Cena Contemporânea 2012
Festival Internacional de Teatro de Brasília
DE 17 A 29 DE JULHO DE 2012
Festival dedica edição 2012 ao diálogo com o continente africano e a América Latina.
Espetáculos de teatro, dança e música do Benin, Argentina, Colômbia, África do Sul, Chile, México e Cuba, além de convidados especiais da Espanha e da Bélgica.
Artistas como o grande Koffi Kôkô, do Benin, um dos maiores nomes da dança na África, e a jovem argentina Lola Arias refletem sobre o mundo contemporâneo.
Shows ao ar livre de bandas como Puerto Candelária, da Colômbia, e artistas do renome da cubana Yusa e da brasileira Gaby Amarantos.
Um pouco mais cedo do que o habitual (geralmente, o evento ocorre entre final de agosto e início de setembro), o 13º CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA faz, entre 17 e 29 de julho de 2012, uma edição diferente de todas as demais. O maior evento ligado às artes cênicas na região central do Brasil, em adesão ao FLAAC – Festival Latino Americano e Africano de Arte e Cultura, da Universidade de Brasília, vem com uma edição especialmente concentrada em atrações do continente africano e da América Latina. São 20 espetáculos de teatro e dança e sete shows musicais que prometem agitar as noites frias da capital brasileira, trazendo estrelas da cena cultural internacional, como o beninense Koffi Kôkô, a cubana Yusa, a argentina Lola Arias. O CENA CONTEMPORÂNEA tem curadoria de Guilherme Reis e Mariana Soares, direção de Guilherme Reis e patrocínio da Petrobras, Caixa, Centro Cultural Banco do Brasil e Fundo de Apoio à Cultura/GDF.
Durante 13 dias, serão ocupados alguns dos principais espaços culturais de Brasília: Sala Martins Penna do Teatro Nacional, Teatros I e II do CCBB, Teatro Plínio Marcos do Complexo Cultural da Funarte, Teatro Eva Herz da Livraria Cultura e Teatro Goldoni. Grandes shows tomarão a Praça do Museu Nacional da República, em shows ao ar livre, trazendo o som de grupos como o colombiano Puerto Candelária e último show do projeto TODOS OS SONS – DOMINGO CCBB. E encontros internacionais reunirão em Brasília
A programação inclui ainda atividades paralelas como encontros, oficinas e conversas com os artistas. Dentre eles, destaque para o Segundo Encuentro Internacional Cultura de Red, que pretende discutir gestão de redes e cooperação cultural na Ibero América, entre 23 e 25 de julho, contando com representantes de várias nações e experiências. E a parceria do CENA com o projeto Latinidades – Festival da Mulher Afro LatinoAmericana e Caribenha, que vai proporcionar shows gratuitos com o bloco Ilê Aiyê, o rapper GOG e a cantora/compositora paraense Gaby Amarantos.
O Festival também oferece promoções para a compra de ingressos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil, clientes com Cartão Petrobras e assinantes do jornal Correio Braziliense têm desconto e pagam meia-entrada na compra de até dois ingressos. Estudantes e maiores de 60 anos de idade pagam meia-entrada sempre, mediante apresentação de documento.
INTERNACIONAIS – Vindos de países com realidades distintas, como México, Espanha e África do Sul, os espetáculos internacionais que integram a grade do CENA CONTEMPORÂNEA apresentam um elemento em comum: não estão dispostos a fazer concessões. Todos eles, sem exceção, não se furtam a tocar em feridas ainda abertas para chamar a atenção, provocar a reflexão, mudar o estado das coisas. E a grande maioria parte da vivência pessoal de intérpretes e/ou criadores para conceber a narrativa.
A começar por Mi Vida Después, da argentina Lola Arias, que vai buscar na história recente de seu país relatos bem diversos da vivência sob uma ditadura militar. O mesmo tema está na essência de Villa y Discurso, do chileno Guillermo Calderón, que oferece dois espetáculos num só: no primeiro uma discussão sobre o que fazer com o prédio que abrigou o principal centro de tortura e extermínio da ditadura Pinochet; no segundo, um fictício discurso de despedida da ex-presidenta Michelle Bachelet, ela mesma perseguida e torturada, tentando entender por que não havia conseguido implementar seus planos de justiça social num mundo dominado pelo livre mercado.
Os espetáculos utilizam temas contundentes para tentar compreender a realidade contemporânea, colocam a poesia a serviço da reflexão. É assim com EnOtra Parte, da Colômbia, que apresenta experiências de isolamento, inspiradas na vida dos intérpretes, vários deles vivendo fora de seu país de origem. Em Every year, every Day, I’m walking, da África do Sul, estão casos reais de crianças e jovens que perderam pais e casas, vítimas brutais das guerras no continente africano, e tentam recomeçar a vida. El rumor Del Incendio, do México, recupera a trajetória dos movimentos de guerrilha e revoltas sociais que surgiram no país na década de 1960, a partir da história da socióloga Margarita Urías Hermosillo, para falar de uma juventude que não se deixa embrutecer nem se alienar. Apple Love aborda o amor nos tempos atuais e a busca do amor ideal. E Outra Frequência – Audio-performance para dois convida o público a participar de um jogo curioso que rompe as fronteiras entre ator e espectador.
A programação internacional de teatro e dança atinge seu clímax com o mestre Koffi Kôkô, do Benin e uma obra que fica no limite entre a dança ritual e a dança contemporânea, mostrando que tudo tem dois lados, que não há bem sem mal, vida sem morte. Koffi Kôkô apresenta seu La Beauté du Diable, nos três últimos dias do festival.
NACIONAIS – Espetáculos que receberam alguns dos principais prêmios da cena brasileira estão na programação do CENA CONTEMPORÂNEA. Será possível conferir o potente trabalho de Dani Barros, Prêmio Shell de Melhor Atriz, em Estamira, adaptação do documentário de Marcos Prado sobre uma singular catadora de lixo. O paulista Nelson Baskerville traz seu Grupo Mungunzá em dose dupla, com Por que a criança cozinha na polenta, um emocionante relato sobre a vida da autora romena Aglaja Veteranyi e o consagrado Luis Antonio – Gabriela, um espetáculo impactante que fala de homossexualidade e homofobia, que foi indicado a cinco categorias do Prêmio Shell (rendendo o de melhor direção para Baskerville) e recebeu o APCA de melhor espetáculo.
Da cena brasileira ainda estão O corpo é a mídia da dança? – Outras Partes, do mineiro Vanilton Lakka, um intrigante trabalho que mescla dança de rua e dança contemporânea; Trabalhos de Amores Quase Perdidos, do carioca Pedro Brício, que aborda a crise dos 30 e a incomunicabilidade nas relações contemporâneas; e (Des)conhecidos, do carioca Igor Angelkorte, que investiga as relações afetivas em tempos virtuais.
