Cinema Novo, de Eryk Rocha, abre o Festival de Brasília
*Premiado com o Olho de Ouro no Festival de Cannes, documentário será exibido no dia 20 de setembro, às 20h30, na solenidade de abertura, para convidados, no Cine Brasília
“Cinema é cachoeira”. As palavras do mestre Humberto Mauro guiaram o jovem cineasta Eryk Rocha a compor o longa Cinema Novo, um ensaio poético sobre o movimento que lançou alguns dos maiores nomes do cinema brasileiro em todos os tempos, como Glauber Rocha (pai de Eryk), Nelson Pereira dos Santos, Cacá Diegues, Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman. O filme – recentemente premiado no 69º Festival de Cannes com o L’Oeil D’Or (Olho de Ouro), dedicado ao cinema documentário – foi o escolhido para a noite de abertura do 49º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO. Ele será exibido em sessão especial para convidados, no dia 20 de setembro, a partir das 20h30, no Cine Brasília.
Cinema Novo mescla imagens de arquivo e de acervos dos próprios cineastas (colhidos no Brasil e no exterior), depoimentos recentes e outros nem tanto (vários deles captados especialmente para o longa), para propor um grande passeio pelo movimento nascido nos anos 1960 e que forjou as bases do cinema brasileiro. Sem a proposta de definir o movimento ou estudá-lo, o documentário se integra ao Cinema Novo, relembrando ideias e conceitos, oferecendo a possibilidade de o espectador dos dias atuais enxergar o Cinema Novo em toda sua complexidade e procurando ver como os ideais do movimento dialogam com o Brasil contemporâneo.
Para o curador do Festival, Eduardo Valente, “Cinema Novo é o filme ideal para a abertura do Festival de Brasília pois, ao mesmo tempo que coloca o passado e o presente em conexão direta, apontando sempre para o futuro, o filme relembra e exercita um cinema onde estética e política não se separam. Essas dinâmicas todas são a cara do Festival de Brasília, então começar a edição desse ano sob a égide desse filme será marcante”.
ERYK ROCHA – Cineasta, 38 anos, filho dos realizadores Glauber Rocha e Paula Gaitán, tem criado uma premiada trajetória como documentarista, iniciada já no primeiro longa, Rocha que voa (2002), com arquivos de entrevistas de seu pai, premiado como melhor Longa do Cinesul, do Rio, e do festival É Tudo Verdade, de São Paulo. Desde então, seguiram-se Intervalo Clandestino (2006), Pachamama (2008), a ficção Transeunte (2010, prêmio de público do 6º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, em 2011), Jards (2012), Campo de Jogo (2014) e A Aula Vazia (2015).
O 49º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO é presidido pelo Secretário de Cultura Guilherme Reis, com coordenação geral de Sérgio Fidalgo (Coordenador de Audiovisual), tendo Graça Coutinho como coordenadora adjunta e Eduardo Valente como curador. Integra, ainda, a comissão de organização do Festival, o crítico e professor de cinema, Sérgio Moriconi. e a professora de cinema da UnB, Tânia Montoro, responsável, nesta edição, pelos seminários. Patrocínio do BNDES, Petrobras, Terracap e Banco de Brasília – BRB. Apoio da Lei de Incentivo à Cultura, Sistema Fibra, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Canal Brasil, Revista de Cinema, O2Pós, TV Brasil. Realização: Secretaria de Cultura do DF.
CINEMA NOVO – O FILME – O documentário de Eryk Rocha (Rocha que Voa, Campo de Jogo e Transeunte) só chegará aos cinemas do Brasil em novembro, com distribuição da Vitrine Filmes. A revista francesa Cahiers Du Cinema, a mais prestigiada publicação de cinema do mundo, publicou uma crítica do filme e afirmou: “O Cinema Novo é o cinema do futuro: Eryk Rocha restitui a força criativa, a energia incandescente, o desejo e a paixão de um movimento que nunca deixou de ser contemporâneo”.
Eryk Rocha revela que a ideia de fazer Cinema Novo nasceu de uma conversa com o Canal Brasil. “O produtor do filme é o Diogo Dahl, que tem uma ligação afetiva com o tema e tem sido um grande parceiro nessa caminhada. Cinema Novo é um filme-ensaio composto de múltiplos fragmentos de filmes e arquivos, e é fruto de um longo e denso processo de nove meses de montagem que contou o com magnifico trabalho do montador Renato Vallone. Nesse sentido foi essencial a participação das diversas famílias dos autores que nos ajudaram a construir esse filme.”.
SINOPSE – Ensaio poético que investiga um dos principais movimentos cinematográficos latino-americanos, através do pensamento e fragmentos de filmes dos seus principais autores. O filme mergulha na aventura da criação de uma geração de cineastas que inventou uma nova forma de fazer cinema no Brasil – a partir de uma atitude política que juntava arte e revolução – e que tinha como desejo um cinema que tomasse as ruas e fosse ao encontro do povo brasileiro.
FICHA TÉCNICA
Dirigido por Eryk Rocha
Produzido por Diogo Dahl
Montagem: Renato Vallone
Desenho Sonoro: Edson Secco
Coordenação de Produção: Joelma Oliveira Gonzaga e Flávia Vianna
Pesquisa: Thiago Brito/Adriana Peixoto.
Argumento: Eryk Rocha/ Juan Posada.
Uma Produção Coqueirão Pictures e Aruac Filmes
Em Coprodução com Canal Brasil e FM Produções
Distribuição: Vitrine Filmes
BIOGRAFIA DO DIRETOR
Eryk Rocha realizou em 2002 Rocha que Voa, seu primeiro longa metragem, que foi exibido nos festivais de Veneza, Locarno, e premiado em vários festivais, como o de melhor filme no Festival Internacional É Tudo Verdade. Realizou o curta Quimera, que integrou a competição do festival de Cannes 2004, recebeu o prêmio de melhor curta no Festival de Montevideo. Em 2009, seu filme Pachamama foi exibido e premiado em diversos festivais. Em 2011, lançou seu primeiro filme de ficção, Transeunte, selecionado para mais de 25 festivais, incluído o prestigioso festival de Telluride nos EUA. Recebeu mais de vinte e cinco prêmios nacionais e internacionais, incluindo o prêmio de melhor opera prima no festival de Guadalajara, e melhor filme brasileiro de 2011 pela critica.
Em 2013, Eryk lançou Jards que recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio – 2012.
Em 2015, lançou seu sexto longa metragem, Campo de Jogo. O filme foi exibido nos festivais: BFI London, CPH:DOX Copenhague, MoMA. Atualmente, finaliza seu sétimo longa metragem Cinema Novo que será lançado no final de 2016, pela distribuidora Vitrine Filmes. Além de preparar seu oitavo longa e segunda incursão na ficção Breves Miragens do Sol, que será filmado no segundo semestre de 2016.
Filmografia
Rocha que Voa/ Stones in the sky (Brasil/Cuba, 2002)
Quimera / (Brasil, 2004)
Medula / (Brasil, 2005)
Intervalo Clandestino/Clandestine Break (Brasil, 2006)
Pachamama (Brasil, 2009)
Transeunte/Passerby (Brasil, 2011)
Jards (Brasil, 2013)
Campo de Jogo /Sunday Ball (Brasil, 2015)
2016 – Cinema Novo (Brasil, 2016)
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