DIÁLOGOS IMAGINÁRIOS
Exposição apresenta seis obras inéditas em Brasília do artista mineiro Guilherme Cunha
*Trabalhos são interativos e propõem experiências que estimulam a ampliação dos limites da percepção humana
*Seis obras que tratam a ação poética como força criativa
*Realização: TCU – Tribunal de Contas da União
O ar mais puro que se pode respirar no Planeta. Uma conversa sem palavras, em que quem fala são os corações. Uma sinfonia para ver e uma série de cores para ouvir. A inventividade e a poética do artista mineiro Guilherme Cunha estão presentes na exposição DIÁLOGOS IMÁGINÁRIOS e prometem oferecer momentos de descoberta aos espectadores. O trabalho de Guilherme poderá ser visto – e experienciado – de 2 de junho a 18 de julho, no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (localizado na sede do TCU), com entrada franca. Realização: TCU – Tribunal de Contas da União. Apoio: Linde Gases.
Os trabalhos transitam entre diferentes áreas do conhecimento como a biologia, física, neurociência, a fisiologia, medicina e artes visuais, estando inseridos em um campo especifico de reflexões sobre a dinâmica e natureza da cognição humana – ação de converter percepções e impulsos sensoriais em conhecimento. No contexto da exposição, a ação poética é tratada como mecanismo propulsor da energia imaginativa.
Os DIÁLOGOS IMAGINÁRIOS de Guilherme transformam o espaço expositivo em verdadeiro laboratório de experimentações poéticas. Não faltam surpresas, como encontrar, numa sala, 24 grandes cilindros de ar medicinal dispostos em duas fileiras, num convite à respiração de um ar quase extinto na Terra. Ou então duas cabines de madeira, com vários fios que captam os batimentos cardíacos dos visitantes, travando um diálogo sensorial.
Os seis trabalhos fazem parte das investigações do artista em sua pesquisa sobre a cognição humana. Guilherme Cunha deseja entender de onde e como nascem as ideias e como os conceitos se estruturam e passam a fazer parte da cultura da sociedade. No contexto da exposição o artista trata a ação poética como mecanismo propulsor da energia imaginativa. E o espectador é convidado a um diálogo com as obras expostas.
Citação do artista:
“O conceito dos diálogos imaginários surgiu para mim como uma linha de trabalho quatro anos atrás, enquanto pesquisava sobre a dinâmica de formação das ideias e do pensamento. Observamos que o mundo concreto e sensório, aquele que inunda os sentidos mais imediatos, tem um papel importante em nossa relação com a vida, como matéria base, mas o processo que promove a transformação e expansão da consciência está mais intimamente ligado com a imaginação, com o ato de agir reflexivamente sobre esse mundo original.
Apesar disso ainda nos encontramos, como agrupamento humano, muito frágeis, alienados e ignorantes, em relação ao universo da cognição, do pensamento e sobre da dinâmica de formação das ideias.
A exposição foi construída no formato de um laboratório para experimentações sensíveis, tendo como proposta o deslocamento cognitivo, ou seja, observa os processos de produção de conhecimento sobre aquilo que se percebe. Uma das premissas da pesquisa é o esvaziamento material das obras, elas existem apenas como suporte para o exercício imaginativo”.
PROGRAMA EDUCATIVO – A exposição DIÁLOGOS IMAGINÁRIOS também será inserida no importante instrumento de mediação que é o Programa Educativo desenvolvido pelo TCU. O programa consiste em projeto específico de atendimento ao público tanto no Museu do TCU quanto no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça. O TCU oferece transporte e lanche gratuitos para instituições públicas de ensino do DF e material educativo aos alunos.
A EXPOSIÇÃO
Os seis trabalhos apresentados estão inseridos na proposta de converter percepções e impulsos sensoriais em conhecimento, segundo declara o artista: “Busco enxergar a arte como um potente instrumento de desenvolvimento humano que trabalha a dimensão sensível do ser, possibilitando a ampliação da percepção, do discernimento e do senso crítico”.
MIC_IO – MÓDULO DE IMERSÃO PARA COMUNICAÇÃO INTRAORGÂNICA
Instalação sonora interativa
Esta instalação propõe uma plataforma de diálogo não verbal, porém sonoro, entre os interlocutores que participam da obra. Ao invés de se comunicarem por meio da voz, utilizam os sons emitidos pelas batidas do coração.