SHOWS – O CENA CONTEMPORÂNEA reservou as noites da segunda semana de festival para oferecer cinco grandes shows ao ar livre, na Praça do Museu Nacional da República. Três deles acontecem em parceria com o projeto Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha, que visa divulgar o histórico de luta da mulher negra no continente. A temporada de shows CENA-Latinidades abre no dia 25 de julho, com o bloco Ilê Aiyê, o mais antigo do carnaval de Salvador, que hoje atua como grupo cultural de luta pela valorização e inclusão da população afrodescendente e show da grande sambista paulistana Paula Lima. No dia seguinte, é a vez do consagrado rapper brasiliense GOG tomar o palco para apresentar seu novo trabalho. E a parceria garantirá ainda a presença da paraense Gaby Amarantos, fenômeno da música popular brasileira atual, maior nome do tecnobrega, em show no dia 28 de julho.
O CENA ainda irá promover o primeiro show em Brasília do grupo colombiano Puerto Candelária, que desenvolve um trabalho curioso de mesclar ritmos latinos ao jazz contemporâneo, no dia 27 de julho. E, em parceria com o projeto TODOS OS SONS – DOMINGO CCBB, o encerramento do festival em grande estilo, no dia 29 de julho, com um show reunindo a banda Marakamundi, a cantora Ellen Oléria, ambos de Brasília, e a cubana Yusa, sensação da música pop internacional, em grande apresentação, marcada para começar às 17h.
PROGRAMAÇÃO
17/07/2012, terça
20h – Estamira (Dani Barros/RJ) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Shopping Iguatemi
21h – Mi Vida Después (Lola Arias/Argentina) – Teatro Plínio Marcos – Funarte
21h – Foi Carmen Miranda – Grupo de Teatro Macunaíma & Centro de Pesquisa Teatral do SESC (SP) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
18/07/2012, quarta
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Sobre Trutas, Cibalenas e Olhares – BR S.A. Coletivo de Artistas (DF) – CCBB – Teatro II
20h – Criolina Champagne – Praça do Museu Nacional da República
20h – Estamira (Dani Barros/RJ) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Shopping Iguatemi
21h – Mi Vida Después (Lola Arias/Argentina) – Teatro Plínio Marcos – Funarte
21h – Foi Carmen Miranda – Grupo de Teatro Macunaíma & Centro de Pesquisa Teatral do SESC (SP) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h30 – Qualquer Coisa Eu Como Um Ovo – Companhia Setor de Áreas Isoladas (DF) – Teatro Goldoni
19/07/2012, quinta
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Sobre Trutas, Cibalenas e Olhares – BR S.A. Coletivo de Artistas (DF) – CCBB – Teatro II
21h –Mi Vida Después (Lola Arias/Argentina) – Teatro Plínio Marcos – Funarte
21h30 – Qualquer Coisa Eu Como Um Ovo – Companhia Setor de Áreas Isoladas (DF) – Teatro Goldoni
22h – Sistema Criolina – Praça do Museu Nacional da República
20/07/2012, sexta
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
20h – Villa y Discurso (G. Calderón/Chile) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Shopping Iguatemi
21h – Every year, every day, I’m walking (Magnet Theatre/África do Sul) – Teatro CCBB
21h – EnOtra Parte (L’Explose/Colômbia) – Sala Martins Penna – Teatro Nacional Claudio Santoro
22h – Criolina Brasil – Praça do Museu Nacional da República
21/07/2012, sábado
18h – O Corpo é a Mídia da Dança? – Outras Partes (Vanilton Lakka/MG) – Teatro II CCBB
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
20h – Villa y Discurso (G. Calderón/Chile) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Shopping Iguatemi
21h – EnOtra Parte (L’Explose/Colômbia) – Sala Martins Penna – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h – Every year, every day, I’m walking (Magnet Theatre/África do Sul) – Teatro CCBB
21h30 – A Carne do Mundo – Companhia B de Teatro (DF) – Teatro Goldoni
22h – Criolina Brasil – Praça do Museu Nacional da República
22/07/2012, domingo
18h – O Corpo é a Mídia da Dança? – Outras Partes (Vanilton Lakka/MG) – Teatro II CCBB
19h – Villa y Discurso (G. Calderón/Chile) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Shopping Iguatemi
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
20h – Every year, every day, I’m walking (Magnet Theatre/África do Sul) – Teatro CCBB
21h30 – A Carne do Mundo – Companhia B de Teatro (DF) – Teatro Goldoni
23/07/2012, segunda
18h – O Corpo é a Mídia da Dança? – Outras Partes (Vanilton Lakka/MG) – Teatro II CCBB
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
21h – Trabalhos de Amores Quase Perdidos – Pedro Bricio (RJ) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
24/07/2012, terça
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
21h – Trabalhos de Amores Quase Perdidos (Pedro Brício/RJ) – Sala Martins Penna – Teatro Nacional Claudio Santoro
25/07/2012, quarta
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – Apple Love – Cia. Iker Gómez (Espanha) – CCBB – Teatro
22h – Ilê Aiyê – (Bahia) + Paula Lima (SP) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
26/07/2012, quinta
19h às 22h – Outra Frecuencia – Audio-performance para Dois – BiNeural MonoKultur (Argentina/ Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – Apple Love – Cia. Iker Gómez (Espanha) – CCBB – Teatro
21h – Por Que a Criança Cozinha na Polenta – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
21h30 – El Rumor del Incendio – Lagartijas Tiradas al Sol (México) – Sala Multiuso – Espaço Cultural 508 Sul
22h – GOG (DF) e Batalha de Rimas (DF) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
27/07/2012, sexta
17h – Café Frágil – La Casa Incierta (Espanha/Brasil) – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Shopping Iguatemi)
19h às 22h – Outra Frecuencia – Audio-performance para Dois – BiNeural MonoKultur (Argentina/ Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Vestida de Mar – AUGE Produções Artísticas (DF) – Teatro Goldoni
19h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – La Beauté del Diable – Koffi Kôkô (Benim) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h – Luis Antonio – Gabriela – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
21h – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h30 – El Rumor del Incendio – Lagartijas Tiradas al Sol (México) – Sala Multiuso – Espaço Cultural 508 Sul
21h30 – Mobamba (O que eu sou quando sou samba?) – Cia. Márcia Duarte/UnB (DF)- Praça do Museu Nacional da República
22h30 – Puerto Candelaria (Colômbia) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
28/07/2012, sábado
17h – Café Frágil – La Casa Incierta (Espanha/Brasil) – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Shopping Iguatemi)
19h às 22h – Outra Frecuencia – Audio-performance para Dois – BiNeural MonoKultur (Argentina/ Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Vestida de Mar – AUGE Produções Artísticas (DF) – Teatro Goldoni
19h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – La Beauté del Diable – Koffi Kôkô (Benim) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h – Luis Antonio – Gabriela – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
21h – AMASSA! – Cia. Contém Glúten (DF) – CCBB – Teatro
21h30 – El Rumor del Incendio – Lagartijas Tiradas al Sol (México) – Sala Multiuso – Espaço Cultural 508 Sul
22h – Gaby Amarantos (PA) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
29/07/2012, domingo
17h – Café Frágil – La Casa Incierta (Espanha/Brasil) – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Shopping Iguatemi)
17h – Mágicas – Lona Circo Teatro/Palhaça Matusquela (DF)
17h – Programação especial em parceria com o projeto TODOS OS SONS – DOMINGO CCBB – Marakamundi (DF), Ellen Oléria (DF) e Yusa (Cuba) – Praça do Museu Nacional da República
18h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
19h – Luis Antonio – Gabriela – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
19h – La Beauté del Diable – Koffi Kôkô (Benim) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
20h – AMASSA! – Cia. Contém Glúten (DF) – CCBB – Teatro
MOSTRA INTERNACIONAL
Dias 17, 18 e 19.07, às 21h – Teatro Plínio Marcos – Complexo Cultural da Funarte
MI VIDA DESPUÉS – Lola Arias – Argentina
Seis atores nascidos na década de 1970 e começo dos anos 80 reconstituem a juventude de seus pais a partir de fotos, cartas, roupas usadas, relatos, lembranças apagadas. Quem eram meus pais quando eu nasci? Como era a Argentina quando eu ainda não sabia falar? Quantas versões existem para o que aconteceu e eu era tão pequeno que nem lembro? Cada ator faz um remake das cenas do passado para tentar entender o futuro. Como dublês de risco de seus pais, eles põem suas roupas e representam uma história familiar, que pode ser a de um pai militante de esquerda morto pela ditadura militar ou a de um pai soldado da inteligência do governo na mesma época.
