46º FBCB – Debate sobre Revelando Sebastião Salgado

Revelando Sebastião Salgado

Cred. Junior Aragão (9)

Sala cheia para o debate sobre o filme de abertura do 46º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO. Jornalistas, estudantes e público em geral ávidos por conhecer os detalhes das filmagens do documentário Revelando Sebastião Salgado, da cineasta Betse de Paula, vencedor do Prêmio Especial do Júri no último Festival de Gramado e exibido hors concours em Brasília. Na mesa, sob mediação da jornalista Maria do Rosário Caetano, a diretora Betse de Paula e parte de sua equipe, como o fotógrafo Jacques Cheuiche, a produtora executiva Patrícia Chamon, a produtora Vera de Paula (mãe de Betse) e o diretor de arte Flávio Soares.

O encontro foi marcado pela exaltação às qualidades do documentário, que apresenta um retrato do fotógrafo Sebastião Salgado, flagrando momentos de intimidade em casa, com a família, a análise dos contatos para escolha das melhores fotos, a obsessão pela limpeza e organização etc. Um filme documento. Consagrado como um dos melhores fotógrafos da atualidade, Salgado apresenta-se como um homem comum, com suas dúvidas, desejos e dores. E fala, com muita tranqüilidade, sobre sua vida e sua carreira.

Cred. Junior Aragão (6)A curiosidade maior da audiência pareceu ser a grande intimidade com que Sebastião Salgado conversa com a equipe do filme nos depoimentos. “O Tião é amigo da família há mais de 20 anos”, explicou Betse de Paula. “Mas eu tive que levar minha mãe”, brincou a diretora.

Segundo explicou a cineasta, ao final de três dias de conversas com o fotógrafo em seu apartamento em Paris, a equipe ficou com oito horas de material gravado, por três câmeras diferentes. Betse e companhia tiveram que respeitar alguns limites rígidos impostos por Sebastião e por seu filho, Juliano Ribeiro Salgado, já que o fotógrafo também inspira o novo filme de Wim Wenders – que prepara um documentário sobre Gênesis, o mais recente trabalho monumental de Salgado. “Todo o material em vídeo do Tião fotografando estava prometido para o Wim Wenders. Tentei fazer o melhor possível dentro do espaço que eu tinha”, afirmou Betse. De acordo com a diretora, houve muita negociação a cada momento. “Eu consegui, por exemplo, que eles me liberassem as imagens dele escolhendo as fotos e cantalorando”.

Diretor de fotografia do filme, Jacques Cheuiche disse ter contado com a ajuda do próprio Salgado para compor as belas imagens que caracterizam o documentário. “O primeiro plano do filme é a gente entrando na casa dele, já filmando e ele cumprimentando todo mundo pelo nome. Claro, contamos com a ajuda da Vera, do Zelito, da Betse e dele mesmo, que facilitou muito. Eu e o Juliano fizemos as câmeras e eu não tinha como controlar todas as câmeras. Então, o próprio Sebastião colaborou. Ele sabia que tinha alguém tentando captar alguma coisa dele”, informou Cheuiche. Segundo disse, o filme foi praticamente todo feito com luz ambiente. “Nós não seguíamos o Tião com um refletor”.

De acordo com os depoimentos da equipe, aos poucos o fotógrafo foi se soltando e ficando cada vez mais à vontade. “Ele nos convidava para ir com ele para alguns lugares que a gente não tinha nem pensado”, contou Betse. E informou: “O depoimento dele sobre o filho que tem Síndrome de Down foi colhido um dia no quarto do próprio Rodrigo. Ele já nem estava mais com o microfone, estava relaxado”.

Durante todo o filme, Sebastião Salgado refere-se incontáveis vezes à esposa, Lélia Wanick Salgado. No entanto, o documentário não contém um depoimento dela. “Ele não deixou”, confessou Betse de Paula. “Eu fiquei doida com isso”.

E algum receio com relação a possíveis comparações com o filme de Wenders sobre Sebastião Salgado? Betse responde: “Nenhuma. Nosso filme é outro. Entramos na casa dele, conversamos em português. É outra abordagem mesmo. Queria mostrar o cara que saiu da pequena cidade de Aimorés, no interior de Minas Gerais, para ganhar o mundo. Quem é este cara que viu telefone pela primeira vez aos 13 anos de idade, que só foi conhecer sinal de trânsito na adolescência. No final, ele estava muito satisfeito”. A platéia também.

A 46ª edição do FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO tem coordenação geral de Sérgio Fidalgo, coordenador de

Cred. Junior Aragão (7) Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura do GDF. O Patrocínio é da Petrobras, BNDES, Terracap e BRB. Apoio da Lei de Incentivo à Cultura, Inframérica (Aeroporto de Brasília), Câmara Legislativa do Distrito Federal, Canal Brasil, TV Brasil, Revista de Cinema. Realização: Instituto Alvorada Brasil, Secretaria de Cultura, Governo do Distrito Federal e Ministério da Cultura.

A 46ª edição do FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO tem coordenação geral de Sérgio Fidalgo, coordenador de Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura do GDF. O Patrocínio é da Petrobras, BNDES, Terracap e BRB. Apoio da Lei de Incentivo à Cultura, Inframérica (Aeroporto de Brasília), Câmara Legislativa do Distrito Federal, Canal Brasil, TV Brasil, Revista de Cinema. Realização: Instituto Alvorada Brasil, Secretaria de Cultura, Governo do Distrito Federal e Ministério da Cultura.

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