Cena Contemporânea 2011

23 de agosto a 4 de setembro

Espetáculos do México, Dinamarca, Polônia, Argentina, Coréia do Sul e Portugal dividem as atenções.

Performance monta um iglu na praça do Museu Nacional da República.

Espetáculo discute a imigração ilegal mexicana em quadros de grande beleza cênica.

Show de encerramento com os portugueses Maria João e Mário Laginha ao ar livre.

O CENA CONTEMPORÂNEA – Festival Internacional de Teatro de Brasília, maior evento de artes cênicas da região central do Brasil, promete para 2011 espetáculos de grande impacto visual. A aposta é em companhias que trabalham com a inventividade e a inovação em propostas caracterizadas pela ousadia. A 12ª edição do Festival acontece entre 23 de agosto a 4 de setembro e ocupará todos os principais palcos do Distrito Federal, apresentando 31 espetáculos, entre atrações internacionais, nacionais e locais.

Os destaques prometem ser a bela encenação Amarillo, do México, que trata com muita poesia o tema da tentativa de imigração ilegal nos Estados Unidos, trazendo pela primeira vez ao Brasil o trabalho do Teatro Línea de Sombra, uma das companhias de pesquisa mais premiadas do México; os dinamarqueses do Teatret OM que convidam o público para entrar num iglu e ouvir a história de três destemidos aventureiros que cruzaram a Groenlândia em 79Fjord; o minucioso trabalho de ator do grupo Quinto Deva, da Argentina, com Que ruído tan triste es el que hacen dos cuerpos cuando se aman, inspirado no poema de Luis Cernuda; a proposta radical dos poloneses do grupo 52°43’N 19°42′ E PROJECT, que em Carlson City discutem a pena de morte e a violência cotidiana; os coreanos do Modern Table que misturam o ritmo tradicional Poomba com movimentos contemporâneos no assombroso trabalho Darkness Poomba; e o poético e lúdico História em Vplanivuelo, com os mexicanos do Triciclo Rojo misturando dança, cinema de animação e linguagem de histórias em quadrinhos para contar a história da caixa da felicidade. No show de encerramento, um grande palco montado na Praça do Museu Nacional da República acolhe o duo Maria João e Mário Laginha, num espetáculo que promete percorrer os 25 anos de parceria destes que são dos maiores nomes da música de Portugal.

O CENA CONTEMPORÂNEA é um dos seis maiores festivais de teatro do País e integra o Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil. Tem direção de Guilherme Reis e patrocínio Petrobras; co-patrocínio Banco do Brasil, Governo do Distrito Federal, Eletrobras, Caixa, Funarte e Correios.

PROGRAMAÇÃO

TERÇA, 23 DE AGOSTO
21h – Sua Incelença, Ricardo III (RN) – Praça do Museu Nacional da República
22h30 – Show Rita Ribeiro e banda – Praça do Museu Nacional da República

QUARTA, 24 DE AGOSTO
17h e 20h – Pulsações (DF) – Teatro Goldoni
18h – Rá! (Ceará) – Teatro CCBB
19h30 – Vida (Curitiba) – Teatro Funarte Plínio Marcos
20h – Que ruído tan triste es el que hacen dos cuerpos cuando se aman (Argentina) – Teatro Garagem
20h – Ni Ogros ni princesas (Espanha) – Teatro da Caixa
21h – Sua Incelença, Ricardo III (RN) – Praça do Museu Nacional da República
21h – Amarillo (México) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional

QUINTA, 25 DE AGOSTO
17h e 20h – Pulsações (DF) – Teatro Goldoni
18h – Rá! (Ceará) – Teatro CCBB
19h – Las Tribulaciones de Virginia (Espanha) – Teatro II CCBB
19h30 – Vida (Curitiba) – Teatro Funarte Plínio Marcos
20h – Que ruído tan triste es el que hacen dos cuerpos cuando se aman (Argentina) – Teatro Garagem
20h – Ni Ogros ni princesas (Espanha) – Teatro da Caixa
20h30 – 79 Fjord (Dinamarca) – Pavilhão de Vidro do CCBB
21h – Amarillo (México) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional

SEXTA, 26 DE AGOSTO
19h – Las Tribulaciones de Virginia (Espanha) – Teatro II CCBB
20h – Ni Ogros ni princesas (Espanha) – Teatro da Caixa
20h – Que ruído tan triste es el que hacen dos cuerpos cuando se aman (Argentina) – Teatro Garagem
20h30 – 79 Fjord (Dinamarca) – Pavilhão de Vidro do CCBB
21h – Amarillo (México) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional

SÁBADO, 27 DE AGOSTO
17h – Bacantes e Brincantes (DF) – Praça do Museu Nacional da República
18h e 20h30 – 79 Fjord (Dinamarca) – Pavilhão de Vidro do CCBB
19h – Las Tribulaciones de Virginia (Espanha) – Teatro II CCBB
19h – Diário de um Louco (DF) – Teatro Goldoni
20h – Uma Última Cena para Lorca (DF) – Teatro Garagem
21h – Heróis (DF) – Teatro CCBB
22h30 – Leão (Dinamarca) – Praça do Museu Nacional da República

DOMINGO, 28 DE AGOSTO
18h e 20h30 – 79 Fjord (Dinamarca) – Pavilhão de Vidro do CCBB
19h – Las Tribulaciones de Virginia (Espanha) – Teatro II CCBB
19h – Diário de um Louco (DF) – Teatro Goldoni
19h30 – Propaganda (Austrália) – Teatro Funarte Plínio Marcos
20h – Uma Última Cena para Lorca (DF) – Teatro Garagem
20h – Ultrapassa (DF) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
20h – Ivan e os Cachorros (SP/DF) – Teatro da Caixa
21h – Heróis (DF) – Teatro CCBB

SEGUNDA, 29 DE AGOSTO
16h e 21h – Ultrapassa (DF) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
19h – A Despedida (DF) – Espaço Mosaico
19h30 – Propaganda (Austrália) – Teatro Funarte Plínio Marcos
20h – Ivan e os Cachorros (SP/DF) – Teatro da Caixa

TERÇA, 30 DE AGOSTO
19h – Depois do Filme (RJ) – Teatro II do CCBB
19h – A Despedida (DF) – Espaço Mosaico
19h30 – Propaganda (Austrália) – Teatro Funarte Plínio Marcos
20h – Camponesa – Ópera dos Vivos (SP) – Teatro Garagem

QUARTA, 31 DE AGOSTO
19h – Depois do Filme (RJ) – Teatro II do CCBB
19h – A Despedida (DF) – Espaço Mosaico
19h – 9 Mentiras sobre a Verdade (RS) – Teatro Goldoni
20h – Camponesa – Ópera dos Vivos (SP) – Teatro Garagem
20h – Carson City (Polônia) – Teatro da Caixa
21h – H3 (RJ) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
21h – Ninguém falou que seria fácil (RJ) – Teatro CCBB

QUINTA, 1º DE SETEMBRO
19h – A Despedida (DF) – Espaço Mosaico
19h – 9 Mentiras sobre a Verdade (RS) – Teatro Goldoni
19h30 – Danaides (DF) – Teatro Funarte Plínio Marcos
20h – Carson City (Polônia) – Teatro da Caixa
20h30 – O Jardim (SP) – Pavilhão do Vidro CCBB
21h – H3 (RJ) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
21h – Ninguém falou que seria fácil (RJ) – Teatro CCBB
22h30 – Fernanda Cabral – lançamento CD Praianos – Praça do Museu Nacional da República

