7º SLOW FILME
Festival Internacional de Cinema e Alimentação
15 a 18 de setembro de 2016
Cine Pireneus • Pirenópolis • Goiás
Entrada Franca
Não recomendado para menores de 12 anos
Filmes inéditos do Japão, Espanha, Canadá, Dinamarca estão na programação do maior festival dedicado à união entre cinema e gastronomia do Brasil
*Participação do premiado chef português André Magalhães, que vem de Lisboa especialmente para o festival
Conscientizar através da arte. Com esta proposta nasceu SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA, ALIMENTAÇÃO E CULTURA LOCAL, que em 2016 chega à sétima edição. A partir da exibição de uma programação cinematográfica de qualidade, em sua maioria inédita no Brasil e premiada em grandes festivais, SLOW FILME trata de temas que afirmam a relação entre o prato e o planeta. Amparando-se nos conceitos do movimento Slow Food, o festival quer mostrar que nossas escolhas afetam o mundo a nosso redor: a biodiversidade, as tradições, os sabores. E que a informação pode fazer toda a diferença. O 7º SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA, ALIMENTAÇÃO E CULTURA LOCAL acontece no período de 15 a 18 de setembro de 2016, no Cine Pireneus, em Pirenópolis/Goiás (onde o evento vem sendo realizado desde 2010, ano da primeira edição) e apresenta exibições, palestras e degustações. Entrada franca.
O festival exibirá cerca de 20 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, de ficção e documentários, a grande maioria inédita no Brasil. Também promoverá palestras com especialistas e degustações gratuitas. SLOW FILME é único em seu perfil no Brasil e se propõe a conscientizar através da arte. Serão exibidos títulos produzidos em vários países – como Japão, Canadá, Estados Unidos, Dinamarca – além, é claro, do Brasil. SLOW FILME tem curadoria do professor, crítico e cineasta Sérgio Moriconi e é realizado pela Objeto Sim Projetos Culturais Ltda.
No 7º SLOW FILME, serão exibidos cerca de 20 filmes em quatro dias de exibição (a programação ainda está sendo definida e pode sofrer alteração). Dentre eles, destaques para a estreia no Brasil de títulos como o norte-americano ‘The Birth of Sake’ (foto), que mostra o cotidiano da destilaria Yoshida, produtora de saquê há 144 anos; o espanhol ‘Jerez & El Misterio del Palo Cortado’, do grande fotógrafo José Luis López Linares, sobre a milenar e misteriosa preparação do legendário vinho; ‘L’ADN du Ceviche’, curiosa produção canadense que explora aspectos culinários, históricos, ambientais e sociopolíticos do prato que é sinônimo do Peru; o japonês ‘Little Forest – Winter/Spring’, sobre uma chef que retorna à vila onde nasceu e cozinha apenas com os ingredientes que colhe na região; ou ainda ‘Vineyard Chronicle’, produção suíça que acompanha quatro estações da vida de uma família que há várias gerações produz vinho na região de Cully.
Partindo de abordagens mais políticas, estão filmes como ‘The Way Back to Yarasquin’, coprodução norte-americana/hondurenha sobre a luta de uma mulher que, de volta a sua terra natal, inicia um árduo trabalho de capacitação dos agricultores locais para se tornarem realmente donos do café que produzem e conseguirem extrair lucros disso – e um consequente sentimento de orgulho e prosperidade. E o dinamarquês ‘Boas coisas nos aguardam’ (foto), dirigido por Phie Ambo, que mostra a luta de um velho fazendeiro – um dos últimos produtores idealistas da Dinamarca – para produzir alimentos em harmonia com o universo.
O cinema brasileiro será representado por títulos como ‘Expedição Brasil Gastronômico’, documentário sobre a viagem feita em 2013 por uma equipe que pesquisa as riquezas gastronômicas brasileiras, em diferentes estados como São Paulo, Bahia e Distrito Federal. E ‘Guardiãs do Queijo Coalho no Sertão’, sobre o saber tradicional de mulheres camponesas do alto sertão sergipano.
