CINEMA PARA UM MUNDO MELHOR

Trajetória do criador do Slow Food, Carlo Petrini, é tema do filme Slow Food Story, que tem pré-estreia no festival

O chef português André Magalhães virá especialmente de Lisboa a Pirenópolis para falar sobre o azeite de oliva

Filmes inéditos da França, Bélgica, Peru, Portugal, Brasil, Alemanha, Taiwan, Itália, Israel, México, Estados Unidos e Paraguai

Degustações de azeites portugueses e do primeiro extravirgem produzido no Brasil, o azeite de Maria da Fé, inédito em Brasília

Visita seguida de almoço à Chácara Mar e Guerra de horticultura orgânica

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Tudo pronto para a quarta edição do SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E ALIMENTAÇÃO, que em 2013 acontece de 12 a 15 de setembro, na mesma charmosa cidade de Pirenópolis, em Goiás. Evento único em seu perfil na América Latina, SLOW FILME exibirá filmes de vários continentes, inéditos no Brasil, e dará destaque à produção brasileira. O 4º SLOW FILME cresceu em volume de produções: serão 16 títulos exibidos ao longo de 12 sessões, no histórico Cine Pireneus. Cinema e gastronomia juntos para falar de um mundo mais justo, digno e saudável. SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E ALIMENTAÇÃO tem curadoria do professor e crítico de cinema Sérgio Moriconi, patrocínio da PETROBRAS, realização da Objeto Sim Projetos Culturais e conta com a parceria do Slow Food – Convivium Pirenópolis. O evento tem o apoio das embaixadas de Portugal e França.

As novidades da programação do 4º SLOW FILME começam pelo novíssimo Slow Food Story, de 2013, exibido no Festival de Berlim. O filme é dirigido por Stefano Sardo, diretor artístico do Slow Food on Film, festival do movimento Slow Food, e recupera toda a história do movimento que revolucionou a gastronomia e a forma de encarar os alimentos no mundo. Em seu filme, Sardo volta à província onde nasceu Carlo Petrini, fundador do Slow Food, apresenta seus melhores amigos, mostra suas viagens e palestras pelo exterior e as mudanças que têm sido provocadas pela ação de Petrini.

Outro destaque do 4º SLOW FILME é a participação do chef português André Magalhães, membro do Slow Food em Portugal, que virá especialmente de Lisboa para participar do festival brasileiro. Magalhães fará uma palestra sobre as diversas qualidades e os benefícios do azeite de oliva. André é chef de cozinha, antigo produtor de cinema e televisão em Paris, cronista gastronômico, proprietário da consagrada Taberna da Rua das Flores em Lisboa e professor universitário de gastronomia. Sua palestra acontecerá na noite de sábado.

Antes da fala de André Magalhães, serão exibidos os documentários O Azeite de Maria da Fé, da série Trilhas do Sabor, da Rede Minas de Televisão, dirigido por Rusty Marcellini – que mostra a produção do primeiro azeite extravirgem brasileiro, na região sul de Minas Gerais – e o português Azeite Aromatizado com Tradição, sobre uma fazenda de Vila Velha do Rodão, na região centro-sul de Portugal, que desde 1900 produz azeitonas de forma biológica, sem uso de qualquer produto químico. Após a sessão haverá degustação de azeites portugueses, numa promoção da Companhia do Azeite. Também será servido o azeite de Maria da Fé, gentilmente cedido pela EPAMIG. O coordenador do Núcleo Tecnológico da empresa, Luiz Fernando de Oliveira, também discorrerá sobre o processamento das azeitonas, iniciado em 2008.