SEXTA, 2 DE SETEMBRO
19h – Ele Precisa Começar (RJ) – Teatro II CCBB
19h – 9 Mentiras sobre a Verdade (RS) – Teatro Goldoni
19h30 – Danaides (DF) – Teatro Funarte Plínio Marcos
20h – Carson City (Polônia) – Teatro da Caixa
20h – O Amor de Clotilde por um certo Leonardo Dantas (PE) – Teatro Garagem
20h30 – O Jardim (SP) – Pavilhão do Vidro CCBB
SÁBADO, 3 DE SETEMBRO
17h – Caixa Voadora (México) – Teatro da Caixa
18h – Meu chapéu é o Céu (DF) – Praça do Museu Nacional da República
19h – Cordel do Amor Sem Fim (PE) – Teatro Goldoni
20h – O Amor de Clotilde por um certo Leonardo Dantas (PE) – Teatro Garagem
20h30 – O Jardim (SP) – Pavilhão do Vidro CCBB
21h – Tercer Cuerpo (Argentina) – Teatro CCBB
21h – Darkness Poomba e Awake (Coréia) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
22h30 – Well Wishing Binary Dulsori (Coréia) – Praça do Museu Nacional da República

DOMINGO, 4 DE SETEMBRO
17h – Todos os Sons – Domingo CCBB – Choro Livre & Maria João e Mário Laginha (Portugal) – Praça do Museu Nacional da República
17h – Caixa Voadora (México) – Teatro da Caixa
19h – Cordel do Amor Sem Fim (PE) – Teatro Goldoni

20h – O Amor de Clotilde por um certo Leonardo Dantas (PE) – Teatro Garagem

20h – Tercer Cuerpo (Argentina) – Teatro CCBB
20h – Darkness Poomba e Awake (Coréia) – Sala Martins Penna do Teatro Nacional

MOSTRA INTERNACIONAL

Dias 24, 25 e 26/8 – Sala Martins Penna do Teatro Nacional – 21h
AMARILLO (México)
Um homem partiu e não se sabe nada dele. Amarillo, Texas, é o destino ao qual nunca chegou. Uma mulher na distância reconstrói seu corpo, sua identidade, seu provável itinerário e um discurso imaginado do ausente… Esse homem e essa mulher têm múltiplos rostos, centenas de milhares de identidades que configuram a imagem de um povo em êxodo contínuo que se esvazia lentamente. Sob esta premissa, que pode soar cômica, mas não se desenvolve em tom de comédia, o espetáculo AMARILLO é a versão muito particular – sobre um tema tão abordado – do grupo Teatro Línea de Sombra, sob a direção de Jorge A. Vargas. A história parte de um imigrante (Raúl Mendoza) que se dirige a Amarillo, Texas. Um destino improvável como uma miragem. Construído a partir de textos de Gabriel Contreras, o argumento recria a experiência de cruzar o deserto e aproximar-se da fronteira. Os delírios de fome, a desidratação, a falta de sono e a evocação da família se desdobram por meio de ações cênicas pautadas por imagens de vídeo. A voz e os cantos de Jesús Cuevas geram uma atmosfera de incerteza e completam o quadro poético da representação. Em conjunto, este projeto é um notável trabalho multidisciplinar.
O Teatro Línea de Sombra foi criado em 1993, com foco na pesquisa das diferentes linguagens cênicas contemporâneas. Hoje, é uma das companhias mexicanas mais reconhecidas por suas criações no teatro visual, multidisciplinar e pela encenação de dramaturgos contemporâneos. Premiado duas vezes como Mejor Teatro de Búsqueda en México, (2000 y 2005). Realizou co-produções internacionais com companhias como Mime Omnibus (Canadá), Théâtre du Mouvement (França), Akhe Theatre (Rússia) e produziu espetáculos como “Das Winterreise”/2007, dirigido por Yoshi Oida (Japão), “Quién se ríe de mis angustias”/2008, dirigida por Zbigniew Szumski (Polônia) e “Mujeres soñaron caballos”/2009, dirigida por Daniel Veronese (Argentina). A companhia já participou de festivais de teatro em Montreal, San Petersburgo, Moscou, Niza, Rosario, Londres, Paris, Edimburgo e faz constantes turnês pelo México.
Direção: Jorge A. Vargas
Elenco: Raúl Mendoza, Alicia Laguna, Vianey Salinas, Mariá Luna, Antígona Martínez
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 24, 25 26/8 – Teatro da Caixa – 20h
NI OGROS NI PRINCESAS – Privisional Danza (Espanha)
Para Carmen Werner, diretora, coreógrafa e bailarina da companhia Provisional Danza, Ni ogros ni princesas é um jogo de valores, onde o traçado coreográfico propõe um papel de oposição: um grupo que enfrenta um homem, a humanidade diante do ser humano, etc. A encenação é baseada na solidão do ser, suas dúvidas, a necessidade de ser escutado, a falta de comunicação e, ao mesmo tempo, a cumplicidade de alguns para se opor a alguém.
A Provisional Danza foi criada em 1987 por Carmen Werner e desde então tem realizado trabalhos em casas de espetáculos, trabalhos de rua, vídeo-dança, curta-metragem, colaborações com outras companhias, obras por encomenda especial de festivais e teatros, além de dar aulas e oferecer oficinas coreográficas.
Coreografia e direção artística: Carmen Werner
Elenco: Tatiana Chorot, Alejandro Morata, Javier Sangrós, Ricardo Santana, Sara Sanz Román, José L. Sendarrubias, Carmen Werner
Duração: 53 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 25, 26, 27 e 28/8 – Teatro II CCBB – 19h
LAS TRIBULACIONES DE VIRGINIA – Hermanos Oligor (Espanha)
Um história de amor, pequena e frágil, que mistura realidade e ficção. Um espetáculo com bonecos, autômatos animados por roldanas e pedais, brinquedos mecânicos e máquinas inspiradas em experimentos de causa-efeito. Está entre a barraca de feira e o circo. O público se senta em volta de um espaço circular, onde há uma pequena pista e ao fundo, uma grande máquina que se transforma ao longo do espetáculo. Valentín, ao ritmo de música de feira, caixas de música e tango, vai acionando os diferentes mecanismos ao mesmo tempo em que conta sua história de amor e desamor.
Os irmãos Oligor são dois jovens que durante três anos se fecharam num sótão para criar um mundo de marionetes e artefatos mecânicos, a partir de material reciclado. Apesar de nunca terem tido experiência anterior com a linguagem teatral, o mergulho resultou num espetáculo que, desde 2002, tem circulado pela Europa.
Ideia e realização: Hermanos. Oligor
Co-produção de Hermanos Oligor e Festival Internacional de Teatre Visual i de Titelles de Barcelona
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 13 ANOS