Escritora, diretora de teatro, performer e compositora, Lola Arias é apontada como uma das responsáveis pela afirmação da voz feminina na dramaturgia argentina. Co-fundadora da Companhia Postnuclear, seus textos exploram os limites entre realidade e ficção, usando biografias e documentos reais, num caminho que fica entre o surreal e o poético. Em suas peças, trabalha com atores e não-atores, dançarinos, cantores, bebês e animais. Seus textos já foram traduzidos para o inglês, francês e alemão.
Dramaturgia e direção: Lola Arias
Atores: Blas Arresse Igor, Liza Casullo, Carla Crespo, Vanina Falco, Pablo Lugones, Mariano Speratti
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
De 18 a 28.07, das 19h às 22h – Praça do Museu Nacional da República
OUTRA FREQUÊNCIA – AUDIO-PERFORMANCE PARA DOIS – BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina
Experiência sonora para duas pessoas que são convidadas a transitar por diferentes vivências virtuais. Com um fone de ouvido e um aparelho de MP3, cada um tem uma missão a cumprir que envolve o outro. Os espectadores, transformados em atores, interagem, enquanto o público assiste, de fora, a uma coreografia estranha, só compreendida pelos dois performers. O grupo BiNeural-MonoKultur trabalha procurando espaços não-convencionais e já realizou o projeto do Audiotur Ficcional em cidades como Berlim, Córdoba e São Paulo. Ariel Dávila e Christina Ruf atuam juntos desde 2002. Em 2004, formaram o grupo BiNeural-MonoKultur, ao participarem como convidados do ciclo MitKopfhörer und Feldstecher, organizado pelo teatro Hebbel em Berlim. O projeto em Brasília tem co-produção da Difusa Fronte(i)ra.
Conceito, roteiro e direção: Ariel Dávila e Christina Ruf
Atuação (vozes): Carlos Morelli, Vanessa Bruno e Ieltxu Martinez Ortueta
Montagem e edição de áudio: Guillermo Ceballos
Duração: 10 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
Dias 20 e 21.07, às 21h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro
EN OUTRA PARTE – L’Explose – Colômbia
Qual o conceito de identidade? Como é sentir-se estrangeiro na sociedade contemporânea? Foi a partir destes estímulos que o diretor Tino Fernández trabalhou para conceber o espetáculo de dança-teatro EnOtraParte. E o conceito da obra se mistura à vida pessoal de seus intérpretes: em cena estão quatro bailarinos e um músico colombianos, quatro bailarinos espanhóis, uma sueca e uma polaca, sob a direção de Fernández, que é espanhol de origem, viveu anos na França e está radicado em Bogotá. Todos capazes de contar, com intimidade, as experiências de encontro entre culturas, desde a curiosidade, a surpresa a inquietude até o choque cultural, a incomunicabilidade e a busca de identidade. O espetáculo conta com dramaturgia de Juliana Reyes e tem momentos confessionais dos intérpretes.
L’Explose é uma fundação sem fins lucrativos criada por Tino Fernández em Paris em 1991, com o objetivo de investigar o campo da dança contemporânea. Transferida para Bogotá, desenvolve um trabalho de criação, pesquisa e difusão artística. Hoje, a companhia é uma das mais importantes da Colômbia, fazendo quatro turnês internacionais por ano, em países da Europa, Ásia, América Latina e nos Estados Unidos. EnOtraParte é uma coprodução com Auditório de Tenerife, Iberescena e CELCIT.
Direção e coreografia: Tino Fernández
Dramaturgia: Juliana Reyes
Composição musical e música ao vivo: Camilo Giraldo
Intérpretes: Ángela Cristina Bello, Luisa Fernanda Hoyos, Alexandra Rudnicka, Ángel Ávila, Juan Manzano, Paloma Hurtado, Leyla Castillo, Laura Barrero, Javier Ferrer , Helena Berthelius
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
Dias 20 e 21, às 21h, e dia 22, às 20h – Teatro CCBB
EVERY YEAR, EVERY DAY, I’M WALKING – Magnet Theatre – África do Sul
Mais longevo trabalho da Magnet Theatre, o espetáculo foi criado para o Festival Africano para Crianças e Jovens de Yaoundé/Camarões, realizado em novembro de 2006. Desde então, já se apresentou em 18 festivais de 14 países diferentes. Criado sob a influência dos trabalhos de Judith Rudakoff da Universidade de Nova York e de Mark Fleishman, o espetáculo se inspira num livro que registra parte do processo terapêutico realizado com crianças refugiadas em Johanesburgo. Traça a história de jovens refugiados da África, que perderam sua família e sua casa de forma brutal e irrevogável e são forçados a uma jornada através de lugares perigosos e incertos. É uma peça sobre deslocamento, sobre o significado de lar, sobre a África, sobre perda e as tentativas de dar o primeiro passo em direção à recuperação. Celebra a capacidade de cura do ser humano e sua força em recuperar a dignidade.
Magnet Theatre é uma companhia profissional de teatro físico que atua na África do Sul há mais de 25 anos, tendo criado 25 trabalhos originais, muitos deles premiados. Em 2010, a companhia recebeu a National Fleur du Cap Award for Innovation, o mais importante do teatro sul-africano.