O trabalho foi concebido para permitir diferentes formas de comunicação, com base na possibilidade de expandir o uso e a compreensão sobre o som produzido pelo organismo humano. Por meio de um estetoscópio eletrônico, instalado dentro de uma cabine acústica, os participantes da obra estão habilitados a estabelecer um intercâmbio de códigos sonoros ativado pelo ritmo de seus batimentos cardíacos.
Técnica: Instalação sonora interativa
Material: duas cabines acústicas de madeira, alto-falantes, estetoscópio eletrônico, cabos de áudio e amplificadores
Dimensão da cabine: C: 170cm / L: 170cm / A: 240cm (x2)
Dimensão da instalação: C: 500cm / L: 240cm / A: 240cm
Data: abril de 2013
ATMOSFERA ARTIFICIAL
Escultura de ar – da série Instáveis
Escultura feita de gás respirável chamado de ar medicinal, comumente utilizado para recuperação de pacientes em hospitais. Retirado da atmosfera, esse ar é decomposto em seus diversos elementos, purificado, artificialmente recomposto e engarrafado. É um dos ares mais puros que se pode respirar no planeta, livre de toxinas e impurezas, poderia ser considerado uma atmosfera respirável em extinção.
Incolor, inodora e insípida, a obra, passando pelo universo mental, especulativo e imaginário, ao ser respirada alcança o campo orgânico do interlocutor, unindo e atuando sobre ele em um nível intracelular, tornando-se parte da constituição atômico-molecular de seu corpo.
Técnica: Instalação
Material: 24 cilindros de ar medicinal
Dimensão do cilindro: Diametro:30cm / Altura: 165cm (x24)
Dimensão: 40m2 / adaptáveis ao espaço expositivo
Data: abril de 2013
SINFONIA NEURAL #1
Vídeo Performance – instalação – 4‘30’’
Música – “Un bel dì vedremo” – trecho da Ópera Madama Butterfly
Compositor – Puccini
Maestro – Gabriel Rhein-Schirato
Camera – Philippe Ratton
Filmado na sala Sérgio Magnani, utilizada para os ensaios da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, apresenta o maestro Gabriel Rhein-Schirato regendo em silêncio o trecho “Un bel dì vedremo” da Ópera Madame Butterfly, de Puccini. A música, nesse caso, se encontra como força potencial imaginativa conduzida pelo regente diretamente na mente do interlocutor da obra. O cérebro passa de órgão a dínamo de força motriz musical.
Técnica: Instalação de vídeo em um canal
Video: HDfull – 1080×1920
Duração: 4’30’’ – vídeo em looping
Material: projetor 5000 lumens, media player, cabos HDMI, suporte de teto para projetor
Dimensões: 30m2 / adaptáveis ao espaço expositivo
Data: abril de 2013
DIÁLOGOS IMAGINÁRIOS
Vídeo Performance – Instalação – 7’45’’
Performer I – Guilherme Cunha
Performer II – Mariana Rocha
Câmera – Philippe Ratton
Mergulhador – Luiz Felipe Puntel / DIVE LIFE
Este trabalho é uma experiência poética exibindo duas pessoas tentando se comunicar debaixo d’água. Dois vídeos são projetados, no ambiente expositivo, um de frente para o outro, configurando a estrutura de diálogo. A interferência criada pela água é de tal ordem, que os sons produzidos pelos comunicantes se tornam ininteligíveis. Reflete sobre os diferentes campos de interferência e incompatibilidade existentes nos processos de comunicação e troca de conhecimento. Assim, expõe um estado ambíguo da condição humana, a latente fragilidade e potencial imaginativo, coexistindo em face de situações limítrofes bio-sensório-cognitivas.
Técnica: Instalação áudio visual em dois canais
Vídeo: HDfull – 1080×1920
Duração: 7’45’’ – vídeo em looping
Material: dois projetores 5000 lumens, mídia player, monitores de áudio ativos, placa de áudio, cabos HDMI, suporte de teto para projetor
Dimensões: 50m2 / adaptáveis ao espaço expositivo
Data: abril de 2013
MUTAÇÃO INCOMPLETA – EXPERIÊNCIA 1
Pintura em matéria mental – 390 palavras cor
Voz – Shirley Souza
Mixagem – Evandro Lopes Estúdio – Sonhos e Sons
Nessa instalação 5 pequenos alto-falantes tocam uma peça contínua de áudio, contendo uma narrativa de 390 nomes de cores.
