2005, e as minisséries A Muralha e A Pedra do Reino.
FICHA TÉCNICA
Direção: Roberto Bacá
Com Cacá Carvalho
Dramaturgia: Stefano Geracci

A BICICLETA DO POETA – EMMANUEL MARINHO (MS)
30 de agosto, às 20h – CCBB – Área Externa
30 de agosto, às 22h e 31 de agosto, às 17h30 – Praça do Museu Nacional da República
Concebido e interpretado por Emmanuel Marinho, A Bicicleta do Poeta é um espetáculo de intervenção urbana, resultado de uma pesquisa com a palavra poética e o teatro de rua. O roteiro parte da experiência de um inventor de palavras que resolve construir uma bicicleta para voar. A partir desta história, o poeta interage com a bicicleta e com o público, com momentos de humor sutil e outros encantamentos. O público se delicia com uma aula sobre a poesia e canta com o artista. As músicas fazem parte do novo disco de Emmanuel, Encantares, a ser lançado em setembro. Uma trilha sonora que conta com a participação de Paulo Lepetit, Zeca Baleiro, Tetê Espíndola, entre outros. A Bicicleta do Poeta é um espetáculo que oferece ao público, de todas as idades, o prazer de descobrir e se conectar com a arte das palavras.
Emmanuel Marinho é natural de Dourados (MS). Poeta, ator, músico e educador, Marinho é considerado um dos grandes nomes das artes sul-mato-grossenses. Entre livros, espetáculos de teatro e canções, é destaque em sua obra o disco Teré, que reúne importantes nomes da música de vanguarda brasileira, interpretando suas canções. Emmanuel já passou pelos maiores festivais de teatro e literatura do Brasil, América Latina e Europa e desembarca no Cena Contemporânea com sua nova obra.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 40 minutos
FICHA TÉCNICA
Concepção e atuação: Emmanuel Marinho
Direção Técnica: Rogerio Holsbach

• ESPETÁCULOS LOCAIS

ADAPTAÇÃO – Gabriel F. / Teatro do Açúcar (DF)
26 a 28 de agosto, às 19h – CCBB – Teatro II
O epitáfio de uma companhia que deixou de existir. A dificuldade do grupo Teatro de Açúcar em manter suas atividades pode ter levado ao seu fim em 2012, mas também motivou a criação deste espetáculo. No palco, a história de personagens que tentam driblar a morte, seja de uma fase da vida, de um pedaço de sua identidade ou mesmo a iminência de um desaparecimento real. O monólogo traz vários personagens: um diretor teatral frustrado em bloqueio criativo que pensa em mudar de profissão, uma atriz que se muda para uma cidade grande e precisa se acostumar ao seu novo estilo de vida, uma transexual que tem de lidar com seu novo corpo e um dinossauro que não sabe se sobreviverá às adaptações da espécie.
Núcleo de pesquisa e produção de espetáculos teatrais de dramaturgia original, Teatro de Açúcar foi fundado em 2007, por Gabriel F. e Marco Michelângelo. A estreia se deu com Além do que se vê, que marca o início da Trilogia sobre o Tédio e o Tempo, e se completa com Tenho febre, mas vou buscar nosso dinheiro (2009) e A Vida Impressa em Xerox (2012). No currículo da companhia constam ainda os espetáculos Máquina de Gargalhadas, Movie About the City e a coprodução espanhola Adaptação. Desde 2009, o Teatro de Açúcar trabalha paralelamente em coproduções com a Cia. Cielo rasO, de Igor Calonge (Espanha), que renderam os espetáculos Insomnio, Fácil e Karaoke (vacío de orquesta).
Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 55 minutos
FICHA TÉCNICA
Texto, direção e interpretação: Gabriel F.
Música original e direção musical: Marco Michelângelo