Dias 24, 25 e 26/8 – Teatro Garagem do SESC – 20h
QUE RUIDO TAN TRISTE ES EL QUE HACEN DOS CUERPOS CUADO SE AMAN (Argentina)
Este espetáculo reúne cinco obras breves, de poéticas bem diferenciadas e de diversos mundos ficcionais.
Como característica formal, cada obra está constituída por dois personagens e seu conteúdo poderia ser sintetizado pela frase: “a distância mais curta entre dois pontos é uma reta, mas existem pessoas que preferem o infinito”. Esse infinito que se transforma em dificuldade de encontrar-se de um modo mais direto, esse infinito que produz um conflito na comunicação. Cada época, cada cultura, cada costume e tradição têm seu estilo, suas ternuras e durezas peculiares, suas crueldades e belezas; consideram certos sofrimentos como naturais, aceitam certos males com paciência (Herman Hesse). A encenação é como uma caixa de ficções num espaço teatral, desvestido, despojado, onde os atores se enfrentam para poder construir a ficção, apoiados por uma poética de textos de construção corporal.
Estão reunidos os textos “La vida Rosaura”, de Susana Gutierrez Posse, “Fuerte leve, leve fuerte”, de Ariel Barchilón, “Mirar y no tocar”, de Santiago Serrano, e “El mal dormir”, de Sanchís Sinisterra.
Direção: Oscar Rojo
Elenco: Alicia Alvarado, Andrea Asis, Carla Andrea Asis, Paulo Barbariga, Patricio Bertone, Mariel Bof, Nieves Canavesio, Federico Franco, Julio Ibarra, Oscar Rojo, Yamile Sánchez, Diego Trejo
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 25 e 26/8, às 20h30, e dias 27 e 28/8, às 18h e 20h30 – Pavilhão de Vidro do CCBB
79FJORD – EXPEDIÇÃO AO DESCONHECIDO (Dinamarca)
Performance teatral com fascinantes efeitos visuais e sonoros, dirigido tanto a crianças com mais de oito anos de idade quanto a adultos. O público se reúne num imenso iglu para conhecer a história de três jovens que se aventuraram até o litoral da Groenlândia entre 1906-1908, para completar a última parte do mapa do mundo, percorrendo esta terra gigante de gelo. A narrativa e cheia de imaginação e fantasia, histórias de heróis, aventuras, tragédias e misteriosos seres do mundo invisível.
O Teatret OM é um grupo de teatro internacional criado em 1989 por Sandra Pasini e Antonella Diana na Itália e atualmente sediado na Dinamarca. Suas atividades estão relacionadas à produção de espetáculos voltados para os públicos infantil e adulto, apresentados tanto dentro de salas de espetáculo e quanto na rua. A companhia também promove workshops para atores, diretores, cenógrafos, músicos, etc. O grupo já se apresentou em países como Dinamarca, Suécia, Noruega, Iugoslávia, Grécia, Grã-Bretanha, Alemanha, Nova Zelândia, Argentina, Brasil e Itália.
Direção: Leo Sykes
Elenco: Hisako Miura, Sandra Pasini e Annemarie Waagepetersen
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 28, 29 e 30/8 – Teatro Funarte Plínio Marcos – 19h30
PROPAGANDA – Acrobat (Austrália)
A empresa australiana Acrobat decidiu arregaçar as mangas em família e convida o espectador a participar de uma demonstração de métodos simples para superar o torpor geral e começar a necessária revolução pacífica e ecológica, a única que pode salvar a espécie humana. As acrobacias, o funambulismo, o trapézio e o ciclismo são as ferramentas para propagar os preceitos de vida que o glorioso e atlético casal forjou ao longo dos anos e inculcou em seus filhos. Com entusiasmo e convicção inabalável – apesar dos hilariantes imprevistos que encontram pela frente em sua campanha de propaganda – eles tentarão convencer o espectador que ser bom, comer vegetais, andar de bicicleta e fazer jardinagem nu, pode fazer toda a diferença na preparação de um futuro brilhante para o planeta.
A companhia foi criada em 1996, por Simon Yates e Jo-Ann Lancaster. Simon Chacun ingressou na escola de circo Flying Fruit Fly Circus com 11 anos de idade e nunca mais deixou a lona. Jo-Ann Lancaster estudou chinês na Universidade de Melbourne e praticou ginástica, até ter o primeiro contato com as artes circenses, com 20 anos de idade. Logo, tornou-se trapezista. Depois de atuarem juntos, os dois se casaram e criaram a companhia Acrobat. Hoje, atuam junto com os dois filhos.
Direção técnica: Ryan Taplin e Scott Grayland
Direção musical: Tim Barrass
Elenco: Simon Yates, Jo-Ann Lancaster, Grover Lancaster-cole e Fidel Lancaster-Cole
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS

Dias 31/8, 1º e 2/9 – Teatro da Caixa – 20h
CARSON CITY (Polônia)
Pequena, calma, alarmantemente monótona e insípida, a cidade do estado de Nevada, nos Estados Unidos, tem cercas brancas, gramados ordenados. Nos anos 1920, um homem foi executado ali pela primeira vez numa câmara de gás. A partir daquele momento, todos os habitantes de Carlson City estão, de uma forma subcutânea, infectados pela morte, internamente oprimidos por ela. O desastre está permanentemente no ar. Por baixo de uma aparente tranqüilidade, parece que uma bomba está sempre prestes a explodir. Um outsider aparece na cidade, sem memória de nada, sem saber quem é. Ele é como um catalizador que precipita a ação.
A encenação é resultado de seis meses de workshop voltado para atuação e coreografia, bem como para o complexo trabalho de criar e desenvolver um roteiro. A base do trabalho está em registros da polícia e em antigos monólogos que descrevem assassinatos. Foram também usados relatos reais presentes em documentários, livros, filmes, etc. O coletivo 52°43’N 19°42’E PROJECT nasceu para este trabalho e não pretende se firmar como grupo. A estréia de CARLSON CITY foi em setembro de 2010.
Direção: Wojkek Faruja
Elenco: Przemysław Kazusek, Kamila Worobiej, Sebastian Królikowski, Charlotta Zielinska/Katarzyna Gawkowska, Emanuela Osowska, Damian Kwiatkowski,Adrianna Kornecka, Mariusz Kaminski
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS

Dias 3, às 21h, e 4/9, às 20h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
DARKNESS POOMBA (Coréia do Sul)
Trabalho com reinterpretações de melodias tradicionais coreana feitas com grande força e ligadas a movimentos e sonoridades contemporâneas. Embora o tom seja geralmente melancólico, as performances são cativantes, passionais e até agressivas. Um espetáculo 70% feito de dança e 30% de música interpretada ao vivo, com guitarra, base e drum set. Os dançarinos entram e saem do palco com movimentos rápidos. Um homem canta o tradicional Poomba sul-coreano, espalhando sons de desespero e desejo. Alucinação e realidade se misturam num trabalho assombroso, feito de camadas, que propõe uma viagem inesperada pela dança contemporânea, pela música tradicional, transformando o teatro ora em estádio de rock ora em festival de música.
O coreógrafo e compositor Kim Jae Duk, diretor do trabalho, encontrou links entre a dança contemporânea e a antiga tradicional do canto popular sul-coreano. Em Poomba, o ritmo tem papel preponderante. Não importa muito o que dizem as letras. Uma performance contemporânea, que traduz, como poucos, a grande relação que existe entre música e movimento.
Direção: Kim Jae Duk
Duração: 53 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias e 3/9 – Teatro da Caixa – 17h
CAIXA VOADORA (México)
Obra poética e lúdica para crianças, joga com o gesto cotidiano como ponto de partida para a exploração cênica, propõe o uso de animação por computador e sua relação cinética os personagens, em busca de uma linguagem de dança própria para o público infantil. A história começa em 13 de agosto, em Land Dessire, lar de pilotos aéreos e naves de guerra, quando o jornal Vplanivuelo publica a notícia de uma misteriosa caixa que chegou à região com o segredo da felicidade. “Marinnetti”, mecânico de aviões, sabe que a misteriosa caixa está no hangar onde trabalha e não sossegará até encontrá-la e descobrir o assombroso segredo que ela guarda.
Triciclo Rojo é uma companhia mutidisciplinar, criada em 2002 com o nome de Tropa AS e cujo trabalho se baseia na investigação do movimento, através das lógicas do palhaço. Entre as obras que o grupo já apresentou estão “Una de dos”, “Santitos Kieto”, “En las calles de un tren” e “Vola en silente mundo”, circulando por países como Dinamarca, Chile, Índia e Portugal.
Direção e coreografia: Emiliano Cárdenas
Elenco: Natália Cárdenas e Emiliano Cárdenas
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

