22º CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA
Maior festival internacional de artes cênicas da região central do Brasil realiza nova edição on-line
*Trabalhos inéditos de seis países em 10 dias de programação
* Apresentação, em primeira mão, de “Never Twenty One”, do francês Smaïl Kanouté sobre o assassinato de jovens negros
*Estreia no Brasil de obras como “Ana contra la muerte”, do uruguaio Gabriel Calderón, e “Reconciliação”, da portuguesa Patrícia Portela em parceria com o brasileiro Alexandre Dal Farra
*Exibição dos inéditos “À Espera de Godot” e “Estranhas”, do Distrito Federal
*Nova edição dos Encontros do Cena com diálogos sobre ‘Memória, afeto, revolução’
*Exibições gratuitas, no site e no canal do YouTube do Cena Contemporânea
*FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72157719275770079
Obras inéditas de alguns dos mais inventivos encenadores da América Latina, da Europa e do Brasil estarão reunidas na tela do CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA, que acontece de 1º a 10 de julho, em formato totalmente virtual e gratuito. Um dos mais importantes festivais de artes cênicas do Brasil, o Cena chega à 22ª edição, em 26 anos de história, com uma programação que quer refletir sobre identidade, respeito, democracia, memória, preconceito, afeto, revolução, sem perder o sentido do momento que o planeta está vivendo. Logo na noite de abertura, será possível conhecer trabalhos do premiado dançarino, coreógrafo e designer francês Smaïl Kanouté, discorrendo, por exemplo, sobre a morte prematura de jovens negros nas cidades de Nova York, Rio de Janeiro e Johanesburgo em “Never 21”, que ecoa a hashtag #Never21 do movimento Black Lives Matter.
Ao longo de dez dias, serão exibidos, em formato on-line, trabalhos da França, Portugal, Chile, Peru, Uruguai e Brasil. São obras como “Ana contra la muerte”, novo trabalho do premiado dramaturgo e encenador uruguaio Gabriel Calderón, que conta com três grandes atrizes do teatro do país. Também “Hamlet”, produção peruana que apresenta uma livre adaptação da clássica tragédia de Shakespeare com elenco inteiramente formado por atores e atrizes com Síndrome de Down. E “Reconciliação”, coprodução Brasil-Portugal que vem sendo trabalhada desde 2018, para falar de reconciliação como tentativa de aceitação de limites, de respeito às diferenças. Um total de 13 trabalhos, que oferecem um panorama dos principais temas espelhados pela arte contemporânea.
A programação será exibida gratuitamente, com estreias no site do festival – www.cenacontemporanea.com.br, integrado ao canal YouTube do Cena Contemporânea. Basta clicar no link e assistir. Cada espetáculo poderá ser visto por mais três dias depois de sua estreia no canal do festival.
O 22º CENA CONTEMPORÂNEA tem direção e curadoria de Guilherme Reis e conta com o patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e da Funarte e Iberescena. Apoio do Camões – Centro Cultural Português em Brasília e da Embaixada da França no Brasil.
O FESTIVAL
Identidade, memória, inclusão, futuro. Estes são temas que perpassam os trabalhos que integram a edição 2021 do CENA CONTEMPORÂNEA. Identidade com o sentido de alteridade é marca do trabalho do francês de origem malinesa Smaïl Kanouté, reconhecido como um dos mais inventivos e múltiplos artistas de sua geração. Dele, o festival apresenta cinco trabalhos: “Never 21”, “Yasuke Kurosan, le samouraï noir au Japon”, “Jidust – pousière d’eau”, “Univers” e uma prévia do espetáculo “Never Twenty One”, que Kanouté está apresentando presencialmente neste momento na França.
A memória que evoca biografias – como reconstrução e reconhecimento pessoal – e seu alcance político caracteriza as obras do chileno Mauro Malicho Vaca Valenzuela e da peruana Diana Daf Collazos. Malicho apresenta “Reminiscencia”, trabalho que será exibido em tempo real e para o qual faz uso de instrumentos virtuais como o Google Maps para aos poucos ir situando o espectador no universo a ser abordado, o da vida de seus avós e, como consequência, do próprio Chile. Já em “Preludio – Acciones del Silencio”, Diana Daf protagoniza uma obra que passeia do palco de um teatro aos locais marcantes da vida de seus antepassados para investigar os silêncios que permanecem entre os povos da América Latina.
Mas memória também pode ser lembrar dos grandes sucessos do rock, explorando a poesia contida nas letras de composições assinadas por nomes como Bob Dylan, Lou Reed, Syd Barret, John Lennon e tantos outros, comprovando sua relevância política. Esta é a proposta de “Estro-Watts – Poesia da Idade do Rock”, do encenador português Gonçalo Amorim, à frente do Teatro Experimental do Porto.
Inclusão é a marca da obra “Hamlet”, da encenadora peruana Chela De Ferrari. O clássico shakespeariano é levado ao palco por um elenco completamente integrado por atores e atrizes com Síndrome de Down. Fruto de um processo colaborativo, em que os artistas foram se apropriando dos personagens e dando-lhes suas próprias palavras, “Hamlet” reflete, com grande rigor teatral, sobre reconhecimento, conferindo outras camadas ao teor político inerente ao texto.
