COMPANHIA BRASILIENSE CELEBRA 15 ANOS

Margaridas Cia de Dança apresenta seus mais recentes espetáculos: Ritmo de Forma Silenciosa e Vidro e Alumínio

*Apresentações em Belém, nos dias 20 e 21 de abril, no Teatro Universitário Cláudio Barradas

FOTOS EM ALTA:
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2019 é um ano de celebração para a Margaridas Cia de Dança, uma das mais atuantes do cenário da dança contemporânea brasiliense. Para comemorar seus 15 anos de existência, o grupo promove uma turnê, apresentando dois espetáculos em Brasília, Belém e Curitiba. Serão dois dias de apresentação em cada cidade.

No palco, Vidro e Alumínio, de 2014, que aborda o tema dos relacionamentos humanos com muita poesia, e Ritmo de Forma Silenciosa (2015), uma visão do ser humano na sociedade, sempre em busca de reconhecimento. Em Belém, cidade natal da diretora e coreógrafa da companhia, Laura Virgínia, as apresentações serão nos dias 20 e 21 de abril, no Teatro Universitário Cláudio Barradas, sempre às 20h. Após as sessões, acontecerá um bate-papo com os integrantes da Margaridas sobre o processo criativo da companhia.

O trabalho da Margaridas Cia de Dança é caracterizado pela integração entre as diferentes linguagens. As criações da companhia são desenvolvidas a partir da transdisciplinaridade, rompendo as barreiras entre dança, literatura, música, vídeo, performance. O resultado é um mergulho na experiência humana, através da poesia, da imagem, do movimento. “Sou formada em literatura pela Universidade de Brasília, além de dançar, dirigir e coreografar. Logo, veio a ideia de misturar estas artes. Assim, surgiu a Margaridas, que conta com diversos espetáculos e muita história”, afirma a idealizadora da companhia, a brasiliense Laura Virgínia.

A celebração dos 15 anos da Margaridas Cia de Dança conta com o patrocínio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal através do FAC – Fundo de Apoio à Cultura.

OS ESPETÁCULOS

Ritmo de Forma Silenciosa

“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda” (Cecília Meireles)

Inspirado nas manifestações artísticas do início do século XX, criadas como uma forma de protesto à opressão sofrida pelos negros nos Estados Unidos, o espetáculo mostra, de uma forma geral, como o ser humano busca reconhecimento e singularidade. Em Ritmo de Forma Silenciosa (criação de 2015) estão temáticas como o jazz norte-americano e o movimento pelos direitos civis das décadas de 1960/70 nos Estados Unidos. A partir daí, a companhia escolheu Angela Davis, Ella Fitzgerald, Jack Kerouac, John Coltrane, Madeleine Peroux, Miles Davis, Nina Simone, Peggy Lee, Rosa Parks, Serge Gainsbourg e Vince Guaraldi para dar luz ao espetáculo.

Ritmo de Forma Silenciosa agrega o trabalho de três coreógrafos com trajetória reconhecida no cenário da dança. Cleani Marques Calazans trabalha, em sua coreografia, os paradoxos entre liberdade, restrição, apatia, vibração, direito de ir e vir e movimentos cerceados. O bailarino e coreógrafo Édi Oliveira opotou por mergulhar na sonoridade e texturas do jazz e na liberdade (e prisão) da expressão. E Laura Virgínia, diretora do espetáculo buscou inspiração em três grandes mulheres e suas ações revolucionárias: Rosa Parks, Ângela Davis e Nina Simone, mulheres negras que marcaram a história. “A imersão nesse universo faz o público refletir, se divertir e transcender a sua existência pessoal a uma universalidade de pensamentos, sentimentos e humanidade”, destaca Laura Virgínia.

Vidro e Alumínio

Montado em 2015, o espetáculo Vidro e Alumínio ganhou vida e forma pelo texto da escritora portuguesa Inês Pedrosa. A obra Nas Tuas Mãos traz a história de três mulheres, de três gerações. A avó Jeny, que ainda vivia em uma época em que os casamentos eram laços eternos. A filha Camila, uma fotógrafa da década de 60 que se utiliza de seus álbuns de fotografia como memória. E, por último, Nathália, uma arquiteta que vive na superficialidade dos amores modernos e líquidos, mas que ainda se conecta com a avó falecida por meio de cartas.

A produção fala dos relacionamentos e das influências que os mesmos têm sobre toda uma geração. A iluminação dá o tom do espetáculo, que utiliza textos em off e de diários, álbuns de fotos e da psicodelia de um mundo contemporâneo. “As casas eram feitas de madeiras, para durar. Hoje, elas são perecíveis, feitas de vidro e alumínio”, pontua Laura Virgínia, baseada em uma das falas da personagem da avó Jeny.