Desde 2010, o festival tem atraído jornalistas, cineastas, críticos e espectadores de vários estados brasileiros e mesmo do exterior com um programa que conjuga exibição de filmes inéditos, degustações amparadas por palestras de especialistas, visitas a santuários ecológicos, hortas orgânicas e muito mais, gerando impacto cultural, social e econômico positivos para a comunidade. Hotéis, pousadas e restaurantes estão sempre cheios durante os dias de realização do evento e são vários os depoimentos de moradores da cidade sobre a expectativa que o festival gera durante todo o ano. Nas edições anteriores, o festival atraiu espectadores de cidades como Brasília, Goiânia, Anápolis, Uberlândia, Rio de Janeiro, São Paulo, além, é claro, dos moradores de Pirenópolis, que compareceram maciçamente. A curadoria é do professor, cineasta e crítico Sérgio Moriconi.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Como garantir o desenvolvimento sem afetar o meio ambiente? Como suprir as necessidades atuais dos seres humanos sem comprometer o futuro das novas gerações? Estes são alguns dos questionamentos que estão no cerne do debate mundial sobre a sustentabilidade. Cada passo conquistado em direção à tomada de atitudes propositivas por parte dos governos e grandes empresas mundiais é celebrado como a conquista do espaço. Afinal, estamos falando da vida no planeta que habitamos. SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA, ALIMENTAÇÃO E CULTURA LOCAL é um festival que caminha na direção da conscientização e da informação. Não se sai da sala de exibição de um filme deste festival com a mesma percepção do mundo. SLOW FILME transforma hábitos, crenças e vivências.
Desde sua primeira edição, em 2010, o evento tem exibido filmes inéditos (a maioria premiada em grandes festivais internacionais) que tratam de temas ligados ao respeito ao meio ambiente, à agricultura orgânica, às raízes do conhecimento dos povos. Para nós, comer é uma atitude política, uma afirmação de nossa identidade. Hábitos alimentares e de consumo afetam o destino de campos, florestas, rios, oceanos. E não é possível mais fechar os olhos ao que vem ocorrendo no planeta. Nutrir-se e informar-se, vendo cinema da melhor qualidade. Essa é a proposta de SLOW FILME.
O festival tem promovido a estreia no Brasil de títulos premiados em grandes festivais como Berlim, Nova York e San Sebastián. São filmes que aliam qualidade técnica e estética a um discurso vigoroso. A programação inclui curtas, médias e longas-metragens de ficção, animação e documentários, muitos deles assinados por grandes mestres do cinema mundial, como o português Jorge Pelicano, o italiano Ermanno Olmi, o basco Aritz Galarza, o canadense Yung Chang, sem falar nos brasileiros Vladimir Carvalho (considerado um dos maiores documentaristas do país) e o grande Helvécio Ratton (que veio ao festival para fazer, no SLOW FILME de 2011, a pré-estreia de seu filme ‘O Mineiro e o Queijo’).
E que ninguém pense que para falar de conscientização é preciso ser didático. Os títulos exibidos no SLOW FILME são obras de arte. Alguns deles conjugam cinema e música, como o belo ‘Mugaritz B.S.O’, sobre uma parceria entre o chef Andoni Aduriz (do estrelado restaurante espanhol) e o músico Felipe Ugarte, que criou partituras para cada receita. Ou cinema e artes plásticas, como ‘O Sonho – El Celler de Can Roca’ (foto), de Franc Aleu, apresentado no exterior como “uma ópera gastronômica em 12 pratos”. Estes e outros grandes filmes, como ‘Slow Food Story’ (foto), de Stefano Sardo (criador do festival Slow Food on Film, da Itália) foram vistos em primeira mão no Brasil no SLOW FILME.