Dias 3/9, às 21h, e 4/9, às 20h – Teatro do CCBB
TERCER CUERPO – Cia Timbre 4 (Argentina)
Cinco vidas, cinco desejos de amar, cinco pessoas incapazes. Enquanto isso eles vivem, trabalham, tentam. Medo de não ser, medo saber quem somos. Medo e incapacidade. A história de querer e não saber o que fazer. A história de uma tentativa absurda e de subir as escadas. E querer viver cada dia, apesar de tudo.
Um escritório desmantelado, a casa de um casal, um bar e um consultório médico. Diferentes lugares que se alternam em um mesmo espaço unindo a vida de cinco personagens. A solidão, a incompreensão e a necessidade de amar os unem.
A companhia Timbre 4 nasceu em 1999, criada por um grupo com origens e formações diversas. Em 2001, este grupo criou um espaço para desenvolver investigações, treinamentos e exposições. Assim surgiu Timbre 4. O nome da companhia faz referência ao espaço teatral dirigido por Claudio Tolcachir. Timbre 4, dizem seus fundadores, é uma casa. E a casa é uma escola. E a escola é um teatro.
Dramaturgia e direção: Claudio Tolcachir
Elenco: Melisa Hermida, Daniela Pal, José María Marcos, Hernán Grinstein, Magdalena Grondona
Co-produção: Timbre 4 e Festival Santiago a Mil
Duração: 65 min
Classificação indicativa: 14 anos

MOSTRA PETROBRAS

Dias 23 e 24/8 – Praça do Museu Nacional da República – 21h
SUA INCELENÇA RICARDO III – Clowns de Shakespeare (RN)
A encenação marca o encontro do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, de Natal, Rio Grande do Norte, com o prestigiado encenador mineiro Gabriel Vilela. O espetáculo parte do texto original de William Shakespeare e ganha a rua, através do universo lúdico do picadeiro do circo, dos palhaços mambembes, das carroças ciganas, criando um diálogo entre o sertão e a Inglaterra elisabetana. Para colocar em cena a história de um dos maiores vilões de Shakespeare, a companhia mistura a linguagem do teatro popular e da música tradicional nordestina, com atenção especial às “incelenças”, gênero musical atrelado aos festejos fúnebres na região nordestina, e reforço do rock clássico inglês, em citações a bandas como Queen e Supertramp.
O Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare foi criado há 17 anos, em Natal, RN, visando um trabalho de pesquisa teatral com foco na construção da presença cênica do ator, musicalidade da cena e linguagem do teatro popular. De lá para cá já são 12 espetáculos e vários prêmios na bagagem.
Direção: Gabriel Vilela
Elenco: Camille Carvalho, Dudu Galvão, César Ferrario, Joel Monteiro, Marco França, Paula Queiroz, Renata Kaiser e Titina Medeiros
Duração: 75 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

Dias 24 e 25/8 – Teatro Funarte Plínio Marcos – 19h30
VIDA – Cia Brasileira de Teatro (PR)
Dois casais, exilados numa cidade imaginária, ensaiam para uma apresentação comemorativa do jubileu da cidade. Fechados numa sala vazia, os dois homens e duas mulheres são obrigados a conviver entre si e revelam comportamentos, relações, conflitos e histórias de suas vidas prosaicas, repletas de humor, sensibilidade e um sentido de transformação. Com um argumento simples, a nova criação da Companhia Brasileira de Teatro, traz para a cena o resultado de um longo período de pesquisas sobre a obra do poeta curitibano Paulo Leminski. A peça não é a adaptação de uma obra literária, mas um texto original escrito a partir da experiência de leitura e de convivência criativa com os textos do autor e suas referências. A pesquisa e montagem do espetáculo Vida foram patrocinadas pela Petrobras. VIDA ganhou o Prêmio BRAVO! de Melhor Espetáculo, vários Prêmio Troféu Gralha Azul e recebeu três indicações ao Prêmio Shell de Teatro de 2011.
A Companhia Brasileira de Teatro foi criada em 1999/2000 por Marcio Abreu, ator, dramaturgo e diretor, na cidade de Curitiba e iniciou suas atividades reunindo um núcleo de profissionais dispostos a trabalhar na criação de espetáculos, processos, e a pensar o teatro a cada projeto realizado. Um espaço para a pesquisa, a criação e a produção.
Direção: Márcio Abreu
Elenco: Giovana Soar, Nadja Naira, Ranieri Gonzalez e Rodrigo Ferrarini
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

Dias 30 e 31/8 – Teatro Garagem do SESC – 20h
CAMPONESA – ÓPERA DOS VIVOS – Cia do Latão (SP)
Espetáculo em quatro atos que refletem sobre a cultura brasileira nos anos 1960. Um amplo painel de personagens ligadas ao meio cultural em épocas distintas. Os atos são divididos de acordo com temas e utilizam a linguagem teatral em diálogo com imagens de cinema e da televisão. Cada ato prioriza uma linguagem: teatro, cinema, música e televisão. São quadros que propõem questões como a politização do teatro no período pré-1964; a alegoria barroca no cinema pós-golpe militar (combinando imagens cinematográficas com intervenções ao vivo com os atores, durante edição e dublagem de um filme que trata do fracasso do modelo populista); a música popular no contexto da indústria cultural (com fragmentos de shows musicais misturados a cenas ao vivo, aludindo aos grandes festivais de MPB na televisão); a mercantilização da produção de televisão nos dias atuais.
A Companhia do Latão nasceu em 1996, após a encenação de Ensaio para Danton, livre adaptação de A Morte de Danton, de Georg Büchner, com direção de Sérgio de Carvalho. Seguiram-se Ensaio sobre o Latão, Santa Joana, O nome do sujeito, A Comédia do Trabalho, Auto dos Bons Tratos, O Mercado do Gozo e o premiado O Círculo de Giz Caucasiano. Ópera dos Vivos já foi apontada pela crítica como a mais ambiciosas das realizações do Latão.
Direção e dramaturgia: Sérgio de Carvalho
Elenco: Helena Albergaria, Ney Piacentini, Martin Elkmeier, Rodrigo Bolzan, Carlos Escher, Maurício Braz, Adriana Mendonça, Renan Rovida, Rogério Bandeira, Carlota Joaquina e Ana Petta
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 31/8 e 1º/9 – Sala Martins Penna do Teatro Nacional – 21h
H3 – Bruno Beltrão (RJ)
Espetáculo premiado na França, Estados Unidos e Brasil, H3 traz para o palco um pouco do ambiente da rua. O diretor e criador Bruno Beltrão recria locais rústicos, com projeção de janela imaginárias e ruídos da rua, como palco para o movimento dos intérpretes que dançam um hip-hop renovado, distante dos clichês, que pode ser dançado em duo, trio, grandes grupos e que integra a dança de rua a movimento de outras linhas da dança contemporânea.
Fundado em 1996, no Rio de Janeiro, o Grupo de Rua de Niterói tornou-se conhecido inicialmente no domínio do hip-hop e da dança de rua. Rapidamente, entretanto, Bruno Beltrão desafiou outros territórios e deslanchou, em 2002, uma carreira internacional, não comum para uma companhia de dança sul-americana e brasileira. Com apenas seis espetáculos desde a estréia desta pesquisa em 2001, o GRN se apresentou em 29 países ao redor do mundo.
Direção e coreografia: Bruno Beltrão
Intérpretes: Bruno Duarte, Josh Antônio, Eduardo Hermanson ‘Willow’, KrisTano Gonçalves ‘Xuxu’, Kleodon Gonçalves ‘Kekeu’, Kleberson Gonçalves, Thiago Almeida ‘Sonic’, Lucas Gadelha ‘Maluquinho’
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