Direção: Mark Fleishman
Intérpretes: Jennie Reznek e Noluvuyo Sam
Música original: Neo Muyanga
Duração: 70 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS
Dias 20 e 21, às 20h, e dia 22, às 19h – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Shopping Iguatemi
VILLA Y DISCURSO – Guillermo Calderón – Chile
Dois espetáculos e um só programa. Em Villa (60min), três mulheres discutem diferentes alternativas para remodelar Villa Grimaldi, o principal centro de tortura e extermínio da ditadura de Pinochet. A questão expressa as dificuldades reais que as organizações de direitos humanos enfrentam para tentar defender a memória das vítimas da ditadura. Já em Discurso (40min), três mulheres representam a Presidenta Michelle Bachelet num fictício discurso de despedida ao deixar o poder. Suas palavras expressam os desejos e frustrações de uma geração que viveu emocionada a experiência de eleger a primeira mulher como Presidenta (e uma mulher que havia sido vítima de tortura) e que assistiu às dificuldades desta mandatária em administrar reformas populares no modelo econômico neoliberal imposto pela ditadura.
Guillermo Calderón é formado em teatro pela Universidade do Chile pela Escola Dell’Arte de Teatro Físico da Califórnia. É mestre em Cinema pela Universidade de Nova York, escreveu e dirigiu Neva (apresentada no CENA CONTEMPORÂNEA de 2010), Diciembre e Clase, obras que receberam grande acolhida do público e da crítica. Suas produções já foram vistas em mais de 25 países, conquistando diversos prêmios.
Direção e dramaturgia: Guillermo Calderón
Elenco: Francisca Lewin, Macarena Zamudio e Carla Romero
Duração: 110 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
Dias 25 e 26.07, às 21h – Teatro CCBB
APPLE LOVE – Iker Gómez – Espanha
Terceira produção cênica da companhia Iker Gómez – Teatro Físico, da Espanha. Uma criação multidisciplinar que agrega artistas de quatro comunidades autônomas – Galícia, País Basco, Gran Canária e Calunha – Apple Love conjuga dança, teatro físico, vídeo cênico e vídeo-música, para propor uma espécie de conferência sobre o “Amor Total”, com uma inevitável dose de humor. Em cena, quatro intérpretes, dois vídeo-intérpretes e cinco vídeo-músicos auxiliam o personagem principal, um investigador que está em busca do “Amor Total”, um tema já tão abordado e tão analisado que, segundo Iker Gómez, hoje é quase impossível defini-lo de uma forma relevante.
Criador, coreógrafo e videomaker, Iker Gómez criou a companhia Teatro Físico em 2007 e desde então já produziu três espetáculos. Em todos, a mistura de dança, música ao vivo, teatro, vídeo, com boa dose de humor.
Coreografia e direção: Iker Gómez
Intérpretes: Rut Balbis, Gemma Galera, Iker Gómez, Maxime Iannarelli
Músicos: Nerea Alberdi, Kepa Elgoibar, Daniel González
Vídeo: Iker Gómez
Duração: 60 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
*Espetáculo realizado com apoio do Instituto Cervantes de Brasília e da Red de Teatros Alternativos de España.
Dias 26, 27 e 28, às 21h30 – Sala Multiuso – Espaço Cultural 508 Sul
EL RUMOR DEL INCENDIO – Lagartijas Tiradas ao Sol – México
Documentário cênico que conta a história dos movimentos subversivos, guerrilhas e revoltas sociais que buscavam mudança no México das décadas de 1960 e 1970, com foco na vida da antropóloga Margarita Urías Hermosillo, que teve participação ativa no Movimento de 68. Os atores usam maquetes, velhos clips de televisão projetados num telão e recriações de entrevistas para tentar recriar o clima que levou homens e mulheres a arriscarem a própria vida na tentativa de mudar o estado de coisa. O saldo foi um número indefinido de mortos e desaparecidos. El Rumor Del Incendio revista o período na tentativa de recuperar a utopia a possibilidade de sonhar com um mundo mais justo. O projeto inclui um blog – El rumor Del oleaje – um documentário sobre Margarita Urías Hermosillo e um livro.
O grupo Lagartijas Tiradas ao Sol se auto-intituta “uma quadrilha de artistas” convocados por Luisa Pardo e Gabino Rodríguez. Trabalham desde 2003, tendo produzido sete espetáculos. Em 2011, receberam o Prêmio do Público do Festival de Jeunes Compagnies Impatience, organizado pelo Teatro Odéon, de Paris, e o Preisträger ZKB Förderpreis, do Zürcher Theater Spektakel.
Criação e atuação: Francisco Barreiro, Luisa Pardo e Gabino Rodríguez
Desenho e investigação: Juan Leduc
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
Dias 27 e 28, às 21h, e dia 29, às 19h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
LA BEAUTÉ DU DIABLE – Koffi Kôkô – Benin
Um mensageiro entre deus e o diabo. Assim pode ser descrita a figura de Koffi Kôkô em La Beauté du Diable. A partir do tema que evoca o poder de atração sobre o abismo moral e ético, o artista estabelece um diálogo com a música tocada ao vivo. Kôkô se movimenta num solo espiritual, cheio de graça, que combina a cultura ancestral africana com o flamenco, a dança contemporânea com o ritual africano.
Koffi Kôkô é um dos iniciadores e mais proeminentes representantes da cena moderna da dança africana. Um artista cuja performance é inesquecível. Nascido no Benin, ainda menino Koffi tomou contato com a religião animista e, a partir disso, desenvolveu interesse artístico pela dança como ritual. Isso acabou se tornando a base de seu trabalho. Já atuou como professor na Europa, África e Estados Unidos. Divide seu tempo entre trabalhos no Benin na França e atualmente trabalha no seu centro coreográfico em Ouidah, no Benin.
Duração: 50 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
27 a 29/07, às 17h – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Shopping Iguatemi)
CAFÉ FRÁGIL – La Casa Incierta (Espanha/Brasil)
Café Frágil é um espetáculo de teatro de objetos do grupo La Casa Incierta a partir do Universo de Antonio Catalano – do grupo Casa degli Alfieri-Universi Sensibili, que desenvolveu um projeto interativo entre teatro e artes visuais. Recomendado para todos os públicos, o espetáculo revela, com um jogo de sombras e objetos, um universo mágico presente no cotidiano de todos.
A Casa Incierta é uma companhia criada em 2000 e residente no Teatro Fernán Gómez de Madri, Espanha, pioneira na criação de artes cênicas para a primeira infância na Europa e no Brasil.
Dramaturgia e direção: Carlos Laredo
Intérprete e criação musical: Clarice Cardell
Duração: 40 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
MOSTRA NACIONAL
Dias 17 e 18.07, às 20h – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Shopping Iguatemi
ESTAMIRA – BEIRA DO MUNDO – Dani Barros e Beatriz Sayad – Rio de Janeiro
Monólogo com adaptação feita a quatro mãos para o teatro do premiado documentário cinematográfico assinado por Marcos Prado, sobre Estamira, uma mulher real que sobrevivia com o que catava no lixão. O espetáculo acompanha a história de Estamira, que tinha uma doença mental crônica e uma percepção do mundo surpreendente e devastadora. Estamira é como uma profetisa do lixão, carregada de tragédia e de humor, que propõe sábias e, ao mesmo tempo, delirantes reflexões sobre o mundo contemporâneo.
