FRIDA KAHLO – CONEXÕES ENTRE MULHERES SURREALISTAS NO MÉXICO

Chega à CAIXA Cultural Brasília a monumental exposição dedicada à grande artista mexicana

*Pinturas, desenhos, colagens e litografias de Frida Kahlo e trabalhos de outras 14 artistas nascidas ou radicadas no México

*Uma imersão no talento da artista, em fotografias, vestimentas, acessórios, documentos, catálogos e reportagens

*Visitação mediante retirada de senhas, pessoalmente ou pelo site frida.ingresse.com

Um dos mais fortes ícones do século XX, a artista mexicana Frida Kahlo é um fenômeno de comunicação, com imagem reproduzida em artigos da cultura pop de todo o mundo. O interesse por sua arte – e também por sua vida – é tão grande que tem inspirado filmes, espetáculos, moda. Agora, Brasília recebe uma exposição que torna acessível ao olhar do público a arte única de Frida. São desenhos, colagens e litografia assinados por Frida Kahlo”, e trabalhos de outras grandes artistas surrealistas mexicanas. A CAIXA Cultural Brasília, em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, apresenta “Frida Kahlo – Conexões Entre Mulheres Surrealistas No México, que poderá ser vista de 13 de abril a 5 de junho. Devido ao grande interesse que a artista desperta, a visitação à exposição será feita mediante o agendamento da visita por meio do site frida.ingresse.com ou com a retirada de senha diretamente na bilheteria da CAIXA Cultural Brasília (a partir de 13 de abril).

Será possível ver de perto óleos sobre tela e obras em papel, assinados por Frida Kahlo e obras de outras 14 artistas, nascidas ou radicadas no México, todas autoras de produções potentes, totalizando 136 obras. María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona Tibertelli, Cordelia Urueta, Olga Costa e Sylvia Fein tiveram relação pessoal com Frida Kahlo e/ou com o surrealismo, linguagem na qual a obra da artista está inserida.

Mas FRIDA KAHLO – CONEXÕES ENTRE MULHERES SURREALISTAS NO MÉXICO ainda reserva outras preciosidades, como uma mostra de filmes, dedicados às artistas Alice Rahon, Rara Avis (Bridget Tichenor), Jacqueline Lamba, Leonora Carrington, Remedios Varo, além de Frida Kahlo; uma litografia assinada por Diego Rivera; e vestimentas, acessórios, documentos, registros fotográficos, catálogos e reportagens ligados à artista. A curadoria é da pesquisadora Teresa Arcq.

A EXPOSIÇÃO

FRIDA KAHLO: CONEXÕES ENTRE MULHERES SURREALISTAS NO MÉXICO proporciona ao público brasileiro um amplo panorama do pensamento plástico da artista, e revela a intricada rede e o potente imaginário que se formaram em torno de sua figura.

Durante toda a sua vida, Frida Kahlo (nascida em 6 de julho de 1907, em Coyoacán, México, onde morreu em 13 de julho de 1954) pintou apenas 143 telas. Dentre as 20 pinturas de Frida na exposição, seis são autorretratos. Há ainda mais duas de suas telas que trazem a sua presença, como em “El abrazo de amor del Universo, la terra (México). Diego, yo y el senõr Xóloti” (1933), e “Diego em mi Pensamiento” (1943), além de uma litografia, “Frida y el aborto” (1932). Imagens de Frida Kahlo estão presentes ainda nas fotografias de Nickolas Muray, Bernard Silberstein, Hector Garcia, Martim Munkácsi, e na litografia “Nu (Frida Kahlo)” (1930), de Diego Rivera.

A curadora Teresa Arcq destaca que os autorretratos e os retratos simbólicos marcam “uma provocativa ruptura que separa o âmbito do público do estritamente privado”. “Em alguns de seus autorretratos Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas, apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas”, afirma. “Impressiona constatar como estas artistas subvertem o cânone para realizar uma exploração de sua psique carregada de símbolos e mitos pessoais”, observa a curadora. A presença vigorosa de Frida Kahlo perpassa ainda a exposição pelas obras de outras artistas que retrataram a sua figura icônica, como Cordelia Urueta. Por meio da fotografia, destacam-se os trabalhos de Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch e Kati Horna.