Dias 28, às 20h, 29/8, às 16h e 21h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional
ULTRAPASSA – Nós do Bambu (DF)
O espetáculo transpõe a dinâmica dos esportes de aventura para a técnica de dança acrobática em esculturas artesanais de bambu. Os intérpretes traduzem as situações vividas por atletas em modalidades como corrida, canoagem, natação e ciclismo. A performance é executada numa grande cenografia de bambus.
Ultrapassa é uma realização do Instituto de Pesquisa, Ação e Mobilização – IPAM. A Cia Nós no Bambu é patrocinada pela Petrobras. A companhia é fruto de oito anos de pesquisa, originada no método Integral Bambu.
Direção: Willian Lopes e Cia. Nós No Bambu
Intérpretes Criadores: Ana Flávia Almeida, Ana Cláudia Nolasco, Beatrice Martins, Caetano Maia, Camila Costa, Nara Faria, Pedro Martins, Pedro Mesquita, Poema Mühlenberg, Roberta Martins e Vitor Oliveira
Duração: 50 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

MOSTRA NACIONAL

Dias 24 e 25/8 – Teatro do CCBB – 18h
RÁ – Ricardo Guilherme (CE)
Escrito em forma de poesia de cordel biografa Waldemar Garcia (Crato-1902/ Fortaleza-1985), encenador, pintor, cenógrafo, pianista e aderecista, que durante as décadas de 1940, 1950, 1960 e 1970 influenciou as artes cênicas do Ceará, não apenas com o seu trabalho mas também com o seu pensamento crítico. Em cena, através das passagens históricas narradas, vai se revelando o impasse de um artista que por se sentir, contraditoriamente, além e a quem do seu tempo, reage como um iconoclasta ferido e ferino, genioso e genial. A expressão Rá!, que intitula a montagem, faz alusão à risada sarcástica do biografado, mestre de diretores hoje nacionalmente reconhecidos como B. de Paiva e Aderbal Freire-Filho.
Ator, diretor e dramaturgo nascido em Fortaleza (Ceará). Ricardo Guilherme realizou mais de cem espetáculos em 40 anos de atividade no Brasil e no exterior, com destaque para a ópera “Bis” (peça baseada na obra de Nelson Rodrigues) e “A Divina Comédia de Dante e Moacir” (ambas dirigidas por ele e encenadas no Sesc Ipiranga, em São Paulo), além de “Valsa Nº 6” (1990); “Sargento Getúlio” (1991); “Flor de Obsessão” (1993); e a “A Cantora Careca” (1994).
Texto, atuação e direção: Ricardo Guilherme
Duração: 70 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 28 e 29/8 – Teatro da Caixa – 20h
IVAN E OS CACHORROS – Fernando Villar (SP/DF)
Sob direção de Fernando Villar, o ator Eduardo Mosrri interpreta uma história real: a de Ivan Mishukov, um menino que dos quatro aos seis anos viveu pelas ruas de Moscou nos anos 90, após fugir de casa para escapar do padrasto violento e da mãe alcoólatra. Sua única companhia era uma matilha de cães, com a qual batalhou a sobrevivências nas ruas até ser recolhido ao orfanato aos sete anos. Ivan e os Cachorros estreou como radio-teatro na BBC 4 em novembro de 2009, vencendo o Tinniswood Radio Drama Award. No ano passado, foi encenado no Drum Theatre Plymouth e no Soho Theatre, tendo sido indicado para o Lawrence Olivier Award 2011 da Sociedade Londrina de Teatro. Uma versão norte-americana está prestes a estrear em Nova York.
Fernando Villar é autor e diretor teatral, responsável por alguns dos maiores sucessos do teatro de Brasília – como Vidas Errada e João e Maria, uma história de verdades e mentiras. Professor do Departamento de Artes Cênicas da UnB – Universidade de Brasília, é Doutor em teatro pela University of London. A escritora Hattie Naylor já recebeu vários prêmios internacionais por sua obra e atualmente leciona em três universidades.
Texto: Hattie Naylor
Tradução e Direção: Fernando Villar
Elenco: Eduardo Mossri
Duração: 70 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

Dias 30 e 31/8 – Teatro II CCBB – 19h
Depois do Filme – Aderbal Freire Filho (RJ)
A encenação resgata o personagem Ulisses, interpretado por Aderbal no filme Juventude (2008), do amigo Domingos Oliveira, em que três companheiros de longa data reúnem-se para compartilhar recordações. Na peça, escrita logo após as filmagens, Ulisses deixa a ficção para confrontar-se com a dura realidade de seu processo de decadência física, que ameaça sua atitude jovial e a realização de seus antigos sonhos. Apesar do jogo estabelecido entre cinema e teatro, ter assistido ao filme não é pré-requisito para acompanhar o espetáculo. A despeito da natural dificuldade em lidar com o assunto e ao contrário do que possa parecer, Ulisses tem uma visão otimista da velhice, presente nos diálogos travados com uma boliviana que vende pulseiras em Ipanema, um policial incorruptível e uma jovem esposa desesperada, entre outros.
Um dos grandes diretores teatrais brasileiros, em Depois do Filme Aderbal Freire Filho assume a posição de ator, que ele não exercia há mais de dez anos. Também encara o desafio da autoria do texto. Nascido em Fortaleza, no Ceará, Aderbal mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1970. Já em 1973, conheceu seu primeiro grande sucesso, com a direção de Apareceu a Margarida, de Roberto Atahyde, com Marília Pêra, que conquistou vários prêmios e o levou a ser conhecido pela crítica e pelo público. Seguiram-se vários outros, como Mão na Luva, Besame mucho, A mulher carioca aos 22 anos, O carteiro e o poeta e diversos outros.
Direção, texto e interpretação: Aderbal Freire Filho
Diretor assistente: Fernando Philbert
Duração: 70 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

