É TUDO VERDADE – 20º FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS
Maior festival de cinema não-ficcional da América Latina chega a Brasília
* Itinerância traz a Brasília doze dos destaques do festival
*Exibição dos dois longas premiados no festival: o brasileiro ‘A Paixão de JL’ e o francês/cambojano ‘A França é a Nossa Pátria’
*Centenário de nascimento de Orson Welles celebrado com a projeção de ‘É Tudo Verdade – Baseado Em Um Filme Inacabado de Orson Welles’, que reúne materiais inéditos
Chega a Brasília uma seleção de títulos da programação 2015 do É TUDO VERDADE – FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS. A cada ano, o fundador e diretor do festival, Amir Labaki, traz para a capital brasileira um recorte do evento, integrando o espectador brasiliense a este grande painel da produção não-ficcional mundial. Em Brasília, o É TUDO VERDADE acontece de 27 de maio a 1º de junho no Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil, sempre com quatro sessões diárias: às 14h, 16h, 18h e 20h. O festival é uma co-realização do BNDES, OI, PETROBRAS, SABESP, CCBB, SPCINE e RIOFILME, contando com o apoio do Ministério da Cultura – Secretaria do Audiovisual, por meio da lei 8.313/91 (Lei Rouanet), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo – Programa de Ação Cultural/PROAC da e Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro.
Em 2015, o É TUDO VERDADE – FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS completa 20 edições. Segundo seu fundador, Amir Labaki, a marca deve-se a fatores como o forte momento vivido pela produção não-ficcional brasileira e internacional e o papel seletivo cumprido pelos festivais de cinema: “Eventos com credibilidade consolidam-se como parâmetros essenciais. Diante da decadência da cinefilia pública, com a história do cinema acessível em nossos bolsos, os festivais impõem-se em nossas agendas como ilhas anuais de sociabilização, momentos de encontro corpo a corpo antes, durante e depois do ritual das sombras sonoras projetadas”, afirma o diretor.
O FESTIVAL
A programação em Brasília será composta de 12 títulos, selecionados dentre os competidores nacionais e internacionais e as mostras especiais. Serão exibidos os dois longas-metragens que venceram as competições brasileira e internacional, títulos do grande documentarista Eduardo Coutinho, filmes que integram mostras como O Estado das Coisas, entre outros.
É TUDO VERDADE em 2015 relembra o centenário de nascimento de Orson Welles (1915-1985), exibindo Verdades e Mentiras, de 1973, último filme dirigido pelo cineasta, e ainda É Tudo Verdade – Baseado Em Um Filme Inacabado de Orson Welles, que contém imagens raras e materiais inéditos do diretor do lendário Cidadão Kane.
Para repassar os 20 anos de existência, o festival concebeu a mostra Retrospectiva 20! Vinte aos Pares, com uma seleção de títulos que devem ser vistos em duplas, pois apresentam duas visões diferentes de temas semelhantes e com uma significativa distância no tempo. Para Brasília virão Santo Forte, que o mestre Eduardo Coutinho dirigiu em 1999, e O Sicário – Quarto 164, produção francesa de 2010, dirigida por Gianfranco Rosi.
O público da capital ainda terá a chance de ver os dois longas eleitos como melhor documentário brasileiro e internacional do 20º É TUDO VERDADE. Dentre os brasileiros, o prêmio ficou com A Paixão de JL, de Carlos Nader, um documento precioso sobre a vida e o pensamento do artista Leonilson, precocemente falecido em 1993, aos 36 anos. E o premiado internacional foi A França é a Nossa Pátria, de Rithy Panh ,que recupera material de arquivo para falar da colonização francesa da Indochina. O cinema do CCBB tem capacidade para 74 lugares. A entrada é franca.