Um olhar para o futuro e suas conjecturas – e para o presente com sua complexidade – está na raiz de trabalhos como “Reconciliação”, da portuguesa Patrícia Portela e do brasileiro Alexandre Dal Farra; de “Estranhas”, direção de Jonathan Andrade para ideia das atrizes Renata Soares e Beta Rangel; da encenação brasiliense do clássico becktiano (sempre atual) “À Espera de Godot”, dirigido por William Ferreira; de “Solos para um corpo em queda”, da atriz e performer Tatiana Bittar; e do novo trabalho do premiado encenador uruguaio Gabriel Calderón, “Ana contra la muerte”, explorando os limites de conceitos como ética e moral.
Para trazer refresco e provocar muita risada, o CENA apresenta “Exit”, trabalho do Cirque Inextremiste, da França, que encena a tentativa de fuga de loucos de um hospício usando um balão de ar quente. Na mesma programação, o festival oferece uma compilação dos esquetes criados pela atriz Ana Luiza Bellacosta para as redes sociais em “Uma palhaça confinada em Gaste sua lombra em casa”. E para a criançada, exibição de “Inspira Fundo 2“, com as novas produções do Canal Bebelume, especialmente dedicado à primeira infância.
As obras serão apresentadas sempre às 21h, com exceção do domingo, que será às 20h. No sábado, dia 3 de julho, haverá também uma sessão para bebês, às 11h. Tudo no site e no canal Youtube do Cena Contemporânea. Cada trabalho ficará disponível para exibição por mais três dias além da estreia – exceto o último deles, “Ana contra la muerte”, que poderá ser visto só até o domingo, dia 11, a partir das 17h.
Além da programação artística, o 22º CENA CONTEMPORÂNEA vai apresentar debates e conversas que integram os Encontros do Cena, aprofundando temas como a relação cultural entre Brasil e países lusófonos, na perspectiva poética e artística; trabalhos criativos com pessoas com deficiência; a memória íntima e coletiva em “América do Sul: memória, afeto e revolução” e a violência presente no cotidiano de jovens negros de várias cidades do mundo.
Mais informações no site: www.cenacontemporanea.com.br
PROGRAMAÇÃO
QUINTA, 01 DE JULHO, 21H
“Smaïl Kanouté – Corpo e Identidade” – França
SEXTA, 02 DE JULHO, 21H
“Reminiscencia” – Malicho Vaca Valenzuela – Chile
SÁBADO, 03 DE JULHO
11H – “Inspira Fundo 2” – Canal Bebe Lume – Clarice Cardell – DF/Brasil
21H – “Reconciliação” – Patrícia Portela e Alexandre Dal Farra – Portugal/Brasil
DOMINGO, 04 DE JULHO, 20H
“Exit” – Cirque Inextremiste – França
“Uma Palhaça Confinada em Gaste sua Lombra em Casa” – Ana Luiza Bellacosta – DF/Brasil
SEGUNDA, 05 DE JULHO, 21H
“Solos para um Corpo em Queda” – Tatiana Bittar – DF/Brasil
“Estranhas” – Jonathan Andrade – DF/Brasil
TERÇA, 06 DE JULHO, 21H
“Estro-Watts – Poesia da Idade do Rock” – Gonçalo Amorim e Paulo Furtado – Teatro Experimental do Porto – Portugal
QUARTA, 07 DE JULHO, 21H
“À Espera de Godot” – William Ferreira – DF/Brasil
QUINTA, 08 DE JULHO, 21H
“Preludio – Acciones del Silencio” – Diana Daf Collazos _ Peru
SEXTA, 09 DE JULHO, 21H
“Hamlet” – Chela De Ferrari – Peru
SÁBADO, 10 DE JULHO, 21H
“Ana contra la muerte” – Gabriel Calderón – Uruguai
SINOPSES
QUINTA-FEIRA, 1º DE JULHO
SMAÏL KANOUTÉ – CORPO E IDENTIDADE| França
Artista múltiplo, Smaïl Kanouté é designer gráfico, dançarino e serigrafista de origem maliana, nascido em Paris em 1986 e diplomado pela Escola Nacional Superior de Artes Decorativas de Paris. Com diferentes formas de expressão, renova os códigos visuais e estéticos da dança. Atua também no universo da moda. Costuma de apresentar como um coreo-grafista, já que a dança e o grafismo são indissociáveis em seu processo criativo. Suas obras pictóricas são reconhecidas pelos padrões expressivos, uma espécie de alfabeto moderno e abstrato que ele traz à vida através de seu próprio corpo.
NEVER 21 (7min)
Ecoando a hashtag # Never21 do movimento Black Lives Matter, Smaïl Kanouté homenageia, por meio da dança, as jovens vítimas de armas de fogo em bairros pobres e discriminados de Nova York, que morreram antes dos 21 anos. Por meio de depoimentos de vítimas do sistema de venda de armas, um jovem dançarino grita sua raiva, a perda de seus entes queridos, sua prisão neste círculo vicioso que o empurra a brincar com sua vida. Torna-se a cicatriz dessas vidas sacrificadas, de suas memórias, de suas palavras gravadas para sempre nesta maldição do número 21.
A obra é co-dirigida por Smaïl Kanouté e o ex-coletivo RACINE (Henri Coutant e Kevin Gay).
