PASOLINI, ou quando o Cinema se faz Poesia e Política de seu Tempo
RETROSPECTIVA COMPLETA DO GRANDE CINEASTA ITALIANO
*Exibição de 22 títulos de Pasolini e cinco filmes sobre o realizador
*Obras-primas como ‘Teorema’ e ‘O Evangelho Segundo São Mateus’, além de filmes inéditos
*Debate com o diretor da Fundazione Archivio Pasolini, de Bologna, Roberto Chiesi, e com Hernani Heffner, diretor de conservação da Cinemateca do MAM
Gênio único, provocador, ousado. Grande poeta e um dos cineastas mais emblemáticos do século XX. Quase 40 anos depois de sua morte (em 1975), o italiano Pier Paolo Pasolini segue intrigando o mundo com seu cinema de imagens fortes, seu inconformismo e seu olho infalível para a composição cinematográfica. Agora, uma mostra retrospectiva realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil promete apresentar a filmografia completa do autor de O Evangelho Segundo São Mateus, obra-prima considerada a melhor biografia até hoje feita sobre Jesus Cristo, explorando o lado político e social do controvertido diretor. Além dos filmes do realizador, Pasolini, ou quando o Cinema se faz Poesia e Política de seu Tempo vai exibir obras assinadas por outros diretores tendo Pasolini como tema. A mostra acontece no Cinema do CCBB Brasília, de 5 a 24 de novembro de 2014.
Pasolini, ou quando o Cinema se faz Poesia e Política de seu Tempo exibirá 22 títulos assinados pelo cineasta italiano, incluindo alguns filmes inéditos, sobretudo documentários filmados na Índia e na África, “com uma visão particular sobre o Terceiro Mundo, pouco conhecida em terras brasileiras, mas com grande aproximação e diálogo com as ideias de Glauber Rocha e outros cineastas e intelectuais contemporâneos dos anos 1960 e 1970”, segundo destaca Flávio Kactuz, curador da mostra e Professor da PUC-Rio e especialista em Pasolini.
Além de exibir toda a obra cinematográfica de Pasolini em 35 mm, a mostra ainda apresentará alguns importantes documentários feitos sobre o diretor, como Pasolini Prossimo Nostro (2007) de Giuseppe Bertolucci, A Futura Memoria (1986) de Ivo Barnabò, e Via Pasolini (2005) de Igor Skofic. Também haverá, no dia 8 de novembro, debate sobre a obra do grande diretor, reunindo Roberto Chiesi, diretor da Fondazione Archivio Pasolini, sediada na cidade italiana de Bologna, e Hernani Heffner, professor de cinema e diretor de conservação da Cinemateca do MAM/RJ. Entrada franca.
A MOSTRA
Ao longo de três semanas, será possível assistir aos filmes que Pier Paolo Pasolini inscreveu como clássicos na história do cinema mundial. A começar por Desajuste social (1961), sua estreia na direção cinematográfica, tendo o aspirante Bernardo Bertolucci como assistente. Na época, Pasolini já era considerado um dos grandes poetas, romancistas e intelectuais de sua geração e dava início a uma fase marcada pelo talento prodigioso, em que retratava pessoas honestas vivendo à margem da sociedade, deixadas para trás pela história e pelo progresso. Um período que chega ao magistral O Evangelho Segundo São Mateus (1964), censurado pela Igreja Católica durante 50 anos e reabilitado este ano de 2014, pelo Vaticano, apontado como a melhor obra já feita pelo cinema sobre a vida de Jesus Cristo.
Fascinado pelos temas sociais, atuante na luta pela igualdade de direitos, sempre atento às rebeliões comportamentais, Pasolini criou títulos em que tece críticas ácidas à burguesia e ao desejo de consumo desenfreado. É o caso de Teorema (1968), obra-prima indiscutível do cinema em todos os tempos, das recriações de clássicos, como Medéia (1969, única participação da soprano Maria Callas no cinema), de Pocilga (1969) e sua reflexão sobre a degradação humana – “consumo, logo existo” – e da celebrada Trilogia da Vida, composta por Decameron (1971), Os contos de Caterbury (1972) e As mil e uma noites (1974), em que repudiava o hedonismo consumista.
E a programação chega ao último filme do cineasta, Saló ou 120 dias de Somoma, realizado no mesmo ano em que Pasolini foi assassinado, com inspiração em Marquês de Sade, Dante, Nietzsche, Ezra Pound e Marcel Proust. Experiência crua, profundamente desconcertante, Saló oferece o olhar do cineasta diante do fascismo, do poder político absoluto, da corrupção, da dominação através da tortura, do despojamento da liberdade e do cerceamento dos direitos do ser humano.
Além das obras de Pasolini, Pasolini, ou quando o Cinema se faz Poesia e Política de seu Tempo conta ainda com cinco títulos assinados por realizadores sobre a vida e/ou a obra do diretor. É o caso de Pasolini un delitto Italiano (1995), em que Marco Tullio Giordana reconstrói o processo contra Giuseppe Pelosi, acusado pelo homicídio de Pasolini. O filme tem no elenco a comovente Adriana Asti, que participou de Accattone. E dos recentes Via Pasolini, de Igor Skofic, e La Voce di Pasolini, de Matteo Cerami, ambos de 2005. Construído a partir de imagens recuperadas de noticiários de televisão, Via Pasolini procura desvendar o pensamento do grande cineasta e investigar as causas que levaram a sua morte. La Voce di Pasolini é um documentário que combina trechos de poemas, ensaios e entrevistas de Pasolini com imagens de arquivo e fragmentos de filmes nunca concluídos.