AUTÓPSIA – Grupo Sutil Ato
Autópsia I – 26 e 27 de agosto, às 19h – Teatro Dulcina
Autópsia II – 26 e 27 de agosto, às 21h – Teatro Dulcina
Espetáculo composto a partir da adaptação de cinco emblemáticas obras do dramaturgo brasileiro Plínio Marcos. Dividido em duas partes, Autópsia I reúne trechos de Navalha na Carne, Querô, Uma Reportagem Maldita e Quando as Máquinas Param. Em Autópsia II, os trechos eleitos são de Dois Perdidos numa Noite Suja e Abajur Lilás. A encenação propõe intérpretes entregues e expostos a um jogo honesto dentro do universo crítico e poético de Plínio, retratando e explicitando cenas com forte teor de violência e nudez, tramadas por um complexo tecido de relações de poder, desejos e opressões.
O Grupo Sutil Ato surgiu em 2002, no Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Em 2006, apresentou o espetáculo Como a Chuva. Seguiram-se Dunas, Amarelo-Terra, Terra de Vento (de Jonathan Andrade, premiado com a Bolsa Funarte de Dramaturgia em 2008, como melhor texto do Centro-Oeste) e Céu de Barro. Autópsia surgiu em 2011, como exercício das disciplinas Montagem I e II, da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Do elenco original, permanecem sete atores, agora profissionais.
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: Autópsia I – 85 minutos
Autópsia II – 60 minutos
FICHA TÉCNICA
Direção: Jonathan Andrade
Elenco: Alneiza Faria, Jeferson Alves, Maria Eugênia Félix, Mário Luz, Pedro Ribeiro, Regina Sant’Ana, Ricardo Brunswick, Sami Maia, Sérgio Dhubrann e Shevan Lopes

HIPÓTESES PARA SHAKESPEARE A CÉU ABERTO – BR S.A. – Coletivo de Artistas
31 de agosto, às 18h30 – Praça do Museu Nacional da República
A partir do desejo de falar de amor, o grupo trabalhou com a hipótese de um encontro pós-morte entre os personagens Romeu, Julieta, Hamlet e Ofélia, de duas das maiores tragédias de William Shakespeare, Hamlet e Romeu & Julieta. A partir desse encontro, inspirado também em Seis Personagens em Busca de um Autor, de Luigi Pirandello, as personagens revivem parte de suas tragédias e exigem um novo “destino” para suas “vidas”. A encenação é ancorada na trilha sonora executada ao vivo.
BR S.A. – Coletivo de Artistas foi criado em 2009 por artistas de diferentes formações acadêmicas, interessados em desenvolver um trabalho criativo, através do processo colaborativo. Desde então, o grupo já encenou O matrimônio (inspirado na clássica obra de Nicolai Gogol); Procura-se (baseado em jogos clássicos e brincadeiras de palhaços), A loja dos suicidas (inspirado no romance homônimo do francês Jean Teulé), Sobre trutas, cibalenas e olhares (livremente inspirado no conto O Olhar, de Rubem Fonseca) e Hipóteses para Shakespeare a Céu Aberto.
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 70 minutos
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Lidiane Araújo
Direção: Denis Camargo
Assistente de direção: Lidiane Araújo
Elenco: Ana Vaz, Luciana Matias, Pedro Caroca, Pedro Mesquita, Káshi Mello, Marco Michelangelo e Lucas Muniz
Direção musical: Marco Michelângelo

CARRIOLA – Um Teatro do Riso na Rua – Celeiro das Antas
24 de agosto, às 17h – Praça do Museu Nacional da República
O Jogo teatral começa com a chegada de Zambelê, que vem de longe. Traz consigo uma Carriola, um carrinho simpático como um brinquedo, feito totalmente com material reciclado. Com este artefato engraçado, o andarilho se relaciona com o mundo e com o riso do povo por onde passa. Aprende, a cada jogo, o prazer de estar junto. Dentro da Carriola, Zambelê traz instrumentos musicais, aparelho de som, as músicas mais diversas, papéis, balões, bolas e fantasias, usados para construir bonecos e jogos divertidos. Sua inspiração são os jogos da infância dos seus pais, avós, filhos, netos e dos que ainda virão. Espetáculo baseado em estudos feitos pelo grupo Celeiro das Antas com diferentes grupos e categorias que ocupam os espaços abertos dos grandes centros urbanos do Brasil, como camelôs, moradores de rua, catadores e brincantes.
Um dos mais antigos e estáveis grupos teatrais do Distrito Federal, o Celeiro das Antas foi criado em 1991, com o objetivo de pesquisar e desenvolver trabalhos voltados à experimentação de linguagens, especialmente a cômica. O teatro de rua sempre marcou a trajetória da companhia, que já realizou quatro montagens para rua, além do Projeto Encantadores de Rua, para treinamento de atores, palhaços e brincantes. Carriola é o primeiro trabalho solo do palhaço e diretor José Regino feito para rua.
Classificação indicativa: Livre
Duração: Livre
FICHA TÉCNICA
Direção e Atuação: José Regino
Roteiro: Micheli Santini, Hyandra Lo e José Regino

