III BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA
Lançamento atrai escritores, autoridades, livreiros, editoras
*As palavras do português Boaventura de Sousa Santos e da poetisa brasileira Adélia Prado, homenageados deste ano do evento, abriram o lançamento da BIENAL, lidas pelos escritores Hamilton Pereira e Nicolas Behr
Com o Auditório Alvorada, do Centro Convenções, cheio de artistas, autoridades, livreiros, foi feito o lançamento da III BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA, que acontece de 21 a 30 de outubro, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Logo na abertura, o escritor Hamilton Pereira, um dos curadores da III BIENAL, leu trecho de uma fala do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos: “Precisamos reinventar a democracia se quisermos que ela faça parte da solução”. Um dos maiores pensadores contemporâneos, Boaventura de Sousa Santos será o homenageado internacional do evento em 2016. Em seguida, o poeta Nicolas Behr, também integrante da curadoria este ano, fez suas as palavras de Adélia Prado no celebrado poema Com licença poética: “Vai ser coxo na vida é maldição pra homem./Mulher é desdobrável. Eu sou”. Adélia é a homenageada brasileira do evento. Poesia e pensamento avançado sobre a democracia darão o tom à III BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA.
Diretor geral da BIENAL e curador, Nilson Rodrigues celebrou a ousadia de realizar a terceira edição de um evento no qual as letras são protagonistas das grandes discussões contemporâneas. “Através de Boaventura, poderemos refletir sobre os temas contemporâneos que nos atingem e pensar em qual pode ser nossa contribuição nesse quadro, aperfeiçoando a democracia no mundo atual”. E saudou a parceria da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, cumprimentando o Secretário Guilherme Reis: “Agradeço o esforço da Secretaria, que manteve esta que é a terceira maior bienal do livro do Brasil (atrás apenas das do Rio de Janeiro e de São Paulo), independente da mudança de Governo”. Segundo Nilson, todo o esforço do evento é para “contribuir para fazer o Brasil se mover, reunir as melhores cabeças para refletir sobre o momento do mundo e do País, e buscar saídas. E que saia melhor, que caminhe para a frente nas conquistas sociais e na democracia”.
O coordenador geral também explicou a escolha do Estádio Mané Garrincha como novo palco da BIENAL: “O futebol talvez seja o traço distintivo da cultura brasileira. Realizar a BIENAL no Mané Garrincha tem um significado muito grande: o livro tem que ser popular. Queremos bater bola com a leitura”. Nilson Rodrigues afirmou ainda que os recursos para a realização do evento foram garantidos graças à sensibilidade de parlamentares que compreendem o valor da cultura e fez questão de citar os cinco deputados distritais que, através de emendas parlamentares, destinaram recursos para a BIENAL: Wasny de Roure, Ricardo Vale, Rodrigo Delmasso, Cláudio Abrantes e Chico Vigilante. E afirmou: “Estamos homenageando este ano a maior poeta viva do Brasil, Adélia Prado, que está completando 80 anos”.
Representando o Fórum Distrital de Educação, a professora Natália Duarte, destacou a vinculação estreita da BIENAL com a educação, no sentido de tentar assegurar seu caráter público, laico e universal e a importância de realizar o evento diante da crise pela qual passa o mundo. Afirmou: “Saúdo também o evento pela escolha dos autores homenageados. Boaventura é o maior teórico da democracia, da igualdade dos direitos, do enfrentamento dos preconceitos. E Adélia Prado se coloca também neste campo, dando voz ao feminino”.
O conselheiro cultural da Embaixada de Portugal João Pignatelli se disse honrado pela escolha do português Boaventura de Sousa Santos como homenageado do evento. “Estaremos juntos nesta grande festa da língua portuguesa”, disse, salientando: “Através do pensamento deste que é um dos mais importantes pensadores do mundo contemporâneo, faremos o diálogo sobre as questões diárias que nos assolam”.
E coube ao Secretário de Estado de Cultura, Guilherme Reis, fazer a fala de encerramento do lançamento oficial da III BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA. Guilherme Reis fez questão de frisar todo o esforço do Governo em dar continuidade a processos que não podem ser interrompidos, a políticas de Estado, e situou a BIENAL como sendo um destes processos de importância ímpar para o Distrito Federal. Contou ter presenciado uma palestra de Boaventura de Sousa Santos no Fórum Social Mundial em Belém – “e ter ficado impacto com suas palavras” – e, inspirado na escolha da poeta Adélia Prado como homenageada, revelou buscar a poesia até nos atos mais complicados de sua gestão: “Tenho grudado em minha mesa o hai kai “A poesia está nos olhos de quem vê”, que me inspira no dia-a-dia”.
