Mercados de Ferro do Brasil

AROMAS E SABORES

LANÇAMENTO DIA 24 DE NOVEMBRO DE 2011 – MERCADO MUNICIPAL DE BRASÍLIA – 19H30

Livro recupera história e características dos mercados municipais brasileiros que se distinguem por serem construídos em ferro.

A história dos mercados de Recife, Manaus, Belém, Fortaleza, Rio de Janeiro e Brasília se confunde com a própria história do Brasil.

Apresentação de Fernando Brant e fotos exclusivas de Graça Seligman.

Os mercados municipais são espaços quase obrigatórios para quem deseja conhecer a vida de uma cidade. Nascidos das feiras ao ar livre, estes locais democráticos apresentam o que há de mais genuíno na produção popular, um pouco do que seria a alma da cidade. No Brasil, há mercados que sobrevivem há mais de 100 anos no mesmo endereço e com o mesmo perfil. Alguns deles estão em foco no livro MERCADOS DE FERRO DO BRASIL – AROMAS E SABORES, que ao longo de 110 páginas percorre os tradicionais mercados do Recife, Manaus, Rio de Janeiro, Belém e Fortaleza, chegando ao caçula mercado de Brasília, criado recentemente, mas com o pé no passado. Ao caminhar pela história destes lugares, a obra mostra também um pedaço da história do Brasil. O livro será lançado no próximo dia 24 de novembro, a partir das 19h30, no Mercado Municipal de Brasília (W3 Sul, quadra 509). Entrada franca.

MERCADOS DE FERRO DO BRASIL – AROMAS E SABORES apresenta os mercados brasileiros que se distinguem por serem construídos em ferro, sob inspiração do modelo do Les Halles de Paris, que ficou famoso por sua estrutura metálica. Para contar esta história, a publicação conta com autores de luxo. Na apresentação, o compositor Fernando Brant dá logo um recado: “Mercado começou sempre como feira ao ar livre e se ele, com o progresso, se cobriu de telhados e se alargou horizontal e verticalmente, mercado que é mercado nunca abdicou de ser um espaço democrático e humano. Nada tem a ver com a frieza pasteurizada dos super e hiper da modernidade”.

O livro é uma publicação do ITS – Instituto do Terceiro Setor e tem o patrocínio da BB Seguros, BrasilPrev, Ourocap, Jorge Ferreira e ITS. Coordenação de Eduardo Cabral e edição do jornalista Celso Araújo.

SÍNTESE DAS CIDADES

MERCADOS DE FERRO DO BRASIL é dividido em oito capítulos: A Praça do Encontro, Memória e Movimento, Mercado São José – Recife, Mercado Adolpho Lisboa – Manaus, Mercado Municipal – Rio de Janeiro, Mercado Municipal – Belém, Mercado dos Pinhões – Fortaleza e Mercado Municipal – Brasília. Cada um deles conta com fotografias exclusivas assinadas por Graça Seligman e textos especiais que destacam a história do local, suas características e sua importância para a cidade em tempos passados e atuais.

O Mercado Público do Recife foi o primeiro do Brasil a ser construído sob inspiração de Les Halles. Foi inaugurado em sete de setembro de 1875, durante o reinado de D. Pedro II. O artigo do historiador pernambucano Marcelo Lins passeia pela própria história do Recife, durante os séculos XVIII e XIX, comentando ocupação urbana, estilo arquitetônico, economia, etc. O texto também revela como o lugar funciona até hoje como pólo econômico da cidade e atração turística.

Conhecido como “miniatura do Les Halles”, o Mercado Adolpho Lisboa, de Manaus, tem sua história contada pela jornalista e escritora Leyla Martins Leong. O prédio tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 1987, foi inaugurado em 1883 e, segundo a autora, o parentesco com o mercado francês se resume a alguns detalhes arquitetônicos, como o esqueleto de ferro, os vidros e as grades. O texto percorre a trajetória da cidade de Manaus, de capital do látex e centro econômico do País, no século XIX, a metrópole decadente, no século XX.

Coube à arquiteta, urbanista, pesquisadora, museóloga e escritora carioca Ruth Levy levantar a história do Mercado Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado em 14 de dezembro de 1907, com a presença do então presidente da República, Afonso Pena, e do prefeito da cidade, General Souza Aguiar. O olhar especializado da autora apresenta uma versão detalhada da arquitetura do complexo, sua reforma em 1922, sua demolição em 1962 e a persistência do RestauranteAlbamar, o único do prédio original que ainda permanece de pé. O relato é acompanhado também de várias fotos antigas que revelam o passado do conjunto arquitetônico.

Popularmente chamado de “Ver-o-Peso”, o Mercado Municipal de Belém começou a ser construído em 1867. Para falar do prédio, o arquiteto e professor Jorge Derenji, vice-presidente do Comitê Brasileiro do Comitê Internacional de Monumentos e Sítios, analisa a história de Belém, a partir de 1811, mostrando como a revolta que ficou conhecida como Cabanagem acabou por desarticular a economia local. Depois, o autor discorre sobre a importância do lugar, seu abandono e a reforma, iniciada em 2005, que recuperou o esplendor do prédio original.