Filmes de Pasolini que serão exibidos:
Salò o le 120 giornate di Sodoma (1975) Saló ou 120 dias de sodoma116’
Il Fiore delle mille e una notte (1974) As mil e uma noites 130’
Le Mura di Sana (1974) 13’
I Racconti di Canterbury (1972) Os contos de Canterbury 110’
Il Decameron (1971) Decamerão 110’
Appunti per un’Orestiade africana (1970) 73’
Medea (1969) Medéia 111’
Porcile (1969) Pocilga 98’
La sequenza del fiore di carta (Amore e rabbia) (1968) 11`
Teorema (1968) Teorema 98’
Appunti per un film sull’india (1968) 34’
Edipo re (1967) Édipo Rei 104’
Che cosa sono le nuvole? (Capriccio all’italiana) (1967) 22’
La Terra vista dalla Luna (1966) episódio do filme As Bruxas 31’
Uccellacci e uccellini (1966) Gaviões e passarinhos 86’
Il Vangelo secondo Matteo (1964) O Evangelho segundo São Mateus 137’
Sopralluoghi in Palestina per il vangelo secondo Matteo (1965) 52’
Comizi d’amore (1964) 92’
La Rabbia (1963) (part I) 53’
La Ricotta, Ro.Go.Pa.G. (1963) A Ricota 35’
Mamma Roma (1962) Mamma Roma 115’
Accattone (1961) Desajuste social 116’
Filmes Sobre Pasolini:
A Futura Memória (1986, 115’) de Ivo Barnabò Micheli
Via Pasolini (2005, 70’) de Igor Skofic
Pasolini Prossimo Nostro (2006, 58’) de Giuseppe Bertolucci.
Pasolini un delitto Italiano (1995, 100’) de Marco Tullio Giordana
La Voce di Pasolini (2005, 60’) de Matteo Cerami.
PROGRAMAÇÃO
05/11
15h00 – O Evangelho Segundo São Mateus (It, 1964) – 137 min (14 anos)
18h00 – Desajuste Social (It, 1961) – 116 min (16 anos)
20h30 – Mamma Roma (It, 1962) – 115 min (14 anos)
06/11
15h00 – A Ricota (It, 1963) – 35 min (14 anos)
A Terra vista da lua (It, 1966) – 31 min (14 anos)
O que são as nuvens?– (It, 1967) – 22 min (Livre)
17h00 – Édipo Rei (It, 1967) – 104 min (12 anos)
19h00 – Gaviões e Passarinhos (It, 1966) – 86 min (12 anos)
07/11
15h00 – Desajuste Social (It, 1961) – 116 min (16 anos)
17h30 – Mamma Roma (It, 1962) – 115 min (14 anos)
20h00 – O Evangelho Segundo São Mateus (It, 1964) – 137 min (14 anos)
08/11
13h00 – A futura memória (It, 1985) – 115min (16 anos)
15h30 – Gaviões e Passarinhos (It, 1966) – 86 min (12 anos)
17h30 – A Ricota (It, 1963) – 35 min (14 anos)
A Terra Vista da Lua (It, 1966) 31 min (14 anos)
O que são as nuvens? (It, 1967) – 22 min (14 anos)
19h00 – Debate com Roberto Chiesi e Hernani Heffner
09/11
13h30 – Via Pasolini (It, 2005) – 70 min (16 anos)
15H00 – Medéia (It, 1969) – 111 min (16 anos)
17h30 – Édipo Rei (It, 1967) – 104 min (12 anos)
19h30 – Teorema (It, 1968) – 98 min (18 anos)
10/11
17h30 – Teorema (It, 1968) – 98 min (18 anos)
19h30 – Medéia (It, 1969) – 111 min (16 anos)
12/11
19h00 – A raiva (It, 1963) – 53 min (14 anos)
A sequência da flor de papel (It, 1968) – 11 min (14 anos)
As muralhas de Sanaa (It, 1974) – 13 min (14 anos)
21h00 – Comícios de amor (It, 1964) – 92 min (16 anos)
13/11
19h00 – Anotações para um filme sobre a Índia (It, 1968) – 34 min (16 anos)
Locações na Palestina para o Evangelho de S. Mateus (It, 1965) – 52 min (16 anos)
21h00 – Anotações para uma Oréstia Africana (It, 1970) – 73 min (16 anos)
14/11
19h00 – Comícios de amor (It, 1964) – 92 min (16 anos)
21h00 – A raiva (It, 1963) – 53 min (14 anos)
A sequência da flor de papel (It, 1968) – 11 min (14 anos)
As muralhas de Sanaa (It, 1974) – 13 min (14 anos)
15/11
19h00 – Anotações para uma Oréstia Africana (It, 1970) – 73 min (16 anos)
21h00 – Anotações para um filme sobre a Índia (It, 1968) – 34 min (16 anos)
Locações na Palestina para o Evangelho de S. Mateus (It, 1965) – 52 min (16 anos)
16/11
19h00 – Via Pasolini (It, 2005) – 70 min (16 anos)
21h00 – Pocilga (It, 1969) – 98 min (16 anos)
17/11
19h00 – Pocilga (It, 1969) – 98 min (16 anos)
21h00 – A futura memória (It, 1986) – 115 min (16 anos)
19/11
18h30 – Decamerão (It, 1971) – 110 min (18 anos)
21h00 – Os Contos de Canterbury (It, 1972) – 110 min (18 anos)
20/11
18h30 – As mil e uma noites (It, 1974) – 130 min (18 anos)
21h00 – Saló ou 120 dias de sodoma (It, 1975) – 116 min (18 anos)
21/11
19h00 – Pasolini um delito Italiano (It, 1995) – 100 min (14 anos)
21h00 – Decamerão (It, 1971) – 110 min (18 anos)
22/11
18h15 – Os Contos de Canterbury (It, 1972) – 110 min (18 anos)
20h30 – As mil e uma noites (It, 1974) – 130 min (18 anos)
23/11
18h30 – Pasolini próximonosso (It, 2006) – 58 min (16 anos)
A voz de Pasolini (It, 2005) – 60 min (16 anos)
21h00 – Saló ou 120 dias de Sodoma (It, 1975) – 116 min (18 anos)
24/11
18h30 – Pasolini um delito Italiano (It, 1995) – 100 min (14 anos)
20h30 – Pasolini próximonosso (It, 2006) – 58 min (16 anos)
A voz de Pasolini (It, 2005) – 60 min (16 anos)
SINOPSES
DESAJUSTE SOCIAL (Accattone). Itália, 1961, p&b, 116min
Direção: Pier Paolo Pasolini