ATMOSFERA CRIATIVA

A confluência dos grupos de exiladas europeias, como a inglesa Leonora Carrington, a francesa Alice Rahon, a espanhola Remedios Varo, a alemã Olga Costa (nascida Kostakovski) e a fotógrafa húngara Kati Horna, e das artistas que vieram dos Estados Unidos, como Bridget Tichenor e Rosa Rolanda, permanecendo no México o resto de suas vidas, além de outras visitantes vinculadas ao surrealismo, atraídas pelas culturas ancestrais mexicanas, como as francesas Jacqueline Lamba e Bona Tibertelli, e a norte-americana Sylvia Fein, favoreceu a atmosfera criativa intelectual e uma completa rede de relações e influências com Kahlo e demais artistas mexicanas. “A multiplicidade cultural, rica em mitos, rituais e uma diversidades de sistemas e crenças espirituais influenciaram na transformação de suas criações. A estratégia surrealista da máscara e da fantasia, que no México forma parte dos rituais cotidianos em torno da vida, a morte no âmbito do sagrado, funcionava também como um recurso para abordar o tema da identidade e de gênero”, explica Teresa Arcq.

Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake, observa que a Mostra permite confrontar uma face desafiadora do surrealismo, em que “a intensidade, dramaticidade e subjetividade das obras dessas artistas tornam este conjunto inquietante até para aqueles mais familiarizados com o movimento, que originalmente surgiu na França na década de 1920, tendo como maior predicado a tentativa de escapar do império do realismo e da racionalidade, acenando para o inconsciente, o acaso e o onírico”. “Na produção das artistas conectadas ao surrealismo que passaram pelo México, os tópicos já consagrados na discussão do surrealismo se multiplicam e extravasam muitas fronteiras, o que se reflete em imagens pungentes e inesquecíveis por suas cores e traços impositivos, pelos elementos da cultura nativa mexicana, pelos gestos confrontadores e pelo desprezo por qualquer convenção do que seja o bom gosto burguês tradicional”, completa.

A exposição foi idealizada e coordenada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, e tem o patrocínio da CAIXA, com apoio da Secretaria de Relaciones Exteriores do México (SER), Embaixada do México no Brasil, do Instituto Nacional de Bellas Artes (INBA), do Consejo Nacional para la Cultura y las Artes (Conaculta) e do Conselho de Promoção Turística do México (CPTM).

SOBRE TERESA ARCQ:

Historiadora de arte, Mestre em Museologia e Gestão em Arte e em Arte Cinematográfica pela Universidade de Casa Lamm na Cidade do México, Teresa Arcq trabalhou como curadora chefe do Museu de Arte Moderna da Cidade do México entre 2003 e 2006. Foi cocuradora da exposição “A Arte de Mark Rothko – Coleção da The National Gallery of Art”, e de várias exposições do acervo permanente, destacando-se a de Remedios Varo. A partir de 2007, como curadora independente produziu para o Museu de Arte Moderna da Cidade do México “Remedios Varo – Cinco Chaves”, uma retrospectiva em comemoração ao centenário do nascimento da artista inspirada em seu livro homólogo; e “Alice Rahon – Uma surrealista no México”, que também foi apresentada no El Cubo, em Tijuana. Arcq é Professora de História da Arte no Centro de Cultura Casa Lamm. Publicou vários ensaios e faz palestras sobre arte moderna mexicana, movimento avant-garde europeu e mulheres surrealistas no México, Estados Unidos, Europa e Ásia.

SERVIÇO

Exposição: Frida Kahlo – Conexões Entre Mulheres Surrealistas No México
Local: CAIXA Cultural Brasília
Abertura: 12 de abril de 2016, às 19h30, para convidados
Visitação pública: de 13 de abril a 5 de junho de 2016
Horário: das 9h às 21h
ATENÇÃO: Entrada franca. Ingresso mediante a retirada de senhas
Agendamento da visita: por meio do site frida.ingresse.com
Retirada de senhas na bilheteria da CAIXA Cultural Brasília – a partir de 13 de abril, das 9h às 20h
Informações: (61) 3206-9448 / 9449

Patrocínio: CAIXA
Idealização e coordenação geral: Instituto Tomie Ohtake
Apoio: Secretaria de Relaciones Exteriores do México (SER), Embaixada do México no Brasil, do Instituto Nacional de Bellas Artes (INBA), do Consejo Nacional para la Cultura y las Artes (Conaculta) e do Conselho de Promoção Turística do México (CPTM).
Realização: Ministério da Cultura

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