MISANTHROFREAK – Desvio Theatre Company
24 a 26 de agosto, às 19h – Teatro Goldoni
Estreado em dezembro de 2013, em Nova York, e inédito no Brasil, o espetáculo é inspirado na obra O inominável, de Samuel Beckett. Trata, de forma poética e lúcida, de temas como o fracasso, o erro e a dificuldade de tomar decisões. Um personagem tenta contar uma história, sem conseguir. Assim, a narrativa se apropria do silêncio e do nada como motores para a encenação, marcada pela utilização de projeções multimídia. O intérprete caminha do espaço cênico para o cinematográfico controlando pessoalmente toda a tecnologia usada em cena.
O Grupo Desvio foi criado em Brasília, em 2001, com o intuito de pesquisar e produzir teatro. Desde então, apresentou os espetáculos Pequena Existência, Uma Disputa na Merda (2002), Beckett às Avessas (2004), Eutro – Tequila à Luz de Velas (2007), EUTRO (2009), Freak Rehearsal e Misanthrofreak (2013), além do filme No Lugar Errado (2011). Rodrigo Fischer é ator, iluminador, diretor e professor de teatro, graduado e mestre em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 55 minutos
FICHA TÉCNICA
Atuação, direção, luz e som: Rodrigo Fischer
Vídeo: Brent Felker e Fernando Gutiérrez
Cineastas: Peter Azen e Juliano Chiquetto

FIOS DE HISTÓRIAS
30 e 31 de agosto, às 17h – CCBB – Teatro II
Uma aventura cheia de humor e fantasia, inspirada na fábula Haroun e o Mar de Histórias, do indiano Salman Rushdie, em contos de fadas e brincadeiras infantis. Cinco atores se revezam em diversos personagens fantásticos como o gênio da água, o jardineiro-flutuante e o gavião-avião. Em cena, a história de Rashid Kalifa, um famoso contador de histórias que, após ser abandonado pela esposa, perde o poder da palavra. Seu filho, Haroun, viaja para a Cidade Tagarela, onde espera encontrar a solução para o problema do pai. O garoto, entretanto, acaba enfrentando uma missão ainda mais espetacular: salvar o Mar de Histórias que está ameaçado pelo terrível Kathan Shud. A partir daí, pai e filho embarcam numa grande aventura enfrentando as forças da escuridão e do silêncio.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 60 minutos
FICHA TÉCNICA
Concepção: Mariza Vargas
Direção: Miriam Virna
Elenco: Cirila Targhetta, Kael Studart, Kamala Ramers, Mário Luz e Mariza Vargas
Direção Musical e trilha original: Mateus Ferrari

MUNDAREU – Companhia Dois Tempos / Poéticas do Corpo
22 a 24 de agosto, às 19h – CCBB – Teatro II
Um retrato da gigante minoria, dos grãos de areia que são os farelos de vida de tantas pessoas. Pessoas-estatística, pessoas-raiva. Na peça, o menor Querô agoniza uma história de abandono, maus tratos e desesperança, coroados por dois tiros da polícia. Por sua vez, Dilma, sua mãe, amarga saudades e culpa em relação ao filho enquanto acumula um rol de agressões e humilhações, comuns ao universo da prostituição. A narrativa se constrói em distintos planos temporais e espaciais, que se atravessam mutuamente e se redimensionam no jogo cênico. A adaptação procurou manter o tom rascante de Plínio Marcos, que escancara a face cinzenta e dolorosa de um Mundaréu sem ilusões, onde todos se tornam reféns de um determinismo social que parece intransponível.
O grupo trabalhou em um processo de construção e experimentação, a partir dos princípios de investigação cênica que vêm sendo desenvolvidos pelo grupo de pesquisa Poéticas do Corpo, coordenado pela diretora Alice Stefânia.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 70 minutos
FICHA TÉCNICA
Textos: Plínio Marcos
Adaptação: Alexandre Ribondi
Direção: Alice Stefânia
Elenco: Davi Maia, Helena Miranda, Jordana Mascarenhas, Miguel Peixoto e Thiago Ramos