Roteiro: Pier Paolo Pasolini, com a colaboração de Sergio Citti nos diálogos. Assistência de direção: Bernardo Bertolucci Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Carlo Rustichelli Música: Johann Sebastian Bach Direção de Arte: Flavio Mogherini
Elenco: Franco Citti (Vittorio Cataldi, o Accattone, dublado por Paolo Ferrari), Franca Pasut (Stella), Silvana Corsini (Maddalena), Paola Guidi (Ascenza, dublada por Monica Vitti); Adriana Asti (Amore); Romolo Orazi (sócio de Accattone), Massimo Cacciafeste (cunhado de Accattone), Adriano Mazzelli (cliente de Amore), Francesco Orazi (um bronco), Mario Guerani (comissário), Stefano D’Arrigo (juiz). Enrico Fioravanti, Nino Russo, Emanuele Di Bari, Franco Marucci, Carlo Sardoni, Adriana Moneta, Polidor, Sergio Citti, Elsa Morante. Amigos de Accattone: Alfredo Leggi, Galeazzo Riccardi, Giovanni Orgitano, Giuseppe Ristagno, Leonardo Muraglia, Luciano Conti, Luciano Gonini, Mario Cipriani, Piero Morgia, Renato Capogna, Roberto Giovannoni, Roberto Scaringella, Silvio Citti, Edgardo Siroli, Renato Terra. Os napolitanos (dublados pelos atores da Companhia de Eduardo De Filippo): Adele Cambria, Amerigo Bevilacqua, Dino Frondi, Franco Bevilacqua, Mario Castiglione, Sergio Fiovaranti, Tommaso Nuovo, Umberto Bevilacqua
Produção: Alfredo Bini Filmagens: abril a julho de 1961 Locações: Roma, Subiaco. Primeira exibição: 31 de agosto de 1961 no XXII Festival de Veneza. (Fora da Competição) Prêmios: Primeiro prêmio no Festival de Karlovy Vary em 1962.
Sinopse: Vittorio, mais conhecido por Accattone, é um cafetão da periferia pobre de Roma na década de 1960, que vive dos rendimentos ganhos por sua prostituta Madalena. Quando ela é presa por perjúrio, Accattone perde a sua fonte de rendimento e, sem ninguém para sustentá-lo, entra em fase de declínio.
MAMMA ROMA. Itália, 1962, p&b, 115min
Direção: Pier Paolo Pasolini
Roteiro: Pier Paolo Pasolini, com a colaboração de Sergio Citti nos diálogos Assistência de direção: Carlo Di Carlo Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Carlo Rustichelli Música: A. Vivaldi, Cherubini e Bixio Direção de Arte: Flavio Mogherini
Elenco: Anna Magnani (Mamma Roma); Ettore Garofolo (Ettore); Franco Citti (Carmine); Silvana Corsini (Bruna); Luisa Orioli (Biancofiore); Paolo Volponi (padre);Luciano Gonini (Zaccarino); Vittorio La Paglia (Senhor Pellissier); Piero Morgia (Piero); Leandro Santarelli (Begalo); Emanuele di Bari (Gennarino); Antonio Spoletini (bombeiro); Nino Bionci (pintor); Roberto Venzi (vendedor); Nino Venzi (cliente); Maria Bernardini (esposa); Santino Citti (pai da esposa); Lamberto Maggiorani, Franco Ceccarelli, Marcello Sorrentino, Sandro Meschino, Franco Tovo, Pasquale Ferrarese, Renato Montalbano, Enzo Fioravanti, Elena Cameron, Maria Benati, Loreto Ranalli, Mario Ferraguti, Renato Capogna, Fulvio Orgitano, Renato Troiani, Mario Cipriani, Paolo Provenzale, Umberto Conti, Sergio Profili, Gigione Urbinati
Produção: Alfredo Bini Filmagens: abril a junho de 1962 Locações: Roma, Subiaco, Frascati, Guidonia. Primeira exibição: 31 de agosto de 1962 no XXIII Festival de Veneza Prêmios: FICC (Federazione Italiana dei Circoli del Cinema) no Festival de Veneza de 1962
Sinopse: Para seus clientes, ela é uma prostituta ordinária de Roma, mas para os seus amigos ela é conhecida como Mamma Roma, desafiada por sua condição social tenta o melhor para seu filho Ettore.
A RICOTA (La ricotta). Itália-França, 1963, p&b e cor, 35min
Episódio do filme coletivo Relações Humanas (Ro.Go.Pa.G.), de Roberto Rossellini, Jean-Luc Godard, Pier Paolo Pasolini e Ugo Gregoretti
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Sergio Citti, Carlo di Carlo Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Carlo Rustichelli Direção de Arte: Flavio Mogherini Figurino: Danilo Donati
Elenco: Orson Welles (director, dublado por Giorgio Bassani); Mario Cipriani (Stracci); Laura Betti (a diva); Edmonda Aldini (outra diva); Vittorio La Paglia (o jornalista de “Tegliesera”); Maria Bernardini (a atriz stripper); Rossana Di Rocco (a filha de Stracci), Tomas Milian, Ettore Garofolo, Lamberto Maggiorani, Alan Midgette, Giovanni Orgitano, Franca Pasut, Giuseppe Berlingeri, Andrea Barbato, Giuliana Calandra, Adele Cambria, Romano Costa, Elsa de’Giorgi, Carlotta Del Pezzo, Gaio Fratini, John Francis Lane, Robertino Ortensi, Leticia Paolozzi, Enzo Siciliano
Produção: Alfredo Bini Filmagens: outubro a novembro de 1962 Locações: Subúrbios de Roma (Pratone dell’Acqua Santa, Arcquedotto romano) Primeira exibição: 21 de fevereiro de 1963 em Milão Prêmios: Grolla d’oro de Melhor Direção em Saint Vicent 1964
Sinopse: Stracci, pobre e esfomeado, participa como figurante num filme dirigido por um marxista (Orson Welles) e rodado na periferia de Roma, baseado na paixão de Cristo.