Pelo trabalho, a atriz Dani Barros recebeu os prêmios Shell e APTR de 2011. Dani é formada pela UNI-Rio e integrou o grupo Doutores da Alegria por 13 anos. Atuou em diversos espetáculos, como os recentes Maria do Caritó e Conchambranças de Quaderna, ganhando o Prêmio APTR de atriz coadjuvante.
Beatriz Sayad dedica-se ao teatro desde 1991, tendo passado também pelo grupo Doutores da Alegria. Atualmente, trabalha com a companhia de teatro-clown suíça Teatro Cia Finzi Pasca, com a qual já circulou pela Europa e Américas.
Direção e dramaturgia: Beatriz Sayad
Atuação, dramaturgia e idealização: Dani Barros
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
Dias 17 e 18.07, às 21h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro
FOI CARMEN MIRANDA – Grupo de Teatro Macunaíma & Centro de Pesquisa Teatro do SESC (SP)
Obra poética concebida por Antunes Filho sobre o imaginário popular a respeito da grande artista, com movimentos inspirados no universo do Butô japonês. O espetáculo estimula uma reflexão sobre o fetichismo e os estereótipos e tem como base a gestualidade, embora esteja presente também o idioma fonemol, língua ficcional criada pelo Grupo de Teatro Macunaíma, já usada em espetáculos anteriores.
O Centro de Pesquisa Teatral (CPT) é liderado por um dos mais célebres artistas brasileiros, Antunes Filho, e com o Grupo de Teatro Macunaíma abrange os diferentes aspectos da manifestação cênica, buscando a desconstrução de velhos códigos e sua posterior transformação em novos códigos. A estreia do espetáculo Macunaíma, em setembro de 1978, marcou o início das atividades do grupo que, em 1982, passa a desenvolver suas pesquisas estéticas e atividades no campo da formação no CPT, criado pelo SESC – SP.
Concepção e Direção: Antunes Filho
Elenco: Mariah Teixeira, Lee Thalor, Emilie Sugai e Patrícia Carvalho
Duração: 50 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
Dias 21, 22 e 23.07, às 18h – Teatro II CCBB
O CORPO É A MÍDIA DA DANÇA? – OUTRAS PARTES – Vanilton Lakka – Minas Gerais
O corpo do intérprete pode ser entendido como um suporte assim como o computador, um material gráfico ou um telefone? Foi a partir desta indagação que surgiu o projeto criado por Vanilton Lakka e organizado em forma de sistemas. Entre 2005 e 2006, Lakka realizou a primeira parte do trabalho, em parceria com o Território Minas. Outras Partes dá continuidade ao processo e foi desenvolvido com recursos do Rumos Dança Itaú. Todas as partes são autônomas e com espaços para a improvisação. O objetivo é fazer dança em vários suportes e formatos e provocar questionamentos como: em que corpo é possível produzir dança hoje? Além das performances, inclui um gibi interativo, site e telefone (a escuta da dança),
Vanilton Lakka é criador e intérprete e trabalha com produção, criação e pesquisa em dança desde 1991. Sua experiência é marcada pela dança de rua e pela dança contemporânea. Apresentou-se e ministrou oficinas em vários países como Alemanha, Venezuela, Suécia, Espanha, Cabo Verde e Cuba. Lakka também desenvolve carreira solo.
Duração: 50 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS
Dias 23 e 24.07, às 21h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
TRABALHOS DE AMORES QUASE PERDIDOS – Pedro Brício – Rio de Janeiro
Um jogo de amor e acaso, de narração e atuação. Na base de tudo, a crise dos 30 anos, a impossibilidade dos amantes contarem a mesma história e os caprichos do acaso que tece o destino da humanidade – revelando o banal e o trágico que há no cotidiano. A peça fala sobre o amor na juventude, a juventude e a destruição do amor, o encontro com o outro.
Pedro Brício é dramaturgo, ator e diretor, com talento reconhecido. Recebeu algumas das principais premiações da cena teatral carioca pela autoria de espetáculos como A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica, Prêmio Shell de autor em 2005, e Cine-Teatro Limite, de 2008, vencedor do Prêmio Contigo. Como ator, em teatro, trabalhou com diretores como Enrique Diaz, Bia Lessa, João Falcão; fez ainda novelas como Andando nas Nuvens e Beleza Pura.
Texto e direção: Pedro Brício
Elenco: Branca Messina, João Velho, Lucia Bronstein, Pedro Henrique Monteiro.
Duração: 82 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
De 25 a 29.07, às 19h30 – Teatro II CCBB
(DES)CONHECIDOS – Probástica Companhia de Teatro – Rio de Janeiro
São milhares de amigos virtuais, mas a quem se dá o afeto verdadeiro? A questão que paira sobre as relações de uma geração acostumada a resolver todas as questões cotidianas pela web, inclusive o amor, é também mote para a encenação de uma história de amor dos tempos atuais. Um casal se conhece através de um site de conversas e inicia uma busca ao relacionamento ideal. No caminho, ambos esbarram em suas fragilidades e inseguranças e passam a questionar os conceitos de amor. O espetáculo faz referências ao livro Amor Líquido (Zygmun Bauman), ao filme Quinhentos dias com ela (Marc Webb), dentre outros, além de entrevistas com pessoas reais.
Igor Angelkorte é ator e diretor formado pela CAL – Centro de Artes de Laranjeiras. Em teatro, atuou em O Casamento, com direção de Inês Viana, O Telescópio, dirigido por Ivone Hoffman, e Do Artista quando Jovem, assinado por Marco André Nunes.
Direção e dramaturgia: Igor Angelkorte
Elenco: Candelly Braz, Igor Angelkorte, Samuel Toledo
Duração: 70 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
Dia 26.07, às 21h – Teatro Plínio Marcos – Complexo Cultural da Funarte
POR QUE A CRIANÇA COZINHA NA POLENTA – Cia Mungunzá de Teatro – São Paulo
Inspirado em livro homônimo escrito pela autora romena Aglaja Veteranyi, falecida em 2002, tem cunho autobiográfico e mostra uma história de dor e abandono, mas também de superação pela arte. Aglaja nasceu no seio de uma família circense: pai palhaço e mãe trapezista. A narrativa é feita pelos olhos da criança, que testemunha a violência doméstica e do mundo exterior, o alcoolismo, o abuso sexual e as várias formas de exploração. Tudo isso durante a ditadura cruel de Nicolae Ceausescu. A montagem utiliza a projeção de imagens da própria autora (que tirou a própria vida), feita por seu pai, e de trechos mudos ficcionais.