A cor, para alguns teóricos e cientistas, diferentemente do que pensamos, não é considerada como uma característica dos objetos, mas uma sensação, algo que é gerado no interior do cérebro e traduzido como resposta sensória. Todos os dias são processadas milhões e milhões de cores em nossa mente. Mas nem todas são percebidas ou passam pelos canais do conhecimento sensível. A proposta da obra é estimular o potencial imaginativo do acervo mental cromático do ser humano, provocando a ativação da percepção visual interna do cérebro, por meio de impulsos sonoros.
Técnica: Instalação sonora em 5 canais
Duração: 27’40’’
Material: 5 caixas de som, áudio player, amplificadores
Dimensão por caixa de som: C: 10cm / L: 10cm / A: 10cm
Dimensão da instalação: adaptável ao espaço expositivo
Data: abril de 2013
BR(IN_TO) BRAIN COMMUNICATION – plataforma para comunicação cerebral direta
Ação performática experimental em neuro-poética
Este trabalho consiste numa ação performática, com dois participantes, que dá origem a uma plataforma dialógica baseada na potência poética da expressão criativa cerebral direta; os códigos fonéticos e gestuais, tradicionalmente usados nos processos de comunicação, não fazem parte dessa dinâmica. A transmissão de informação entre os interlocutores da ação se dá diretamente de cérebro para cérebro. Os impulsos elétricos neurais extraídos de um interlocutor são interpretados pelo aparelho de EEG – eletroencefalograma e projetados em “tempo real” no campo visual do outro, através de um sistema de câmera e monitor.
Dessa forma se estabelece, ao longo da performance de 15 minutos, um circuito constante de apelos e respostas neurais entre os participantes, configurando o mecanismo de comunicação Bra (in_to) Brain communication.
Técnica: Ação performática experimental
Duração: 15’00’’
Materiais: mesa de madeira, cadeiras, equipamento de eletroencefalograma, circuito de vídeo, câmeras de vigilância e monitores 24 polegadas.
Dimensão: média de 20m2
Data: novembro de 2012
O ARTISTA
Guilherme Cunha é natural de Belo Horizonte (MG), graduado em artes plásticas pela Escola Guignard – UEMG (2004), tendo sido bolsista na Pittsburg State University (KS/EUA) em 2002. Sua produção transita por diferentes meios como desenho, vídeo, fotografia, performance, cinema, objetos sonoros, novas tecnologias e instalações, atuando especificamente no campo de interseção entre as artes visuais, as ciências e a filosofia; com ênfase na biologia, neurociência, acústica, processos cognitivos e modelos perceptivos.
Como artista convidado, em 2011 apresentou trabalho de vídeo-dança Pequenas Punições Diárias, junto com a Trama Cia. de Dança, no cultuado Festival de Edimburgo/Escócia (na sessão Fringe). Atuou como artista residente no Atelier # 3 (Casa Tomada, SP), em 2010; no JACA – Jardim Canadá Centro de Arte (BH), em 2012; na Fundação Clóvis Salgado (BH), em 2014; e na RedBull Station (SP). Em 2013, foi contemplado no XIII Prêmio FUNARTE Marc Ferrez de Fotografia.
SERVIÇO
Abertura: 2 de junho de 2015, às 19h00
Data: de 3 de junho a 18 de julho de 2015
Local: Espaço Cultural Marcantonio Vilaça
End: Edifício sede do TCU – Tribunal de Contas da União (SAFS, Quadra 4, Lote 01 – Asa Sul)
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h; sábados, das 14h às 18h
ENTRADA FRANCA
Agendamento programa educativo: 61. 3316.5221
Informações: 61. 3316.5074
_________________________________________________________________
Assessoria de imprensa (uso exclusivo para jornalistas): Objeto Sim
Tels: (61) 3443.8891 e 3242.9805
Carmem Moretzsohn (assessoria de imprensa): (61) 8142.0111
Gioconda Caputo (assessoria de imprensa): (61) 8142.0112
objetosim@gmail.com – objetosimprojetosculturais@gmail.com
www.objetosim.com.br