Dias 31/8 e 1º/9, Teatro do CCBB – 21h
NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL – Cia de Foguetes Maravilha (RJ)
Um olhar profundo e bem humorado sobre o amadurecimento, o espetáculo mistura o cotidiano e o inusitado em uma estrutura fragmentada que inclui filmes franceses dos anos 70, dramas familiares, exercícios metalinguísticos e fábulas para crianças. Em cena, uma discussão de casal inicia um vertiginoso jogo de troca de papéis. Um homem se torna pai, mas não quer deixar o colo da mãe, uma filha argumenta racionalmente sobre as razões para não largar a chupeta, irmãos disputam comida, espaço e carinho. Recriando os embates violentos e delicados que nos acompanham desde o pátio do jardim de infância, o espetáculo traz as relações familiares para o centro da arena. O quanto ainda temos da criança que fomos um dia? O que nos motiva a sair de casa e virar adultos? Como aprendemos a dividir e conviver com os outros? Por que você tem que sair para trabalhar?
O espetáculo tem direção de Alex Cassal, gaúcho nascido em Porto Alegre, em 1967, e que estabeleceu com o ator Felipe Rocha uma parceria que pode ser vista também no espetáculo Ele precisa começar, há dois anos em cartaz e circulando por diversas cidades brasileias. Felipe Rocha, co-diretor, autor e ator, nasceu em Paris, em 1972, e faz teatro desde 1986, tendo atuado com a Intrépida Trupe e trabalhado com diretores como Amir Haddad, Aderbal Freire-Filho, Antonio Abujamra, Christiane Jatahy, Domingos Oliveira, João Falcão e Moacir Chaves, entre outros. Com o diretor Enrique Diaz, montou as peças “Gaivota”, “Ensaio.Hamlet”, “Notícias Cariocas”, “Não Olhe Agora” e “Otro”, apresentando-se em festivais na França, Rússia, EUA, Argentina, Canadá, Espanha, Portugal, Bélgica e Japão. É membro do Coletivo Improviso, dirigido por Enrique Diaz.
Texto e co-direção: Felipe Rocha. direção: Alex Cassal.
Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS.

Dias 31/8, 1º e 2/9 – Teatro Goldoni – 19h
9 MENTIRAS SOBRE A VERDADE – (RS)
Um espetáculo sobre a dificuldade de reconhecer a si próprio em meio às tendências do mundo hipermoderno, globalizante e virtualizado. Aborda também as pequenas esquizofrenias cotidianas e as mentiras que criamos para sobreviver na babel dos dias de hoje. Lara é uma mulher que colore sua realidade, misturando memórias, fatos e imaginação, envolvendo famosos personagens da ficção. Ela busca um grupo de apoio a mentirosos compulsivos e revela os emocionantes acontecimentos de sua vida.
A Cia Teatro Líquido investe na construção de uma dramaturgia original, voltada para questões fundamentais para o nosso tempo. Espetáculo vencedor do Prêmio Açorianos de Melhor Atriz 2010, quando recebeu também a indicação de Melhor Dramaturgia.
Concepção geral: Vanise Carneiro, Diones Camargo e Gilson Vargas
Texto: Diones Camargo
Direção: Gilson Vargas
Interpretação: Vanise Carneiro
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

Dias 1º, 2 e 3/9 – Pavilhão de Vidro do CCBB – 20h30
O JARDIM – Cia. Hiato (SP)
Três histórias pertencentes a lugares e espaços diferentes se cruzam, se sobrepõem e se chocam para formar uma paisagem a ser contemplada pelo espectador. Um jardim que une as memórias perdidas, as que não podem ser apagadas e as memórias imaginadas. O novo espetáculo da Cia Hiato trata das memórias perdidas (o estudo da doença de Alzheimer e as perdas de memória relacionadas ao envelhecimento); das memórias perenes (o não-esquecimento); e das memórias inventadas (os cadernos de um esquizofrênico como material poético para a criação). Em cena, histórias de tempos e espaços diferentes se sobrepõem, criam fricções entre si , se completam ou se contradizem. Propõe-se um jogo com a própria memória do público que, ao rever uma cena já vista – mas desta vez cheia de lacunas – é levado a recriar em sua memória os diálogos, reinventar a cena sob seu olhar e lembrança intransferíveis.
A Cia Hiato nasceu em 2008, a partir da criação do espetáculo Cachorro Morto, diversas vezes premiado, que projetou o nome de Leonardo Moreira como um dos novos autores de destaque da cena paulista. Os artistas que se reuniram para a encenação de Cachorro Morto fundam um projeto de investigação artística, que rende, em 2009, o espetáculo Escuro. O Jardim é a terceira montagem da companhia.
Direção e Dramaturgia: Leonardo Moreira
Elenco: Aline Filócomo, Fernanda Stefanski, Luciana Paes, Mariah Amélia Farah, Paula Picarelli, Thiago Amaral
Ator Convidado: Edison Simão
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS

Dia 2/9 – Teatro II CCBB – 19h
ELE PRECISA COMEÇAR – Cia de Foguetes Maravilha (RJ)
Um homem de 35 anos, fechado num quarto de hotel, resolve escrever uma peça de teatro. Ele precisa começar. Como não tem nada planejado, escolhe a si mesmo no seu quarto de hotel como ponto de partida para sua história. A partilha com os espectadores do processo de criação da escrita do texto se mistura às situações que o autor enfrente ao se ver abduzido pelos universos e personagens que cria.
Estréia do ator Felipe Rocha como autor, o monólogo propõe um jogo entre realidade e ficção. Autor, ator e personagem se misturam. O intérprete-criador passeia pelos mais diversos gêneros, sem se fixar numa linha única, explicitando o jogo dramático ao espectador. Felipe convida o público a se integrar à criação dramatúrgica, brincando com o texto, com o público, consigo mesmo. O que importa é a vitalidade do jogo cênico. A peça foi escrita enquanto o ator participava de uma turnê internacional com a Cia. dos Atores. A iluminação é controlada por Felipe Rocha, que cria climas diferentes para cada viagem.
Direção: Alex Cassal e Felipe Rocha
Texto e atuação: Felipe Rocha
Duração: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
Dias 2, 3 e 4/9 – Teatro Garagem do SESC – 20h
O AMOR DE CLOTILDE POR UM CERTO LEANDRO DANTAS (PE)
Livremente inspirado em A Emparedada da Rua Nova, principal obra do escritor pernambucano Carneiro Vilela, o espetáculo é o segundo de uma trilogia circense proposta pela Trupe Ensaia Aqui e Acolá. Em O Amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas está uma adaptação com contornos de melodrama circense da trágica história de amor de mais de quinhentas páginas ganha contornos de melodrama circense. A Emparedada da Rua Nova relata a história de Clotilde, emparedada viva pelo pai, o comerciante Jaime Favais, como castigo por engravidar do galante Leandro Dantas. A história do emparedamento da jovem é uma das lendas que fazem parte do imaginário recifense. Há quem acredite que a obra de Carneiro Vilela é inspirada em um caso nebuloso que de fato teria ocorrido na época. Mas na montagem da trupe, o romance recebe o tom do melodramático do circo-teatro, com direito a novas reviravoltas e desfecho. O espetáculo venceu do Prêmio Miriam Muniz de Incentivo às Artes Cênicas, do Governo Federal.
A Trupe Ensaia Aqui e Acolá foi formada em 2006, por ex-alunos do pesquisador pernambucano Marco Camarotti (1947-2004). A proposta inicial é encenar espetáculos que contemplem as modalidades teatrais consideradas marginalizadas de acordo com a teoria de Camarotti: o teatro para a infância e a juventude, o circo-teatro e o teatro folclórico. O primeiro espetáculo montado, Rififi no Picadeiro, foi contemplado com o Prêmio Fomento às Artes Cênicas 2006 e recebeu todos os principais prêmios do XIV Janeiro de Grandes Espetáculos.
Encenação: Jorge de Paula
Elenco: Andrea Rosa, Andréa Veruska, Iara Campos, Jorge de Paula, Marcelo Oliveira e Tatto Medinni
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

