Cena Contemporânea

FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA

BRASÍLIA, DE 02 A 13 DE SETEMBRO

Evento chega à décima edição, realizando uma extensão no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo

Maior festival do Centro-Oeste – e um dos seis maiores do Brasil – o CENA CONTEMPORÂNEA – Festival Internacional de Teatro de Brasília chega a 2009 celebrando. Em sua 10ª edição, que acontece de 2 a 13 de setembro, o evento passará a contar com uma extensão em São Paulo, no Centro Cultural Banco do Brasil. Batizada de Cena Contemporânea – Mostra São Paulo, a extensão paulista começa no dia 27 de agosto, com o espetáculo The Hobo Grunt Cycle (Part 1), dos Estados Unidos, e segue até o dia 20 de setembro, apresentando quatro espetáculos da grade geral do CENA CONTEMPORÂNEA. O Festival é uma realização da Cena Promoções Culturais com curadoria e direção de Guilherme Reis.

Em 2009, o CENA CONTEMPORÂNEA apresentará, em 12 teatros de Brasília, 23 espetáculos de teatro e de dança, sendo nove internacionais, sete nacionais e sete locais. Terá a França como país especialmente convidado, no âmbito das comemorações do Ano da França no Brasil. Contará ainda com quatro grandes shows ao ar livre, apresentando, dentre outros, o grande acordeonista Richard Galliano, um dos mais celebrados músicos do jazz na França, dividindo o palco com um dos maiores instrumentistas brasileiros, Hamilton de Holanda, e, no encerramento, no dia 13 de setembro, Angelique Kidjo, diva da música africana e nome consagrado do cenário pop mundial. O Festival tem o patrocínio da Petrobras, CCBB, Caixa, Funarte e do Fundo de Apoio à Arte do DF. Conta ainda com diversos apoiadores, entre os quais se destacam a Embaixada da França, Culturesfrance, Instituto Cervantes, Embaixada de Israel , SESC DF, Secretaria de Cultura e Museu Nacional da República.

Na programação internacional, o CENA CONTEMPORÂNEA apresenta várias atrações inéditas no Brasil. Estão no programa La Piste Là, da França, apontado como uma jóia, um concentrado de puro circo; The Hobo Grunt Cycle (Part 1), um belo e poético espetáculo norte-americano que investiga as conseqüências da guerra para o ser humano que entra em contato direto com ela; Kiss Bill, do Canadá, que propõe uma visão feminina da violência presente nos filmes de Quentin Tarantino; o francês Appris par())Corps, que aposta num trabalho que une dança e acrobacia; El País de las Maravillas, comédia de humor negro que traz Nídia Telles, uma das mais conceituadas atrizes do Uruguai; La Noche Canta suas Canciones, texto do dramaturgo norueguês Jon Fosse, adaptado e dirigido pelo argentino Daniel Veronese, considerado uma obra-prima do teatro; Ausländer, dança contemporânea que investiga o tema da identidade, numa co-produção Uruguai/Alemanha; Delírios de Grandeza, solo do espanhol David Espinosa que reflete sobre universo virtual e multimídia, e Duets, reunindo seis intérpretes/bailarinos israelenses num trabalho que fala sobre as relações humanas.

Dentre as atrações nacionais, Inveja dos Anjos, o novo e premiado trabalho da companhia Armazém; Rainha[(s)]duas atrizes em busca de um coração, também novo e celebrado espetáculo da criadora Cibele Forjaz; Ato, do grupo pernambucano Magiluth; Aqueles Dois, do premiado grupo Luna Lunera de Belo Horizonte; Mercadorias e Futuro, a incursão teatral do pernambucano Lirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado; Eldorado, com texto especialmente concebido para o intérprete Eduardo Okamoto pelo dramaturgo argentino Santiago Serrano, e 100 Gramas de Dentes, da companhia Azul Celeste, de São José do Rio Preto.

A programação ainda terá sete espetáculos criados por artistas e grupos de Brasília e selecionados dentre 40 inscritos: Cru, de Alexandre Ribondi, A Obscena Senhora D, de Catarina Accioly, Admirável Só Para Selvagens, de Miriam Virna, A Ópera dos Três Vinténs, de Hugo Rodas, O Marajá Sonhador, de Eliana Carneiro, A Casa, de Adriano e Fernando Guimarães,e Alma de Peixe, de José Regino (teatro para bebês).