O festival também vai incentivar a produção orgânica, exibindo o longa documentário Brasil Orgânico, de 2012, dirigido por Kátia Kloch e Lícia Brancher, que percorre seis biomas do território brasileiro para mostrar a aposta de agricultores e empresas na produção sem veneno e o sucesso destas empreitadas. Após a sessão, as diretoras conversarão com o público. FILMES DE VÁRIAS NACIONALIDADES

Além dos títulos já citados (Slow Food Story, Brasil Orgânico, O Azeite de Maria da Fé e Azeite Aromatizado com Tradição), o festival brasileiro irá exibir títulos como Storie di Terra e di Rezdore – Piccolo manuale di cultura materiale, de Antonio Cherchi e Nico Lusoli, que recupera a figura da “rezdora”, espécie de administradora, governanta e cozinheira da Província de Modena. Também Nossos filhos nos acusarão, do francês Jean-Paul Jaud, sobre as mudanças provocadas na vida das crianças de uma cidadezinha da França que decidiu implementar um menu orgânico na merenda escolar. E o brasileiro Miúdos, do cineasta Pedro Diógenes, que apresenta uma visão subjetiva do costume cearense de consumir panelada nas primeiras horas do dia.

A programação inclui títulos de várias nacionalidades. São produções como a belga-peruana Aspargos (sobre o cultivo do vegetal na costa norte do Peru), a co-produção Alemanha/Taiwan Cru e Cozido (uma viagem pelos sabores e culturas de Taiwan) e Jaffa, A Laranja Mecânica, co-produção Israel/França/Bélgica/Alemanha (sobre a fruta cultivada por agricultores palestinos desde o século 19 e que se tornou motivo de mais uma rivalidade quando os israelenses também começaram a produzi-la).

Além destes, estarão o mexicano Lupe, o da vaca (sobre a rotina de pequenos criadores de gado da região de Sierra Del Tigre), o brasileiro-paraguaio Terra Arrasada (que conta a história do dano produzido pela maior monocultura do mundo: a soja transgênica), o alemão-franco-israelense Limoeiro (que mostra a luta de uma viúva palestina para salvar sua plantação de limões das mãos da Força de Segurança de Israel) e a co-produção Alemanha/Estados Unidos Oma & Bella (um retrato documental da vida de duas judias idosas, sobreviventes do Holocausto).

SLOW FILME promove ainda uma grande programação paralela de visitas a santuários ecológicos – já foram promovidos passeios a locais como a Fortaleza do Baru, Refúgio Avalon, Fazenda Custódio Bastos, Fazenda Vagafogo –, organização de Feiras Orgânicas, ofertas de produtos de agricultores locais, dentre vários outros. Esta programação é feita em parceria com o Convivium Slow Food Cerrado, através da antropóloga e produtora Kátia Karam. Para 2013, já está acertada uma visita seguida de almoço na chácara Mar e Guerra, de propriedade do Seu Geraldo, que desenvolve um trabalho todo baseado em agricultura orgânica e desenvolvimento sustentável.

TODOS OS SABORES DO AZEITE

Produzido há mais de cinco mil anos no mundo, o azeite será a grande estrela das degustações do 4º SLOW FILME. Ele poderá ser experimentado em toda sua diversidade. Representante de mais de 40 marcas dos melhores azeites produzidos em Portugal, a Companhia do Azeite, sediada em Brasília, promete oferecer gentilmente algumas das mais cultuadas marcas de azeite português, todos com acidez inferior a 0,4%. Dentre os selecionados estão Monte do Mouchão, produzido na região do Alentejo, e Acushla, da região do Douro e Trás-os-Montes. Mais informações sobre a Companhia do Azeite no site www.companhiadoazeite.com.br.

Também será oferecido para degustação o azeite de Maria da Fé, o primeiro azeite extravirgem produzido no Brasil. Em 2008, o Núcleo Tecnológico da EPAMIG realizou o primeiro processamento de azeite extravirgem em Minas Gerais, ainda em máquina artesanal. Um ano depois, um equipamento industrial foi importado da Itália. Hoje, segundo o coordenador do Núcleo Tecnológico Epamig Azeitona e Azeite, o agrônomo Luiz Fernando de Oliveira, já foram processados mais de dois mil litros de azeite. O azeite motivou a criação do Festival Gastronômico de Maria da Fé, que realizou, em 2013, sua terceira edição.

