46º FBCB – Seminários e oficinas com inscrições abertas

46º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO preparou uma vigorosa programação de seminários gratuitos, reunindo alguns grandes nomes do cinema nacional. São encontros que prometem oferecer informações e propor novos olhares sobre a produção brasileira e o desenvolvimento da linguagem cinematográfica. No total, serão cinco seminários, sempre com entrada franca, a serem realizados nos salões do Kubitschek Plaza Hotel.

Sob a coordenação da professora Tânia Montoro, ocorrerão três seminários. Olhares Multiculturais: o cinema brasileiro no estrangeiro reunirá estudiosos e especialistas para uma análise sobre a relação entre cinema e cultura nos diferentes países, as perspectivas do cinema nacional no exterior, dentre outros temas. Para Humor e Comicidades – A Cultura do Riso no Cinema Nacional foram convidados nomes como Ian SBF (um dos fundados do Coletivo Porta dos Fundos) para discorrer sobre as várias expressões e possibilidades do humor no cinema brasileiro. E o seminário Cinema em Alto e Bom Som trará para Brasília profissionais da expressão dos cineastas Ana Rieper, Marcelo Machado e Lírio Ferreira, todos autores de obras que investigam a relação entre cinema e música brasileira.

O produtor Marcus Ligock Jr coordenará Estratégias para o Desenvolvimento das Pequenas Empresas do Audiovisual Brasileiro, que reunirá pessoas de destaque do audiovisual para falar de suas visões do futuro da produção brasileira e as oportunidades para as pequenas produtoras nos cenários nacional e internacional. E sob a coordenação do cineasta André Leão será realizado o seminário A relevância da representatividade das entidades da sociedade civil do audiovisual brasileiro, visando traçar linhas de atuação que proporcionem o fortalecimento das entidades representativas do audiovisual brasileiro.

A 46ª edição do FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO tem coordenação geral de Sérgio Fidalgo, coordenador de Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura do GDF. O Patrocínio é da Petrobras, BNDES, Terracap e BRB. Apoio da Lei de Incentivo à Cultura, Inframérica (Aeroporto de Brasília), Câmara Legislativa do Distrito Federal, Canal Brasil, TV Brasil, Revista de Cinema. Realização: Instituto Alvorada Brasil, Secretaria de Cultura, Governo do Distrito Federal e Ministério da Cultura.

PROGRAMAÇÃO

SEMINÁRIO ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS EMPRESAS DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
18 e 19 de setembro, 14h às 18h, Kubitschek Plaza Hotel
Curadoria e coordenação: Marcus Ligocki Jr

Objetivo: Reunir pessoas de destaque na cadeia produtiva do audiovisual para apresentarem suas visões sobre o futuro da produção brasileira e, juntas, pensarem sobre as principais oportunidades para as pequenas produtoras nos cenários nacional e internacional.
Provocação: Quais os possíveis caminhos para o aumento da participação das pequenas produtoras no mercado brasileiro de produção audiovisual?
Temas: A Conjuntura Econômica; A Distribuição Cinematográfica; A Inserção das Cinematografias Regionais; e Estratégias empresariais para o desenvolvimento audiovisual
18 de setembro, 14h às 16h
Tema: A Conjuntura Econômica
Objetivo: Apresentar a conjuntura atual da economia do audiovisual e os direcionamentos para médio e longo prazo.
Convidados: Hamilton Pereira, secretário de Cultura do DF; Leopoldo Nunes, secretário do audiovisual/MinC; Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine; Leonardo Hernandes, coordenador do Fundo de Apoio à Cultura/SEC/DF; Marco Altberg, presidente da ABPITV; Luciane Gorgulho, chefe do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo /BNDES.
Mediador: Renato Barbieri

18 de setembro, 16h às 18h
Tema: A Distribuição Cinematográfica
Objetivo: Apresentar a linha de trabalho da distribuidora, os seus modelos de participação no financiamento das obras cinematográficas e a visão sobre o momento atual da produção audiovisual brasileira.

Convidados: Bruno Wainer, diretor executivo da Downtown; Jean Thomas – Imovision/diretor geral; Sílvia Cruz – Vitrine Filmes/diretora geral; Sandro Rodrigues, diretor geral da H2O Filmes; Laura Fazoli – Sales Agent e Antônio Urano – Projeto de Distribuidora para o Nordeste.
Mediador: Marcus Ligocki Jr

19 de setembro, 14h às 16h
Tema: A Inserção das Cinematografias Regionais
Objetivo: Apresentar as atividades atuais, desejos, limitações, bem como a visão de futuro para a produção de conteúdo audiovisual fora do eixo Rio-São Paulo.

Convidados: Renato Barbieri, diretor da Aprocine; André Carvalheira, presidente da ABCV; Isabela Cribari, representante da APCNN; Gustavo Spolidoro, realizador do Rio Grande do Sul; Rodrigo Camargo, coordenador do Núcleo do FSA; e Leopoldo Nunes, secretário do Audiovisual/MinC.
Mediador: Marcio Curi
19 de setembro, 16h às 18h
Tema: Estratégias Empresariais para o Desenvolvimento Audiovisual
Objetivo: Apresentar os cases de produtoras brasileiras de conteúdo audiovisual bem-sucedidos, as estratégias adotadas para seus desenvolvimentos individuais, além de suas visões de futuro para o mercado.