Os ingressos para os espetáculos custam R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia), em todos os teatros, e R$ 15,00 e R$ 7,50, no Teatro do CCBB. Haverá bilheteria central para a aquisição dos ingressos – com exceção dos bilhetes para espetáculos apresentados no Teatro do CCBB.

A Mostra São Paulo abrirá o festival no dia 27 de agosto, com The Hobo Grunt Cycle (Part 1). Na semana seguinte, de 3 a 6, Tercer Cuerpo, da companhia Timbre 4, da Argentina. De 10 a 13 de setembro, o uruguaio El País de Las Maravillas, e encerrando a programação, de 17 a 20 de setembro, o belo Dinossauros, espetáculo criado em Brasília e que tem recebido excelentes críticas nos festivais por onde passa.

A exemplo da edição de 2008 (que reuniu mais de 20 mil pessoas ao longo de 13 dias), o Ponto de Encontro será na praça do Museu Nacional da República, onde acontecerão os shows e atividades educativas e de formação. Este ano, o festival terá oficinas, palestras, encontros e lançamentos de livros, o Seminário Internacional sobre Políticas Públicas e Cultura, realizado em parceria com o projeto Articulação Latino Americana: Cultura e Política, apresentações diárias e festas com DJs nacionais e internacionais, exibição de vídeo-arte, grandes shows ao ar livre e muito mais. Informações e detalhes: www.cenacontemporanea.com.br

 PROGRAMAÇÃO ESPETÁCULOS

Quarta, 2 de setembro

19h – Teatro Garagem SESC – Rainhas[(s)] – Cibele Forjaz (SP)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – Ato – Grupo Magiluth (PE)

20h – Pavilhão de Vidro do CCBB – Inveja dos Anjos – Armazém Companhia de Teatro (RJ)

Quinta, 3 de setembro

19h – Teatro Garagem SESC – Rainhas[(s)] – Cibele Forjaz (SP)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – Ato – Grupo Magiluth (PE)

20h – Pavilhão de Vidro do CCBB – Inveja dos Anjos – Armazém Companhia de Teatro (RJ)

20h – Teatro da Caixa – Appris par corps – Cie. Un Loup par l’homme (França)

20h – Teatro Paulo Autran – SESC Taguatinga – Cru – Alexandre Ribondi (DF)

20h – Teatro Newton Rossi – SESC Ceilândia – A Obscena Senhora D – Catarina Accioly (DF)

21h – Sala Martins Penna – Kiss Bill – Pigeons International (Canadá)

21h – Teatro do CCBB – The Hobo Grunt Cycle, Part 1 – Lone Wolf Tribe (USA)

Sexta, 4 de setembro

19h – Teatro Garagem SESC – Rainhas[(s)] – Cibele Forjaz (SP)

20h – Teatro Paulo Autran – SESC Taguatinga – A Obscena Senhora D – Catarina Accioly (DF)

20h – Teatro Newton Rossi – SESC Ceilândia – Admirável Só Para Selvagens – Miriam Virna (DF)

20h – Pavilhão de Vidro do CCBB – Inveja dos Anjos – Armazém Companhia de Teatro (RJ)

20h – Teatro da Caixa – Appris par corps – Cie. Un Loup par l’homme (França)

21h – Sala Martins Penna – Kiss Bill – Pigeons International (Canadá)

21h – Teatro do CCBB – The Hobo Grunt Cycle, Part 1 – Lone Wolf Tribe (USA)

Sábado, 5 de setembro

16h – Teatro da Caixa – O Marajá Sonhador – Eliana Carneiro (DF)

16h – Teatro Newton Rossi – SESC Ceilândia – Alma de Peixe – José Regino (DF)

19h – Teatro Garagem – Cru – Alexandre Ribondi (DF)

20h – Teatro Paulo Autran – SESC Taguatinga – Ato – Grupo Magiluth (PE)

20h – Pavilhão de Vidro do CCBB – Inveja dos Anjos – Armazém Companhia de Teatro (RJ)

21h – Teatro do CCBB – The Hobo Grunt Cycle, Part 1 – Lone Wolf Tribe (USA)

Domingo, 6 de setembro

16h – Teatro da Caixa – O Marajá Sonhador – Eliana Carneiro (DF)

16h – Teatro Paulo Autran – SESC Taguatinga – Alma de Peixe – José Regino (DF)