COMÍCIOS DE AMOR (Comizi d’amore). Itália, 1964, p&b, 92min
Direção, roteiro, entrevistas, comentários: Pier Paolo Pasolini
Direção de Fotografia: Mario Bernardo, Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Pier Paolo Pasolini Narração: Lello Bersani Intervenções: Alberto Moravia, Cesare Musatti
Em ordem de aparição: Camilla Cederna, Oriana Fallaci, Adele Cambria, Peppino di Capri, time de futebol de Bolonha, Giuseppe Ungaretti, Antonella Lualdi, Graziella Granata, Ignazio Buttitta.
Filmagens: março a novembro de 1963. Locações: Nápoles, Palermo, Cefalù, Roma, Fiumicino, Milão, Florença, Viareggio, Bolonha, praias de Roma, praias da Calábria, aldeias da região de Reggio Emilia, Lido em Veneza, Catanzaro, Crotone e o jardim da casa de Pasolini. Primeira exibição: 27 de julho de 1965 no XVII Festival de Locarno.
Sinopse: Como nascem as crianças? O sexo é uma coisa natural? Você é livre para viver seus desejos? Essas e outras perguntas são o ponto de partida para Pasolini percorrer a Itália tentando saber o que os italianos pensam sobre o sexo, o casamento, a fidelidade, a prostituição e a normatividade.
A RAIVA (La Rabbia). Itália, 1963, p&b, 53min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Carlo di Carlo Comentários: Pier Paolo Pasolini, lidos por Giorgio Bassani (voz em poesia) e Renato Guttuso (voz em prosa) Montagem: Pier Paolo Pasolini, Nino Baragli, Mario Serandrei Música: Canções da Revolução Cubana, Canções da Revolução Algeriana
Produtor: Gastone Ferranti
Período de Montagem: janeiro a fevereiro de 1963. Primeira exibição: 14 de abril de 1963.
Sinopse: Por que é que a nossa vida é dominada pelo descontentamento, pela angústia, pelo medo da guerra? Eis a pergunta que Pasolini tenta responder usando apenas imagens de arquivo e uma narrativa de refinada poesia.
LOCAÇÕES NA PALESTINA PARA O EVANGELHO DE S. MATEUS (Sopraluoghi in Palestina per Il Vangelo Secondo Matteo). Itália, 1963, p&b, 52min
Argumento, escolha da música e comentários: Pier Paolo Pasolini Intervenções: Pier Paolo Pasolini, Don Andrea Carraro Direção de Fotografia: Aldo Pennelli, Otello Martelli, Domenico Cantatore Direção Musical: Pier Paolo Pasolini Música: Johann Sebastian Bach
Produtor: Alfredo Bini Filmagens: junho a julho de 1963. Locações: Tiberíades, Monte Tabor, Nazaré, Cafarnaum, Baram, Jerusalém, Bersabea, Belém, Damasco
Primeira exibição: 11 de julho de 1965 no Festival Dois Mundos em Spoleto
Sinopse: O filme apresenta a ideia inicial de Pasolini, na busca por locações em Israel e na Jordânia para O Evangelho Segundo São Mateus, posteriormente descartada por não encontrar os vestígios de uma determinada ancestralidade desejada.
O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS (Il Vangelo Secondo Matteo). Itália-França, 1964, p&b, 137min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini (baseado no texto original do Evangelho de Mateus)
Assistência de direção: Maurizio Lucidi Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Pier Paolo Pasolini Música: Johann Sebastian Bach, W. A. Mozart, S. Prokofiev, A.Webern, Missa Luba congolesa e cantos revolucionários russos Trilha Sonora original: Luis Bacalov Direção de Arte: Luigi Scaccianoce Figurino: Danilo Donati
Elenco: Enrique Irazoqui (Jesus Cristo, dublado por Enrico Maria Salerno); Margherita Caruso (Maria jovem); Susanna Pasolini (Maria anciã); Marcello Morante (José); Mario Socrate (João Batista); Rodolfo Wilcock (Caifás); Alessandro Clerici (Pôncio Pilatos); Paola Tedesco (Salomé); Rossana Di Rocco (anjo); Renato Terra (fariseu); Eliseo Boschi (José de Arimatéia); Natalia Ginzburg (Maria da Betânia); Ninetto Davoli (pastor); Amerigo Bevilacqua (Herodes I); Francesco Leonetti (Herodes II); Franca Cupane ( Herodíade); Settimo Di Porto (Pedro); Otello Sestili (Judas); Enzo Siciliano (Simão); Giorgio Agamhen (Felipe); Ferruccio Nuzzo (Mateus); Giacomo Morante (João); Alfonso Gatto (André); Guido Gerretani (Bartolomeu); Rosário Migale (Tomás); Luigi Barbini (Jacó de Zebedeu); Marcello Galdini (Jacó de Anfeu); Elio Spaziani (Tadeu)
Produtor: Alfredo Bini Filmagens: abril a julho de 1964. Locações: Orte, Montecavo, Tivoli, Potenza, Matera, Barile, Bari, Gioia del Colle, Massafra, Catanzaro, Crotone, Valle del’Etna. Primeira exibição: 4 de setembro de 1964 no XXV Festival de Veneza
Prêmios: Grande Prêmio do Ofício Católico Internacional do Cinema (OCIC); Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza 1964; Prêmio Cineforum; Prêmio da Crítica Internacional; Nastro d’Argento Melhor Diretor 1965; recebeu três indicações ao Oscar.
Sinopse: Sensível representação da vida de Cristo, do nascimento à ressurreição, a partir do Evangelho de São Mateus.