CINEMA E GASTRONOMIA
Além de exibir filmes e promover pré-estreias, o evento propõe palestras de especialistas e cineastas e degustações ligadas aos temas propostos pelos filmes. Em 2015, o evento contou com a presença do cineasta suíço Thomas Rickenmann, diretor do documentário ‘Z’Alp’, que veio ao Brasil especialmente para o SLOW FILME. Uma festa para a alma, para a mente e para o corpo, sempre com entrada franca.
O festival acontece anualmente, na cidade de Pirenópolis, situada a 150 km de Brasília. Polo turístico dos mais visitados do estado de Goiás, Pirenópolis é conhecida pela natureza exuberante, pelas festas tradicionais populares e pela arquitetura colonial. Mas a cidade também tem se destacado por uma gastronomia diferenciada. A UEG – Universidade Estadual de Goiás percebeu a vocação da cidade e criou, ali, um curso de Gastronomia. No mesmo campus, a UEG também oferece curso de Turismo. Pirenópolis ainda concentra um Convivium do movimento Slow Food, que é como são chamados os núcleos de atuação do movimento em cada região. Por este perfil, o local foi considerado ideal para acolher SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA, ALIMENTAÇÃO E CULTURA LOCAL, que prega os conceitos do movimento Slow Food: o alimento deve ser bom (de sabor), justo (com quem produz) e limpo (para a natureza).
O Festival tem duração de quatro dias, sempre na segunda semana de setembro, com uma média de quatro sessões diárias e palestras acompanhadas de degustações nas noites de sexta-feira e de sábado. As atividades ocorrem no Cine Pireneus, um prédio colonial, que foi totalmente reformado e adaptado para as normas atuais de acessibilidade.
SLOW FILME nasceu com a proposta de ser um canal de conscientização da necessidade de frear o consumo exacerbado e a inconsequência no manuseio do solo. Para isso, escolheu a arte cinematográfica como veículo. Pela tela do festival, passam filmes que apresentam denúncias de abusos, mas também alternativas viáveis de recuperação. Documentários e ficções que propõem outro olhar sobre o planeta e seus habitantes. São obras que convidam ao reconhecimento da identidade cultural de diferentes povos como riqueza que os distingue na humanidade e mostram que a mais alta tecnologia pode atuar como aliada da tradição. O festival projeta filmes inéditos que dificilmente seriam exibidos no País e promove o contato direto de cineastas com o público, sempre com entrada franca.
Com o apoio do movimento Slow Food Pirenópolis, o festival promove uma série de atividades ligadas à produção local de alimentos, integrando produtores, chefs de cozinha, donos de hotéis e comércios e muitos outros. O evento é inspirado no Slow Food on Film, festival realizado em Bolonha, na Itália, e intimamente ligado ao movimento Slow Food internacional. O festival brasileiro conta com a parceria dos convívios do Slow Food Brasil que atuam na região do cerrado.
EDIÇÕES ANTERIORES
SLOW FILME fez sua primeira edição em 2010, provendo a primeira exibição no Brasil do longa-metragem ‘Terra Madre’ (foto), do premiadíssimo diretor italiano Ermanno Olmi, e a estreia do documentário nacional ‘Ouro Negro da Floresta’, de Delvair Montagner (sobre o cultivo do açaí no Pará), dentre vários outros títulos inesquecíveis, como o pungente ‘Somos aquilo que perdemos’, do sérvio Srdjan Mitrovic, e o húngaro ‘Oração’, de Sándro Mohi. O festival contou com palestras de especialistas em queijos e vinhos, seguidas de degustações.
O festival também promove pré-estreias, como em 2011 com a primeira exibição do documentário ‘O Mineiro e o Queijo’, de Helvécio Ratton (foto), que prestigiou o evento, dando palestra sobre o queijo de Minas e sua luta pela comercialização em todo o Brasil. A conversa com Ratton foi acompanhada de degustação de queijos Minas de várias fábricas artesanais do estado. A edição contou também com palestra do mestre cervejeiro Marco Falcone, o mais conceituado do País, sobre cervejas artesanais, que foram servidas ao público para degustação. Como aposta do evento na cultura regional, foi exibido o documentário inédito ‘A Horta do Seu Geraldo’, de Fernando Bola, que apresenta os conceitos e o cotidiano do trabalho do agricultor Geraldo Veiga, um adepto da agricultura orgânica em Pirenópolis.