19h – Teatro Garagem – Cru – Alexandre Ribondi (DF)

20h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional – A Ópera dos Três Vinténs – Hugo Rodas (DF)

20h – Teatro Newton Rossi – SESC Ceilândia – Ato

20h – Pavilhão de Vidro do CCBB – Inveja dos Anjos – Armazém Companhia de Teatro (RJ)

20h – Teatro do CCBB – The Hobo Grunt Cycle, Part 1 – Lone Wolf Tribe (USA)

Segunda, 7 de setembro

19h – Teatro Garagem – La Noche Canta Sus Canciones – Daniel Veronese (Argentina)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – La piste La – Cirque Ailtail (França)

20h – Teatro da Caixa – El País de las Maravillas – Nídia Telles (Uruguai)

21h – Sala Martins Penna do Teatro Nacional – A Ópera dos Três Vinténs – Hugo Rodas (DF)

Terça, 8 de setembro

19h – Teatro Garagem – La Noche Canta Sus Canciones – Daniel Veronese (Argentina)

19h – Teatro Goldoni – Admirável Só Para Selvagens – Miriam Virna (DF)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – La piste La – Cirque Ailtail (França)

20h – Teatro da Caixa – El País de Las Maravillas – Nídia Telles (Uruguai)

Quarta, 9 de setembro

19h – Teatro Garagem – Aqueles Dois – Luna Lunera (Belo Horizonte – MG)

19h – Teatro Goldoni – Admirável Só Para Selvagens – Miriam Virna (DF)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – La piste La – Cirque Ailtail (França)

21h – Sala Martins Penna – Mercadorias e Futuro – Lirinha (PE)

Quinta, 10 de setembro

19h – Teatro Garagem – Aqueles Dois – Luna Lunera (Belo Horizonte – MG)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – La piste La – Cirque Ailtail (França)

20h – Teatro Newton Rossi – SESC Ceilândia – Cru – Alexandre Ribondi (DF)

20h – Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga – Ausländer –Martin Inthamoussu (Uruguai)

21h – Sala Martins Penna – Mercadorias e Futuro – Lirinha (PE)

21h – Teatro do CCBB – Eldorado – Eduardo Okamoto (Campinas – SP)

Sexta, 11 de setembro

16h – Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga – O Marajá Sonhador – Eliana Carneiro (DF)

19h – Teatro Garagem – Aqueles Dois – Luna Lunera (Belo Horizonte – MG)

19h – Teatro Goldoni – A Obscena Senhora D – Catarina Accioly (DF)

20h – Teatro da Caixa – Delírios de Grandeza – David Espinoza (Espanha)

20h – Teatro Newton Rossi SESC Ceilândia – A Ópera dos Três Vinténs – Hugo Rodas (DF)

21h – Teatro do CCBB – Eldorado – Eduardo Okamoto (Campinas – SP)

Sábado, 12 de setembro

19h – Teatro Garagem – Cem Gramas de Dentes – Cia. Azul Celeste (São José do Rio Preto-SP)

19h – Teatro Goldoni – A Obscena Senhora D – Catarina Accioly (DF)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – A Casa – Adriano e Fernando Guimarães (DF)

20h – Teatro Paulo Austran SESC Taguatinga – Eldorado – Eduardo Okamoto (Campinas – SP)

20h – Teatro Newton Rossi – SESC Ceilândia – Aqueles Dois – Luna Lunera (Belo Horizonte)

20h – Teatro da Caixa – Delírios de Grandeza – David Espinoza (Espanha)

21h – Teatro do CCBB –Ausländer – Compañía de Artes Escénicas Contemporâneas (Uruguai)

21h – Sala Martins Penna – Duets – Niv Sheinfeld (Israel)

Domingo, 13 de setembro

16h – Teatro Goldoni – Alma de Peixe – José Regino (DF)

18h – Teatro Newton Rossi SESC Ceilândia – Eldorado – Eduardo Okamoto (Campinas – SP)

18h – Teatro Paulo Autran – SESC Taguatinga – Aqueles Dois

19h – Teatro Garagem – Cem Gramas de Dentes – Cia. Azul Celeste (São José do Rio Preto-SP)

19h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos – A Casa – Adriano e Fernando Guimarães (DF)

20h – Teatro da Caixa – Delírios de Grandeza – David Espinoza (Espanha)