YASUKE KUROSAN, LE SAMOURAÏ NOIR AU JAPON (15min)
Curta-metragem inspirado na vida de um escravo africano que chegou ao Japão no final do século 16 e alcançou o status de Samurai. A escrita coreográfica narra a metamorfose do corpo curvado do escravo ao corpo ereto e orgulhoso do samurai, criando o encontro entre a dança africana e a arte do Bushido (o código de honra dos samurais). Aborda o impacto do colonialismo e a persistência de ritos ancestrais como afirmação de identidade. Por meio de ritos, cerimônias dançadas, visitas a lugares espirituais e simbólicos, Smaïl Kanouté se inspira no aikido, no bushido, na cerimônia do chá ou mesmo no Butoh para explorar a dança, a energia e o estado de espírito.
Correalizado por Smaïl Kanouté e Absou Diouri
Filmado por Abdou Diouri
JIDUST – POUSIÈRE D’EAU (3:05min)
Solo aquatic e luminoso em que o bailarino estabelece um corpo a corpo com a parede interativa desenvolvida pelo artista-designer Antonin Fourneau. A parede, “Waterlight Graffiti”, é composta de milhares de LEDs e acende quando é tocada pela água.
Direção: Kevin Gay (RACINE Collective)
Música: Alan Gay
UNIVERS (3:27min)
Prêmio de Melhor Performance Hip Hopat URBAN FILM FESTIVAL 2016, os movimentos de Samïl Kanouté revelam os desenhos nessa caixa preta criada pelo artista Philippe Baudelocque, explorando diferentes danças para celebrar a criação.
Direção: Kevin Gay (RACINE Collective)
Música: Matthias Zimmermann
NEVER TWENTY ONE (6min)
Espetáculo que vem sendo apresentado pelo bailarino, em homenagem aos jovens vítimas de armas de fogo em bairros pobres e discriminados de Nova York, Rio de Janeiro e Joanesburgo, mortos antes de completarem 21 anos. Em um ambiente urbano marcado pelo xamanismo e baseado em relatos reais, três dançarinos ressuscitam as palavras / males das vítimas e suas famílias. Por meio de seus corpos que se tornaram esculturas gráficas, superfícies de expressão e reivindicação, objetos de resiliência e memoriais como espíritos errantes, eles falam sobre essas vidas roubadas, dilaceradas e sacrificadas. Indo do krump à onda, do novo estilo ao tribal, diferentes energias vêm e animam os corpos para fazer o invisível aparecer e nomear o indizível.
Direção: Thomas Estournel
Coreografia: Smail Kanouté
Dançarinos: Aston Bonaparte, Jérôme Fidelin e Smail Kanouté
Pintura corporal: Lorella Disez
Vista externa: Moustapha Ziane
Cenógrafo e designer de iluminação: Olivier Brichet
Designer de som: Paul Lajus
Figurinos: Rachel Boa e Ornella Maris
Produção: Cécile Pouységur
Difusão: Dirk Korell
Produção: Company Live!
Coprodução: Oficinas Medici – Clichy sous Bois
Duração: 34min
Classificação indicativa: 12 anos
SEXTA-FEIRA, 02 DE JULHO
REMINISCENCIA | MALICHO VACA VALENZUELA – COMPAÑIA LE INSOLENTE TEATRE – Chile
Através do uso delicado e original das plataformas digitais, Mauro Vaca escava sua biografia pessoal e ao mesmo tempo a biografia de sua cidade, numa memória recente e ao mesmo tempo com cicatrizes profundas. Um ensaio documental que utiliza plataformas digitais como Google Earth e material de arquivo para construir um panorama de sua vida, seu aprendizado e de quebra um pouco da história do Chile. Com um tom sensível, político e íntimo ao mesmo tempo, Mauro questiona: o que acontecerá com nossas pegadas quando já não estivermos aqui? Nossas vozes permanecerão nas ruas numa pasta de memória externa? Que relato o Google contará de nós? Poderemos voltar a nos encontrar, nos tocar, evocar juntos a realidade que queremos?
O espetáculo será apresentado ao vivo, em tempo real.
COMPAÑIA LE INSOLENTE TEATRE – Criada em 2013, com a estreia do espetáculo “Bolero de almas perdidas”. Formada por Malicho Vaca e Ébana Garin, já concebeu e apresentou seis montagens, que trabalham o cruzamento de disciplinas artísticas com noções de memória, corpo, território e dissidência.
Autor e intérprete: Mauro Vaca
Duração: 50min
Classificação indicativa: Livre
SÁBADO, 03 DE JULHO
INSPIRA FUNDO 2 | CANAL BEBE LUME – Brasil
Segunda temporada da série apresenta 12 vídeos que passeiam por diferentes temas que dialogam com dramas e questões do mundo da primeira infância. Os vídeos utilizam a manipulação de objetos e uma trilha sonora original criada por Lupa Marques e Jota Dale, para construir uma narrativa poética criando um mundo de significados imagéticos e musicais. A dramaturgia, construída pelos objetos, sons e interpretações de Clarice Cardell, Lupa Marques e Gabriel Guirá, se estrutura de forma a manter espaço para a livre imaginação dos bebês. A série integra o Canal Bebe Lume, um canal online (www.bebelume.com.br) dedicado a exibir conteúdo audiovisual de qualidade para a primeira infância, como alternativa dentro do espectro visual que tem dominado o ambiente web para a infância. A realização da série foi patrocinada pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
CLARICE CARDELL – Diretora e atriz de teatro, responsável por La Casa Incierta, companhia teatral que nasceu na Espanha e que se tornou referência na produção de espetáculos para bebês. Clarice acumulou 20 anos de experiência com esse público. É idealizadora do Festival Primeiro Olhar e programadora de mostras no Brasil e no exterior. Também é uma militante por políticas culturais para a primeira infância e foi ganhadora do Prêmio Internacional Alas-BID, oferecido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento para projetos que buscam melhorar a primeira infância na América Latina e Caribe.