ATIVIDADES PARALELAS

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS DE DOROTHÉE JALABER

Especializada em retratos e detalhes, a fotógrafa francesa Dorothée Jalaber apresenta em 2013 uma série inédita, especialmente concebida para o SLOW FILME. Suas imagens são como pinturas que revelam o interior, o espaço mais íntimo de flores, vegetais, temperos. Local: Foyer do Cine Pireneus Dias: de 12 a 15 de setembro de 2013 Horário: de 12h às 22h TODAS AS FOTOGRAFIAS ESTARÃO À VENDA

CONHECENDO E SABOREANDO A PRODUÇÃO ORGÂNICA

Visita à chácara Mar e Guerra para conhecer o trabalho realizado por seu Geraldo Veiga em horticultura orgânica. Inclui almoço com os produtos ali produzidos e transporte em micro-ônibus. Dia: 14 de setembro de 2013 Horário: 10h Local: Chácara Mar e Guerra Valor: R$ 40,00 por pessoa Reservas: com Katia através do telefone (62) 3331.1388 ou katia_karam@hotmail.com

DEGUSTAÇÃO DE AZEITE E MENU PREPARADO PELO CHEF ANDRÉ MAGALHÃES

Degustação de azeites portugueses cedidos pela Companhia do Azeite, de Jorge e Cinira Cordeiro Duarte, seguido de almoço com menu preparado pelo chef André Magalhães. Dia: 15 de setembro de 2013 Horário: 10h30 Local: Restaurante Montserrat – Pirenópolis Reservas: Objeto Sim Projetos Culturais – (61) 3443.8891 / 3242.9805 E-mail: objetosimprojetosculturais@gmail.com

PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA, 12.09 19h00 – Abertura oficial: Nossos filhos nos acusarão (107 min)

SEXTA-FEIRA , 13.09 17h30 – Lupe, o da Vaca (79 min) 19h30 – Estórias da terra e donas (68 min) 20h45 – Aspargos (14min) + Brasil Orgânico (58 min) Sessão seguida de conversa com as diretoras do filme Brasil Orgânico, Kátia Klock e Lícia Brancher.

SÁBADO, 14.09 15h00 – Jaffa – A Laranja Mecânica (86 min) 17h00 – Cru e Cozido (83 min) 19h00 – Slow Food Story (72 min) 20h30 – O Azeite de Maria da Fé + Azeite Aromatizado com Tradição (17 min) Sessão seguida de conversa com o chef português André Magalhães. O coordenador do Núcleo Tecnológico da EPAMIG, Luiz Fernando de Oliveira. Degustação de azeite produzido em Santa Maria da Fé e de azeites portugueses gentilmente cedidos pela Companhia do Azeite. Harmonização com vinhos generosamente oferecidos pela Art du Vin.

DOMINGO, 15.09 15h00 – Oma & Bella (75 min) 16h30 – Sessão curtas-metragens: Como as Serras Crescem (28 min), Go Dog (13 min), Miúdos (13 min) e Terra Arrasada (26 min), 18h00 – Limoeiro (106 min)

SINOPSES

ASPARGOS (Asparragos) – BÉLGICA / PERU, 2011, Cor, 14min, Documentário

Direção: Laura Zuallaert Na costa norte do Peru, uma plantação exótica se destaca: o cultivo de aspargos. Águas de geleiras são desviadas dos córregos da montanha para irrigar o árido solo do deserto de Trujillo, permitindo o cultivo do vegetal. Os peruanos não gostam de aspargos e a colheita é quase totalmente exportada para os países ricos do norte. O documentário mostra o ciclo de produção local e analisa a vida dos agricultores e trabalhadores da região, que lutam para sobreviver com 2 – 5 dólares por dia.

