III PIRI JAZZ FESTIVAL
MÚSICA DE PRIMEIRA EM HOMENAGEM A BADEN POWELL NA RETOMADA DO FESTIVAL DE JAZZ DE PIRENÓPOLIS
*Três dias de shows ao ar livre, com atrações de vários estados brasileiros
*Participação dos dois filhos do homenageado, os músicos Marcel Powell e Philippe Baden Powell
*Encerramento com show da grande Virgínia Rodrigues
FOTOS EM ALTA:
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Palco ao ar livre, músicos de primeira, natureza exuberante, ambiente de cidade histórica e um clima muito agradável para todas as idades. Evento nacional voltado a consolidar Pirenópolis (GO) como um dos mais importantes polos culturais do Centro-Oeste, o PIRI JAZZ FESTIVAL está de volta nos dias 19, 20 e 21 de outubro. E todos os shows desta esperada retomada serão gratuitos, enchendo de música as ruas centenárias da cidade. Depois do sucesso de público das edições de 2008 e 2009, o festival deste ano convida grandes instrumentistas e músicos das cenas nacional e local para homenagear e celebrar o grande Baden Powell (1937-2000).
Um dos músicos brasileiros mais reconhecidos em todos os tempos, pelo virtuosismo com que tocava tanto o violão quanto a alma do público, Baden imortalizou composições no cancioneiro brasileiro. O clima cool da bucólica cidade goiana vai aliar a sofisticação do jazz à beleza da música instrumental brasileira, oferecendo aos visitantes um agradável fim de semana, também recheado da boa gastronomia local e dos atrativos naturais, como cachoeiras, reservas ecológicas, parques e mirantes.
PIRI JAZZ FESTIVAL tem idealização, curadoria e produção de Rubens Carvalho e patrocínio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás (FAC) e do Programa Estadual de Incentivo à Cultura (Lei Goyazes). O festival foi concebido com o objetivo de divulgar a música instrumental brasileira na região Centro Oeste e se consolidar como referência musical em uma cidade que já é polo de turismo e gastronomia, proporcionando acesso da população à música de qualidade em evento de grande porte.
O FESTIVAL
Com um cenário de cartão-postal no palco da festa, a musicalidade brasileira será diluída ao longo de três dias de puro jazz e inventividade musical, com apresentações de trabalhos distintos. Artistas renomados da música instrumental brasileira participam da programação, que este ano presta tributo à obra do violonista Baden Powell, um dos maiores instrumentistas da música brasileira, consagrado no mundo inteiro. Para dar continuidade ao projeto, o III PIRI JAZZ FESTIVAL aperfeiçoou sua estrutura e investiu em produção e execução com equipe altamente qualificada.
Autor de afrossambas consagrados ao lado de Vinicius de Moraes, o virtuose nas cordas do violão Baden Powell ganhou fama mundial – e deixou seu assombroso talento musical nos dois filhos, Marcel Powell e Philippe Baden Powell. E não poderia ser diferente: herdeiros do legado de Baden, Marcel e Philipe são presença confirmada nesta terceira edição do projeto, em apresentações distintas. Misturando ritmos, origens e pura brasilidade, o PIRI JAZZ FESTIVAL ainda recebe o Trio Curupira (SP), os Sons de Sobrevivência, com o pianista Benjamim Taubkin e duo Simone Sou e Guilherme Kastrup (SP), Bororó & Trio (Pirenópolis), Zé Krishna & Amigos Eternos (DF), Cama de Gato (RJ) e o canto potente e ancestral de Virgínia Rodrigues & Grupo (BA).
Contando com uma das melhores estruturas de palco, som e iluminação do país, o festival ocorrerá na Rua do Rosário e contará com oito apresentações divididas em três shows na sexta, três shows no sábado e dois shows no domingo. Com início às 20h, na sexta e no sábado, e às 19h, no domingo, cada apresentação terá 1h20 de duração. E ficará gravado não só na memória este momento de homenagear a originalidade, a emoção, o improviso e a precisão técnica com que Baden compunha letras e melodias: o evento terá captação de áudio e vídeo para posterior lançamento em DVD.
As atrações musicais acumulam prestígio e shows no Brasil e no exterior. Criador de um estilo musical batizado de “Brasindia Style”, o Zé Krishna & Amigos Eternos mistura as melodias da música indiana com a harmonia rebuscada e o ritmo marcante da música brasileira. A fusão de culturas ocidentais e orientais tempera o molho desse grupo de originalidade ímpar. Avalizado pelo gênio Hermeto Pascoal, o Trio Curupira (www.triocurupira.com.br) é formado por jovens músicos e compositores de São Paulo alinhados a uma música universal e sem preconceitos. O grupo nasceu em 1996 afinando pesquisas musicais, eliminando fronteiras entre estilos e aliando a genuína música do Brasil a todos os ritmos.
