NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL

texto e co-direção: Felipe Rocha | direção: Alex Cassal

CAIXA CULTURAL, DE 16 DE MAIO A 1º DE JUNHO DE 2014.

*Espetáculo coloca os atores Felipe Rocha (em revezamento com Emanuel Aragão), Renato Linhares e Stella Rabello em uma trama que desvenda a dramaturgia em cena.

*“Inteligente e original… Um momento privilegiado de teatro e razão para comemorações quando se fala da nova dramaturgia brasileira”.
Bárbara Heliodora

Relações em constante transformação. Um jogo de amarelinha para adultos. Um espetáculo ácido e afetuoso. A comédia NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL, de Felipe Rocha, com direção de Alex Cassal, lotou teatros brasileiros e europeus, ganhou elogios da crítica e recebeu alguns dos mais expressivos prêmios do teatro carioca: Shell, APTR e Questão de Crítica, todos na categoria texto. Este é o segundo espetáculo do grupo Foguetes Maravilha, responsável também por Ele Precisa Começar, 2 Histórias e Síndrome de Chimpanzé. NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL teve uma bem-sucedida passagem por Brasília em 2011, no Festival Cena Contemporânea. Agora volta para uma temporada de três semanas na Caixa Cultural, em que Felipe Rocha vai atuar em revezamento com o ator, diretor e dramaturgo brasiliense (radicado no Rio de Janeiro) Emanuel Aragão. O espetáculo poderá ser visto de 16 de maio a 1º de junho, sempre sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h.

A equipe também desenvolverá uma oficina para atores e fará um bate-papo com a plateia, no dia 17, logo após o espetáculo. Em foco, o próprio espetáculo e o trabalho dos Foguetes Maravilha em geral. A conversa contextualiza e aprofunda o espetáculo, discutindo linguagem, tema e procedimentos criativos. A oficina, realizada nos dias 17 e 18 de maio, é dirigida a profissionais, estudantes e interessados em teatro, dança e performance. Como inscrição, apenas um quilo de alimento não perecível.

O ESPETÁCULO

NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL mistura o cotidiano e o inusitado em uma estrutura fragmentada que inclui filmes franceses dos anos 70, dança contemporânea, dramas familiares, exercícios metalinguísticos e fábulas para crianças. O espetáculo estreou em 2011 no Rio de Janeiro, chamando a atenção de críticos como Bárbara Heliodora: “É mais do que gratificante assistir a uma peça original, inteligente, com conteúdo e divertida, de um jovem autor nacional; ‘Ninguém falou que seria fácil’, de Felipe Rocha, é tudo isso. Toda uma série de episódios, que nascem de forma aparentemente aleatória mas na verdade estão controlados por mão forte, apresenta variados aspectos de comunicação humana, principalmente dentro do quadro familiar. Cada segmento, é preciso dizer, tem sua própria dinâmica, seu próprio e vivíssimo diálogo, tudo isso interpretado por um elenco de três atores que mudam de personagem e funcionalidade, compondo um todo coeso, que transmite o que o autor quer dizer. É um momento privilegiado de teatro e razão para comemorações quando se fala da nova dramaturgia brasileira”.

Em cena, uma discussão de casal inicia um vertiginoso jogo de troca de papéis. Um homem se torna pai mas não quer deixar o colo da mãe, uma filha argumenta racionalmente sobre as razões para não largar a chupeta, irmãos disputam comida, espaço e carinho. Recriando os embates violentos e delicados que nos acompanham desde o pátio do jardim de infância, NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL traz as relações familiares para o centro da arena. O quanto ainda temos da criança que fomos um dia? O que nos motiva a sair de casa e virar adultos? Como aprendemos a dividir e conviver com os outros? Por que você tem que sair para trabalhar? Para Felipe Rocha, “o fato de eu escrever esse texto agora se comunica com a experiência da paternidade, esse momento em que a gente vira pai e continua sendo filho, aonde a gente revive muito da nossa infância, a partir do ponto de vista oposto ao que a gente tinha quando era apenas o filho”.

Entre as marcas da narrativa estão o humor, a ironia, os jogos de linguagem e as brincadeiras anárquicas de desconstrução e reconstrução das convenções teatrais. Um humor situado entre os Trapalhões e o grupo Monty Python; referências a um pop nostálgico, que vai de Jean-Paul Belmondo a filmes B de ficção científica, tudo marcado por um desejo de liberdade narrativa. “Tanto Felipe quanto eu passamos por áreas diversas, como o teatro, a dança, o circo. Nós temos em comum a vontade de trafegar por linguagens diferentes, vontade de pensar o que é a estrutura cênica, como podemos entrar e sair das regras estabelecidas de personagem, de unidade de tempo e espaço, de relação com o espectador, o quanto o espectador tem que acreditar no que vê”, pontua Alex Cassal. A exploração de novas formas de estar em cena, mais a cumplicidade fluida deste trio de atores resulta em um espetáculo vigoroso, de humor perturbador e energia contagiante.