A TERRA VISTA DA LUA (La Terra Vista dalla Luna). Itália-França, 1966, cor, 31min, terceiro episódio do filme coletivo As Bruxas (Le Streghe), de Mauro Bolognini, Vittorio De Sica, Pier Paolo Pasolini, Franco Rossi, Luchino Visconti
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Sergio Citti Direção de Fotografia: Giuseppe Rotunno Montagem: Nino Baragli Direção de Arte: Mario Garbuglia, Piero Poletto Figurino: Piero Tosi Trilha Sonora original: Ennio Morricone Esculturas: Pino Zac
Elenco: Totò (Ciancicato Miao), Ninetto Davoli (Baciù Miao), Silvana Magnano (Assurdina Caì), Mario Cipriani (padre), Laura Betti (turista), Luigi Leoni (esposa do turista)
Produção: Dino Di Laurentiis Filmagens: novembro de 1966. Locações: Roma, Ostia e Fiumicino. Primeira exibição: 23 de fevereiro de 1967 no XVII Festival de Berlim
Sinopse: Após a perda da esposa e mãe, pai e filho partem em busca de uma mulher para substituí-la, até conhecerem Assurdina, uma mulher surda e muda que trará grandes surpresas e ocupará o lugar deixado pela outra mulher.
GAVIÕES E PASSARINHOS (Uccellacci e uccellini). Itália, 1966, p&b, 86min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Sergio Citti Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli, Mario Bernardo Montagem: Nino Baragli Trilha sonora original: Ennio Morricone (A música dos créditos iniciais, cantada por Domenico Modugno, foi escrita por Pier Paolo Pasolini. A música “Carmè Carmè” foi escrita e cantada por Totò Direção de Arte: Luigi Scaccianoce Figurino: Danilo Donati
Elenco: Totò (Ingênuo Totò, Frei Ciccillo), Ninetto Davoli ( Ingênuo Ninetto, Frei Ninetto), Femi Benussi (prostitute Luna), Francesco Leonetti (voz do Corvo), Gabriele Baldini, Riccardo Redi, Lena Lin Solaro, Rossana di Rocco, Cesare Gelli, Vittorio La Paglia, Flaminia Siciliano, Alfredo Leggi, Renato Montalbano, Mario Pennisi, Fides Stagni, Giovanni Tarallo, Umberto Bevilacqua, Renato Capogna, Vittorio Vittori, Pietro Davoli
Produção: Alfredo Bini Filmagens: outubro a dezembro de 1965. Locações: Roma, Fiumicino, Viterbo, Toscana, Assis. Primeira exibição: 13 de maio de 1966 Festival de Cannes. Prêmios: Menção Especial a Totò no XX Festival de Cannes; Nastro D’Argento de Melhor Tema Original a Pier Paolo Pasolini e de Melhor Protagonista a Totò
Sinopse: Dois insólitos personagens caminham por uma longa estrada, pai e filho, acompanhados e orientados pelas ideias marxistas de um corvo, que acaba sendo devorado pelos dois.
ÉDIPO REI (Edipo Re). Itália, 1967, cor, 104min
Direção: Pier Paolo Pasolini
Roteiro: Pier Paolo Pasolini, baseado na tragédia de Sófocles Assistência de direção: Jean-Claude Biette Direção de Fotografia: Giuseppe Ruzzolini Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Pier Paolo Pasolini. Música: W. A. Mozart, Músicas do folclore popular Romeno e músicas tradicionais japonesas Direção de Arte: Luigi Scaccianoce Figurino: Danilo Donati
Elenco: Silvana Magnano (Jocasta), Franco Citti (Édipo), Alida Valli (Merope), Carmelo Bene (Creonte), Julian Beck (Tirésias), Luciano Bartoli (Laio), Ahmed Belhachmi (Pólibo), Pier Paolo Pasolini (Alto Sacerdote), Giandomenico Davoli (pastor), Ninetto Davoli (Anghelos). Outros: Francesco Leonetti, Jean-Claude Biette, Ivan Scratuglia
Produtor: Alfredo Bini Filmagens: abril a julho de 1967. Locações: Veneto, Baixa Lombardia, Sant’Angelo Lodigiano, Bolonha, Marrocos (It’ben Addu, Ouarzazate, Zagora) Primeira exibição: 3 de setembro de 1967 no XXVII Festival de Veneza
Prêmios: Indicação ao Leão de Ouro no Festival de Veneza 1967; Prêmio CIDALC (Confédération Internationale pour la Diffusion des Arts et des Lettres par le Cinema) no Festival de Veneza 1967; Grolla D’Oro em Saint Vincent 1968; Nastro D’Argento de Melhor Produtor e Melhor Cenografia 1968; Prêmio de Melhor Filme de Língua Estrangeira Kinema Junpo 1970.
Sinopse: Édipo, herdeiro do trono de Tebas, foi abandonado ao nascer em um deserto, por conta de uma previsão do Oráculo anunciando que o menino seria responsável pela morte de seu pai e se deitaria com sua mãe.
A SEQUÊNCIA DA FLOR DE PAPEL (La Sequenza del Fiore di Carta). Itália-França, 1968, cor, 10min, terceiro episódio do filme coletivo Amor e Raiva (Amore e Rabbia), de Marco Bellocchio, Bernardo Bertolucci, Jean-Luc Godard, Carlo Lizzani, Pier Paolo Pasolini
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Maurizio Ponzi, Franco Brocani Direção de Fotografia: Giuseppe Ruzzolini Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Pier Paolo Pasolini Música: J. S. Bach Música Original: Giovanni Fusco
Elenco: Ninetto Davoli (Riccetto), Rochelle Barbieri (garota), Bernardo Bertolucci (voz de Deus), Graziella Chiarcossi, Pier Paolo Pasolini, Aldo Puglisi
Produtor: Carlo Lizzani
Filmagens: verão de 1968. Locações: Roma
Primeira exibição: 30 de maio de 1969 em Roma
Sinopse: Um personagem caminha indiferente pela Via Nazionale em meio a guerras, desigualdades e conflitos, e por isso recebe a punição divina.