PERDOA-ME POR ME TRAÍRES – Novos Candangos
20 a 22 de agosto, às 19h – Teatro Goldoni
A encenação tem como referência o musical Rocky Horror Picture Show, de Jim Sharman, levando os personagens de Nelson Rodrigues para um universo onírico, no qual se confundem as noções de real e imaginário, traição e assassinato. No texto, Glorinha, uma jovem de 16 anos, é objeto do desejo de seu tio Raul, que a criou desde criança, após a morte da mãe da menina. Conduzida por uma colega, a moça conhece e se fascina pelo mundo dos prostíbulos, ao mesmo tempo em que prepara uma terrível vingança contra o assassino de sua mãe.
O grupo Novos Candangos surgiu em 2010, quando jovens atores se juntaram para pesquisar sobre o Teatro Pós-Dramático e técnicas de improvisação. A pesquisa caracteriza os dois espetáculos anteriores do grupo, A Falecida, também sobre texto de Nelson Rodrigues, e Os Beatniks em A Gaivota, a partir do texto original de Anton Tchekhov.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 90 minutos
FICHA TÉCNICA
Texto original: Nelson Rodrigues
Realização: Cia Novos Candangos
Direção: Diego de Leon
Elenco: André Reis, André Rodrigues, Diego de Leon, João Campos, Luana Proença, Luísa Duprat, Tati Ramos, Rafael Toscano e Xiquito Maciel
Direção musical e trilha sonora original: Mateus Ferrari

NOCTILUZES – Cia. Plágio de Teatro
28 a 30 de agosto, às 19h – Teatro Goldoni
Em uma madrugada qualquer, três desconhecidos se encontram em um píer. Todos têm seus motivos secretos para estar ali, mas nada é o que parece ser e, depois desta noite, nada voltará a ser igual. Um ato de ousadia de três covardes em um mundo de loucos. Estes enigmáticos personagens não imaginam o rumo que suas vidas irão tomar depois deste encontro inesperado e cheio de revelações.
Noctiluzes é o mais recente espetáculo da Cia. Plágio de Teatro. O texto, escrito especialmente para o grupo, é do premiado autor argentino Santiago Serrano. Dramaturgo com 35 anos de carreira e espetáculos montados em diversos países, Santiago tem boa relação com Brasília desde a montagem de Dinossauros, de sua autoria, pelo Grupo Cena, em 2005. O autor presenteou o grupo com o texto de Noctiluzes após assistir o elenco em Cru, penúltimo espetáculo da companhia, 13 vezes premiado.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 80 minutos
FICHA TÉCNICA
Texto e supervisão: Santiago Serrano
Direção e tradução: Sérgio Sartório
Codireção: Rachel Mendes
Elenco: Chico Sant’Anna, Sérgio Sartório e Vinícius Ferreira

FICHA TÉCNICA

CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA
Coordenação Geral e Curadoria: Guilherme Reis
Assistente de Coordenação Geral: Michele Milani
Coordenação de Produção: Alaôr Rosa
Coordenação Técnica: Dalton Camargos
Coordenação de Logística: Clara Nugoli
Coordenação de Atividades Formativas: Glauber Coradesqui e Ivone de Oliveira
Coordenação Institucional e Mídias: Michele Milani
Coordenação Administrativa: Ana Celina Lisboa
Coordenação de Objetos Cênicos e Cenários: Rose Nugoli
Assistente de Coordenação Técnica: Moisés Vasconcellos
Assistente de Produção/ Contratos: Chico Sant´Anna
Assessoria de Imprensa: Objeto Sim
Comunicação/ Redes Sociais: Guilherme Tavares
Programação visual: Rodrigo Sommer Design
Fotografia: Espaço F/ 508
Seleção de projetos locais: Adeilton Lima, Adriana Lodi, James Fensterseifer e Mariana Soares

BILHETERIAS

Data: Ingressos à venda a partir das 11 horas do dia 8 de agosto
Locais: Espaço Cena (CLN 205), no CCBB e pela internet, através do www.ticketcenter.com.br.
Preços: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

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