Roteiro e Direção: Clarice Cardell
Direção de Imagens: Marcelo Barbosa
Assistência de Fotografia e Still: Juliana Caribé
Iluminação: James Festenseifer
Consultoria Psicanalítica: Inês Catão
Montagem: Edu Viana
Direção de Arte: Sarah Noda
Produção de Objetos: Maísa Donnini
Assistente de produção de objetos: Jean Gonzaga
Trilha Original: Lupa Marque e JotaDale
Manipulação de Objetos e Interpretação: Clarice Cardell, Gabriel Guirá e Lupa Marques
Produção: Leonardo Hernandes
Realização: Bebelume Produções Ltda
RECONCILIAÇÃO | ALEXANDRE DAL FARRA & PATRÍCIA PORTELA – Brasil e Portugal
Projeto que vem sendo trabalhado desde 2018, acompanhando as diversas mudanças pelas quais os dois países passaram. As paisagens sonoras e visuais desta performance falam de gestos de reconciliação: entre Portugal e o Brasil, entre Europa e as Américas, entre o progresso e o clima, entre pais e filhos, entre um homem e uma mulher, entre um negro e um branco, com o passado, com o que (ainda) não nos aconteceu, com o presente, conosco. Reconciliação compreendida não como entendimento ou compreensão entre partes que haviam rompido entre si, e sim como tentativa de aceitação de limites. Reconciliar-se com as próprias limitações, elaborar a capacidade de conviver com as diferenças. Em cena, um combate entre dois seres humanos que não tem fim, sem possibilidade de (re)encontro. Uma tensão crescente inspira violência, mas denuncia o desejo de tréguas e de uma conclusão. À nossa volta, glaciares estalam, descolando-se de uma Antárctica octogonal enquanto turistas entusiasmados os filmam, aplaudem e riem sobre este acontecimento único que registram com suas câmeras. Por cima de tudo isto, o cometa Halley, aquele que passa e não se vê, a luz presente que anuncia tanto a promessa como a catástrofe. E nós, cá em baixo, por vezes notamos, por vezes pressentimos, por vezes queremos esquecer.
PATRÍCIA PORTELA – Autora portuguesa, escreve para teatro e obras literárias e vive entre Paço de Arcos, Viseu, Antuérpia e Portugal. É formada pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, com mestrado em cenografia e dramaturgia do espaço pela Universidade Utrecht e pela Central St. Martins College of Art, de Londres. Pós-graduada em teatralidade e performatividade pelo Arts Performance and Theatricality de Antuérpia, com mestrado em filosofia pela Universidade de Luven. Está concluindo doutorado em artes e multimídia pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Sua obra já recebeu diversos prêmios. É autora de vários romances e novelas como “Para cima e não para Norte” (2008), “Banquete” (2012) e “Dias Úteis” (2017). É diretora do Teatro de Viseu.
ALEXANDRE DAL FARRA – Dramaturgo, diretor e escritor brasileiro, doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da ECA/USP e mestre pelo Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP. Venceu ou foi indicado diversas vezes a todos os principais prêmios do teatro brasileiro, como Shell, APCA, Questão de Crítica, Aplauso Brasil. É autor de peças como “Abnegação I” (prêmio APCA, encenada na França), “Abnegação III – Restos” (prêmio Aplauso Brasil, encenada em Buenos Aires) e “O Filho” (APCA). Em 2013, lançou o primeiro romance, “Manual da Destruição”.
De: Alexandre Dal Farra & Patrícia Portela
Direção: Alexandre Dal Farra & Patrícia Portela
Dramaturgia Alexandre dal Farra & Patrícia Portela
Textos: Alexandre Dal Farra & Patrícia Portela e convidados – Afonso Cruz (PT), Ondjaki (ANG), Elisa Lucinda (BR), Nicolas de Warren (USA, SRiLanka), entre outros.
Performers e co-criadores: (em palco) Célia Fechas (em voz off) Clayton Mariano, Alexandre Dal Farra, Patrícia Portela e convidados por sessão.
Espaço: Patrícia Portela
Composição musical: Gabriel Ferrandini
Pós-produção de imagem e som: Irmã Lucia Efeitos Especiais
Vídeo e teaser: Rui Ribeiro
Design de luz: Leonardo Simões
Painéis Piranesi: João Maio Pinto
Edição de texto: Isabel Garcez
Site: Pedro Mendes
Apoio e acompanhamento: Sérgio Hydalgo
Produção executiva: Associação Cultural Prado
Agenciamento e produção em circulação: Carla Estefan – Metropolitana Gestão Cultural
Coprodução: FITEI
Apoios a residência: Teatro VIRIATO
Duração: 60min
Classificação indicativa: 12 anos
DOMINGO, 04 DE JULHO
UMA PALHAÇA CONFINADA EM GASTE SUA LOMBRA EM CASA | ANA LUIZA BELLACOSTA – Brasil
Depois de passar meses isolada (ela é uma palhaça consciente) e com muita saudade do palco, a atriz Ana Luiza Bellacosta resolveu exercitar as técnicas de comicidade e palhaçaria que vem pesquisando há vários anos. E foi assim, transpondo a linguagem presencial para o ambiente virtual, investigando os aplicativos de edição e buscando autonomia criativa que surgiram os esquetes agrupados em “Uma palhaça confinada”. Neles, Ana Luiza transgride o uso convencional de objetos domésticos e extrai humor de situações corriqueiras.
