Mestres da Gravura
Coleção Fundação BIBLIOTECA NACIONAL
MUSEU NACIONAL DOS CORREIOS, DE 26 DE JANEIRO A 22 DE ABRIL DE 2012
Obras de alguns dos maiores artistas de todos os tempos em exposição no Museu Nacional dos Correios.
Exposição reúne gravuras de Rembrandt, Dürer, Goya, Piranesi e Hogarth, entre outros.
Desde o século XIX, um conjunto tão abrangente do acervo da Fundação Biblioteca Nacional não é mostrado ao público.
O espectador de Brasília está convidado a fazer um percurso no tempo, guiado pelo talento de alguns dos maiores artistas de todos os tempos. São quatro séculos de gravura, do século XV ao XVIII, com o testemunho de obras de mestres inegáveis como Albrecht Dürer (Alemanha), Rembrandt Harmenszoon van Rijn (Holanda), Giovanni Battista Piranesi (Itália), Jacques Callot (França), William Hogarth (Inglaterra) e Francisco José de Goya y Lucientes (Espanha). Gravuras destes e de outros grandes artistas estarão ao alcance do público a partir de 26 de janeiro próximo, com a exposição MESTRES DA GRAVURA – COLEÇÃO FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, uma curadoria de Fernanda Terra, mestre em Museologia e Patrimônio, pós-graduada em História da Arte e artista visual.
A mostra compõe a programação de abertura do Museu Nacional dos Correios (SCS, Quadra 4, bloco A, Edifício Apolo), que ocorrerá no dia 25 de janeiro, para convidados, podendo ser vista até o dia 22 de abril de 2012. A exposição inédita é uma realização dos Correios, sendo esta sua segunda apresentação – a primeira foi no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, de julho a setembro de 2011.
MESTRES DA GRAVURA – COLEÇÃO FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL apresenta 171 obras de 81 gravadores estrangeiros e é um marco na história recente da instituição: desde o século XIX, um conjunto tão abrangente de gravuras da coleção da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) não era mostrado ao público no Brasil. Para garantir a qualidade desta seleção, técnicos tiveram que restaurar 27 gravuras fundamentais. E todas as obras expostas passaram por um cuidadoso processo de limpeza. As técnicas predominantes são a xilogravura (gravura a partir de uma matriz de madeira) e gravura a metal (talho-doce ou gravura a buril, gravura à ponta-seca, gravura à água-forte, à maneira-negra, à água-tinta e pontilhado).
A EXPOSIÇÃO
A exposição abarca gravadores que nasceram do século XV ao XVIII e gravuras concebidas de acordo com técnicas que foram desenvolvidas no período – embora algumas obras de Goya tenham sido criadas em 1815, o artista é considerado essencialmente um gravador do século XVIII. As gravuras da Real Biblioteca, que são anteriores ao terremoto que arrasou Lisboa em 1755, são originárias da antiga coleção portuguesa e sobreviveram ao terremoto e maremoto que destruiu a cidade. Elas formam a maior parte das gravuras da exposição.
Para exibir as 171 gravuras que integram MESTRES DA GRAVURA NA COLEÇÃO DA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL foram escolhidos dois critérios: ordem cronológica e geografia. Serão respeitadas a data de nascimento dos gravadores e a coleção a que cada um pertence – alemã, holandesa, italiana, francesa, flamenga, inglesa, espanhola e portuguesa. São 30 gravuras da coleção alemã, 27 da holandesa, 35 da italiana, 26 da francesa, 14 da flamenga, oito da inglesa, 18 da espanhola e 13 da portuguesa. A importância histórica do gravador e da gravura foi o critério curatorial para a seleção das obras dentro da Coleção de Gravuras Avulsas da FBN, que conta com mais de 30 mil itens no acervo. Os artistas de maior expressão de cada região são representados com maior número de obras na exposição.
A coleção possibilita o contato do visitante com obras-primas criadas por figuras que estão entre as mais importantes da arte ocidental em todos os tempos. Gravuras assinadas por artistas como Albrecht Dürer, o principal nome da renascença alemã, dividem a atenção com obras de Rembrandt, o maior nome da arte neerlandesa, e de Francisco José de Goya, o mais importante artista do Romantismo na Espanha. Também poderão ser conferidas obras satíricas do inglês William Hogarth, que refletia sobre os desmandos da política em seu tempo e acabou gerando o termo Hogartianas; o cuidadoso trabalho do italiano Giovanni Battista Piranesi, que registrava a arquitetura com detalhes e é até hoje influência assumida na arte contemporânea; a extraordinária arte burlesca do francês Jacques Callot; e o talento de retratista do flamengo Anton Van Dyck, dentre vários outros. Exemplos de como a arte tem refletido a experiência humana ao longo dos séculos, com graça, dramaticidade e acima de tudo com muita originalidade.