20h – Teatro do CCBB –Ausländer

20h – Sala Martins Penna – Duets – Niv Sheinfeld (Israel)

SINOPSES ESPETÁCULOS

INVEJA DOS ANJOS – Armazém Companhia de Teatro (RJ) – 2 a 6 de setembro

Após as recentes e bem-sucedidas montagens de dois autores geniais do século XX, Bertolt Brecht (Mãe Coragem e seus Filhos) e Nelson Rodrigues (Toda Nudez será Castigada), a Armazém Companhia de Teatro retoma o caminho da dramaturgia própria. INVEJA DOS ANJOS é mais um fruto do processo de criação construído em 21 anos de grupo. O espaço cênico determina experimentos dos atores com corpo e voz que ajudam a dar nexo a uma narrativa invariavelmente fragmentada, mas jamais inorgânica nos diálogos criados pelo poeta Maurício Arruda Mendonça e pelo diretor Paulo de Moraes, que repetem a parceria na dramaturgia da vez.

O ponto de partida para a criação do espetáculo foi a imagem dos trilhos de trem. Paulo guarda-a desde a infância no interior paranaense, quando assistia ao vaivém dos vagões e das pessoas na estação da cidade onde nasceu. Os trilhos são o lugar do entroncamento imaginário nas histórias a que ele e Maurício deram asas. Em sua estrutura narrativa, a peça absorve elementos do que na literatura denomina-se realismo fantástico. INVEJA DOS ANJOS deseja estimular o espectador a “editar” enquadramentos, como se lhe coubesse acompanhar o movimento dos vagões, ou melhor, dos quadros ali representadas tal fotogramas do cinematógrafo, o filme da vida que passa ligeiro em situações-limite.

Dramaturgia: Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes
Direção: Paulo de Moraes
Iluminação: Maneco Quinderé
Figurinos: Rita Murtinho
Cenografia: Paulo de Moraes e Carla Berri
Produção: Armazém Companhia de Teatro
Elenco: Marcelo Guerra, Patrícia Selonk, Ricardo Martins, Simone Mazzer, Simone Vianna, Thales Coutinho, Verônica Rocha

DURAÇÃO: 105 MIN

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

ATO – Grupo Magiluth (PE) – 2, 3, 5 e 6 de setembro

O encontro de quatro personagens num universo inóspito no qual as boas condições de vida e a esperança em dias melhores estão escassas. Na busca por “sombra e água”, o jogo de poder e o sadismo entram em cena, por estes homens aprisionados no tempo, amarelados, esquecidos. Lançando mão de uma linguagem gestual e unindo conceito, técnica e poesia, ATO busca um trabalho de interpretação baseado na arte do clown aliado a influencias visuais expressionistas de desenho animado e quadrinhos, construindo assim a ótica do palhaço que brinca com suas próprias mazelas dando-lhes um corpo lúdico e poético.

O grupo Magiluth surgiu em 2004 no curso de Artes Cênicas da UFPE. Hoje, com dois espetáculos profissionais, vem trilhando um trabalho de pesquisa e experimentação constante na cena teatral recifense. A cultura do Magiluth, portanto está alicerçada no grupo, e no treinamento do ator, e a estrutura coletiva está a serviço desse treinamento. ATO recebeu o prêmio de Melhor Espetáculo e Maquiagem no Janeiro de Grandes Espetáculos de 2009, em Recife.

Encenação: Júlia Fontes e Thiago Liberdade

Elenco: Giordano Castro, Marcelo Oliveira, Lucas Torres, Thiago Liberdade

Direção de arte: Júlia Fontes

Desenho de som: Hugo Souza

Desenho de luz: Pedro Vilela

Direção de produção: Pedro Vilela

DURAÇÃO: 45 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: LIVRE

RAINHAS[(S)] – DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO – Cibele Forjaz (SP) – 2 a 4 de setembro

Mary Stuart, de Schiller, é um “drama trágico”. O enredo da peça gira em torno da luta político-religiosa entre as Rainhas Elizabeth I e Mary Stuart, que disputavam a coroa da Inglaterra na segunda metade do século XVI. Schiller é uma espécie de Shakespeare alemão do século XVIII, capaz de tomar um episódio decisivo da história européia, a luta pelo poder numa Inglaterra tão poderosa quanto decrépita, e transformá-lo em assunto humano, pungente para além das épocas e das nações. O espetáculo revisita esse clássico por uma ótica diferente: apenas duas atrizes em cena, levando a carga trágica do drama à sua essência. O espírito de “nacionalização dos clássicos”, presente no projeto, cria um interesse no intercâmbio do particular com o universal, da experimentação com o clássico.