O Mercado dos Pinhões, em Fortaleza, tem uma história intimamente ligada à França. Toda a estrutura metálica veio direto daquele país para a capital cearense, no final do século 19, para se transformar no que ficou conhecido como Mercado da Carne. Quem explica toda esta aventura é a escritora e jornalista Ângela Barros Leal. Ela recuperou um relato feito em 1910, pelo escritor e memorialista cearense Otacílio de Azeredo, segundo o qual “o mercado era todo feito em ferro, pintado de vermelho escuro e dividido em três partes”. Ângela Leal explica que a cor vermelha à qual o escritor se refere é a cor do zarcão, óxido conhecido por dificultar a formação de ferrugem. O mercado ficou funcionando nestes moldes até o início da década de 1930, quando foi desmontado. Recuperado, sua estrutura deu vida a dois mercados. Um deles, inaugurado em 1938, fica na Praça dos Pinhões.

E coube ao jornalista e escritor Severino Francisco contar a saga que foi a criação do Mercado Municipal de Brasília pelo empresário Jorge Ferreira, que foi o idealizador da publicação. Apaixonado pelos mercados de ferro, Jorge Ferreira quis construir um mercado em estilo art nouveau em plena W3 Sul, na cidade mais moderna do mundo. É a tradição que se incorpora a modernidade, escreve Severino Francisco, “sem agredi-la ou desfigurá-la, pelo contrário: para complementá-la numa relação de reverência e harmonia”. O artigo do jornalista revela o périplo do empresário de Brasília que foi a São Paulo para comprar material de demolição (em especial dos antigos casarões da Avenida Paulista) e peças abandonadas num ferro velho (grades, portas, bancadas, vitrais, etc), num total de 40 toneladas. O resultado é um pedaço do século XIXem plena Brasília futurista ou, como costuma dizer Jorge Ferreira, um “retrocesso modernizante”.

NO CORAÇÃO DE PARIS

O conjunto que inspirou a criação de tantos e tão diversos espaços de venda de alimentos é ainda hoje assunto de muita conversa entre os franceses. Les Halles foi o nome dado ao mercado central que vendia alimentos frescos, no coração de Paris. O local acolheu o mercado por 800 anos, desde que Louis VII ordenou, em 1135, a transferência do mercado para o centro de Paris. Desde o século XIX, toda sua estrutura era feita em metal, erguida entre 1854 e 1870. Por razões sanitárias, as autoridades parisienses decidiram transferir o grande mercado para o subúrbio sul da cidade.

Em 1979, o local que abrigava o mercado público passou a exibir um espaço verde (o Jardin des Halles), um centro comercial (Forum des Halles) e locais dedicados a atividades recreativas, que funciona até hoje. A estação de RER Châtelet– Les Halles, situada embaixo do complexo, é a maior estação de metrô do mundo e permite acesso a toda a região de Paris.

MERCADOS DE FERRO DO BRASIL – AROMAS E SABORES é mais uma publicação do ITS – Instituto Terceiro Setor, que já lançou vários outros títulos como Pedro Recroix — arte em feitio de oração, 2009 (Texto: Celso Araújo / Fotos: GraçaSeligman), Este Espedito — escultura e esperança, 2011 (Texto: Celso Araújo / Fotos: Ricardo Almeida), Teatro Nacional Claudio Santoro, 2ª edição, 2011 (Texto: Celso Araújo), Catetinho — Palácio de Tábuas, 2ª edição, 2011 (Texto: Severino Francisco), Memorial dos Povos Indígenas, 2ª edição, 2011 (Texto: Severino Francisco), Palácio da Alvorada — majestosamente simples, 2011 (Texto: Severino Francisco / Fotos: Graça Seligman) e Palácio do Planalto — entre o cristal e concreto, 2011 (Texto: Graça Ramos / Fotos: Graça Seligman). O Instituto também é responsável pela revista brasiliagenda, publicação mensal, dedicada à cultura e eventos no Distrito Federal.

FICHA TÉCNICA

Coordenação: Eduardo Cabral

Concepção: Jorge Ferreira

Produção: Flor dos Santos

Edição: Celso Araújo

Texto apresentação: Fernando Brant

Recife: Marcelo Lins

Manaus: Leyla Martins Leong

Rio de Janeiro: Ruth Levy

Belém: Jorge Derenji

Fortaleza: Angela Barros Leal

Brasília: Severino Francisco

Fotografia: Graça Seligman

Projeto gráfico e editoração: Renata Fontenelle

Revisão: Cláudio Côrtes-Paiva

LANÇAMENTO – MERCADOS DE FERRO DO BRASIL

Local: Mercado Municipal de Brasília (W3 Sul – 509)

Data: 24 de novembro de 2011

Horário: 19h30

ENTRADA FRANCA

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