A força e união dos músicos Simone Sou, Guilherme Kastrup e Benjamim Taubkin compõem o CD “Sons de Sobrevivência”, lançado no Brasil e nos Estados Unidos. Vida em movimento, experimentação e música urbana são elementos presentes nos sete temas deste disco feito com alma.
Abrindo o segundo dia do Piri Jazz Festival, o Bororó & Trio apresentará um show instrumental intitulado “Imagens da Alma”. Em seguida, será a vez de ver de perto o talento musical do violonista Marcel Powell, que traz o repertório do seu novo CD, “Tempo livre”, marcado por uma busca incessante por uma sonoridade particular. Com significativa bagagem de música erudita, choro, jazz, bossa nova e MPB, o músico compôs temas autorais inspirados nos encontros e parcerias com músicos, familiares e amigos.
Uma das marcas registradas do grupo Cama de Gato é trabalhar com composições dos próprios músicos. “Não é uma atitude exclusivista. É que gostamos de tocar nossas músicas. Não tocamos material alienígena”, brinca Pascoal Meireles. O Cama de Gato faz turnês pela Europa e América Latina, obtendo imenso sucesso de público e de crítica, além de ter se apresentado no famoso Town Hall, em Nova York.
Sempre presente nas apresentações do Ludere, o repertório de Baden Powell, pai do pianista da banda, Philippe Baden Powell, ganha destaque nos shows do grupo com releituras inovadoras, que ressaltam a inventividade dos temas do compositor, pioneiro no modo de trabalhar os motivos da tradição afro-brasileira dentro do samba e do jazz. Com o segundo disco, “Retratos”, lançado em 2017, o quarteto Ludere amadurece a ideia do primeiro trabalho com composições que têm a música brasileira como pano de fundo. Os músicos se dividem na autoria das oito composições.
O festival se encerra com Virgínia Rodrigues e Grupo. Descoberta por Caetano Veloso durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum em Salvador, em 1997, a artista acumula elogios de críticos brasileiros e estrangeiros – e impacta plateias com suas interpretações singulares. Uma das intérpretes mais respeitadas no circuito de Festivais Internacionais de Jazz e World Music, Virgínia já cantou em palcos importantes como Carnegie Hall (Nova York) e Blue Note (Nova York e Paris). Além do show Mama Kalunga, em 2017, a cantora também subiu aos palcos com o show VIRGÍNIA RODRIGUES – 20 ANOS DE CARREIRA, com canções desde seu primeiro álbum, “Sol negro”. No repertório, músicas como “Labareda” (Baden Powell) e “Oju Obá” (Caetano Veloso).
PROGRAMAÇÃO
* DIA: 19/10 (SEXTA) – 20H
– Zé Krishna & Amigos Eternos (DF)
– Trio Curupira (SP)
– Sons de Sobrevivência (SP)
* DIA: 20/10 (SÁBADO) – 20H
– Bororó & Trio (Pirenópolis)
– Marcel Powell (RJ)
– Cama de Gato (RJ)
* DIA: 21/10 (DOMINGO) – 19H
– Grupo Ludere com Philippe Baden Powell (SP)
– Virgínia Rodrigues & Grupo (BA)
ATRAÇÕES
ZÉ KRISHNA & AMIGOS ETERNOS (DF)
Juntando as experiências de morar por 12 anos na Índia e de ter tocado em diversos lugares do mundo (Brasil, Índia, Estados Unidos, Áustria e França), Zé Krishna produziu uma linguagem sonora que dialoga com vários estilos. A performance cosmopolita dos espetáculos convida a dançar, relaxar, pensar e a se surpreender com um som pulsante. A banda também tem marcantes influências do Reggae em seu novo trabalho, um álbum de 10 faixas autorais prestes a ser lançado. Artistas da nova geração da música brasiliense formam o time: Renato Galvão (bateria), Luiz Ungarelli (percussão/voz), Felipe Viegas (teclados), Pedro Miranda (contrabaixo/voz) e Filipe Togawa (teclados).