O QUE SÃO AS NUVENS? (Che Cosa Sono le Nuvole?) Itália, 1967, cor, 22min, terceiro episódio do filme coletivo Capriccio all’italiana, de Mauro Bolognini, Mario Monicelli, Pier Paolo Pasolini, Steno, Pino Zac e Franco Rossi (não creditado)
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Sergio Citti Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Música Original: “Che cosa sono le nuvole?” de Domenico Modugno e Pier Paolo Pasolini, cantada por Modugno na abertura do filme Direção de Arte, figurino: Jurgen Henze
Elenco: Totò (Jago), Ninetto Davoli (Otelo), Laura Betti (Desdemôna), Franco Franchi (Cássio), Ciccio Ingrassia (Rodrigo), Adriana Asti (Bianca), Francesco Leonetti (marionetista), Domenico Modugno (lixeiro), Carlo Pisacane (Brabanzio). Outros: Luigi Barbini, Mario Cipriani, Piero Morgia, Remo Foglino
Produtor: Dino Di Laurentiis Filmagens: fevereiro a março de 1967. Locações: Arredores de Roma Primeira exibição: 14 de junho de 1968
Sinopse: Uma representação de Othelo, de Shakespeare, feita por marionetes, protagonizadas por Totó e Ninetto, encontram um surpreendente desfecho ao se apresentarem para um grupo do proletariado.
NOTAS PARA UM FILME SOBRE A ÍNDIA (Appunti per un film sull’India). Itália, 1968, p&b, 34min
Direção, roteiro, fotografia, comentário: Pier Paolo Pasolini com a colaboração de
Gianni Barcelloni Corte Montagem: Jenner Menghi Produção: RAI (Radiotelevisione italiana); Gianni Barcelloni Corte, BBG Cinematográfica Filmagens: dezembro de 1967 a janeiro de 1968. Locações: Bombaim (Maharashtra), Nova Délhi, Rajastão (Uttar Pradesh). Primeira exibição: 5 de julho de 1968 na RAI e 18 de agosto de 1968 no XXIX Festival de Veneza
Sinopse: Pasolini faz uma espécie de diário sobre um possível filme a ser rodado na Índia, partindo de uma parábola envolvendo a família de um Marajá e um tigre morto de fome.
TEOREMA (Teorema). Itália, 1968, cor, 98min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Sergio Citti Direção de Fotografia: Giuseppe Ruzzolini Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Pier Paolo Pasolini Música: W. A. Mozart Trilha sonora original: Ennio Morricone Direção de Arte: Luciano Puccini Figurino: Marcella Di Marchis
Elenco: Silvana Mangano (a mãe Lúcia); Terence Stamp (o hóspede), Andrès José Cruz Soublette (o filho Pietro), Anne Wiazemsky (a filha Odetta), Massimo Girotti (o patriarca Paolo), Laura Betti (a criada Emilia), Adele Cambria (a outra criada), Ninetto Davoli (o carteiro Angelino), Susanna Pasolini (a velha camponesa), Luigi Barbini (o rapaz da estação), Carlo De Mejo (outro rapaz), Cesare Garboli (entrevistador do prólogo), Alfonso Gatto (o médico), Ivan Scratuglia
Produtores: Franco Rossellini, Manolo Bolognini
Filmagens: março a maio de 1968. Locações: Milão, Lainate, Cascina Torre Bianca, Roma, Valle dell’Etna. Primeira exibição: 4 de setembro de 1968 no XXIX Festival de Veneza Prêmios: Grande Prêmio do Ofício Católico Internacional do Cinema (OCIC), Coppa Volpi de Melhor Interpretação Feminina para Laura Betti e Navicella D’Oro no Festival de Veneza 1968.
Sinopse: A vida de uma rica família burguesa é totalmente modificada por um misterioso visitante (Terence Stamp), que seduz a empregada, o filho, a mãe, a filha e, por último, o pai. Após sua saída ninguém da família consegue continuar vivendo da mesma forma.
MEDÉIA (Medea). Itália-França-Alemanha,1969, cor, 110min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini (baseado na tragédia de Eurípedes)
Assistência de direção: Sergio Citti Direção de Fotografia: Ennio Guarnieri Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Pier Paolo Pasolini com a colaboração de Elsa Morante. Música: Música Sacra Japonesa e Cantos de Amor Iranianos Direção de Arte: Dante Ferretti Figurino: Piero Tosi
Elenco: Maria Callas (Medéia), Laurent Terzieff (Centauro), Massimo Girotti (Creonte), Giuseppe Gentile (Jasão). Outros: Margareth Clementi, Sergio Tramonti, Anna Maria Chio
Produtores: Franco Rossellini, Marina Cicogna Filmagens: maio a agosto de 1969. Locações: Turquia (Uçhisar, Göreme, Çavusin), Síria (Aleppo), Pisa, Marechiaro di Anzio, Laguna di Grado, Viterbo Primeira exibição: 27 de dezembro de 1969 em Milão
Sinopse: Maria Callas vive a feiticeira Medéia, que mata o próprio irmão para fugir com o amado Jasão, que roubara o velocino de ouro. Anos mais tarde, Jasão a abandona, para se casar com a jovem e bela filha do Rei Creonte. Indignada, Medéia planeja uma terrível vingança contra Jasão.
ANOTAÇÕES PARA UMA ORÉSTIA AFRICANA (Appunti per un’Orestiade Africana). Itália, 1969, p&b, 73min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Direção de Fotografia: Pier Paolo Pasolini, Giorgio Pelloni, Mario Bagnato, Emore Galeassi Montagem: Cleofe Conversi Música Original: Gato Barbieri Produtor: Gian Vittorio Baldi Filmagens: dezembro de 1968 a fevereiro de 1969 Locações: Uganda, Tanzânia, Lago de Tanganika Primeira exibição: 1 de setembro de 1973, Veneza.
Sinopse: Após a tentativa fracassada de fazer uma adaptação de Ésquilo na África com atores africanos, Pasolini decide reunir o material gravado e fazer um documentário sobre o processo do filme.