PROGRAMAÇÃO
27/05 – quarta feira
14h00 – O Estado das Coisas / ESTRADA DE SONHOS / Pedro Von Krüger / Brasil / 91 min
*sessão escola*
16h00 – Welles, 100 / É TUDO VERDADE – BASEADO EM UM FILME INACABADO DE ORSON WELLES / Orson Welles, Norman Foster, Bill Khron, Richard Wilson, Myron Meisel / EUA / 89 min
18h00 – O Estado das Coisas / 1989 / Anders Østergaard e Erzsébet Rácz / Dinamarca, Alemanha, Hungria, Noruega / 90 min
20h00 – Vencedor Competição Brasileira de Longas-Metragens / A PAIXÃO DE JL / Carlos Nader / Brasil / 82 min
28/05 – quinta feira
14h00 – Retrospectiva 20! Vinte aos Pares / SANTO FORTE / Eduardo Coutinho / Brasil / 80 min
*sessão escola*
16h00 – Retrospectiva 20! Vinte aos Pares / O SICÁRIO, QUARTO 164 / Gianfranco Rosi / França / 84 min
18h00 – O Estado das Coisas / JACI – SETE PECADOS DE UMA OBRA AMAZÔNICA / Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros / Brasil / 102 min
20h00 – Vencedor da Competição Internacional de Longas-Metragens / A FRANÇA É A NOSSA PÁTRIA / Rithy Panh / França, Camboja / 75 min
29/05 – sexta feira
14h00 – Foco Latino / TEMPESTADE NOS ANDES / Mikael Wiström / Peru, Suécia / 101 min
16h00 – Welles, 100 / VERDADES E MENTIRAS / Orson Welles / Alemanha, França, Irã / 88 min
18h00 – O Estado das Coisas / ESSA É A MINHA TERRA / Tamara Erde / França / 93 min
20h00 – Competição Internacional – Longas-Metragens / O OUTRO HOMEM: F.W. DE KLERK E O FIM DO APARTHEID / Nicolas Rossier / EUA / 75 min
30/05 – sábado
14h00 – O Estado das Coisas / ESSA É A MINHA TERRA / Tamara Erde / França / 93 min
16h00 – O Estado das Coisas / 1989 / Anders Østergaard e Erzsébet Rácz / Dinamarca, Alemanha, Hungria, Noruega / 90 min
18h00 – O Estado das Coisas / ESTRADA DE SONHOS / Pedro Von Krüger / Brasil / 91 min
20h00 – Vencedor Competição Brasileira de Longas-Metragens / A PAIXÃO DE JL / Carlos Nader / Brasil / 82 min
31/05 – domingo
14h00 – Foco Latino / TEMPESTADE NOS ANDES / Mikael Wiström / Peru, Suécia / 101 min
16h00 – Competição Internacional de Longas-Metragens / O OUTRO HOMEM: F.W. DE KLERK E O FIM DO APARTHEID / Nicolas Rossier / EUA / 75 min
18h00 – O Estado das Coisas / JACI – SETE PECADOS DE UMA OBRA AMAZÔNICA / Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros / Brasil / 102 min
20h00 – Vencedor da Competição Internacional de Longas-Metragens / A FRANÇA É A NOSSA PÁTRIA / Rithy Panh / França, Camboja / 75 min
01/06 – segunda
14h00 – Retrospectiva 20! Vinte aos Pares / SANTO FORTE / Eduardo Coutinho / Brasil / 80 min
16h00 – Retrospectiva 20! Vinte aos Pares / O SICÁRIO, QUARTO 164 / Gianfranco Rosi / França / 84 min
18h00 – Welles, 100 / É TUDO VERDADE – BASEADO EM UM FILME INACABADO DE ORSON WELLES / Orson Welles, Norman Foster, Bill Khron, Richard Wilson, Myron Meisel / EUA / 89 min
20h00 – Welles, 100 / VERDADES E MENTIRAS / Orson Welles / Alemanha, França, Irã / 88 min
SINOPSES
ESTRADA DE SONHOS – Brasil, 2014, 91’, cor, Livre
De PEDRO VON KRÜGER
Primeira ferrovia do Brasil, a Barão de Mauá,?no estado do Rio, tem 161 anos – mas pouco dela restou. E não só dela. Milhares de estações abandonadas por todo o país testemunham a decadência do transporte ferroviário, que foi sonhado como símbolo de modernidade, progresso e integração. Ainda assim, algumas linhas e a memória destas viagens subsistem, apesar de tudo. Um fotógrafo faz o inventário dos sinais?do tempo, seguindo a pista dos dormentes. Outras pessoas se lembram da Maria Fumaça. Dois maquinistas, um pai e uma filha, trocam experiências, de olho num renascimento possível.