Nelson Baslkerville é diretor de obras de grande impacto. Dentre as mais recentes, destacam-se Retrato de um artista quando jovem, de James Joyce, Camino Real, de Tennessee Williams, 17 x Nelson – o inferno de todos nós, de Nelson Rodrigues. Dirige a Cia Mugunzá de Teatro. Por que a criança cozinha na polenta conquistou 36 prêmios em diversas categorias.
Texto: Aglaja Veteranyi
Direção: Nelson Baslkerville
Elenco: Cia Mungunzá
Duração: 80 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
Dias 27 e 28, às 21h, e dia 29.07, às 19h – Teatro Plínio Marcos – Complexo Cultural Funarte
LUIS ANTONIO – GABRIELA – Cia Mungunzá de Teatro – São Paulo
O diretor Nelson Baskerville coloca em cena sua própria história, onde o irmão mais velho, Luis Antonio, homossexual, desafia as regras de uma família conservadora dos anos 1960 e parte para a Espanha sob o nome de Gabriela. O documentário cênico começa em 1953, ano de nascimento de Luis Antonio, que passou a infância, a adolescência e parte da juventude em Santos, até partir para a Espanha, aos 30 anos de idade. Foi construído a partir de documentos e depoimentos de Nelson Baskerville, de sua irmã Maria Cristina, de sua madrastra Doracy e de Serginho, cabeleireiro amigo de Luis Antonio. Narra a história da vida da personagem até sua morte, em Bilbao, em 2006, onde vivia com o nome de Gabriela.
A Cia Mugunzá de Teatro nasceu em São Paulo em 2006, com alunos recém-formados, que convidaram Nelson Baslkerville para dirigi-los. Luis Antonio-Gabriela é o segundo espetáculo da companhia e já conquistou o Prêmio Shell de Melhor Direção para Nelson Baskerville.
Direção e dramaturgia: Nelson Baskerville
Elenco: Marcos Felipe, Lucas Beda, Sandra Modesto, Verônica Gentilin, Virgina Iglesias, Day Porto
Duração: 88 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
MOSTRA BRASÍLIA
18 e 19/07, às 19h30 – CCBB – Teatro II
SOBRE TRUTAS, CIBALENAS E OLHARES – BR S.A. Coletivo de Artistas (DF)
O espetáculo deu ao BR.S.A. – Coletivo de Artistas a oportunidade de jogar com o equilíbrio entre o conto Olhar, de Rubem Fonseca, que foi o mote para a criação cênica, e os desejos dos intérpretes da companhia. O conto retrata a vida de um escritor em estado contemplativo que, em um surto de inanição, e atordoado por sua serviçal, concebe um poema visceral e escatológico. Além disso, está presente a experimentação de vários sabores: a comida é algo muito presente durante a cena – peixes, cordeiro e até o coelho – tudo inspirado pelo conto de Rubem.
A BR S.A. é um coletivo híbrido de artistas profissionais, criado em 2009, que possui formação acadêmica em artes cênicas, artes plásticas, formação musical e especializações em palhaço, direção teatral, iluminação, cenografia, figurino, produção, divulgação e programação visual.
Elenco: Denis Camargo, Gustavo Reinecken e Lidiane Araújo
Dramaturgia, direção e atuação: BR S.A. – Coletivo de Artistas
Supervisão Geral: Kênia Dias
Duração: 80 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
18 e 19/07, às 21h30 – Teatro Goldoni
QUALQUER COISA EU COMO UM OVO – Companhia Setor de Áreas Isoladas (DF)
Inspirada no texto Angel City de Sam Shepard, originalmente escrito em 1976, o espetáculo apresenta a história de um grupo de teatro que passa por uma crise criativa e financeira. Partindo do nada para lugar nenhum, a peça mostra uma tentativa, possivelmente frustrada, de salvar um projeto teatral da aniquilação total. Transitando em uma realidade absurda, eles convidam um especialista como uma última tentativa desesperada para salvar suas peles. Porém, a cidade inteira está mudada e algo estranho começa a transformar suas aparências físicas. O fim está próximo.
A companhia S.A.I. (Setor de Áreas Isoladas) busca o diálogo com as diversas áreas artísticas – dança, música, fotografia, artes visuais, cinema, poesia e literatura -, inspirada por referências como o realismo cinematográfico, narrativas fantásticas de Tim Burton e Quentin Tarantino e no movimento literário do realismo mágico, que evidencia o irreal na vida cotidiana.
Elenco: Ada Luana, Camila Meskell, Luiza Guimarães, Rodrigo Fischer e Similião Aurélio
Direção: Diego Bresani
Duração: 80 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
21 e 22/07, às 21h30 – Teatro Goldoni
A CARNE DO MUNDO – Companhia B de Teatro (DF)
Mais recente trabalho da Companhia B, o espetáculo A Carne do Mundo é uma criação coletiva que tem um ator convidado, Sérgio Sartório, e que aborda, a partir do recorte da vida de um homem e de uma mulher, o desejo e as perversões sob a ótica das relações cotidianas. O espetáculo transita entre o consciente e o inconsciente de um casal, revelando as várias camadas de conflitos existentes nessa relação, suas perversões e as dificuldades do encontro amoroso. A encenação cria uma intimidade com a plateia, envolvendo-a num jogo de voyeurismo.
A Companhia B de Teatro utiliza o processo de criação coletiva e desenvolve um trabalho calcado na pesquisa, propondo novos caminhos e significados para o trabalho cênico e a investigação do cruzamento dos múltiplos elementos da linguagem.
Elenco: Giselle Nirenberg e Sérgio Sartório
Direção: Mariana Botelho
Duração: 50 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS
27 e 28/07, às 19h30 – Teatro Goldoni
VESTIDA DE MAR – Auge Produções Artísticas (DF)
A vida da poetisa Alfonsina Storni serve de pesquisa e pano de fundo para celebrar as artes poéticas. Filha de pais argentinos, nascida na Suíça, Alfonsina migrou com seus pais para a província de San Juan, na Argentina em 1896. Pouco tempo depois, muda-se para a cidade de Rosário, onde vive uma vida com muitas dificuldades financeiras. Três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata o soneto Voy a Dormir para um jornal. Consta que Alfonsina suicidou-se andando para dentro do mar — o que foi poeticamente registrado na canção Alfonsina y el mar, gravada por Mercedes Sosa.
A Auge Produções Artísticas é atuante na produção teatral em Brasília. Recentemente realizou Ilhar, espetáculo duplamente premiado no Prêmio SESC do Teatro Candango.
Atriz: Gelly Saigg
Participações Especiais: Carina Alencar, Karine Junqueira e Lilian França
Dramaturgia e Direção: Ricardo César
Duração: 50 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
27/07, às 21h30 – Praça do Museu Nacional da República
MOBAMBA (O QUE EU SOU QUANDO SOU SAMBA?) – Cia. Márcia Duarte/UnB (DF)
O que eu sou quando sou samba? – essa é a pergunta que um grupo de jovens intérpretes se fazem para criar este espetáculo autoral, inspirado no universo poético e musical do samba. Assim nasce o Mobamba, uma fusão de mover – jogo, dança, cena – e samba. Orientado pela diretora Márcia Duarte em parceria com Marcus Mota e com participação de Fabiana Marroni, o grupo arrisca-se na apropriação de um ritmo imbricado no cotidiano dos brasileiros, experimenta sua relação com a identidade nacional e as raízes da cultura negra popular e brinca com o desafio de ser “bamba” no plano piloto de Brasília.