POCILGA (Porcile). Itália-França, 1969, cor, 98min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini
Assistência de direção: Sergio Citti, Fabio Garriba Direção de Fotografia: Armando Nannuzi, Tonino Delli Colli e Giuseppe Ruzzolini Montagem: Nino Baragli Figurino: Danilo Donati Trilha Sonora Original: Benedetto Ghiglia Música: Horst Wessel Lied, canto de marcha das tropas de choque nazistas
Elenco: Episódio renascentista: Pierre Clementi (primeiro canibal), Franco Citti (segundo canibal), Luigi Barbini (soldado), Ninetto Davoli (Maracchione, a testemunha), Sergio Elia (criado); Episódio alemão: Jean-Pierre Léaud (Julian), Alberto Lionello (o industrial Senhor Klotz, pai de Julian), Margherita Lozano (Senhora Klotz, dublada por Laura Betti), Anne Wiazemsky (Ida), Ugo Tognazzi (Herdhitze, o industrial rival), Marco Ferreri (Hans Günther, dublado por Mario Missiroli)
Produção: Gianni Barcelloni Corte e Gian Vittorio Baldi
Filmagens: novembro de 1968 a fevereiro de 1969 Locações: Vale do Etna, Catânia, Roma, Verona, Stra, Villa Pisani
Primeira exibição: 30 de agosto de 1969 no XXX Festival de Veneza
Sinopse: A partir de duas histórias paralelas, uma no século XVI apresentando um grupo de canibais, outra na Alemanha pós-moderna, envolvendo um industrial e sua família, Pasolini traça um retrato metafórico nada alentador da degradação humana alastrada pela sociedade de consumo.
DECAMERON (Il Decameron). Itália-França-Alemanha, 1971, cor, 110min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini (Baseado no Decameron de Giovanni Boccaccio)
Assistência de direção: Sergio Citti, Umberto Angelucci Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli, Tatiana Casini Morigi Direção Musical: Ennio Morricone, Pier Paolo Pasolini Música: Cantos de lavadeiras de Vomero e cantos populares napolitanos antigos e modernos Direção de Arte: Dante Ferretti Figurino: Danilo Donati
Elenco: Franco Citti (Cepparello, Ciappelletto), Nineto Davoli (Andreuccio de Perugia), Jovan Jovanovic (rústico), Angela Luce (Peronella), Pier Paolo Pasolini (discípulo de Giotto), Giuseppe Zigaina (frade), Vincenzo Amato (Masetto da Lamporecchio), Guido Alberti (rico mercador), Gianni Rizzo (frade superior), Elisabetta Genovese (Caterina), Silvana Magnano (Nossa Senhora)
Produtores: Alberto Grimaldi, Franco Rossellini Filmagens: setembro a outubro de 1970. Locações: Nápoles, Amalfi, Vesúvio, Ravello, Sorrento, Caserta, arredores de Roma e Viterbo, Nepi, Bolzano, Bressanone, Iêmen (Sana’a), França (Vale do Loire)
Primeira exibição: 29 de junho de 1971 no XXI Festival de Berlim Prêmios: Urso de Prata no Festival de Berlim 1971
Sinopse: O primeiro filme da Trilogia da Vida apresenta um divertido e sensual quadro da Idade Média através de episódios extraídos da obra de Boccaccio.
OS CONTOS DE CANTERBURY (I Racconti di Canterbury). Itália-França, 1972, cor, 110min
Direção, roteiro: Pier Paolo Pasolini (Baseada em The Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer)
Assistência de direção: Sergio Citti e Umberto Angelucci Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Direção Musical: Pier Paolo Pasolini com a colaboração de Ennio Morricone Direção de Arte: Dante Ferretti Figurino: Danilo Donati
Elenco: Hugh Griffith (Sir January), Laura Betti (mulher de Bath), Ninetto Davoli (Perkin, o bufão), Franco Citti (Diabo), Alan Webb (velho), Josephine Chaplin (May), Pier Paolo Pasolini (Geoffrey Chaucer)
Produtor: Alberto Grimaldi Filmagens: setembro a novembro 1971. Locações: Safa Palatino, Roma, Etna (Itália); Canterbury, Abadia de Battle, Warwick, Maidstone, Cambridge, Bath, Hastings, Lavenham, Rolvenden (Inglaterra) Primeira exibição: 2 de julho de 1972 no XXII Festival de Berlim Prêmios: Urso de Ouro no Festival de Berlim 1972
Sinopse: Segunda parte da Trilogia da Vida. Celebração bem humorada do sexo, baseado nos contos eróticos de Geoffrey Chaucer, escritos no século XIV.
AS MURALHAS DE SANA’A (Le Mura di Sana’a). Itália, 1971-1974, cor, 13min
Direção, comentários, narração: Pier Paolo Pasolini
Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Tatiana Casini Morigi Produtor: Franco Rossellini Filmagens: 18 de outubro de 1970 e outono de 1973. Locações: Iêmen (Sana’a e Adramaut) e Itália (Orte) Primeira exibição: 20 de junho de 1974 em Milão
Sinopse: Pasolini analisa a arquitetura da cidade de Sanaa para propor uma reflexão sobre os ideais de desenvolvimento, modernidade e civilização.
AS MIL E UMA NOITES (Il Fiore delle Mille e una Notte). Itália-França, 1974, cor, 129min
Direção: Pier Paolo Pasolini
Roteiro: Pier Paolo Pasolini com a colaboração de Dacia Maraini (baseado nos contos das Mil e uma Noites) Assistência de direção: Umberto Angelucci, Peter Shepherd Direção de Fotografia: Giuseppe Ruzzolini Montagem: Nino Baragli, Tatiana Casini Morigi Direção Musical: Ennio Morricone Direção de Arte: Dante Ferretti Figurino: Danilo Donati
Elenco: Ninetto Davoli (Aziz), Tessa Bouché (Aziza), Franco Citti (gênio), Ines Pellegrini (Zumurrud), Franco Merli (Nur-el-Din). Outros: Abadit Ghidei, Giana Idris, Alberto Argentino, Francesco Paolo Governale, Salvatore Sapienza, Fessazion Gherentiel
Produtor: Alberto Grimaldi
Filmagens: março a maio de 1973. Locações: Nepal, Índia, Etiópia, Iêmen e Irã.