A diretora Cibele Forjaz e as atrizes Georgette Fadel e Isabel Teixeira, partiram do texto clássico para criarem coletivamente uma dramaturgia própria, trazendo para o coração da cena a atualidade de um texto histórico. O embate constante entre as rainhas se multiplica num embate cênico entre as duas atrizes. O duelo se traduz assim em vários níveis: o duelo de duas rainhas que almejam um só trono, o duelo de duas atrizes no jogo cênico e o duelo interior de cada personagem/atriz.

Direção: Cibele Forjaz

Dramaturgia: Isabel Teixeira, Georgette Fadel e Cibele Forjaz

Elenco: Georgette Fadel e Isabel Teixeira

Cenografia e Figurinos: Simone Mina

Pianista: Manuel Pessoa

Direção de Produção: Henrique Mariano

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

APPRIS PAR CORPS – Cie. Un Loup par l’homme (França) – 3 e 4 de setembro

Espetáculo que se situa na fronteira entre a dança, o teatro e a acrobacia. Sobre o palco branco e vazio, dois homens se aquecem, com muita desenvoltura, se golpeiam, se provocam, sorriem um para o outro. Quem são eles? Dois amigos? Dois irmãos? Pouco importa, porque o que contam em seu corpo a corpo é uma história que supera as palavras, uma historia de força e de fragilidade, onde cada movimento leva a uma emoção, a um sorriso, a uma angustia ou a um novo desafio.

Somente com a técnica acrobática, com seus corpos, os interpretes nos levam a esquecer sua virtuosidade para criar imagens de uma força única, nos convidando a visitar os limites das relações humanas. A companhia Un Loup pour l’Homme nasceu em 2005 do encontro de dois acrobatas, Alexandre Fary e Frédéric Arsenault. Em 2006 receberam o prêmio Jeunes Talents Cirque, na França.

Dramaturgia: Arnaud Anckaert, Frédéric Arsenault e Alexandre Fray
Acrobatas: Alexandre Fray e Frédéric Arsenault
Direção: Arnaud Anckaert
Luz e cenografia: Frantz Loustalot
Música original: Hervé Herrero
Produção: Peggy Donck

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

KISS BILL – Pigeons International (Canadá) – 3 e 4 de setembro

Kiss Bill é uma releitura do filme Kill Bill, de Quentin Tarantino. A proposta é lançar uma visão diferente do universo característico de Tarantino, menos violento e dando uma visão mais humanista à história.

Uma jovem vai à procura de Bill para lhe perdoar os atos bárbaros que ele tinha cometido tempos antes. Contrariamente ao filme de Tarantino, onde a vingança subjaz toda a ação, a coreógrafa Paula de Vasconcelos reexamina o lugar ocupado pela violência, respondendo com amor e compaixão, com outro tipo de força. Uma força feminina que conquista e seduz. Uma força que pacifica os homens, convertendo o mundo num espaço mais altruísta e mais humano, onde o perdão ocupa um lugar de destaque.

Ocupando um lugar de destaque no meio artístico de Montreal, a companhia Pigeons International foi fundada em 1987 por Paula de Vasconcelos e pelo marido, Paul-Antoine Taillefer.

Roteiro e coreografia: Paula de Vasconcelos
Atores: Alexandre Goyette e Sylvie Moreau
Bailarinos: Natalie Zoey Gauld, Laurence Ramsay, Eduardo Toledo, David Rancourt, Kleber Candido

Cenografia: Raymond Marius Boucher e Paula de Vasconcelos

Figurinos: Anne-Marie Veevaete e Paula de Vasconcelos

Poema de amor: Évelyne de Oaks

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

* Espetáculo falado em francês com legendas em português

THE HOBO GRUNT CYCLE, PART 1 – Lone Wolf Tribe (USA) – 3, 4, 5 e 6 de setembro

Sexto projeto da Lone Wolf Tribe,

THE HOBO GRUNT CYCLE (Part 1) é um espetáculo que mistura marionetes e intérpretes, com a direção artística de Kevin Augustine, numa épica história de ambição e fragilidade humanas diante da guerra. Focada na narração visual, trata-se de uma obra teatral contra o uso da violência. Um profundo trabalho sócio-político cheio de riscos e baseado no humor negro. O espetáculo é dividido em três partes distintas, um tríptico, como costuma dizer seu diretor. Na primeira, destaca-se o dano psíquico da guerra; a segunda explora a cultura a partir dos vínculos criados entre as crianças e os soldados; e na terceira parte há uma janela para o futuro, um desejo de um futuro de não-violência para o mundo. Para levá-las à cena, o grupo utiliza sombra, vídeo e projeções, além de técnicas de mágica tradicionais.