É TUDO VERDADE – BASEADO EM UM FILME INACABADO DE ORSON WELLES – EUA/França, 1993, 89’, cor, 12 anos
De ORSON WELLES, NORMAN FOSTER, BILL KHRON, RICHARD WILSON, MYRON MEISEL
Em 1985, Fred Chandler, diretor da Paramount, descobriu na empresa 140.000 pés de material filmado por Orson Welles no Brasil, para o episódio “Jangadeiros”, parte do longa-metragem “It‘s?All True”. Grande parte jamais havia sido vista. Richard Wilson, que trabalhara como diretor nas filmagens, realizou o curta “Four Men on a Raft” (86) a partir do material. Com a parceria dos cineastas Bill Krohn e Myron Meisel, o projeto foi expandido para este longa-metragem.
SANTO FORTE – Brasil, 1999, 80’, cor, 12 anos
De EDUARDO COUTINHO
Em 5 de outubro de 1997 uma equipe entra na favela Vila Parque da Cidade, situada na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. Os moradores assistem à missa celebrada pelo Papa João Paulo II realizada no Aterro do Flamengo. Em dezembro, a equipe volta à favela para descobrir como seus moradores vivem a experiência religiosa.
O SICÁRIO – QUARTO 164 – França, 2010, 84’, cor, 14 anos
De GIANFRANCO ROSI
No mesmo quarto de um motel, na fronteira entre o México e os EUA, onde há anos manteve um refém, um matador que por duas décadas trabalhou a serviço dos narcotraficantes de Ciudad Juárez – tida como a cidade mais violenta do mundo – decide contar sua história. Ele descreve minuciosamente o processo de recrutamento dos chamados “sicários” a partir da adolescência.
JACI – SETE PECADOS DE UMA OBRA AMAZÔNICA – Brasil, 2014, 102’, cor, 14 anos
De CAIO CAVECHINI, CARLOS JULIANO BARROS
Projeto de infraestrutura, a usina hidrelétrica de Jirau atraiu mais de 20 mil trabalhadores ao interior de Rondônia a partir de 2009, promovendo um grande impacto na pequena vila de Jaci. Em 2011, uma rebelião paralisou os trabalhos da obra. Por quatro anos, este documentário levantou relatos e imagens, algumas coletadas pelos celulares dos próprios operários. Questionamentos ambientais, disputas trabalhistas, prisões e denúncias de pessoas desaparecidas fazem parte de um capítulo inacabado na dramática história do país.
TEMPESTADE NOS ANDES – Peru/Suécia, 2014, 101’, cor, 12 anos
De MIKAEL WISTRÖM
A figura de Augusta La Torre, tia e primeira esposa do líder do Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, é um mito na família de Josefin. A moça nasceu na Suécia, filha do irmão exilado de Augusta. Contra a vontade da família, mas desejosa de descobrir a verdade, Josefin viaja ao Peru. A princípio, Flor Barbarán, irmã de um desaparecido, a rejeita, já que credita a tragédia de sua família aos parentes de Josefin. Este conflito fornece a base deste documentário, que reconstitui episódios que lançaram o Peru numa guerra interna por 20 anos.
VERDADES E MENTIRAS – Alemanha/França/Irã, 1973, 88’, cor, 10 anos
De ORSON WELLES
Documentário formalmente livre de Orson Welles sobre falsificação, centrado no notório falsário de artes Elmyr de Hory e em seu biógrafo, Clifford Irving, também escritor da celebrada autobiografia fraudulenta do milionário norte-americano Howard Hughes. O filme aborda ainda aspectos da vida do recluso Hughes e da própria carreira de Welles.