EQUIPE

ALEX CASSAL (autor e ator) é encenador, dramaturgo, ator e historiador. É fundador, com Felipe Rocha, dos Foguetes Maravilha, tendo dirigido os espetáculos “Ele precisa começar”, “Ninguém falou que seria fácil” e “Síndrome de Chimpanzé”, entre outros. Desde 2002, colabora nos espetáculos da coreógrafa carioca Dani Lima. Desde 2009 vem colaborando com o coletivo português Mundo Perfeito em projetos como “Estúdios”, “Cartões de visita”, “Hotel Lutécia” e “Mundo Maravilha”. Em 2007, realizou o vídeo “Jornada ao umbigo do mundo”, premiado pelo Programa Itaú Cultural Dança e já exibido em inúmeros festivais brasileiros e em países como Uruguai, Argentina, México, Cuba, EUA, Itália, Espanha, Alemanha, Grécia, Croácia, China e Japão. Nos últimos anos, além dos projetos com Foguetes Maravilha, escreveu o texto “Septeto Fatal” para o festival português PANOS; e dirigiu os espetáculos “Uma história à margem”, com o poeta Ricardo Chacal; “Tome isso ao coração”, com o grupo baiano Dimenti; e “Horses Hotel”, com a atriz Ana Kutner.

FELIPE ROCHA (diretor e ator), trabalhou como ator com a Intrépida Trupe e com os diretores Amir Haddad, Aderbal Freire-Filho, Antonio Abujamra, Christiane Jatahy, Domingos Oliveira, João Falcão e Moacir Chaves, entre outros. Com o diretor Enrique Diaz, montou as peças “Gaivota”, “Ensaio.Hamlet”, “Notícias Cariocas”, “Não Olhe Agora” e “Otro”, apresentando-se em festivais ao redor do mundo. Participou dos projetos “Estúdios”, “Cartões de Visita” e “Mundo Maravilha”, em Lisboa, com o grupo Mundo Perfeito. Fundador, ao lado de Alex Cassal, dos Foguetes Maravilha. Ator, autor e co-diretor de “Ele precisa começar”, “2histórias” e “Ninguém falou que seria fácil”, montados pelo grupo. Por este último, foi vencedor dos prêmios Shell, Questão de crítica e APTR 2011, na categoria autor. Seus últimos trabalhos em Cinema são os filmes “Vai que dá certo”, de Maurício Farias; “Nise da Silveira, ou Engenho de Dentro”, de Roberto Berliner; “Mato sem Cachorro”, de Pedro Amorim; e “Trago comigo” de Tata Amaral.

RENATO LINHARES (ator), já trabalhou com grupos como Cia dos Atores, Teatro Armazém, Intrépida Trupe e com diretores como Dani Lima, Cristina Moura, Pedro Brício, Antônio Gilberto e o espanhol Fernando Renjifo. É integrante do Coletivo Improviso, dirigido por Enrique Diaz e Mariana Lima.

STELLA RABELLO (atriz), já fez parte do Teatro Armazém e da Cia Ensaio Aberto, de Luiz Fernando Lobo. Também atuou em espetáculos de diretores como Christiane Jatahy, Charles Möeller, Cláudio Botelho, Guilherme Weber, Marcelo Saback, Eduardo Martini e Miguel Falabella.

EMANUEL ARAGÃO (ator), é diretor e dramaturgo da Cia das Inutilezas e colabora com o diretor Jefferson Miranda e com os Irmãos Guimarães. Co-escreveu e estrelou o curta “Só Mais um Filme de Amor”, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília. Atuou na série “Do Amor”, com Maria Flor.

WORSHOP DE EXPERIMENTAÇÃO CÊNICA

Destinado a profissionais, estudantes e interessados em teatro, dança e performance. Oficina para desenferrujar corações e mentes, explorando a sensibilidade e a capacidade de comunicação dos participantes, ministrada por Alex Cassal e Felipe Rocha. Baseada em trabalhos físicos, jogos de percepção e improvisação, a oficina pretende oferecer um conjunto de métodos para a investigação cênica. O trabalho é essencialmente prático, utilizando procedimentos do contato-improvisação (técnica corporal que propõe um diálogo físico por meio da troca de peso e do contato possibilitando uma percepção mais profunda de si mesmo e do outro), dos View Points (técnica que explora a ação teatral sob diferentes perspectivas de tempo e de espaço) e de abordagens relacionadas ao teatro pós-dramático.

Data: 17 e 18 de maio
Horário: das 10h às 16h
Inscrições: de 1º a 10 de maio
Para maiores de 18 anos
Interessados devem enviar mini-currículo para seleção prévia para foguetesmaravilha@gmail.com.
Vagas limitadas a 25 participantes
Valor: 1 quilo de alimento não perecível

FICHA TÉCNICA

NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL – com o grupo Foguetes Maravilha
Texto e co-direção: Felipe Rocha. direção: Alex Cassal.
Elenco: Felipe Rocha/Emanuel Aragão (em revezamento), Renato Linhares e Stella Rabello.
Assistência de direção: Ignacio Aldunate. Direção de movimento: Alice Ripoll.
Iluminação: Tomás Ribas. Cenário: Aurora dos Campos.
Direção musical: Rodrigo Marçal. Figurinos: Antônio Medeiros.
Assessoria de imprensa: Carmem Moretzsohn. Produção executiva: Aline Cardoso.
Direção de produção: Tatiana Garcias.
Duração: 90 minutos.
Espetáculo recomendado para maiores de 14 anos.

MAIS INFORMAÇÕES E CONTATOS: www.foguetesmaravilha.wordpress.com

SERVIÇO

Local: Caixa Cultural
Data: 16 de maio a 1º de junho de 2014
Horários: sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)
Duração: 90 min
Classificação indicativa: 14 anos

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Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Tels: (61) 3443. 8891 e (61) 3242. 9805 (fone/fax)
Carmem Moretzsohn: 8142. 0111 – Gioconda Caputo: 8142. 0112
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