O protagonista é um emotivo palhaço miserável que, em seu terno esfarrapado se assemelha a um soldado em combate. O vagabundo de espírito insaciável é testado como testemunha da realidade comum de uma guerra que nunca acaba. O título faz alusão à guerra como uma luta entre cães que grunhem e fazem gemer. Um espetáculo profundamente humano e poético. THE HOBO GRUNT CYCLE (Part 1) é uma viagem através de paisagens desoladas e também encantadoras, que serve como provocação teatral para a reflexão sobre os limites do teatro e da condição humana. Mesclando bonecos e intérpretes, o espetáculo utilizando a técnica do Bunraku, um estilo de teatro de bonecos japonês. O espetáculo estreou em junho de 2009 no International Puppettheater Festival, em Dordrecht, na Holanda.

Autor, diretor e criação de bonecos: Kevin Augustine

Interpretes: Kevin Augustine, Nathan Wagner, Connor Augustine e Gloria Sun

Vídeo: Ryan Fedyk e Molly Fedyk
Trilha sonora: Clint Davis
Produção: Carolyn Sesbeau

DURAÇÃO: 55 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS

* ESPETÁCULO FALADO EM INGLÊS, COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS

A OBSCENA SENHORA D – 3, 4, 11 e 12 de setembro

Adaptação para teatro do texto em prosa homônimo escrito por Hilda Hilst em 1986. A montagem coloca uma lente de aumento sobre um texto que traduz as angústias, o deboche e a busca incansável de uma das mais importantes escritoras brasileiras. Senhora D é o mais autobiográfico texto de Hilda. Nele a personagem principal – Hillé (alter ego da escritora, interpretada por Catarina Accioly), busca a compreensão do divino e da inexorável existência corpórea abdicando do convívio social. Assim, refugia-se no vão da escada de sua casa. Numa alusão a sua própria trajetória de isolamento de mais de 30 anos na Casa do Sol (nos arredores de Campinas), Hilda desenha em Hillé a angústia pela miséria da humanidade com um discurso hipnótico e mordaz. Está também presente a fusão do papel do masculino. Por meio do diálogo de Hillé com o “fantasma” de seu marido Ehud (vivido por William Ferreira), com o pai louco que “partiu” e com um Deus adorado, porém distante, Hilda revela a sua sagaz necessidade de compreender a vida. O espetáculo foi eleito um dos melhores do ano de 2007 pelo jornal Correio Brasiliense. Recebeu também o Prêmio SESC do Teatro Candango em duas categorias: melhor espetáculo e melhor iluminação.

Texto: Hilda Hilst

Adaptação, direção e interpretação: Catarina Accioly e William Ferreira

Diretora Assistente: Luana Proença

Supervisão: Míriam Virna

Iluminação e Direção Técnica: Dalton Camargos

Cenário e figurino: Rogério Tavares e William Ferreira

Concepção e Execução Musical: Luana Proença e Lucas Ferrari

DURAÇÃO: 65 minutos

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos

CRU – 3, 5, 6 e 10 de setembro

Num lugar perdido nos confins do Brasil Central, um homem de fé, chegado de Brasília, de nome Zé, entra num açougue cuja dona é um travesti conhecido por Frutinha. É ela quem faz perguntas aparentemente inocentes com a finalidade de descobrir o que o forasteiro quer com Cunha, o pistoleiro que aceita quase todos os negócios. É do encontro destas três pessoas que nasce a trama de Cru. As personagens, antes estranhas umas às outras, descobrem que podem ter um passado em comum. E querem ajustar as contas. Desta forma, o espetáculo diz respeito a todos nós, reféns da violência e do medo urbano.

