A AUTÓPSIA DE UM BEIJA-FLOR

Espetáculo reflete sobre o voyeurismo da sociedade contemporânea

*Nova encenação da Cia Plágio de Teatro apresenta o mais novo texto do dramaturgo argentino Santiago Serrano

*Dois premiados e experientes atores, Sérgio Sartório e André Deca dão vida a investigadores

*Temporada no Teatro 1 do CCBB

A história recente registra nomes como Edward Snowden (o analista norte-americano que revelou a existência de um sistema de vigilância global da NSA – Agência de Segurança Nacional dos EUA) e WikiLeaks (organização que divulga informações confidenciais vazadas de governos e empresas sobre corrupção, violações de direitos humanos, crimes de guerra) que confirmam a existência de uma grande aldeia global – prognosticada por Marshall McLuhan nos idos da década de 1960 – em que todos os movimentos são monitorados. Não estamos sozinhos, todos sabem disso. Vive-se sob o olhar do outro, interessado no outro, vigiando o outro. Foi a partir dessa reflexão que o dramaturgo argentino Santiago Serrano construiu a narrativa de A Autopsia de um beija-flor, texto inédito que chega agora ao palco do Centro Cultural Banco do Brasil, através do talento da Cia Plágio de Teatro. Com estreia prevista para 16 de dezembro, o espetáculo fará três semanas de temporada, com entrada franca.

A Autopsia de um beija-flor marca a nova parceria de Santiago Serrano com a Cia Plágio de Teatro, que já rendeu o premiado espetáculo Noctiluzes. Sob a direção de Sérgio Sartório, que divide a cena com André Deca, estará uma encenação que trata de tema relevante a todos os países da América Latina, que viveram e sofreram uma ditadura. Apesar de não abordar a ditadura como tema central, a peça mostra os resultados, que ainda colhemos, desses regimes. De maneira poética e filosófica, com humor ácido e suspense, o espetáculo levanta uma reflexão sobre o momento atual no mundo, onde os interesses pessoais estão acima dos públicos e onde a intolerância, o respeito ao próximo, a liberdade de expressão e a invasão de privacidade se banalizaram.

O espetáculo reúne uma equipe premiada, a começar pelos dois atores, Sérgio Sartório (que detém quatro prêmios de melhor ator em cinema e teatro) e André Deca (prêmios de melhor ator em festivais de cinema como Gramado e Brasília), além do cenógrafo e figurinista Roustang Carrilho (Prêmio SESC em 2012) e o sonoplasta Tomás Seferin (prêmios no festival Riocenacontemporânea e SESC). Todos eles estarão juntos a serviço da consagrada dramaturgia de Santiago Serrano, que já teve vários textos encenados no Brasil, com grande repercussão, como Dinossauros, Fronteiras, Eldorado, A Revolta e Noctiluzes.

A Autópsia de um beija-flor fará 12 apresentações no Teatro I do CCBB. O espetáculo poderá ser visto nos dias 16, 17, 18, 19, 21, 22, 23, 26 de dezembro, às 20h, e dias 28 e 29 de dezembro, às 18h30 e 20h. Detalhe: nos dias 26, às 20h, e dias 28 e 29, às 18h30 e 20h, as sessões terão tradução em Libras e Áudio-descrição. ENTRADA FRANCA.

O ESPETÁCULO

A encenação de A Autópsia de um beija-flor integra um projeto que vem sendo desenvolvido pela Cia. Plágio de Teatro de promover o intercâmbio de companhias brasileiras com a dramaturgia contemporânea latino-americana. E nada melhor do que montar o texto de um autor que conhece de perto o talento dos atores da companhia. O argentino Santiago Serrano escreveu Noctiluzes especialmente para a Cia Plágio de Teatro.

A trama narra a estória de um novato e um experiente, companheiros num trabalho que consiste em obter informações sobre a intimidade alheia, por encomenda. São voyeurs em nome de um contratante. Mas eles também são observados, por um mundo cheio de curiosos.

Texto enxuto e profundo, A Autópsia de um beija-flor se inspira na metodologia dos governos ditatoriais, fundamentada em situações de perseguição, espionagem de estado sobre personalidades, intelectuais e, neste caso, de um funcionário público e de uma esposa infiel, sua amante, a peça coloca em cena situações visíveis de polaridades. O espião é também espionado.

A Autópsia de um beija-flor reflete sobre os aspectos sócio-políticos, mas também sobre questões individuais relacionadas a uma palavra esquecida: “Ética”. Em um mundo onde o limite entre o bem e o mal está cada vez mais confuso, a peça transita nesse tênue limite.

OS ARTISTAS

SÉRGIO SARTÓRIO – Diretor/tradutor/ator
Com 18 anos de carreira, Sérgio já dirigiu e protagonizou dezenas de espetáculos na cidade. Começou sua pesquisa de linguagem que segue até hoje com a Cia. Plágio, ainda na faculdade, em 2000. Foi codiretor dos irmãos Adriano e Fernando Guimarães em vários espetáculos, dirigiu Hugo Rodas e foi dirigido pelos mais importantes diretores de Brasília. Tem quatro prêmios de melhor ator, e também de Melhor diretor e iluminador.

SANTIAGO SERRANO – Dramaturgo
Com 35 cinco anos de carreira, argentino, tem peças montadas em vários países como Brasil, Espanha e França. Premiado em concursos de dramaturgia, tem carinho especial pelo Brasil onde já teve quatro peças montadas e tornou-se parceiro da Cia. Plágio com a montagem de Noctiluzes, escrita especialmente para o grupo.

ANDRÉ DECA – Ator
Com 27 anos de carreira, ganhador do Kitito em gramado e do Candango em Brasília. Transita muito bem entre o teatro, cinema e televisão. Do drama a comédia. Ao lado de Sartório fez a peça “A última vida de um gato” que passou por quatro capitais brasileiras. Integra a Cia. Plágio desde 2009.

TOMÁS SEFERIM – Sonoplasta
Com trabalho inovador na música, integra o grupo Saca Saia, projeto que chama a atenção na cena brasilense. Vem pesquisando e executando trilhas originais para espetáculos conceituados. Para a Cia. Plágio será sua quarta trilha. O que colabora muito para a coerência dos trabalhos do grupo.

ROUSTANG CARRILHO – Cenógrafo e Figurinista
Formado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília, trabalha atualmente no mercado artístico profissional da cidade com técnicas de Cenografia, Figurino, Cabelo e Maquiagem, além do trabalho de Ator. Recebeu em 2012 o prêmio SESC de melhor cenografia e melhor espetáculo por “A História da Tigresa”. E em 2014 pelo cenário do espetáculo “Noctilizes”.

DANIELA VASCONCELOS – Produtora Executiva
Produtora e atriz, sócia na empresa Guinada Produções com 11 anos de experiência em Brasília e no Brasil. Com largo currículo em direção de produção e produção executiva. Integra a Cia. Plágio desde 2009.

SERVIÇO

Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: SCES Trecho 2 – Brasília/DF
Data: dias 16, 17, 18, 19, 21, 22, 23, 26 de dezembro, às 20h e dias 28 e 29 de dezembro, às 18h30 e 20h
Obs: Sessões com tradução em Libras e Áudio-descrição: dias 26, às 20h, e dias 28 e 29, às 18h30 e 20h
ENTRADA FRANCA
Classificação Indicativa: 14 anos
Informações: (61) 3108.7630
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O Centro Cultural também oferece transporte gratuito para escolas públicas, ONGs e instituições assistenciais do DF e entorno mediante agendamento pelo número 3108-7623 ou 3108-7624.

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