Diretora, coreógrafa, professora, Márcia Duarte iniciou sua carreira no Rio de Janeiro. Em 1980, criou com Luiz Mendonça o grupo EnDança, um dos mais expressivos da dança contemporânea brasileira no período. Com o grupo, apresentou-se em diversos países e acumulou prêmios. Em 1995, fundou sua própria companhia, para a qual criou espetáculos premiados como Reta do Fim do Fim e Movimentos do Desejo.
Intérpretes pesquisadores e criadores: Fabiana Marroni, Fernanda Alpino, Luara Learth, Luciana Matias, Luisa Duprat, Paulo Vitor Granja, e Tamara Correia
Direção de Criação: Márcia Duarte
Duração: 60 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
28/07, às 21h e 29/07, às 20h – CCBB – Teatro
AMASSA! – CIA. CONTÉM GLÚTEN (DF)
Espetáculo que mistura teatro, dança, música, circo e pão. A trama acontece em uma padaria, palco de um caso de amor entre três personagens: duas mulheres que lutam pelos suspiros e amassos de um cobiçado padeiro. A paixão tem o ritmo do tango, entoado ao vivo, e unido a uma interpretação bem-humorada dos atores bailarinos. Uma ideia simples protagonizada por jovens criadores.
A Cia. Contém Glúten é um coletivo artístico que pesquisa a dança em fusão com dramaturgia, artes marciais e música ao vivo. Criada em julho de 2010, a companhia é dirigida pela atriz e bailarina Júlia Gunesh, com orientação do tradicional Circo Teatro UdiGrudi e da coreógrafa Giselle Rodrigues, criadora do BaSiRaH Núcleo de Dança Contemporânea.
Atores-bailarinos: Paulo Victor Gandra, Haila Beatriz e Rebeca Castelo Branco
Direção e coreografia: Julia Gunesch
Duração: 55 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
29/07, às 17h – Praça do Museu Nacional da República
MÁGICAS – LONA CIRCO TEATRO/PALHAÇA MATUSQUELA (DF)
Na tradição circense, o mágico é sempre um homem com poderes especiais. Às mulheres é dada a participação através da figura da ajudante, sem protagonismos. A Palhaça Matusquela brinca com essa tradição e rompe estereótipos com suas trapalhadas que prometem divertir as crianças na tarde de domingo na Praça do Museu Nacional da República, enquanto seus pais se preparam para ver os shows musicais que encerram o Cena Contemporânea 2012.
Manuela Castelo Branco é formada em artes cênicas pela Universidade de Brasília, poeta com participação em várias antologias brasilienses, autora de textos teatrais, violeira e palhaça.
Interpretação e Direção: Manuela Castelo Branco
Duração: 50 minutos
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
SHOWS AO AR LIVRE
Dia 25.07, às 22h – Praça do Museu Nacional da República
ILÊ AIYÊ (Bahia)
Patrimônio da cultura baiana, o Ilê Aiyê é mais que bloco carnavalesco: sua atuação em nome da expansão e valorização da cultura afro-brasileira tem sido determinante na elevação da autoestima e da identidade étnica do negro brasileiro. Atualmente, arrasta milhares de integrantes pelas ruas no carnaval de Salvador.
A batida inconfundível do Ilê foi criada por mestre Bafo em 1975, herdada do candomblé com influências também do samba duro e do ijexá.
PAULA LIMA (São Paulo)
Paula Lima é a “menina dos olhos” de Jorge Ben Jor. Dona Ivone Lara, falando na cantora, sempre diz: “o samba precisa dela”. Paula pode ser considerada um dos grandes nomes da música negra brasileira, incitando a mistura provocante do samba com o soul no samba-rock. Formada em Direito e piano clássico, começou a cantar profissionalmente como backing vocal, em discos de Jorge Ben Jor e Thaíde & DJ Hum. Logo migrou para o grupo Funk como Le Gusta, com o qual ficou conhecida em todo o Brasil. Sua carreira solo começou em 2001, com a elogiada canção “É isso aí”. Paula já cantou ao lado de Jorge Bem Jor, D. Ivone Lara, Milton Nascimento, Luiz Melodia, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Leci Brandão, Rita Lee entre outros.
*Shows realizados em parceria com o projeto Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha.
Dia 26.07, às 22h – Praça do Museu Nacional da República
GOG (Brasil)
Apresentação de Iso 9000 do Gueto, novo show do Poeta do Rap Nacional, que envolve as linguagens audiovisual, dança afro contemporânea, capoeira e poesia. Gog deseja promover o intercâmbio de linguagens, mesclando dança negra, percussão, mixagens e projeções animadas.
Um dos artistas de maior prestígio na cultura Hip hop brasileira, GOG foi o primeiro rapper brasileiro a lançar o próprio selo. Conhecido como “O poeta do rap nacional”, tem 30 anos de carreira, nove discos gravados e um DVD, com participação de artistas como Lenine e Maria Rita, entre outros.
*Show realizado em parceria com o projeto Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha.
Dia 27.07, às 22h – Praça do Museu Nacional da República
PUERTO CANDELÁRIA (Colômbia)
Fundador de ritmos pouco convencionais como Cumbia Underground e Jazz a lo colombiano, o grupo inseriu a Colômbia no cenário do jazz internacional e destacou-se como nome de ponta da música experimental no continente. Baseia sua sonoridade nos ritmos colombianos populares e injeta imaginação e realismo fantástico às composições. Já fez mais de 20 turnês internacionais, apresentando-se em cerca de 50 cidades da Europa, Ásia e Américas. Sem som atrevido e encenações cheias de humor e alegria já foram vistos por mais de um milhão de espectadores.
Puerto Candelaria é formado por Juancho Valencia (diretor, piano), Eduardo González (Baixo), José Tebón (sax soprano, clarineta), Cristián Rios (trombone), Carlos Didier Martínez (percussão) e Juan Guillermo Aguilar (percussão). A banda já lançou quatro discos: Kolombian Jazz (2002), Llegó la banda (2006), Vuelta Canela (2010) e Cumbia Rebelde (2011).
*Show realizado em parceria com o projeto Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
Dia 28.07, às 22h – Praça do Museu Nacional da República
GABY AMARANTOS (Brasil)
Gabriela Amaral dos Santos ou simplesmente Gaby Amarantos já foi apresentada ao mundo como “a Beyoncé do Pará”, “rainha do tecnobrega”, “fundadora de um movimento sociocultural”. Mas ela não gosta de títulos e costuma repetir que é apenas uma artista. Modéstia da cantora e compositora paraense que tem sido responsável por colocar o Pará no mapa musical internacional. Gaby lota os clubes onde se apresenta, seja no Brasil ou na Europa. Foi apontada pela revista Época como uma das 100 personalidades mais influentes do País hoje e sua música Ex Mai Love, tema da novela global Cheias de Charme, está na boca do povo brasileiro.