TRIO CURUPIRA (SP)
André Marques (piano, escaleta, flautas, rabeca, percussão), Cleber Almeida (bateria, percussão, escaleta, viola caipira) e Fábio Gouvêa (baixo, guitarra, violão, flautas, percussão) vêm exibindo para plateias do Brasil e do exterior um dos trabalhos mais criativos do gênero instrumental. A sonoridade bebe da miscigenação cultural do Brasil a partir das heranças indígena, africana, europeia e árabe. Outras características são enorme variedade de timbres e troca de instrumentos nos shows e gravações. A sonoridade é densa, a harmonia é rica e a personalidade é marcante. “Tocamos ritmos do Brasil inteiro, mas estamos abertos às influências; seja da música erudita, do jazz, da música árabe ou do flamenco”, afirma André Marques. Pianista, compositor e arranjador, Marques faz parte do grupo de Hermeto Pascoal e foi citado em jornais como “The New York Times” e “The Guardian”.
Destaque no Rock In Rio – Lisboa, o trio teve o CD “Pés no Brasil, cabeça no mundo” indicado ao Grammy Latino de 2008 e ao Prêmio da Música Brasileira em 2009. Elogiada pela crítica, a marca da pluralidade está impressa em outros trabalhos dos instrumentistas, como o CD “Janela”, e em turnês exitosas na Argentina e nos Estados Unidos. Em 2016, o grupo lançou o seu quinto CD, comemorando 20 anos de existência – e com participação de grandes nomes da música brasileira, como Hermeto Pascoal, Hamilton de Holanda, Raul de Souza e Jane Duboc.
SONS DE SOBREVIVÊNCIA (SP)
Fechando a primeira noite do festival (sexta, 19), a parceria entre o duo de percussão, formado por Simone Sou e Guilherme Kastrup (Soukast) e o pianista Benjamim Taubkin. O trabalho surgiu a partir de um convite feito ao pianista para participar de um concerto especial do duo. O resultado musical e a interação no palco surpreenderam a todos e deram início a uma colaboração mais constante que resultou no grupo Sons de Sobrevivência, com diversas apresentações pelo Brasil e exterior e também a gravação de disco lançado no Brasil e nos EUA. Simone Sou e Guilherme Kastup utilizam os mais diversos objetos e instrumentos – baterias, tambores, vidros, panelas, tampas – para construir composições com elementos da música tradicional brasileira, como jongos, congadas, cantos de Orixás. Do outro lado, o pianista, compositor e arranjador Benjamim Taubkin encontra ou cria harmonias, contracantos e improvisos no piano em um fluido diálogo com a percussão e os ritmos que Simone e Guilherme apresentam. Desde 2010, os três realizaram diversos concertos, inclusive em um projeto especial na série de 2011 ao lado da Orquestra Jazz Sinfônica e em 2013 com a Tunkustler Orchestra na Áustria.
Músicos:
Benjamim Taubkin – A música brasileira e seu diálogo com outras culturas inspiram este pianista, arranjador e compositor. Músico e/ou produtor em mais de 150 projetos, é responsável pelo projeto Núcleo Contemporâneo – gravadora, produtora e um centro cultural na cidade de São Paulo. Desde 1997, alavanca diferentes projetos musicais, como a Orquestra Popular de Câmara; o conjunto de choro Moderna Tradição; o trabalho com o grupo de música tradicional Abaçaí; o quarteto de jazz Trio + 1; e o coletivo América Contemporânea. Benjamim Taubkin também fez concertos e residências artísticas no Marrocos e na Coréia e colabora com músicos do Marrocos, África do Sul, Índia, Israel, Espanha e Colômbia. Tem se apresentado com piano solo e orquestra sinfônica em festivais e centros culturais na América Latina, Canadá, Estados Unidos, Europa e Oriente Médio.
Guilherme Kastrup – Já gravou discos e participou de turnês internacionais ao lado de Chico César, Ana Carolina, Gal Costa, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Chico Lobo, Vanessa da Mata e do uruguaio Jorge Dexler. Desde 2005, é parceiro de Simone Sou no projeto Soukast. Além de percussionista, Guilherme Kastrup é também produtor. Dentre suas mais importantes produções, destaca-se o premiado CD “A mulher do fim do mundo”, de Elza Soares, o álbum “Um minutiiinho!”, do Palavra Cantada, e “Amor e Outras Crônicas”, de Badi Assad.
Simone Sou – Simone Sou é percussionista e baterista. Participou de muitas turnês ao redor do mundo. Uma delas, ao lado de Chico César em 2007, no Japão. É responsável pela trilha sonora de “Manifesto Makumbacyber”, curta de Beto Brant. Gravou, entre 2008 e 2009, seu disco “SIM ONE SOU”.