Texto: Alexandre Ribondi

Encenação: Sérgio Sartório e Alexandre Ribondi

Elenco: Chico Sant´Anna, Sérgio Sartório e André Reis

Figurino: Cyntia Carla

Cenário: Sérgio Sartório e Alexandre Ribondi

Operação de luz e som: Daniela Diniz

DURAÇÃO: 50 MINUTOS.

RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS

ADMIRÁVEL SÓ PARA SELVAGENS – 4, 8 e 9 de setembro

Adaptação da obra Admirável mundo novo (1932) de Aldous Huxley, feita pelos atores Miriam Virna e Alessandro Brandão, com supervisão de Hugo Rodas. Trata-se de um evento cênico sonoro, como preferem nomear, com trilha assinada e executada ao vivo pelo DJ Quizzik. O som dança com as palavras, texturas sonoras e jogos de luzes. O texto foi escrito a quatro mãos pela diretora e pelo escritor e cineasta Yuri Vieira. Nesta adaptação para teatro os dois optaram por extrair da obra original temas como o niilismo e o Soma: uma espécie de droga da felicidade que é consumida diariamente a fim de trazer bem-estar perene aos cidadãos da Nova Ordem Mundial. Nesta montagem, dois personagens da obra de Huxley, Lenina e Bernard, estão confinados num reality show e se vêem obrigados a experimentar uma crise de abstinência da droga.

Texto: Aldous Huxley

Adaptação: Miriam Virna e Yuri Vieira

Direção e interpretação: Miriam Virna e Alessandro Brandão

Supervisão: Hugo Rodas

Iluminação: Dalton Camargos

Cenografia e figurinos: Marcus Barozzi

DURAÇÃO: 60 minutos

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos

O MARAJÁ SONHADOR – 5, 6 e 11 de setembro

O espetáculo é composto de seis histórias que são narradas, dramatizadas e dançadas por Eliana Carneiro e sua filha de 20 anos, Naira, com o acompanhamento de música ao vivo executada e composta pelo violonista Jorge Brasil, do duo Mandrágora, e pelo percussionista André Togni, do grupo Casa de Farinha. A proposta básica é despertar nas crianças a percepção do universo simbólico dos gestos, além de resgatar o rico universo imaginário das lendas brasileiras e de outras culturas. Eliana Carneiro já montou e dirigiu musicais e espetáculos de teatro-dança em Brasília, São Paulo e Portugal, participou de Festivais na Itália, Portugal, Estados Unidos e Espanha, tendo recebido alguns prêmios por seus espetáculos e atuações em São Paulo e Brasília.

Texto e direção: Eliana Carneiro

Intérpretes: Eliana Carneiro, Naira Carneiro e Guian (grupo Os BURITI)

Trilha sonora original e ao vivo: Jorge Brasil e André Togni

Cenografia e figurinos: Eliana Carneiro

Iluminação: Sérgio Sartório

Fotos: Dalton Camargos

DURAÇÃO: 60 minutos

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

ALMA DE PEIXE – 5, 6 e 13 de setembro

Primeiro espetáculo da companhia Celeiro das Antas especialmente concebido para bebês, Alma de Peixe é um trabalho estruturado a partir de pequenos jogos teatrais, situações abertas, definidas por determinados pontos que podem ir se modificando, ganhando novos rumos a partir de cada apresentação, como o que acontece com os jogos de Palhaço. A estrutura do espetáculo foi elaborada a partir do conto homônimo escrito pela atriz Cirila Targhetta e com base na pesquisa feita pela equipe de criação do espetáculo em creches da cidade. O espetáculo é composto de situações onde a palavra é suprimida ou substituída por onomatopéias, usando recursos da comédia física e da manipulação de objetos, construídas a partir de ações típicas de crianças de 06 meses a cinco anos de idade. Alma de Peixe traz à cena as descobertas de uma menina que se depara com o olhar do outro, descobrindo as possibilidades em lidar com caixas de papelão. Quando revira um velho baú ela se depara com uma cópia dela mesma com a qual ela disputa seu espaço e seus objetos, conhecendo os prazeres e desencontros da relação com o outro. Vendo-se sob o olhar de um peixe, ela descobre um outro universo de possibilidades e sonhos.