Gaby Amarantos nasceu no bairro de Jurunas, periferia de Belém, no Pará. Começou a cantar aos 15 anos de idade, na Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, no bairro onde nasceu. Aos 18 anos, teve permissão para se apresentar em bares cantando clássicos da MPB – seu primeiro cachê foi um prato de sopa. Assumidamente influenciada por Clara Nunes, Ella Fitzgerald e Billie Holiday e pelos bregas Francis Dalva e Reginaldo Rossi, Gaby consegue fundir, em sua música, ritmos tradicionais como carimbo, lambada e lundu ao tecnobrega. Em 2012, lança seu primeiro disco solo, Treme.
*Show realizado em parceria com o projeto Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha
Dia 29.07, às 17h – Praça do Museu Nacional da República
TODOS OS SONS – DOMINGO CCBB – MARAKAMUNDI, ELLEN OLÉRIA (Brasil) e YUSA (Cuba)
MARAKAMUNDI – O quarteto de música instrumental de Brasília apresenta o novo trabalho, Rota Brasil, construído a partir das identidades musicais de diversos lugares do País. No show, o grupo procura acentuar as influências das culturas ameríndias, africanas, europeias, e outras.
Conhecido até 2006 como Tex Quarteto, Marakamundi assumiu este nome para reforçar o perfil do grupo: explorar os horizontes da música com uma perspectiva brasileira – “maraka” significa “música”, em Tupi-guarani; Marakamundi, portanto, pode ser traduzido como “Música do mundo”. É formado por Tex (guitarra, violão e cavaquinho), Daniel Baker (pianos, teclados e escaleta), Ticho Lavenère (bateria e percussão) e Gê Mendonça (contrabaixo elétrico e baixo fretless).
ELLEN OLÉRIA – Repertório do disco de estreia de Ellen, o show Peça fala sobre origem, apresentando desde as primeiras influências da infância da cantora até o encontro com a banda pret.utu e a afirmação de seu estilo. Repleto de canções próprias, apresenta muito funk, balanço, samba e hip hop, além da interpretação de canções de compositores como Gilberto Gil, Jorge Bem, Sandra de Sá, Tim Maia, Jovelina Pérola Negra. No show, Ellen Oléria estará acompanhada da banda pret.utu: Célio Maciel (bateria), Paula Zimbres (baixo), Pedro Martins (guitarra) e Felipe Viegas (teclado).
Um dos maiores expoentes do cenário musical brasiliense, Ellen é atriz formada pela Universidade de Brasília e desde o ano 2000 atua como cantora, compositora e instrumentista. Ganhou várias edições do FINCA – Festival Interno de Música Candanga, da UnB, e é a maior vencedora em todos os tempos do Festival de Música Tom Jobim, do SESC.
YUSA – “Plena de experimentação e novas texturas, Yusa é uma nova forma de escutar Cuba”. Assim o jornalista britânico Jan Fairley apresentou a música da cantora, compositora e instrumentista cubana Yusa, uma das mais prestigiadas artistas da nova cena musical da ilha. Yusa tem na bagagem múltiplas linguagens musicais: dos trovadores tradicionais de seu país ao rock, dos ritmos tradicionais cubanos, como son e filin, ao jazz e a ritmos de outras terras, como o flamenco. A artista faz uma fusão da tradição musical cubana com o som do resto do mundo com muita personalidade.
Yusa toca violão desde os seis anos de idade. É graduada em violão clássico e é a primeira mulher especializada em tocar “tresera”, instrumento típico da música cubana camponesa. Desde 2001, faz turnês pela Europa, Ásia e Américas. Foi indicada para alguns dos principais prêmios do universo da música no mundo e ganhou o Grammy por Lenine in Cité, ao lado do brasileiro Lenine. Tocou no encerramento dos Jogos Panamericanos do Brasil, ao lado de Lenine e Jorge Drexter. Acaba de lançar o selo independente Yusa-records, com seu quinto disco: Libro de cabecera, en tardes de café. Vive entre Havana e Buenos Aires.
ENCONTROS INTERNACIONAIS
Em 2012, o festival acolherá dois encontros internacionais que colocarão Brasília e o Brasil na rota dos eventos que reúnem importantes instituições culturais e artísticas do mundo.
2º ENCONTRO INTERNACIONAL CULTURA DE REDE – Gestão de redes e cooperação cultural na Ibero-América, realizado de 24 a 26 de Julho de 2012, por instituições em colaboração com o CENA: Cultura Senda, Red Sul-americana de Dança, Fora do Eixo, Cultura e Integración (Centro América), Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura e a Secretaria de Economia Criativa do Ministério de Cultura de Brasil. O encontro reunirá em Brasília cerca de 200 participantes, líderes de redes e de coletivos culturais de toda Ibero-América que contribuirão para a discussão da gestão e difusão de projetos artísticos no Brasil, além de dar visibilidade ao festival e às artes produzidas na cidade e no país.
2º ENCONTROS DO CENA – Espaço Internacional de Cooperação Cultural e Artística, nos dias 27 e 28 de Julho, com o objetivo de fomentar o intercâmbio entre os criadores / redes / instituições da América Latina e África. O foco dos ENCONTROS DO CENA serão as experiências e mecanismos de cooperação artística com a África, reunindo cerca de 20 especialistas e profissionais no tema.
CENA CONTEMPORÂNEA 2012
Data: 17 a 29 de julho de 2012
Local: Praça do Museu Nacional da República, Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Teatros do CCBB, Teatro Plínio Marcos do Complexo Cultural da Funarte, Teatro Eva Herz da Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, Teatro Goldoni.
Horários: ver programação completa
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia, válida para estudantes e maiores de 60 anos)
Clientes e funcionários do Banco do Brasil pagam meia-entrada na compra de até 2 ingressos.
Portadores do Cartão Petrobras pagam meia-entrada na compra de até 2 ingressos.
Assinantes do Correio Braziliense pagam meia-entrada na compra de até 2 ingressos
Informações: www.cenacontemporanea.com.br
(61) 3349.3937 – (61) 3349.6028
Assessoria de imprensa
Para uso exclusivo dos jornalistasObjeto Sim Projetos Culturais
Telefones(61) 3443-8891 e (61) 3242-9805 (fone/fax)
Carmem Moretzsohn: (61) 8142-0111
Gioconda Caputo: (61) 8142-0112
Maria Alice Monteiro: (61) 9831-5090
Roberta Timponi: (61) 9211-1414
Ana de Luna: (61) 8273-5999
objetosim@gmail.com
objetosim@terra.com.br
+ info
www.objetosim.com.br