O Secretário de Cultura ainda frisou a importância de, neste esforço de dar à leitura um lugar de destaque na vida contemporânea, a BIENAL estar conjugada aos esforços de eventos como a Feira do Livro, a Mala do Livro, e o Circuito das Feiras do Livro. “Há espaço para todos estes eventos, que têm universos e clientelas diferenciadas”.
A III BIENAL
Com direção geral de Nilson Rodrigues e produção executiva de Eduardo Cabral, a BIENAL promoverá atividades com cerca de 120 escritores convidados, 100 sessões de autógrafos e lançamentos de livros, 80 sessões de contação de histórias, 40 apresentações teatrais, além de 10 shows musicais de artistas nacionais e do Distrito Federal. Estão confirmadas presenças de autores como a mexicana Guadalupe Nettel, o inglês Theodore Dalrymple, a portuguesa Raquel Varela e o norte-americano Glenn Greenwald, dentre os estrangeiros, e os brasileiros Renato Janine, Leandro Karnal, Marica Tiburi, Viviane Mosé e Fernando Moraes. Na curadoria, os escritores Hamilton Pereira, José Rezende e Nicolas Behr, a tradutora Lídia Luther e o diretor da BIENAL, Nilson Rodrigues.
O evento que coloca a capital brasileira no mapa do ambiente literário internacional irá ocupar, em 2016, as instalações do Estádio Mané Garrincha, com acesso público e gratuito. Cerca de 170 expositores, desde pequenas livrarias até representantes das principais editoras do país, prometem oferecer um vasto panorama de títulos nacionais e estrangeiros, possibilitando a aquisição de livros a preços mais módicos do que os praticados no mercado. E espetáculos nas áreas de música, teatro, dança e contação de histórias oferecerão atividades para visitantes de todas as idades. Dentre os destaques, apresentações de peças protagonizadas por Jonas Bloch – ‘O delírio do verbo’, inspirado em poemas de Manoel de Barros –, Paulo Betti (com um monólogo autobiográfico) e Arnaldo Antunes, que prepara um espetáculo especialmente para a BIENAL.
A BIENAL é uma realização do ITS – Instituto Terceiro Setor e conta com apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Distrito Federal, do Governo Federal e de empresas da iniciativa privada.
SEMINÁRIOS E MESAS
1- Deslocamentos: Geopolítica, Cultura, Etnia, Economia e Religião.
– A Europa e a tragédia dos refugiados;
– Fronteiras políticas, econômicas e desigualdades no mundo globalizado;
– Cultura, etnia e religião: Intolerância e conflitos políticos no mundo contemporâneo;
– Identidade, território e afirmação das nações indígenas latino – americanas
2 – Novas Tecnologias e os efeitos na cultura, economia e vida cotidiana.
– Informação, ética e comportamento nas redes sociais;
– O declínio das mídias tradicionais e novos espaços de informação e comunicação;
– Vozes dissonantes: liberdade e autoritarismo na internet;
– O mundo virtual e seu significado na história da humanidade
– Estado, democracia e controle da informação.
3 – Amor, afetividade e individualidade nos tempos modernos
– Relações afetivas, medos e neuroses;
– O amor em tempos de intolerância e individualismo
– Afirmação de gênero e novos modelos afetivos em sociedades democráticas;
– Tudo ao mesmo tempo agora: a vida afetiva nas redes sociais
– Lucia e o Sexo: Erotismo, Literatura e Cinema.
4 – Vida urbana – Novos espaços , novos caminhos
– A sociedade do descarte e a tragédia urbana
– Grandes metrópoles: exaustão humana e degradação do meio ambiente;
– Liberdade, solidão e indiferença nas grandes cidades ;
– A reinvenção das periferias: a percepção dos Direitos e a luta pela cidadania
FICHA TÉCNICA
Nilson Rodrigues- Diretor Geral
Eduardo Cabral – Produtor Executivo
Pedro Ortale – Coordenação geral
Henrique Cabral – Coordenador de produção
Suzzy Souza – Coordenadora administrativa e de relações institucionais
Pablo Duque e Lídia Luther – Coordenadores de programação
Marcelo Moita – Projeto Arquitetônico
Objeto Sim – Assessoria de Imprensa
XYZ Produções – Criação de Identidade Visual
Dulcineia Miranda – Secretaria
SERVIÇO
Data: 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2016
Local: Estádio Mané Garricha
ENTRADA FRANCA
Mais informações: www.bienalbrasildolivro.com.br (em construção)
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