Convidados: Marcio Curi, Asacine; João Júnior, REC; Marcos Didonet, Total Filmes; Mariza Leão, Morena Filmes e Toni Venturi, Olhar Imaginário.
Mediador: Christian de Castro

Marcus Ligocki Jr – Produtor, diretor, roteirista. Formado em Comunicação Social pela Universidade de Brasília, com especialização em Film & Television Business pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e com um MBA em Gestão Empresarial também pela FGV, Ligocki coordenou a implantação do curso de graduação em Cinema e Mídias Digitais do IESB e é diretor da APROCINE – Associação de Produtores e Realizadores de Longas-Metragens do Distrito Federal. Responsável pela produção do premiado documentário de longa-metragem Rock Brasília – era de ouro dirigido por Vladimir Carvalho. Produziu ainda os longas As vidas de Maria e Félix Varela, de Renato Barbieri, o curta Suicídio cidadão, de Iberê Carvalho, e os documentários para a televisão realizados em coprodução com a HBO, Mauricio de Sousa e Cidades inventadas. Em curso novos projetos para cinema e televisão, como O último Cine Drive-In, Pureza e efeito ex-marido. Ligocki é o sócio-fundador da Ligocki Entretenimento.
SEMINÁRIO OLHARES MULTICULTURAIS: O CINEMA BRASILEIRO NO ESTRANGEIRO
Dias 20 e 21 de setembro, 14h30 às 18h, Kubitschek Plaza Hotel
Curadoria: Tânia Montoro, com a colaboração de Maria do Rosário Caetano
Coordenação: Tânia Montoro – UnB

O cinema brasileiro tem merecido, ao longo das últimas décadas, análises e estudos de especialistas em outros países. Tais investigações teóricas, além de possibilitar um aprofundamento do debate, têm acrescentado novas perspectivas, como as relações entre cultura e cinema de diferentes países, a consolidação da indústria de audiovisual nacional, as formas de colonização, as histórias de resistências e as correntes migratórias que tornam imperativas a discussão sobre questões étnicas, raciais e de gênero.

Integrantes
Randal Johnson – Professor de literatura, cinema e cultura brasileira na Universidade da Califórnia; autor de The Film Industry in Brazil, Literatura e cinema: Macunaíma do Modernismo na Literatura ao Cinema Novo e Brazilian Cinema (coeditado com Robert Stam), entre outros trabalhos sobre o cinema brasileiro.

Gian Luigi de Rosa – Professor da Universidade de Salento/ Itália, especialista em tradução audiovisual. Organizador do livro Alle Radici del Cinema Brasiliano e autor de diversos ensaios sobre o cinema brasileiro, como Em busca de uma terceira margem cinematográfica.

Paulo Antonio Paranaguá – Historiador de cinema e jornalista do Le Monde/ França. Autor de Cinema na América Latina: Longe de Deus e perto de Hollywood e Cine documental en América Latina, entre outros.

Stephanie Dennison – Professora da Universidade de Leeds/ Inglaterra e Doutora em estudos brasileiros. Em parceria com Lisa Shaw, é autora de Brazilian National Cinema, Popular Cinema in Brazil e editora de Latin American Cinema e Pop Culture Latin America.
SEMINÁRIO HUMOR E COMICIDADES – A CULTURA DO RISO NO CINEMA NACIONAL
Dia 22 de setembro, 14h30 às 18h, Kubitschek Plaza Hotel
Curadoria: Tânia Montoro, com a colaboração de Maria do Rosário Caetano
Coordenação: Tânia Montoro – UnB

O seminário é dedicado a pensar o riso e o risível em várias modulações na cultura cômica cinematográfica nacional. Comédia e sátira de um lado, inteligência e astúcia de outro. O riso e o humor são linguagens transculturais, mas carregadas elementos de historicidade. Nessa perspectiva, o seminário pretende investigar o humor no cinema nacional em suas várias expressões e múltiplas possibilidades de diálogos com o público.

Integrantes
Elias Thomé Saliba – Professor de História na Universidade de São Paulo e especialista na história cultural do humor brasileiro. Autor de Raízes do Riso: a representação humorística na história brasileira, além de vários outros textos acadêmicos e ensaios jornalísticos sobre a cultura do riso.

Maria Thereza Negrão de Mello – Professora do departamento de História da Universidade de Brasília e organizadora, com Marcia Kuyumjian, do livro Cultura cômica e ambiência cotidiana: história cultural, risibilidade e humor.