Primeira exibição: 20 de maio de 1974 no Festival de Cannes
Sinopse: Capítulo final da Trilogia da Vida, baseado nos contos das Mil e uma Noites. Seguindo seu caminho através todas as histórias está o jovem Nur-el-Din, que é iniciado no sexo por sua escrava Zumurrud.
SALÒ OU OS 120 DIAS DE SODOMA (Salò o Le 120 Giornate di Sodoma). Itália-França, 1975, cor, 116min
Direção: Pier Paolo Pasolini
Roteiro: Pier Paolo Pasolini (baseado no romance Os 120 Dias de Sodoma, do Marquês de Sade) com a colaboração de Sergio Citti e Pupi Avati
Assistência de direção: Umberto Angelucci Direção de Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli, Tatiana Casini Morigi Direção Musical: Pier Paolo Pasolini Supervisão Musical: Ennio Morricone Direção de Arte: Dante Ferretti Figurino: Danilo Donati
Elenco: Paolo Bonacelli (Duque de Blangis), Uberto Paolo Quintavalle (Juiz), Giorgio Cataldi (Bispo, dublado por Giorgio Caproni), Aldo Valletti (Presidente Durcet, dublado por Marco Bellocchio), Caterina Boratto (Senhora Castelli), Hélène Surgère (Senhora Vaccari, dublada por Laura Betti), Elsa de’Giorgi (Senhora Maggi), Sonia Saviange, Sergio Fascetti, Antonio Orlando, Claudio Cicchetti, Franco Merli, Bruno Musso, Umberto Chessari, Lamberto Book, Gaspare di Jenno, Giuliana Melis, Faridah Malik, Graziella Aniceto, Renata Moar, Dorit Henke, Antinisca Nemour, Benedetta Gaetani, Olga Andreis, Tatiana Mogilanskij, Susanna Radaelli, Giuliana Orlandi, Liana Acquaviva, Rinaldo Missaglia, Giuseppe Patruno, Guido Galletti, Efisio Erzi, Claudio Troccoli, Fabrizio Menichini, Maurizio Valaguzza, Ezio Manni, Anna Maria Dossena, Anna Recchimuzzi, Paola Pieracci, Carla Terlizzi, Ines Pellegrini
Produtores: Alberto Grimaldi Filmagens: março a maio de 1975. Locações: Salò, Mantova, Gardelletta, Bologna, Cine Città
Primeira exibição: 22 de novembro de 1975 no I Festival de Paris
Sinopse: Tendo por metáfora a obra de Sade e a República de Saló, Pasolini apresenta sua escatológica visão sobre o poder, a sexualidade, o conformismo e a juventude italiana dos anos 1970.
EXTRAS
A FUTURA MEMÓRIA (A futura memoria). Itália, 1985, cor, 115 min
Direção: Ivo Barnabò Micheli
Fotografia: Luigi Verga, Eva Piccoli e Giuseppe Schifano
Montagem: Valeria Altobelli
Produtor: AnteaChantal
Sinopse: Documentário biográfico sobre a vida e a obra do poeta Pier Paolo Pasolini.
PASOLINI PRÓXIMO NOSSO (Pasolini prossimonostro). Itália-França, 2006, cor, 63 min
Direção: Giuseppe Bertolucci
Fotografia: Deborah ImogenBeer
Montagem: Federica Lang
Produtor: Angelo S. Draicchio
Sinopse: Pasolini permite que uma equipe pequena liderada pelo jornalista Gideon Bachmann penetre no set de Salò para colher imagens inéditas e um depoimento particular do diretor.
VIA PASOLINI (Via Pasolini). Itália, 2005, cor, 70 min
Direção: Igor Skofic
Montagem: Michele Ventrone
Sinopse: Fragmentos da vida através de imagens e reportagens capturadas pela TV italiana.
PASOLINI UM DELITO ITALIANO (Pasolini un delito italiano). Itália, 1995, cor, 100 min
Direção: Marco Túlio Giordana
Fotografia: Franco Lecca
Montagem: Cecilia Zanuso
Música: EnnioMorricone
Elenco: Carlo De Filippi, NicolettaBraschi, Graziella Chiarcossi, Toni Bertorelli, Andrea Occhipinti, Furio Colombo, AntonioPelosi, Rosa Pianeta, Maria Pelosi, Giulio Scarpati, Nino Marazzita, Francesco Siciliano, BiagioPelligra, Umberto Orsini, Krum De Nicola, Adolfo De Stefanis, Claudio Amendola, Enzo Marcelli, AntonioPetrocelli, TommasoSpaltro, IvanoMarescotti, Claudio Bigagli, Guido Calvi, AntonelloFassari, Rocco Mangia, Massimo De Francovich
Produtor: Claudio Bonivento, Vittorio Cecchi, Jean-François Lepetit
Sinopse: A história começa com a prisão de Giuseppe Pelosi, um jovem garoto de programa de 17 anos, acusado de matar Pasolini. Porém, o que aparece durante o processo de investigação pode inverter o caso e revelar algo muito maior do que um crime passional.
A VOZ DE PASOLINI (La vocedi Pasolini). Itália, 2005, cor, 60 minutos
Direção: MatteoCerami
Sinopse: Toni Servillo lê trechos de poemas, ensaios e entrevistas de Pier Paolo Pasolini, combinando imagens de arquivo e fragmentos de filmes que nunca foram feitos.
SERVIÇO
Data: de 5 a 24 de novembro de 2014
Local: Cinema do CCBB Brasília
Horários: ver programação
Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00
Assessoria de imprensa: Objeto Sim
(61) 3242-9805 / 3443-8891
Carmem Moretzsohn: (61) 8142-0111 – Gioconda Caputo: (61) 8142-0112
objetosim@gmail.com
objetosim@terra.com.br
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Assessoria de imprensa CCBB: Ricardo Torres – ricftorres@bb.com.br – (61) 3108-7629 / 7630
*O CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro Cultural. O transporte funciona de terça a domingo. Consulte todos os locais e horários de saída no site e no Facebook.
O CCBB funciona de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h, com fechamento às terças-feiras.
SCES Trecho 2 – Brasília/DF Tel: 61 3108-7600
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