AZEITE AROMATIZADO COM TRADIÇÃO – PORTUGAL, 2012, Cor, 18min, Documentário

Direção: Carlos Reis Desde 1900, as azeitonas da Tapada da Tojeira, fazenda próxima a Vila Velha de Rodão, em Portugal, são cultivadas de acordo com a agricultura biológica, sem o uso de pesticidas ou quaisquer outros produtos químicos. Além revelar um método antigo de obtenção de azeite, o filme apresenta ao público Luís Coutinho, um empresário agrícola que coloca paixão naquilo que cria. O seu conceito de produção sustentável tem como matriz a natureza, onde os diversos elementos são solidários uns com os outros. E na sua aventura, deseja levar o consumidor a participar da cultura sustentável: basta começar por indagar sobre a proveniência daquilo que se consome.

BRASIL ORGÂNICO – BRASIL, 2012, Cor, 58min, Documentário

Direção: Kátia Kloch e Lícia Brancher O documentário revela a história de pessoas e empresas que têm na produção orgânica uma forte convicção. O roteiro percorre as regiões brasileiras, apresentando a diversidade de ecossistemas, paisagens e culturas. Um amplo painel que cobre desde as grandes empresas a cooperativas e agricultores familiares, da pecuária no Pantanal ao açúcar em São Paulo, das frutas tropicais na caatinga ao extrativismo na Floresta Amazônica.

COMO AS SERRAS CRESCEM – PORTUGAL, 2010, Cor, 28min, Documentário

Direção: Maria João Soares Em cada ano, a salina é preparada para receber as suas serras. A água, a lama, o vento, o sol e o homem são os elementos que conduzem ao novo sal. Maria João Soares dirigiu a produção de diversos documentários sobre artistas portugueses, desenvolvidos pela Universidade Nova de Lisboa para a Fundação Calouste Gulbenkian. Pertence desde 2007 à direção de produção do Doc’s Kingdom – Seminário Internacional sobre Cinema Documental. É sócia fundadora da produtora audiovisual Malvada Prima. Como as serras crescem é a sua primeira obra. Prêmio CPLP do doclisboa de melhor filme.

ESTÓRIAS DA TERRA E DONAS (Storie di Terra e di Rezdore) – ITÁLIA, 2008, Cor, 68min, Documentário

Coordenação: Antonio Cherchi e Nico Lusoli Realização: Cineteca de Bolonha Edição DVd: Cineteca di Bologna e Slow Food Itália Se a cozinha da Província de Modena (Itália) tornou-se conhecida internacionalmente como sinônimo de comer bem, grande parte desse mérito é das “rezdore” – nome afetuoso pelo qual são conhecidas as donas de casa e cozinheiras, guardiãs da mesa italiana, que com muita cautela e sabedoria administram os recursos alimentares da casa. Embora sejam personagens fundamentais no núcleo familiar italiano, é cada vez mais difícil encontrá-las. Com receio do desaparecimento da figura das “rezdore” e de todo o patrimônio cultural, a tradição e o conhecimento transmitido por elas, o Slow Food Itália e a Província de Modena promoveram o projeto Estórias da Terra e de “Rezdore”. Mais de 160 personagens, a maioria idosos, foram selecionados – entre agricultores, fazendeiros, pastores, açougueiros, queijeiros, cozinheiros, catadores de arroz, pescadores, cantores, sacerdotes, artesãos e colecionadores – e deram seu testemunho pessoal reconstruindo as muitas facetas da cultura rural e hábitos alimentares modenenses.

GO DOG – JAPÃO, 2008, Cor, 17 min, Documentário

Direção: Kohki Hasei Um retrato cru da vida diária das crianças que trabalham e brincam nas montanhas de lixo das favelas nas Filipinas.

