A escrita que vem da Ásia

Duas jovens vozes incendiárias, dois escritores de ponta em seus países. A Ásia estará muito bem representada na II BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA – que acontece em Brasília, de 12 a 21 de abril de 2014. Da China está confirmada a vinda de Murong Xuecun, hoje um dos autores chineses mais célebres. Da Coréia do Sul virá Kim Young-ha, que já conquistou todos os principais prêmios de seu país. Os dois chegam pela primeira vez ao Brasil e prometem surpreender a plateia com ideias ligadas à liberdade de expressão e os desafios da juventude nesta era de globalização. Xuecoun e Young-ha irão participar do seminário “A Literatura que vem do Oriente”.

Nascido em 1974, Murong Xuecun é conhecido na China por sua coragem na luta em defesa da livre expressão. Num país onde todo livro deve passar por um departamento de censura antes de ser editado, Xuecun tem conseguido escapar do rígido controle através do uso astuto da internet. Hoje, ele tem mais de 8,5 milhões de seguidores no Weibo, o equivalente chinês ao Twitter. Com uma escrita picante, violenta e niilista, o autor discorre sobre as contradições da vida humana. Seu livro “Leave Me Alone: A Novel of Chegdu” foi publicado on line em 2002 e em seguida editado na mídia impressa tendo vendido mais de um milhão de exemplares. A obra já foi traduzida para o inglês, francês, alemão, português e vietnamita.

Kim Young-ha é também um dos escritores mais proeminentes de sua geração. Nascido em 1968, o autor fala de emoções e desafios de jovens coreanos num mundo cada vez mais globalizado e em constante mudança. Em 2004, teve seu ano de “grand slam”, vencendo todos os principais prêmios literários de seu país, com o romance “Black Flower”, que falava dos imigrantes coreanos vivendo como escravos no México.

A II BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA será lançada no Rio de Janeiro em 3 fevereiro. O evento é uma realização do Instituto Terceiro Setor – ITS em parceria com Governo do Distrito Federal, através das Secretarias de Cultura e Educação do DF. A coordenação geral é do produtor Nilson Rodrigues e curadoria do jornalista e escritor Luiz Fernando Emediato. Produção executiva de Eduardo Cabral e produção do ITS – Instituto Terceiro Setor.