ANA LUIZA BELLACOSTA – Atriz formada pela UNB, palhaça e produtora cultural. Tem especialização em palhaçaria clássica pela École de Clown et Comédie Francine Cotê, Montreal. Fundadora do Cabaré da Nega e integrante da Andaime Cia de Teatro, Cia Colapso e Pirilampo Teatro de Bonecos e Atores. Atua no cenário cultural há 20 anos. Produz e participa de diversos festivais de circo e teatro no Brasil e no Mundo. Participa do Coletivo Laboratório de Palhaças e Palhaços. Em 2019 foi ganhadora de 4 prêmios de melhor cena curta com sua Palhaça Madame Froda em diferentes festivais. Atualmente tem sua pesquisa voltada para a comicidade negra, revisão de conceitos de gênero e raça na construção do humor e milita pela importância do protagonismo negro em festivais de circo, além de fazer parte do Quilombo Beijamim de Oliveira, um coletivo de palhaces pretes.
Direção e atuação: Ana Luiza Bellacosta
Duração: 10min
Classificação indicativa: Livre
EXIT | CIRQUE INEXTREMISTE – França
Um grupo de acrobatas, vestidos de branco e com os braços amarrados às costas, personificam loucos tentando escapar de um manicômio. Encontram um balão de ar quente e decidem desafiar todas as regras para fugir. Eles checam a ignição dos queimadores, a inflação do balão, tudo é pretexto para o desdobramento de um universo incrível de jogos burlescos. Sem utilizar acessórios conhecidos, manipulam cilindros de gás, pranchas de madeira e até uma mini escavadeira neste jogo absurdo.
CIRQUE INEXTREMISTE – Sediado na cidade de Vendée, foi criado em 1998, sob o nome de As Pas de Maïoun. Rapidamente o grupo adquiriu uma lona e passou a criar espetáculos que misturavam dança, artes da rua e música. Em 2007, nasceu o espetáculo “Inextremiste”, criado em torno de um trampolim e usando botijões de gás. Dois anos depois, a companhia mudou de nome e os botijões de gás tornaram-se sua marca registrada. Seus trabalhos misturam riscos reais e muito humor. Atualmente, o grupo tem 35 integrantes e se apresenta por cidades de vários países.
Direção: Yann Ecauvre
Elenco: Yann Ecauvre (piloto), Julien Favreuille (acrobata), Laurent Mollon (comediante, acrobata, piloto), Etienne Cordeau (acrobata), Anicet Leone (acrobata), Sage Lazar (comediante, acrobata)
Figurinos: Solenne Capmas
Técnica: Bastien Roussel
Desenho de luz: Jacques Bouault e Jacques Benoît Dardant
Desenho do balão: Bérengère Giaux
Duração: 25min
Classificação indicativa: Livre
SEGUNDA-FEIRA, 05 DE JULHO
SOLOS PARA UM CORPO EM QUEDA | TATIANA BITTAR – Brasil
O doc-performativo apresenta o registro de quatro anos de processo para estrear um solo. Os obstáculos enfrentados: uma filha no hospital, uma turnê de um ano, uma separação e a pandemia. O formato audiovisual condensa os solos Cucaracha, Febre e Solos para um Corpo em Queda, com imagens e áudios captados entre 2018 e 2021 e organizados, editados e recriados em vídeo por Joy Ballard.
TATIANA BITTAR – Performer e diretora. Entre 2018 e 2019, esteve em residência no Programa Avançado de Criação em Artes Performativas, em Lisboa, com foco na pesquisa e experimentação de material coreográfico. Em 2020, fez residência no Estudio FitaCrepe, em São Paulo. Atualmente trabalha com performance na rua e em espaços não convencionais e também para a primeira infância, com a Andaime Cia de Teatro e o Coletivo Antonia.
Concepção: Tatiana Bittar
Performers: Tatiana Bittar e Joy Ballard
Direção e Criação: Joy Ballard e Tatiana Bittar
Montagem e edição: Joy Ballard
Arte Gráfica: Maíra Zannon
Imagens: Tatiana Bittar e Forum Dança
Textos: Tatiana Bittar, Camila Morena da Luz, Fragmentos retirados do filme ‘Insolação’, de Felipe Hirsch e Daniela Thomas; Fragmentos retirados da Revista Amarello 36 – Ano XI – O Masculino – Artigo: ‘Em queda livre’, por Luísa Horta; Fragmentos retirados do livro ‘Los condenados de la pantalla’, de Hito Steyerl.