A mostra reúne gravuras originais, isto é, composições inéditas, criadas, gravadas e impressas por um mesmo artista, ou sob sua supervisão, e gravuras de reprodução, em que um gravador parte de uma composição de outro artista, seja pintura, escultura, afresco, iluminuras, com o objetivo de divulgar a obra daquele criador e fazer circular a imagem. Um total de 81 artistas que promovem um percurso na história da arte ocidental.
COLEÇÃO ALEMÃ: Durër, Martin Schongauer, Israel van Meckenen, Lucas Cranach, Hans Sebald Beham, Martin Treu, Georg Pencz, Heinrich Aldegrever e Virgil Solis;
COLEÇÃO HOLANDESA: Rembrandt, Luca van Leyden, Cornelis Cort, Hendrik Goltzius, Zacharias Dolendo, Jan Müller, Jacob Matham, Jan Saenredam, Nicolas Ennes Visscher e Willem Jacobsz Delff;
COLEÇÃO ITALIANA: Piranesi, Andrea Mantegna, Benedetto Montagna, Agostino dei Musi – o Veneziano, Marco Antonio Raimondi, Giovanni Battista Ghisi – o Mantuano, Marcos Dente, Jacopo de Barbari, dito Mestre do Caduceu, Mestre do Dado, Adamo Ghisi, Enea Vico, Lodovico Carracci, Agostino Carracci, Annibale Carracci, Francesco Brizzi, Guido Reni, Stefano della Bella, Giovanni Benedetto Castiglioni, Salvatore Rosa, Francesco Bartolozzi e Giovanni Volpato;
COLEÇÃO FRANCESA: Callot, Noel Garnier, François Perrier, Claude Mellan, Egidio Rousselet, Gérard Audran, Étienne Picart, dito o Romano, Gerard Edelinck, Petrus Devret, Charles Dupuis e Henri Simon Thomassin;
COLEÇÃO FLAMENGA: Jacob Van Den Bos, Jan Sadeler Sênior, Raphael Sadeler Sênior, Cornelis Galle Sênior, Egidius Sadeler, Raphael Sadeler, o Jovem, Anton van Dyck, Peeter de Jode Junior e Paulus Pontius;
COLEÇÃO INGLESA: William Hogarth, Benjamin Smith, Peter Simon, Charles Gauthier Playter, John Ogborne, Samuel Middiman e Robert Thew;
COLEÇÃO ESPANHOLA: Goya, José de Ribera, Manuel Salvador Carmona, Fernando Selma, Francisco Muntaner, Joaquín Ballester e Joaquín Fabregat;
COLEÇÃO PORTUGUESA: Vieira Lusitano [Francisco Vieira de Matos], Joaquim Manuel da Rocha, Antonio Joaquim Padrão, Manuel da Silva Godinho, Gregorio Francisco de Queiroz e João Caetano Rivara.
A COLEÇÃO
As gravuras pertencem à Real Biblioteca de Portugal, trazida para o Brasil, em 1810, e que deu origem à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, hoje, considerada pela UNESCO uma das dez maiores do mundo e a maior da América Latina. Atualmente, este acervo tem cerca de 30 mil gravuras.
A Livraria Real, como era chamada até o século XVIII, foi destruída por um incêndio, que se seguiu ao terremoto de Lisboa, em 1 de novembro de 1755. O rei de Portugal, D. José I, pediu ao seu principal ministro, o futuro Marquês de Pombal, que reconstituísse o acervo, o que foi feito, recorrendo-se até à compra de coleções de livros e gravuras no exterior.
MESTRES DA GRAVURA NA COLEÇÃO DA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
Local: Museu Nacional dos Correios (SCS, Quadra 4, bloco A, Ed. Apolo, nº 256)
Data: de 26 de janeiro a 22 de abril de 2012
Horário: de terça a domingo, das 10h às 19h
Informações: (61) 3426.2955
Produção: Roberto Padilla | ArtePadilla
Patrocínio: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Realização: Fundação Biblioteca Nacional
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