JAFFA, A LARANJA MECÂNICA (Jaffa, the orange’s clockwork) – ISRAEL/FRANÇA/BÉLGICA/ALEMANHA, 2009, Cor, 88min, Documentário

Direção: Eyal Sivan A laranja Jaffa é uma fruta adocicada que tem sido cultivada por agricultores palestinos desde o século 19. Com o passar dos anos, a laranja se tornou um dos cultivos mais importantes na região e, com a criação do Estado de Israel, passou a ser produzida também por agricultores israelenses. O que no princípio parecia ser apenas um “terreno comum” entre dois povos, se transformou em um motivo a mais para rivalidade. Através da perspectiva econômica, política e filosófica, o filme analisa a história da laranja Jaffa, o seu papel como símbolo do Oriente Médio e como ela se tornou um novo fator de tensão entre israelenses e palestinos. O diretor Eyal Sivan é um realizador israelita com vários documentários sobre o conflito Israel/Palestina. Atua como professor de cinema em Londres.

LIMOEIRO (Etz Limon) – ALEMANHA / FRANÇA / ISRAEL, 2008, Cor, 106min, Ficção

Direção: Eran Riklis Salma, uma viúva palestina, vê sua plantação ser ameaçada quando seu novo vizinho, o Ministro da Defesa de Israel, se muda para a casa ao lado. A Força de Segurança Israelense logo declara que os limoeiros de Salma colocam em risco a segurança do Ministro, e, por isso, precisam ser derrubados. Para tentar salvar sua plantação, Salma resolve levar o caso à Suprema Corte de Israel. Sua determinação faz brotar o interesse de sua vizinha, esposa do Ministro, que é mantida isolada em sua nova casa e em sua vida infeliz. Apesar de suas diferenças, as duas desenvolvem um forte laço afetivo. Eran Riklis tornou-se internacionalmente conhecido pela direção de A Noiva Síria, de 2004. A marca do trabalho do realizador é partir de pequenos dramas do cotidiano das pessoas comuns para falar das grandes tensões e conflitos bélicos.

LUPE, O DA VACA (Lupe el de la vaca) – MÉXICO, 2011, Cor, 90min, Documentário

Direção: Blanca X. Aguerre Lupe, o da vaca, é um personagem peculiar, que, embora nunca tenha sido visto, dá nome a este documentário e serve de pretexto para contar a história de uma pequena comunidade rural na Sierra del Tigre, ao sul de Jalisco (México). O filme presta uma animada homenagem aos pequenos criadores de gado da região – idílica, porém hostil – e retrata sua maneira peculiar de observar o mundo, sua voz crítica, seu senso de humor e seu amor pela terra e pelos animais. Diante da câmera, eles contam histórias e lendas sobre um personagem que deve ter por volta dos 100 anos de idade, anda maltrapilho e cavalga sobre uma vaca.

MIÚDOS – BRASIL, 2008, Cor, 13min, Documentário

Direção: Pedro Diógenes Uma visão subjetiva do costume próprio do Ceará de se comer panelada nas primeiras horas da manhã, nos mercados e feiras das cidades.

NOSSOS FILHOS NOS ACUSARÃO (Nos enfants nous accuseront) – FRANÇA, 2008, Cor, 107min, Documentário

Direção: Jean-Paul Jaud Hoje, as crianças são as principais vitimas da ação destrutiva do homem sobre a natureza. Pesquisas mostram que 70% dos casos de câncer estão relacionados ao ambiente, dos quais 40% derivam da poluição e 30% da alimentação. A cada ano, a incidência de câncer na infância aumenta 1,1% na França. Para mudar este quadro e salvar as crianças do futuro incerto que as espera, as iniciativas infelizmente ainda são poucas. Mas numa pequena cidade no sul da França, o prefeito decide resistir à indústria agroquímica e instituir na cantina da escola a alimentação à base de alimentos orgânicos.

O AZEITE DE MARIA DA FÉ – BRASIL, 2012, Cor, 27 min, Documentário

Direção: Rusty Marcellini Programa realizado para a série Trilhas do Sabor, na cidade de Maria da Fé, sul de Minas Gerais, município de 15 mil habitantes, situado a 467 quilômetros de Belo Horizonte, e que produz o primeiro azeite extravirgem brasileiro. A cidade é apontada como a mais fria do estado – fica na Serra da Mantiqueira, a mais de 1.200 metros de altitude – e tem oliveiras por toda parte. A produção de azeitona começou há menos de uma década.