Imagens realizadas em Portugal, França e Amsterdã durante residência no Forum Dança – 2018/2019; Uruguai durante residência NIDO em Campo Abierto – 2019; 40 cidades brasileiras durante turnê pelo SESC Palco Giratório com o Coletivo Antonia – 2019; São Paulo/SP em residência no Estudio Fitacrepe – 2020; Brasília/DF – 2019 a 2021
Agradecimentos: Forum Dança (PT), Sophia Dias e Vitor Roriz, Mariah Bittar, Cauê Maia, Kenia Dias, Mari Mira, todas as integrantes do PACAP 2, em especial Blanch Denarnaud, Patrícia Árabe, Bibi Dória e Tamara Catarino, Kamala Ramers, Camila Morena da Luz, Larissa Mauro, Cirila Targhetta, Bruno Moreno, Leonardo Shamah, Moisés Vasconcellos, Carlos Fino e minha mãe sempre.
Esse projeto tem o apoio do edital Conexão Cultura – 2018/Fundo de Apoio à Cultura/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
Duração: 10 minutos
Classificação etária: 18 anos
ESTRANHAS | JONATHAN ANDRADE, RENATA SOARES e BETA RANGEL – Brasil
Uma experimentação cênico-virtual onde duas atrizes exploram potencialidades e meios de interação não-presenciais. ‘Em um mundo distópico, de humanidades frágeis, duas presenças desafiam as possibilidades de conexão. A distância, os afetos, os corpos, os desejos, a companhia e a vida parecem reticências. No fundo, ninguém sabe o que está por vir. Amar pode ser um ruído.’ O espetáculo foi filmado durante o isolamento social do Covid 19 e gravado com Renata Soares ao vivo dos Estados Unidos. O projeto foi idealizado por Renata Soares, Monica Nassar e Beta Rangel a fim de estimular o teatro – em tempos pandêmicos – através de uma nova perspectiva tecnológica, explorando outras formas narrativas, com base na relação entre arte, virtualidade, comunicação e tecnologia.
JONATHAN ANDRADE – Escritor, ator, diretor, dramaturgo, cenógrafo, figurinista e bacharel em Artes Cênicas, com habilitação em Interpretação Teatral, pela Universidade de Brasília. É integrante fundador do Grupo Sutil Ato, coletivo de teatro que atua no mercado profissional do DF e nacional há 14 anos. Em sua trajetória, dirigiu 26 espetáculos, recebendo prêmios com dramaturgias, cenografia e espetáculos. Atuou como professor da Faculdade Dulcina de Moraes, onde também foi coordenador pedagógico dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Cênicas, entre 2009 e 2013. Desde 2014 integra o Aisthesis, coletivo multilinguagem (dança, teatro, audiovisual e performance), a partir de encontros de co-criação e experimentação de linguagens.
BETA RANGEL – Atriz, roteirista, produtora e arte-educadora. Graduada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, também estudou teatro de grupo no Instituto Nacional de Artes Dramáticas, na Austrália. É co-fundadora do Coletivo Esperanza e integrante da Estupenda Trupe. Entre seus principais trabalhos estão espetáculos como “Provável Paraíso Perdido”, do coletivo Esperanza, 2º lugar no Prêmio Web de Teatro 2019; “Levante-se”, com direção de Rosana Viegas, 1º lugar no Prêmio Web de Teatro 2019; e “As ridículas de Molière”, direção de Miriam Virna, prêmios de melhor espetáculo, direção e trilha sonora no Prêmio Sesc Candango 2008. Recebeu prêmios de melhor atriz pelo filme “Quando as janelas não são uma opção”, de Tiago Nery, nos festivais Five Continents Film Festival e Independent Short Awards.
RENATA SOARES – Atriz formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília e no Conservatório de Interpretação do William Esper Acting Studio em Nova York. Além de atuar, Renata trabalha em teatro e cinema como produtora, diretora, coreógrafa de luta e coordenadora de intimidade cênica. Entre seus últimos trabalhos internacionais estão “Savana Glacial” de Jô Bilac, com direção de Marina Montesanti, apresentado no NY Fringe Festival, “The Good Soul of Setzuan” de Bertolt Brecht, dirigido por Jim Niesen com a companhia Irondale Ensemble Project em Brooklyn/NY e “Grand Opera Publique”, vencedor do melhor espetáculo no Festival AgitÁgeda em Portugal. Em 2019, dirigiu a primeira montagem internacional do musical brasileiro “Cargas D’água”, de Vitor Rocha, em Nova York.
Direção Cênica: Jonathan Andrade
Iluminação e projeção: Moisés Vasconcelos
Atrizes: Renata Soares e Beta Rangel
Cenografia e Produção Executiva: Monica Nassar
Produção: Agilizadxs produções
Cinegrafia e montagem: André Carvalheira (Xará)
Trilha sonora original: Felipe Viegas
Cenotécnico: Erick Porto
Assistente de iluminação: Julia Maria
Assistente de cenografia e produção: Agda Couto
Animação de vídeo: Apt7 Filmes
Produção: Espaço F/508 de Cultura
Patrocínio: Funarte
Duração: 40min
Classificação indicativa: 12 anos
TERÇA-FEIRA, 06 DE JULHO
ESTRO-WATTS – POESIA DA IDADE DO ROCK |TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO – Portugal
Espetáculo que se inspira nas palavras de Marshall McLuhan que, entre finais de 1960 e começo de 1970, afirmou: “a grande poesia da nossa época é o rock. (…) Nunca se assistiu a um tal renascimento poético desde Homero. É o reencontro planetário”. Partindo da obra “Estro in Watts – Poesia da Idade do Rock”, de João de Menezes-Ferreira, o trabalho apresenta o rock como expressão poética, que grita na esfera pública e reflete sobre temas como morte, guerra, amor, solidão, opressão. Pesquisando os poemas desse estilo musical – entre 1950 e 1980 -, o espetáculo ressalta a poesia presente em composições assinadas por grandes artistas como Bob Dylan, Patti Smith, Johnny Rotten, Jim Morisson, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Leonard Cohen, Lou Reed e muitos outros, apresentando um verdadeiro painel do mundo ocidental no século 20.
TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO – Mais antiga companhia de teatro profissional em atividade em Portugal, foi criada em 1950 e estreou seu primeiro espetáculo, em 1953, dirigido por António Pedro, que ficou na direção artística do grupo até 1960. Foi distinguido com medalhas de ouro pelas câmaras de Vila Nova de Gaia e do Porto. Atualmente, a companhia é dirigida por Gonçalo Amorim.
Projeto de: Gonçalo Amorim e Paulo Furtado
Tradução dos poemas e acompanhamento historiográfico: João de Menezes-Ferreira
Encenação e concepção: Gonçalo Amorim
Direção musical e concepção: Paulo Furtado
Música Original: The Legendary Tigerman
Assistência de encenação: Patrícia Gonçalves
Intérpretes: Ana Brandão, Diana Narciso, Hugo Inácio, Iris Cayatte, Pedro Almendra, Pedro Galiza, Susie Filipe
Artista convidado: Filipe Rocha
Cenografia e figurinos: Catarina Barros
Assistência de figurinos e cenografia: Susana Paixão, Cristóvão Neto
Desenho de Luz: Nuno Meira
Desenho de som: Guilherme Gonçalves
Vídeo: Luísa Sequeira
Duração aproximada: 90min
Classificação indicativa: 12 anos
QUARTA-FEIRA, 07 DE JULHO
À ESPERA DE GODOT | WILLIAM FERREIRA & DIEGO BORGES – Brasil
Dois personagens entregues à sorte dialogam à espera de um ser misterioso que nunca aparece. Adaptado do clássico homônimo de Samuel Beckett e filmado em dois distintos ambientes o filme/peça apresenta questões filosóficas sobre a condição humana onde o tempo existe como eternidade imóvel, desafiando o espectador a lidar com a inércia das ações e com as reflexões existenciais apresentadas pelos personagens. Projeto contemplado pelo Prêmio Funarte Festival de Teatro Virtual 2020.
WILLIAM FERREIRA – Bacharel em artes cênicas pela UnB, diretor, ator, performer, bailarino profissional além de atuar como cenógrafo e figurinista. Atuou com renomados mestres de dança e teatro no Brasil e no exterior. Como ator, trabalhou sob direção de Mathew Lenton (Escócia), Hugo Rodas (Companhia dos Sonhos), Marcelo José (Portugal), Paul Heritage, Adriano e Fernando Guimarães (Companhia Gabinete 3), Miriam Virna, Guilherme Reis (Grupo Cena) e muitos outros em 32 anos de carreira. Atua em novelas, minisséries e no cinema. Dirigiu espetáculos premiados como “Cartas de um Sedutor”, “Cabaré das Donzelas Inocentes”, “A Obscena Senhora D” e “A Caixa de Aila”.
Texto: Samuel Beckett
Co-produção: Diego Borges, Claraboia Filmes e Guinada Produções
Direção: William Ferreira
Atuação: André Araújo, Diego Borges, Marcelo Pelucio, Roberto de Martin e Rodrigo Lélis
Direção de Fotografia: Danilo Borges
Direção de produção: Guilherme Angelim (Guinada Produções)
Filmagem, Edição e Finalização: Clarabóia Filmes
Produção Administrativa: Diego Borges
Assistência de Direção: Roberto de Martin
Som Direto: Danilo Araújo
1° Assistente de Câmera: Dammer Martins
2° Assistente de Câmera: Guilherme Rocha
Iluminação Cênica: Marcelo Augusto
Direção de Arte: Rachel Mendes e William Ferreira
Contra-regragem: Pablo Magalhães
Tradução em Libras: Tatiana Elizabeth
Adaptação: Diego Borges, Rachel Mendes, ROberto de Martin e William Ferreira
Música – Samba Pagodo: André Araújo
Música Final: Doris Day – discoalto
Cozinheira: Lea Abade
Realização: Funarte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal
Duração: 74min
Classificação indicativa: 12 anos
QUINTA-FEIRA, 08 DE JULHO
PRELÚDIO – ACCIONES DEL SILENCIO | DIANA DAF COLLAZOS – Peru
Transitando entre a performance e o documentário – na medida em que ambos trabalham com um tratamento criativo da realidade – a obra propõe uma reflexão sobre a perda da voz: o silêncio herdado, a memória, o luto, as migrações que nos levam a retornar. Por que é tão difícil pra nós levantar a voz? O que gera esse silêncio? Por que nos calamos como sociedade? Através de uma narração poética e sutil, e de relatos aparentemente familiares, Diana Daf convida o espectador a transitar na busca da origem de nossos próprios silêncios e questiona a urgência que há de um processo de reparação, de cura coletiva. Ao nascer, a protagonista perdeu uma corda vocal e foi emudecendo ao longo da vida. Antes de ficar definitivamente muda, ela decide gravar num gravador de mão, com sua própria voz, tudo o que considera importante.