Ian SBF – Um dos cinco fundadores do Coletivo Porta dos Fundos, que se tornou um dos maiores fenômenos de audiência do audiovisual nos últimos anos. Ian SBF é responsável pela direção dos vídeos, sendo também realizador da série televisiva O Fantástico Mundo de Gregório (2012) e das comédias em longa-metragem Podia ser Pior (2010) e Teste de elenco (2011), esta última lançada diretamente na internet.
SEMINÁRIO CINEMA EM ALTO E BOM SOM
Dia 23 de setembro, 14h30 às 18h, Kubitschek Plaza Hotel
Curadoria: Tânia Montoro, com a colaboração de Maria do Rosário Caetano
Coordenação: Tânia Montoro – UnB

O propósito é debater a relação entre o cinema nacional e a memória musical, que tem produzido encontros fecundos entre linguagens de formatos híbridos e que, ao lançar biografias e trajetórias de carreiras musicais, permite ao cinema narrar o samba, a bossa nova, o sertanejo, a música de raiz, o frevo, entre outras expressões musicais, fazendo assim a releitura de um cinema sonoro brasileiro.

Integrantes
René Sampaio – Diretor do longa-metragem Faroeste Caboclo (2013). Produtor e realizador de publicidade, sócio da Fulano Filmes, René é formado em Comunicação pela Universidade de Brasília. Iniciou sua carreira com filmes experimentais na década de 1990.

Ana Rieper – Diretora de Vou Rifar Meu Coração (2011), premiado documentário sobre a influência da música brega no cotidiano brasileiro. Seus trabalhos na tevê envolvem a direção, entre 2005 e 2010, do programa Afinando a língua, apresentado pelo músico Tony Belotto.

Marcelo Machado – Diretor do documentário Tropicália (2012) sobre o movimento musical que revolucionou a história cultural do Brasil em fins da década de 1960. Seus trabalhos para a tevê envolvem a série Música Brasileira, exibida pelo canal Multishow.

Lírio Ferreira – diretor dos documentários Cartola – Música para os Olhos (2007) e O Homem que Engarrafava Nuvens (2009), sobre o “doutor do baião” Humberto Teixeira, eleito melhor filme documentário no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2011. Entre os seus trabalhos ficcionais, destacam-se Baile Perfumado e Árido Movie.

Coordenação: Profa. Dra. Tânia Montoro
Doutora em cinema e televisão pela Universidad Autónoma de Barcelona, com pós-doutoramento em cinema pela UFRJ. Professora e pesquisadora da Faculdade de Comunicação da UnB , vice-coordenadora da linha de pesquisa em Imagem e Som do programa de mestrado e doutorado. Publicou diversos livros e artigos sobre cinema, televisão e cultura contemporânea. Realizadora de audiovisual, participa constantemente de júris, mostras e equipes de seleção de festivais internacionais de cinema. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema – Socine. Coordenadora da pesquisa Imagens – Construções, Representações e Imaginários, pelo CNPq.

Assistente: Mike Peixoto, doutorando em cinema pela UnB, professor de Teoria e Estética do Audiovisual e pesquisador na área de autoria cinematográfica.
? SEMINÁRIO A RELEVÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE DAS ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
Dia 24 de setembro, de 14h30 às 18h, Kubitschek Plaza Hotel

Objetivo: Discutir a conjuntura de atuação das entidades da sociedade civil do setor audiovisual brasileiro, buscando alternativas de melhorias para os problemas da suposta desmobilização que padecem algumas delas, bem como da deficiência de representatividade de outras tantas. Por meio de análises, sugestões, ponderações e troca de experiências de êxitos e insucessos de pessoas que se dedicam à mobilização e organização de entidades da sociedade civil, pretendemos traçar linhas de atuação que proporcionem o fortalecimento das entidades representativas do audiovisual brasileiro, fazendo-as mais mobilizadoras e participativas.
Provocação: Quais os possíveis caminhos para o aumento da participação dos entes e agentes culturais do audiovisual nas organizações representativas da sociedade civil?
Temas: Paradigmas da representatividade nas entidades da sociedade civil do audiovisual brasileiro; formas de gestão das tradicionais e das renovadas entidades classistas do audiovisual brasileiro; mobilização de entidades classistas; e gestão horizontalizada em detrimento da gestão verticalizada.

Convidados: André Carvalheira, Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo – ABCV; Maria do Rosário Caetano, jornalista e crítica de cinema; Marcus Ligocki Jr, Associação de Produtores e Realizadores de Filmes de Longa Metragem de Brasília – APROCINE; Ana de Arruda, Conselho Nacional de Cineclubes – CNC; Adirley Queirós, Coletivo de Cinema em Ceilândia – Ceicine; e Joaquim Carlos Carvalho, Comitê pela Democratização da Comunicação do Distrito Federal.

Coordenação: André Leão
É formado em Comunicação Social. Estudou Produção Cinematográfica em Cuba, na Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños – EICTV, uma das instituições acadêmicas mais importantes do mundo cinematográfico. Seus filmes obtiveram mais de 50 prêmios internacionais nas 130 participações em festivais realizados em aproximadamente 40 países. Por quatro anos foi coordenador acadêmico dos alunos e professores que fazem parte dos dois anos de curso regular da EICTV, organizando o projeto docente do Departamento de Documentários. Atualmente é vice-presidente da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo – ABCV, diretor de Pesquisa e Projetos da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas – ABD Nacional e membro do Comitê Consultivo da SAv/MinC, na representação dos curtametragistas.