Em 2012, o público do SLOW FILME também viu, em primeira mão, o documentário ‘Quilombo’, de Vladimir Carvalho, filmado em 1974 e relançado com cópia restaurada durante o nosso festival, com a presença do grande documentarista e de representantes do Quilombo de Santa Luzia. A edição ainda apresentou filmes emblemáticos da luta pela preservação do planeta, como ‘O sabor do desperdício’, sobre o imenso volume de alimentos lançado ao lixo diariamente na Europa, e ‘O mundo segundo a Monsanto’, sobre a líder mundial na produção de herbicidas.
Em 2013, o festival exibiu, em primeira mão no Brasil, o documentário ‘Slow Food Story’, assinado por Stefano Sardo, criador do festival Slow Food on Film, sobre a vida e a trajetória do criador do movimento Slow Food, Carlo Petrini. Os espectadores também puderam conhecer um trabalho inédito no Brasil: a produção de azeite extravirgem no Brasil, na cidade de Maria da Fé, Minas Gerais, através da projeção do documentário ‘O Azeite de Maria da Fé’ e de palestra com o coordenador do núcleo tecnológico da EPAMIG, Luiz Fernando Oliveira. Como convidado especial, foi trazido de Portugal o chef André Magalhães, responsável pela celebrada comida da Taberna da Rua das Flores, considerado hoje um dos melhores restaurantes de Lisboa, Portugal (foto).
Em 2014, o evento apostou nos sabores do café e do queijo, a partir da exibição de dois filmes inéditos no Brasil. Após a projeção de ‘Ouro Negro – Acorde e sinta o aroma do café’, a barista Isabela Raposeiras, a primeira mestra de torras do Brasil, fez palestra sobre as diversas espécies de café, informando o público sobre como fazer a escolha certa dos grãos e de como prepará-los. E, no sábado, depois da sessão de ‘Esses queijos que assassinamos’, o festival promoveu palestra com o chef francês Bernard Charret (foto), um nome de ponta do movimento Slow Food na França que veio pela primeira vez ao Brasil especialmente para participar do evento. O festival contou com a presença da marca catarinense Queijo com Sotaque, da mestra queijeira francesa Elisabeth Schober, que fabrica queijos no Brasil a partir de receitas francesas. Elisabeth veio a Pirenópolis para participar do evento. Também foram degustados queijos brasileiros de fama internacional, como Canastra e Serro, com a presença de produtores de Minas Gerais e de Goiás.
Em 2015, o evento fez homenagem à Itália, exibindo clássicos recentemente recuperados pela Cinemateca de Bolonha (como ‘I Maccheroni’ (foto), de Raffaele Andreassi, um emocionante filme de 1959), além de filmes inéditos no Brasil e premiados internacionalmente. É o caso do japonês ‘Little Forest: Summer/Autumn’ (uma deslumbrante ficção que mostra o retorno de uma chef de cozinha a sua pequena cidade natal e a opção por sempre preparar os alimentos com os ingredientes naturais de cada estação do ano) e do peruano ‘Na trilha de Gastón’ (‘Buscando a Gastón’, que apresenta a gastronomia original e o pensamento do chef Gastón Acurio, atualmente o mais conceituado chef sul-americano).
SLOW FILME é um evento totalmente gratuito, que distribui um folder, com sinopses de todos os filmes, resumos das atividades paralelas e informações gerais. A divulgação chega às escolas técnicas de cinema, artes visuais, comunicação e também às universidades, atraindo estudantes para que tomem contato com a programação, quase inteiramente inédita no Brasil. Os catálogos (com tiragem de 1.500 exemplares) também são distribuídos gratuitamente, à entrada do cinema, e possibilitam ao público levar para casa um estudo detalhado sobre a programação, com informações sobre cada filme e cada diretor, além de curiosidades sobre as produções.