Dias 3 e 4/9 – Teatro Goldoni – 19h
CORDEL DO AMOR SEM FIM (PE)
Espetáculo teatral produzido pelo O Poste Soluções Luminosas e encenado por Samuel Santos. Na cidade de Carinhanha, sertão baiano, às margens do Rio São Francisco, vivem três irmãs – a velha segredosa Madalena, a misteriosa e dissimulada Carminha e a jovem e sonhadora Tereza, por quem José nutre um sentimento arrebatador e possessivo. Nessa história, Carminha ama José, que ama Tereza, que ama Antônio – um viajante por quem a moça se apaixona, exatamente no dia em que José vai pedi-la em casamento. A trama se desenrola em função do tempo de espera de Tereza pela volta de Antônio, o que interfere na vida dos personagens de forma decisiva.
O Poste Soluções Luminosas é um grupo artístico pedagógico e de investigação teatral, que se dedica ao trabalho de pesquisa voltada para a antropologia teatral. É especialmente conhecido pela qualidade dos projetos de iluminação de espetáculos que faz. Mas desta vez suas integrantes estão longe da cabine de luz. Cordel do Amor sem Fim é inspirado em texto da jovem autora baiana Cláudia Barral, que brinca com as noções de tempo e espaço na cena ao contar a história das irmãs Carminha, Madalena e Tereza e mostrar a relação de cada uma com o amor e a vida.
Encenação e cenografia: Samuel Santos
Elenco: Agrinez Melo, Eliz Galvão, Naná Sodré e Thomás Aquino
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

CENA BRASÍLIA

Dias 24 e 25/8 – Teatro Goldoni – 17h e 20h
PULSAÇÕES – Teatro do Instante
Inspirado na obra de Clarice Lispector, coloca em cena personagens das crônicas jornalísticas que a autora assinou ao longo de sua vida. A montagem integra teatro, literatura, música, arte computacional e vídeo-arte, para propor uma viagem sensorial aos espectadores, que vão conhecendo aos poucos o local onde toda a ação de desenrola.
O Teatro do Instante é um núcleo de investigação que reúne artistas pesquisadores de diferentes áreas em torno de processos de construção cênica.
Direção: Rita Castro
Projeções: Carlos Praude
Elenco: Alice Stefânia, Cristiano Gomes, Monica Mello, Rachel Mendes, Raqueline Feitosa, Renderson dos Anjos e Sullian Trincivalli
Duração: 70 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 27 e 28/8 – Teatro Goldoni – 19h
DIÁRIO DE UM LOUCO
O monólogo apresenta adaptação do clássico de Nicolai Gogol e tem longa trajetória: foi concebido há 13 anos e sempre volta à cena. O ator Adeliton Lima dá vida a um funcionário público da Rússia do século XIX numa montagem que explicita a atualidade temática de um dos mais belos contos de Nicolai Gogol.
A encenação simples é um rigoroso exercício de interpretação. Prêmio de Melhor espetáculo pelo júri popular – Festival de Teresina – 2001 e Prêmio Aloísio Batata – Brasília – 1997.
Adaptação: Rubem Rocha Filho
Direção: Cesário Augusto
Interpretação: Adeilton Lima
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

Dias 27 e 28/8 – Teatro Garagem – 20h
UMA ÚLTIMA CENA PARA LORCA
A peça remonta os últimos dias de Federico Garcia Lorca, antes de ser perseguido e fuzilado, aos 38 anos, pelas tropas fascistas de Francisco Franco, durante a Guerra Civil Espanhola. Busca adensar a paixão de Lorca pelo teatro e pela natureza humana. Lorca vive seus últimos momentos de vida, enquanto tenta concluir mais uma obra, em um ensaio imaginário em que atores e personagens se confundem.
Uma das primeiras obras do dramaturgo Antônio Roberto Gerin (Deus e o diabo no bar da esquina, A vizinha de Antônio, entre outros), foi indicado ao Prêmio Shell na categoria Melhor Autor, em 2005.
Texto Antonio Roberto Gerin
Concepção e Direção André Amaro
Elenco: Da Mata, Dina Brandão, Dudu Bartholo, Elia Cavalcante, Lilian França, Flavio Monteiro, Pecê Sanvaz, Vanessa Di Farias e Sheila Aragão
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:

Dias 27 e 28/8 – Teatro CCBB – 21h (sábado) e 20h (domingo)
HERÓIS, O CAMINHO DO VENTO – Grupo Cena
Primeira encenação no Brasil do texto do francês Gerald Sibleyras, conta a história de três ex-combatentes que vivem num asilo para idosos. São três individualidades contrastantes que trazem diferentes seqüelas da guerra. René, Gustavo e Fernando lidam com a autoridade de uma freira em um regime cheio de restrições e sonham com a liberdade. Uma experiência de amizade: amigos são os heróis que ajudam a vencer as batalhas da vida.
Heróis é a quinta produção do Grupo Cena e segue a proposta defendida pela companhia de privilegiar o trabalho do ator.
Autor: Gerald Sibleyras
Direção: Guilherme Reis
Elenco: Chico Sant’Anna, João Antonio e William Ferreira
Duração: 65 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

Dia 27/8 – Praça do Museu – 17h00
BACANTES E BRINCANTES – Hierofante Companhia de Teatro
Escrito pelo premiado autor José Mapurunga, o espetáculo traz à cena a saga de Dioniso no Reino da Ceilândia. O Deus do vinho e dos festejos chega para transformar a sociedade massacrada pela opressão, através da diversão e alegria de viver. O texto é uma adaptação da obra As Bacantes, de Eurípedes mas, ao contrário da tragédia original, opta pela farsa, pelo lúdico e pela leveza, trocando o enfurecido Dioniso pelo deus da diversão, que busca a felicidade, acabando com os desmandos do tirano e opressor Penteu.
A encenação utiliza o rap, hip hop, cadomblé e samba para criar aproximação com os dias atuais.
Direção: Wellington Abreu
Duração: 45 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 29, 30 e 31/8 e 1º/9 – Espaço Mosaico – 19h
A DESPEDIDA
Obra de ficção, embasada em fatos reais, que trata da relação da Princesa Isabel com sua irmã Leopoldina, e, ainda, da pressão que Isabel sofria da imprensa, dos anseios em ser mãe, dos casamentos arranjados e da falta de oportunidade de atuar politicamente. Apresenta ao público atual a figura da Princesa Isabel, um importante ícone de poder feminino do país.
O espetáculo é construído sobre linguagem que mescla texto e movimentação corporal, a partir de estímulos históricos, musicais e de fatos contemporâneos. A trilha sonora é executada ao vivo.
Direção: Iuri Saraiva
Texto: Hanna Reitsch, Iuri Saraiva, Juana Miranda e Luciana Vasques
Instrumentistas: João Campos e Marcelo Dal Col
Elenco: Breno Nina, Hanna Reitsch, Pedro Martins, Poliana Pieratti, Quizzik
Duração: 50 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