O CRU E O COZIDO (THE RAW AND THE COOKED – A CULINARY JOURNEY THROUGH TAIWAN) – ALEMANHA/TAIWAN, 2012, 83 min, Cor, Documentário

Direção: Monika Treut Com Raymond Wu, Joy Hui-yi Hu,m Huan-ru Ke, Robin Winkler, Han-sheng Pan Taiwan é conhecida em todo o mundo como tendo uma das mais diversas cozinhas da Ásia. A comida é a principal paixão de seus 23 milhões de habitantes. O filme é uma exploração suntuosa de ricas tradições culinárias da ilha, e sua relação com a mistura única de sabores e culturas que existe em Taiwan. O documentário não mostra só as comidas, mas também toda a cadeia de produção e a cultura regional.

OMA & BELLA (Oma & Bella) – ALEMANHA/ESTADOS UNIDOS, 2011, Cor, 75min, Documentário

Direção: Alexa Karolinski Oma & Bella é um retrato documental da vida de duas judias idosas, sobreviventes do Holocausto. O filme, dirigido pela neta de Oma, retrata a rotina das amigas “Oma” Karolinski e Bella Katz em Berlim, e mostra como a ligação delas com o passado, o compromisso com o presente e as esperanças para o futuro estão intimamente entrelaçados com a comida que elas fazem. Enquanto preparam pratos suntuosos com receitas antigas, anteriores à guerra, contam histórias, dão conselhos e se divertem com piadas bem-humoradas. O filme retrada de forma íntima e muito intensa a vida e a personalidade dessas duas mulheres. Nas conversas sobre o passado, sentem-se fragilizadas, a insegurança e a sensação de perda persistem, mas suas vidas avançaram em um ritmo tal, que nunca tiveram tempo para o isolamento. Ao invés de se sentirem atormentadas pela dor, arrependimento ou medo, elas continuam a olhar para o futuro, sua amizade, seus filhos e netos.

SLOW FOOD STORY – ITÁLIA, 2013, 74 min, Cor, Documentário

Direção: Stefano Sardo A história do homem e do movimento que revolucionaram a gastronomia mundial. O filme é a história de um grupo de amigos que cresceu na província, entre piadas, comidas colossais e paixão política. Há Carlo Petrini, claro, Mas há também seus melhores amigos, Azio Citi e Giovanni Ravinale. Esta é a história de sua amizade. Das alegrias, mas também das dores. Carlo Petrini foi o criador do movimento Slow Food. Stefano Sardo é roteirista e diretor artístico do Slow Food on Film, festival internacional promovido pelo movimento Slow Food, em Bologna, na Itália,

TERRA ARRASADA (Tierra Arrasada) – PARAGUAI / BRASIL, 2009, Cor, 26min, Documentário

Direção: Victor Burgos Terra arrasada conta a história do dano produzido pela maior monocultura do mundo: a soja transgênica. Filmado no Brasil e no Paraguai, o documentário aborda as questões sociais, políticas e ambientais que este modelo de agronegócio tem sobre a vida das comunidades rurais e indígenas da região. A destruição dos ecossistemas, a perda da soberania alimentar e a expulsão de comunidades inteiras são algumas das consequências diretas, denunciadas pelo filme. A área utilizada para o cultivo da soja equivale à superfície total do Reino Unido, Irlanda, Bélgica, Países Baixos e Suíça. Em nenhum lugar do mundo há uma área tão grande dedicada a um monocultivo.

SERVIÇO

Data: 12 a 15 de setembro de 2013

Local: Cine Pireneus – Pirenópolis/Goiás

Horários: ver programação ENTRADA FRANCA