BORORÓ & TRIO (PIRENÓPOLIS)
Abrindo o segundo dia do Piri Jazz Festival, o Bororó & Trio apresentará um show instrumental intitulado “Imagens da Alma”. No repertório, canções autorais, como “Red River”, “Caminhos das pedras“ e “Elo”, além de releituras de grandes ícones da música brasileira – de Edu Lobo a Milton Nascimento e Gilberto Gil. O grupo é formado pelos músicos Bororó Felipe (baixo), Ricardo de Pina (bateria), Rosinaldo (sax e flauta) e Genysonn Ponce (teclado).
MARCEL POWELL (RJ)
Discípulo direto da mais relevante escola violonística da MPB, criada e ensinada diretamente por seu pai Baden Powell, Marcel Powell é sinônimo de um violão vertiginoso, elegante e refinado. Talento exaltado pela crítica especializada, Marcel apresentará um trabalho de violão solo que respira referências musicais e vivências pessoais.
O lado compositor aflora de forma mais contundente, desfilando melodias criadas ao longo da carreira. ‘’Sempre Alegre’’, por exemplo, é inspirada na esposa Karla e explora o ritmo do samba. ‘’Paz nas águas’’ sugere reflexão e calmaria. “Dia Branco’’, composição de Geraldo Azevedo, é releitura para violão com densas camadas de acordes e toque quase seresteiro. O repertório do projeto também contempla clássicos como ‘’Doce de Coco” (Jacob do Bandolim), “Estácio Holly Estácio” (Luiz Melodia) e “Sou Você’’ (Caetano Veloso).
‘’Valsa de Verão’’, uma valsa concerto para bandolim, composta pelo compositor curitibano Daniel Migliavacca, imprime contemporaneidade ao trabalho. Com o pai, Marcel gravou dois discos, “Baden Powell e filhos” (quando tinha apenas 15) e “Suíte Afro-Brasileira”, ambos ao lado do irmão, o pianista Philippe Baden. O músico busca plena liberdade de expressão musical, evitando prisões a gêneros ou fronteiras de épocas.
CAMA DE GATO (RJ)
Com seis CDs na bagagem, o grupo instrumental Cama de Gato foi fundado em 1985 pelos músicos Pascoal Meirelles (bateria) e Mauro Senise (sax e flauta). Até 1994, lançou três CDs, tendo o primeiro – ”Cama de Gato” – vendido mais de 75 mil cópias – um feito para a música instrumental brasileira. A partir de 94, Jota Moraes assume os teclados e introduz o vibrafone em algumas faixas, o que dá ao som do grupo uma cor especial. Neste mesmo ano, Mingo Araújo se junta ao Cama de Gato, acrescentando sua percussão cheia de brasilidade.
Mais dois CDs são lançados: “Dança da Lua” e “Amendoim torrado”. Em 2003, sai um novo disco, “Água de chuva”. Formado por Jota Moraes (teclados), Mauro Senise (sax e flauta), Pascoal Meirelles (bateria), André Neiva (baixo) e Mingo Araújo (percussão), o grupo também fez três shows memoráveis no Free Jazz; no festival de jazz de Aruba, no Caribe; no Malta Jazz Festival, na ilha de Malta; e no Jazz at Juan, em Juan les Pins, na França. Outra atividade paralela são os workshops. Em cada cidade, músicos e estudantes procuram o grupo a fim de conhecer o processo de criação e os métodos musicais.
GRUPO LUDERE COM PHILIPPE BADEN POWELL (SP)
O Ludere, quarteto instrumental criado em 2015 pelo pianista Philippe Baden Powell (piano), Rubinho Antunes (trompete), Bruno Barbosa (contrabaixo) e Daniel de Paula (bateria), apresentará seu segundo disco, intitulado “Retratos”. O trabalho foi lançado pelo novo selo de jazz contemporâneo brasileiro Blaxtream, gravado em Ribeirão Preto (SP), e conta com oito composições criadas pelos integrantes do grupo. O repertório próprio trafega por vertentes do jazz contemporâneo.
O Ludere nasceu a partir da amizade musical entre Philippe Baden Powell e Rubinho Antunes, que se conheceram em Paris, em 2011. No Brasil, juntaram-se aos músicos Bruno Barbosa, de Ribeirão Preto, e Daniel de Paula, de Santo André (SP), para um projeto de shows pelo país, que resultou na criação do quarteto e do disco de estreia. O primeiro trabalho ganhou repercussão positiva na crítica especializada em 2016, além de render turnês por festivais do Brasil e apresentações no circuito SESC.