ESSA É A MINHA TERRA – França, 2014, 93’, cor, 12 anos
De TAMARA ERDE
Realizado pela diretora israelense radicada em Paris Tamara Erde, o documentário examina de que maneira israelenses e palestinos ensinam a história de seus povos em suas respectivas escolas em Israel e na Faixa de Gaza. Acompanhando-se, ao longo de um ano letivo, as atividades de seis escolas independentes – apenas uma delas misturando alunos árabes e judeus – observa-se as dinâmicas pedagógicas e curriculares, que, quase sem exceção, limitam-se a ensinar os valores de seu próprio lado, ignorando o outro.
O OUTRO HOMEM: F.W. DE KLERK E O FIM DO APARTHEID – EUA, 2014, 75’, cor, 14 anos
De NICOLAS ROSSIER
Último presidente sul-africano do regime do apartheid, Frederik Willem de Klerk foi sempre considerado um enigma. As ambiguidades de um homem que, para muitos, foi o derradeiro representante de um sistema excludente e criminoso, para outros, um traidor oportunista da minoria branca, ou ainda uma figura de astúcia política essencial no encaminhamento de uma transição inevitável emerge ao longo de entrevistas com diversas figuras que conviveram com este eloquente senhor de 78 anos.
A PAIXÃO DE JL – Brasil, 2014, 82’, cor, 14 anos
De CARLOS NADER
Em janeiro de 1990, aos 33 anos, o artista José Leonilson começa a gravar, em fitas cassete, um diário íntimo. Comentários sobre os acontecimentos que sacudiam o país, em plena era Collor, e o exterior, como a queda do Muro de Berlim, percorrem suas confissões, bem como impressões sobre os diversos filmes a que assistia. Esses registros de um artista sensível e antenado à contemporaneidade, que a princípio não visavam mais do que testemunhar a sintonia entre sua vida e uma obra muito peculiar e intimista sofrem, no entanto, o impacto da descoberta de que Leonilson é portador do HIV. A incerteza e a urgência passam a impregnar os seus relatos.
A FRANÇA É A NOSSA PÁTRIA – França/Camboja, 2014, 75’, cor, 14 anos
De RITHY PANH
Valendo-se apenas de materiais de arquivo de diversas procedências, sem comentários em off nem trilha sonora, o destacado cineasta franco-cambojano Rithy Panh passa em revista quase um século de colonização francesa na Indochina. Imagens aparentemente plácidas, feitas para testemunhar a “missão civilizatória” francesa, com cenas cotidianas e acompanhando a construção de ferrovias, escolas e teatros, evidenciam a arrogância de um processo de dominação colonialista, em que está implícita a ideia de superioridade de uma cultura sobre todas as outras. Uma atitude que se declara, igualmente, nas frases que intercalam as imagens, de autoria de um médico que percorreu toda a Indochina.
1989 – Dinamarca/Alemanha/Hungria/Noruega, 2014, 90’, cor, 14 anos
De ANDERS ØSTERGAARD, ERZSÉBET RÁCZ
A ascensão do jovem, Miklós Nemeth, como primeiro-ministro da Hungria, em 1989, terá efeitos imprevisíveis. Decidido a conter o rombo do orçamento nacional, ele corta as despesas do esquema de segurança das fronteiras. Ouvindo dizer que as fronteiras entre a Hungria e a Áustria estão abertas, um casal da Alemanha Oriental resolve fugir. Eles são pilhados no centro de uma guerra de bastidores dentro da Cortina de Ferro. O jovem alemão é morto. Pouco depois, cai o Muro de Berlim.
SERVIÇO
Data: 27 de maio a 1º de junho de 2015
Local: Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Horários: 14h, 16h, 18h e 20h
Ingressos: Entrada Franca
Informações: 61 3108-7600
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O CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro Cultural. O transporte funciona de terça a domingo. Consulte todos os locais e horários de saída no site e no Facebook.
O CCBB funciona de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h, com fechamento às terças-feiras.
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