DIANA DAF COLLAZOS – Realizadora audiovisual, artista multidisciplinar e gestora cultural peruana, é bacharel em Ciências e Artes da Comunicação, com especialização em artes cênicas. Desde 2005, trabalha o corpo como matéria viva para gerar e transmitir memória. Seus trabalhos entrelaçam diferentes linguagens como performance, fotografia, instalação, videoarte e documentário. Seu primeiro longa documentário em co-direção, “Círculo de Tiza”, foi escolhido melhor filme peruano no Festival de Cine de Lima 2020. É gestora e fundadora de elgalpon.espacio, lugar de formação, gestão e difusão de arte contemporânea.
Gestora e performer: Diana Daf Collazos
Produção: Diana Castro
Assistência dramatúrgica: Miguel Rubio Zapata
Realização de vídeos: Carlos Sánchez e Diana Daf
Manager técnico: Igor Moreno
Som: José Carlos Valencia
Música: Erick del Aguila
Duração: 60min
Classificação indicativa: 12 anos
SEXTA-FEIRA, 09 DE JULHO
HAMLET | TEATRO LA PLAZA – Peru
Um grupo de pessoas com Síndrome de Down toma a cena para compartilhar seus anseios e frustrações através de uma livre adaptação de “Hamlet”, de William Shakesperare. O resultado é um tecido entre a tragédia shakespeariana e a vida dos atores e parte de uma pergunta: ser ou não ser? O que significa ser para pessoas que não encontram espaços onde são valorizados? Historicamente consideradas uma carga, as pessoas com Síndrome de Down questionam: que valor e que sentido têm suas vidas num mundo em que a eficiência, a capacidade de produção e modelos inalcançáveis de consumo e beleza são o paradigma?
TEATRO LA PLAZA – Espaço de criação teatral que investiga e interpreta a realidade para construir um ponto de vista crítico que dialogue com a comunidade. Foi criado em 2003, encena textos de jovens dramaturgos e apresenta adaptações contemporâneas de obras clássicas. Em 2013, criou o programa Sala de Parto, visando estimular a produção dramatúrgica peruana.
Dramaturgia e direção geral: Chela De Ferrari
Codireção e assessoria de dramaturgia: Claudia Tangoa, Jonathan Oliveros y Luis Alberto León
Elenco: Octavio Bernaza, Jaime Cruz, Lucas Demarchi, Manuel García, Diana Gutierrez, Cristina León Barandiarán, Ximena Rodríguez e Álvaro Toledo
Treinamento vocal: Alessandra Rodríguez
Coreografia: Mirella Carbone
Visagismo: Lucho Soldevilla
Desenho de iluminação: Jesús Reyes
Produção: Siu Jing Apau
Duração: 95min
Classificação indicativa: 12 anos
SÁBADO, 10 DE JULHO
ANA CONTRA LA MUERTE | GABRIEL CALDERÓN – Uruguai
O filho de Ana tem câncer. Ela não pode custear outro tratamento, mas também não pode deixar que seu filho morra. O que está disposta a fazer para salvá-lo? Até onde pode chegar e até que ponto somos capazes de entendê-la? Como vamos defendê-la quando se tornar perigosa para o resto, quando se voltar perigosa para a morte. “Ana contra la muerte” é a história de uma mulher que entendeu que se deve resistir à morte de todas formas possíveis e um pouco mais além. O texto dá sequência aos temas que marcam a obra de Calderón: a família, a violência, a morte.
GABRIEL CALDERÓN – Dramaturgo, ator e diretor nascido em Montevideo e ativo no teatro uruguaio desde 2001, quando seu primeiro espetáculo, “Más vale solo”, foi premiado. Desde então, já escreveu mais de 30 obras, apresentadas na América Latina, Europa e Estados Unidos. Em 2004, conquistou todos os principais prêmios teatrais do Uruguai com “Mi muñequita (la farsa)”, considerado um dos mais influentes textos do teatro no país no século XXI. Recebeu duas vezes o Premio Nacional de Literatura, em 2011 por “Mi pequeño Mundo Porno” e em 2016 com “Tal vez la vida sea ridicula”. Sua obra já foi traduzida para vários idiomas e se tornou um expoente do teatro contemporâneo latino-americano. É o primeiro autor uruguaio a estrear no Teatro Nacional de Catalunha e no Teatro Nacional de Modena.
Autoria e direção: Gabriel Calderón
Assistência de direção: Elaine Lacey
Elenco: Gabriela Iribarren, Marisa Bentancur, María Mendive
Desenho e realização de cenografia e iluminação: Lucía Tyler, Matías Vizcaíno, Miguel Robaina Mandl
Figurinos: Virginia Sosa
Fotografia: Pia Galvalisi
Produção geral: Bruno Gadea
Produção e circulação internacional: Matilde López Espasandín
Assistência de produção: Vladimir Bondiuk
Duração: 60min
Classificação indicativa: 12 anos
22º CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA
Direção geral e curadoria: Guilherme Reis
Coordenação geral: Michele Milani
Direção artística: Carmem Moretzsohn
Produção: Clara Nugoli
Coordenação atividades paralelas: Mariana Soares
Programação visual: JJBZ
O festival foi contemplado pelo FAC – Fundo de Apoio à Cultura – Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e pelo Fundo de Ajuda para as Artes Cênicas Ibero-americanas do Programa Iberescena.
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Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
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