O quarteto se apresentou em respeitados festivais em 2017, como o Ilha Bela In Jazz e Sampa Jazz Fest, além de importantes palcos, como Blue Note Rio e SESC Copacabana. Na primeira turnê internacional, este ano, o primeiro show foi em Moscou durante a Copa do Mundo. Depois, Paris (onde os músicos se apresentaram no conceituado jazz club Duc Des Lombards), Porto (na Casa da Música), Londres (no tradicional jazz club Ronnie Scott’s) e Basel, na Suíça (onde o quarteto fez 4 shows no Birds Eye Jazz Club). As apresentações irão resultar num disco ao vivo com gravações ao vivo a ser lançado no primeiro semestre de 2019. O primeiro disco, Ludere, pode ser ouvido nos principais canais digitais de música. Já o novo disco, “Retratos”, está disponível para audição nas plataformas digitais e download no site do selo Blaxtream no link: https://www.blaxtream.com/ludere.
VIRGÍNIA RODRIGUES & GRUPO (BA)
A voz potente de Virgínia Rodrigues tem a força de um canto ancestral. Com 21 anos de carreira e reconhecida internacionalmente, a cantora baiana encerra a terceira edição do PIRI JAZZ FESTIVAL. Seu canto tem influência de música clássica, samba e jazz, e as letras fazem referências a entes do candomblé e umbanda. A voz grave atinge desde notas agudas até tons mais graves, com extensão e melodia.
Seu mais recente álbum, o quinto da carreira, é “Mama Kalunga”, referência em cultura africana. Em 2016, o CD foi indicado como Melhor Disco no 27º Prêmio da Música Brasileira e Virgínia ganhou o prêmio de melhor cantora. A história da cantora ficou tão conhecida no exterior que os jornalistas americanos a apelidaram de Cinderela brasileira. Ex-manicure, já no lançamento de seu primeiro disco, realizou turnês pelos Estados Unidos e Europa.
De origem humilde, sua formação musical se deu em corais de igreja e do que ouvia em seu rádio de pilha. Com uma sofisticação musical sem igual, aliada ao despojamento e intensa energia de palco, a cantora emociona a plateia com seu canto poderoso e aveludado, que transita entre o erudito e o popular.
EDIÇÕES ANTERIORES
Piri Jazz Festival 2008
O 1° Piri Jazz (2008) atraiu um público de mais de cinco mil pessoas à Rua do Rosário, além de centenas de espectadores às duas apresentações no Teatro Pireneus. O tributo foi ao grande trompetista Márcio Montarroyos, falecido em dezembro de 2007. O evento teve oito shows ao ar livre e totalmente gratuitos. Rosa Passos – considerada uma legítima herdeira de João Gilberto – fez o show de abertura no tradicional Teatro de Pirenópolis, uma das joias da bela cidade histórica.
No sábado 26, às margens do Rio das Almas, na Rua do Rosário, teve início a programação do segundo dia, com shows de Renato Vasconcellos Quarteto (DF), Joatan Nascimento Quarteto (BA) e o gaúcho Yamandu Costa Trio. Mas não só: mais tarde, entrou em cena o extraordinário João Donato e trio. Domingo, último dia do evento, no palco da Rua do Rosário, apresentaram-se Marcelo Maia Trio (GO), Sambajazz Trio (RJ) e os músicos Luiz Bueno e Fernando Melo – Duofel (SP).
Piri Jazz Festival 2009
Com presença de mais de oito mil pessoas, o 2° Piri Jazz Festival foi realizado nos dias 28, 29 e 30 de agosto de 2009, repetindo a bem-sucedida repercussão no público e o sucesso entre os músicos e a crítica especializada. O homenageado foi o contrabaixista Luizão Maia, um dos maiores instrumentistas da música brasileira. Luizão morreu em janeiro de 2005. A programação do festival teve oito shows, todos na Rua do Rosário, ao ar livre e gratuitos. Ademir Junior Quarteto (DF), Celso Pixinga Trio (SP) e o excelente trombonista Bocato e seu trio que animaram o público na primeira noite.
No sábado, Ebinho Cardoso Quarteto (MT), Quarteto Brasil (RJ) com o baixista goiano Bororó e o grande pianista Cristovão Bastos. Encerrando a noite em grande estilo, Hamilton de Holanda e seu quarteto. No último dia, dois shows: Paulo Russo Trio (RJ) e o percussionista baiano Marco Lobo, grande revelação do festival.
III PIRI JAZZ FESTIVAL
Data: 19, 20 e 21 de outubro de 2018
Local: Rua do Rosário – Pirenópolis/GO
Horário: 20h (sexta e sábado) e 19h (domingo)
ENTRADA FRANCA
Produção: Tantri Arte
Patrocínio: Fundo de Arte e Cultura (FAC) e Programa Estadual de Incentivo à Cultura (Lei Goyazes).