Dias 1º e 2/9 – Teatro Funarte Plínio Marcos – 19h30
DANAIDES – baSiraH – Núcleo de Dança Contemporânea
Inspirado no texto As suplicantes, de Ésquilo, o espetáculo leva para a cena a história das 50 filhas do rei Dânao, da Líbia e de Argos, que decidiu fechar um acordo concedendo as mãos de todas elas em casamento aos 50 filhos de seu irmão, Egito. Depois de muitas guerras, a epopeia terminou de forma sangrenta: na noite de núpcias, elas embebedaram e mataram seus maridos.
Em Danaides, não há protagonista. O conceito de coro, presente nas tragédias gregas, ganha a leitura do movimento coletivo executado por 15 bailarinos.
Direção: Giselle Rodrigues
Coordenação geral: Yara de Cunto
Duração: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS

Dia 3/9 – Praça do Museu – 18h
MEU CHAPÉU É O CÉU
Duas lavadeiras desajeitadas se entregam às brincadeiras de lavar, vestir e passar as roupas que compõem o cenário do espetáculo de acrobacias aéreas ao ar livre. Meu Chapéu é o Céu leva para as ruas uma narrativa alegre e feminina, com uma mistura de linguagens que permeiam o universo das acrobacias, do clown e do circo-teatro. A presença de um ser encantado que, em meio às mágicas e as bagunças, interage com as lavadeiras, resolvendo e promovendo os conflitos, traz um universo onírico para o espetáculo.
Direção e Roteiro: Leo Sykes
Acrobatas: Beatrice Martins, Julia Henning e Maíra Moraes
Duração: 40 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

CENA MUSICAL

SHOWS

23/08 – Praça do Museu Nacional da República – 22h30
RITA RIBEIRO E BANDA
Grande show de abertura do festival, com a cantora maranhense que celebra 20 anos de carreira. A apresentação será um mix do celebrado CD Tecnomacumba, o mais recente CD da artista, e outros sucessos. Com seu trabalho, Rita Ribeiro promove a recuperação da cultura de herança africana, provocando a fusão entre batuques dos terreiros de candomblé e dos centros de umbanda espalhados pelo país e os beats eletrônicos; entre a MPB e pontos e rezas de religiões afro-brasileiras.
Nascida no Maranhão, Rita Ribeiro despontou como revelação da música brasileira em 1997, com o primeiro CD, Rita Ribeiro. Dois anos mais tarde, veio o segundo, Pérolas aos Povos. Ainda em 1999, integrou o elenco da noite brasileira do Festival de Jazz de Montreux. Em 2000, Rita foi indicada ao Grammy na categoria álbum de pop latino. No ano seguinte, lançou o terceiro CD, Comigo, mas a popularidade aumentou mesmo foi com Tecnomacumba, que lhe rendeu o Prêmio Rival Petrobras de Música na categoria Melhor Show e Melhor Cantora – Categoria Canção Popular no 21º Prêmio da Música Brasileira.

01/09 – Praça do Museu Nacional da República – 22h30
FERNANDA CABRAL – Lançamento do CD “Praianos” (DF)
Fernanda Cabral volta a Brasília para apresentar seu primeiro disco, Praianos. Nesse trabalho, o mar e o amor são celebrados em diversas dimensões. Nas composições, as raízes da cultura brasileira são enaltecidas e dividem espaço com a música contemporânea. Baques da Paraíba, xote, coco, sambas e baião dialogam com texturas eletrônicas e a suavidade do piano. Todas as canções têm autoria dela, algumas divididas com outros compositores.
Nascida em Brasília, criada em João Pessoa e habitante de Madri, Fernanda Cabral, há algum tempo, transita entre essas cidades e outras mais, consolidando parcerias, fazendo conexões entre a música brasileira e a do mundo. Fernanda aprendeu desde cedo a agregar valores, culturas, ideias, personagens, tendências e correntes distintas, criando um trabalho único. Parceira de Chico César e Zezo Ribeiro, a brasiliense já se apresentou em vários festivais de World Music com músicos como Wagon Cookin, Pedro Guerra, Rainer Trüby e Carlos Núñes.

03/09 – Praça do Museu Nacional da República – 22h30
DULSORI – WELL WISHING BINARY (Coréia do Sul)
O grupo coreano Dulsori nasceu em 1984 e, desde então, apresenta ao mundo a percussão coreana, com espetáculos cheios de cores, luzes, e sensações. As performances são pontuadas pela música tradicional da Coréia e trazem à plateia o senso de comunidade, a proximidade e a troca de saberes e valores. A dança e o canto, junto com o som poderoso da bateria, aquecem a plateia, em apresentações sempre enérgicas e passionais. Em Brasília, o grupo apresenta o espetáculo Binari, produzido e dirigido por Moon Kap Hyun. Nessa apresentação, a companhia contará com a participação especial de Ha Yong Bu, diretor artístico do espetáculo.

Dia 4/9, às 17h Praça do Museu Nacional da República
TODOS OS SONS – DOMINGO CCBB – SHOW DE ENCERRAMENTO
CHORO LIVRE E MARIA JOÃO & MÁRIO LAGINHA (PORTUGAL)
Há 15 anos Maria João e Mário Laginha mantêm um duo, com centenas de concertos em Portugal e em diversos outros paíse e vários discos gravados. Depois da sua última gravação em estúdio, “Tralha”, em 2004, o duo retoma agora o seu percurso singular com um novo disco, “Chocolate”, marcado por um som mais jazzy, com temas originais e versões de standards. O novo disco é, também, a celebração dos 25 anos do primeiro encontro entre a cantora e o pianista e será a base do show que os dois apresentarão em Brasília.
Juntos gravaram, até agora, uma dezena de discos, todos eles aclamados pela crítica. A carreira de Maria João tem sido pautada pela participação nos mais conceituados festivais de jazz da Europa e do mundo. Um percurso iniciado na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e que, em poucos anos, extrapolou fronteiras, fazendo de Maria João uma das poucas cantoras portuguesas aclamadas no estrangeiro. Possuidora de um estilo único, tornou-se num ponto de referência no difícil e competitivo campo da música improvisada. Uma capacidade vocal notável e uma intensidade interpretativa singular, valeram-lhe não só o reconhecimento internacional como a figuração, na galeria das melhores cantoras da atualidade. Unânimes no aplauso, crítica e público nomearam-na “uma voz levada às últimas conseqüências”, declarando-a “uma cantora que não pára de evoluir”. Para além da sua parceria com Mário Laginha, trabalhou com prestigiados nomes da música como Aki Takase, Bob Stenson, Gilberto Gil, Joe Zawinul, Laureen Newton, Lenine, Wolfgang Muthspiel, Trilok Gurtu, Ralph Towner, Manu Katché, Saxofour, entre outros.

CENA CRIOLINA

Uma das características do festival é promover a união das várias tribos. Todas as noites, o palco da Praça do Museu Nacional de Brasília recebe DJs que animam a noite em grandes festas ao ar livre.

23/08, 22h – SALA CRIOLINA
24/08, 22h – SALA CRIOLINA
25/08, 23h – DJ Wash + DJ Tata Ogan (RJ)
26/08, 23h – DJ Eyal Rob (Israel) + Sacassaia
27/08, 23h – Sistema Criolina (live) + DJ Daniel Black
28/08, 22h – SALA CRIOLINA
29/08, 22h – SALA CRIOLINA
30/08, 22h – SALA CRIOLINA
31/08, 22h – SALA CRIOLINA
01/09, 23h – DJ Tudo (SP) + DJ A
02/09, 23h – Chico Correa (PB) + El Roquer
03/09, 23h – DJs Barata, Oops, Pezão