Segundo Laura, que também é diretora de ambos os espetáculos, além de coreografar e dançar, a produção realça as três gerações e seus conflitos. “Mostramos como o histórico interfere no privado e vice-versa”, conclui.

MARGARIDAS COMPANHIA DE DANÇA

A companhia Margaridas foi criada em Brasília, em 2004, com o propósito de pesquisar, realizar e divulgar criações desenvolvidas a partir do trânsito do corpo que dança em diálogo com o corpo textual, provocando novas maneiras de pensar e fazer a dança contemporânea. Desde então, já foram oito espetáculos: Perto do coração selvagem (2004), Campo de Flores (2005), Tu não te moves de ti (2006), Rainha (2007), Samambaia (2009), Buquê (2011), Vidro e Alumínio (2014) e Ritmo de Forma Silenciosa (2015). E também oito videodanças – como De água nem tão doce (2006) e W3 Sul hortas y pomares (2018) -, todos coreografados pela coreógrafa paraense radicada em Brasília Laura Virgínia.

O repertório de obras, tanto espetáculos quanto videodanças, foi apresentado em palcos, espaços públicos, festivais, mostras e projetos artísticos no Brasil e no exterior. Nos anos de 2009 e 2012, o grupo recebeu o Prêmio FUNARTE de Dança / Klauss Vianna.

LAURA VIRGÍNIA – Diretora da Cia Margaridas, Laura Virgínia é coreógrafa, diretora, videodancemaker e escritora, com uma vasta produção multimídia. É doutoranda em Artes pela UnB – Universidade de Brasília e pesquisadora no CDPDan – Coletivo de Documentação e Pesquisa em Dança Eros Volúsia CnPQ/CEN/UnB. É coreógrafa residente da Margaridas Companhia de Dança, (Brasil, 2004). Em 2010, foi contemplada com a bolsa FUNARTE de residência em artes cênicas, em Londres, Lisboa e Brasília, realizando quatro videodanças em cocriação com artistas nacionais e internacionais, compondo a série “Pequenas Criaturas”. Seu primeiro livro “Buquê” foi lançado em 2006. Em 2018, publicou o projeto entrecruzados, de vídeo + livro, junto com outros artistas. É idealizadora e curadora de Cultdance mostras de solos, duos e videodança desde 2005. Seus trabalhos foram apresentados e estão em arquivos de eventos internacionais e nacionais em constante exibição.

FICHA TÉCNICA:

Vidro e Alumínio (2014)
Coreógrafa e Diretora: Laura Virgínia
Texto: Inês Pedrosa de Nas Tuas Mãos
Assistente de Direção / Ensaiadora: Anna Uchôa
Elenco: Carol Barreiro, Laura Virgínia, Leandro Menezes e Luig Ernani
Trilha Sonora e Projeto Sonoro: Phil Jones

Ritmo de Forma Silenciosa(2015)
Direção e Coreografia: Laura Virgínia
Coreografia Summertime: Helena Macedo
Coreografia Wake me at 5 e MTume: Édi Oliveira
Assistente de Direção / Ensaiadora: Anna Uchôa
Elenco: Carol Barreiro, Laura Virgínia, Leandro Menezes e Luig Ernani
Trilha Sonora:
Ella Fitzgerald Summertime
John ColtraneMy Favorite Things
Madeleine Peyroux Dance Me to the End of Love
Miles Davis MTume
Nina SimoneAin’t got no I got Life, Feeling Good, Missisipi Goddam,
My Baby Just Cares for Me
Peggy Lee Fever
Serge GainsbourgWake me at 5
Vince Guaraldi Trio Linus And Lucy
Textos: Jack KerouacAmerican Haikus, Langston HughesDesejo, Leo Branton
Jr. Argumentação de defesa no julgamento de Angela Davis
Cenografia e Figurinos: Luísa Lemos
Diretor Técnico e Iluminador: Marcelo Augusto Santana
Identidade Visual: Bergamota Criações em Arte
Designer Gráfico: Fabiano Araruna
Produção: Chang Produções
Produção local Belém: Igor Kiyoshi
Registro em Fotografia: NityamaMacrini
Registro em Vídeo: Gustavo Serrate

SERVIÇO
15 anos Margaridas Cia de Dança apresenta:

Vidro e Alumínio
Dia 20 de abril, Sábado
Horário: 20h

Videodança
Dia 20 de abril, Sábado
Horário: 18h
Entrada gratuita

Ritmo de Forma Silenciosa
Dia 21 de abril, Domingo
Horário: 20h

Local: Teatro Universitário Cláudio Barradas (R. Cônego Jerônimo Pimentel, nº 546 – Umarizal)
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada), à venda na bilheteria do teatro, uma hora antes do início de cada espetáculo
Não recomendado para menores de 12 anos
Mais informações: (61) 98348-4414

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