Texto: Cirila Targhetta

Concepção e Direção: José Regino

Interpretação: Cirila Targhetta e Tatiana Bittar

Trilha Sonora: Fernando Castro

Iluminação, Cenografia e Figurinos: José Regino

DURAÇÃO: 35 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: BEBÊS DE SEIS MESES A CRIANÇAS DE CINCO ANOS

A ÓPERA DOS TRÊS VINTÉNS – 6, 7 e 11 de setembro

Espetáculo musical de Bertold Brecht, dirigido por Hugo Rodas, conta a história do anti-herói Macheath, apelidado de Mac Navalha, e se passa num bairro boêmio de Londres. Cercado de ladrões e prostitutas, Mac, o “Don Juan do Submundo”, amante, cavalheiro e ladrão, se casa com Polly, flha de Jonathan Peachum, um poderoso homem de negócios, agenciador de mendigos. O que parecia ser uma mera cerimônia matrimonial se mostra um ato pensado de interesses mercantis e desvela as verdadeiras relações sociais, políticas e econômicas contidas nessa história de amor ordinária. A música foi composta por Kurt Weill exclusivamente para a obra de Brecht. Quinze canções são executadas e cantadas ao vivo pelos músicos e pelos atores, ocupando lugar fundamental na construção do espetáculo.

Texto: Bertold Brecht

Direção: Hugo Rodas

Elenco: Alana de Azevedo, Bruno Resende, Camila Meskell, Camila Modicoviski, Eduardo Dutra, Gil Roberto, Joabe Coelho, Juliana Meneses, Paola Molinari

Músicos: Diogo Vanelli, Marília Carvalho e Wellington Barros

Elenco de apoio: Beth Rodrigues, Tiago Medeiros e Tiago Vaz

Iluminação: Diego Bresani

Cenografia: Eduardo e Fernanda

Figurino: Rogério Dornelles

DURAÇÃO: 120 MIN

RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 10 ANOS

LA PISTE LA – Cirque Ailtail (França) – 7, 8, 9 e 10 de setembro

Um trabalho de maestria, cheio de frescura e humor. Assim diz a Dada Revista de Arte, da França, a respeito de LA PISTE LÀ, o primeiro espetáculo da jovem companhia Cirque Aïtal. Neste circo minimalista, Victor Cathala, sólido como um gigante, e a pequena Kati Pikkarainen, desafiam as leis de equilíbrio e fazem o público prender a respiração a cada movimento. Piscadelas, humor clownesco, música ao vivo, tudo se mistura com bela simplicidade neste que é apontado como um concentrado de puro circo. Com a participação de Pablo Ariel Bursztyn, eles executam acrobacias aéreas impensáveis, numa pista que reproduz a arena de um circo tradicional.

LA PISTE LÀ foi concebido por Cathala e Pikkarainen e tem direção de Bursztyn. Representa a visão destes três jovens artistas sobre o circo ou o que seria a essência de um circo. O trio acrobático apresenta um trabalho baseado no humor burlesco, na emoção, na poesia que emana dos corpos, da respiração, do silêncio e das vozes. Os próprios artistas também executam a música ao vivo, tocando violoncelo, trompete, tuba e acordeão.

Intérpretes: Victor Cathala, Helmut Nünning, Kati Pikkarainen y Matías Salmenaho
Composição musical: Mathieu Levavasseur
Criação de luz: Claude Couffin
Construção cenográfica: Manu Céalis
Produção e difusão: Apolline Parent
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

LA NOCHE CANTA SUS CANCIONES – Daniel Veronese (Argentina) – 7 e 8 de setembro

Ele não quer sair, ela não pode aceitar ficar confinada no apartamento que divide com ele e com seu bebê recém-nascido. Ele é um escritor fracassado, ela uma empregada em licença maternidade que acha cada vez mais difícil justificar sua relação com ele. Eles são os dois protagonistas da obra do dramaturgo norueguês Jon Fosse, o mais representado de seu país, depois de Ibsen e considerado um dos autores europeus contemporâneos mais talentosos de sua geração. O espetáculo tem direção de Daniel Veronese, um dos criadores mais destacados do novo teatro argentino e um dos maiores do teatro das Américas. Dramaturgo, diretor, ator e manipulador de bonecos, Veronese também desempenha as funções de cenógrafo e criador de trilhas sonoras de seus espetáculos. Membro fundador do grupo de teatro El Periférico de Objetos, seus espetáculos e intervenções performáticas participaram de diversos festivais. Suas obras estão publicadas em dois volumes traduzidos para o francês, alemão, italiano e português.

Em LA NOCHE CANTA SEUS CANCIONES, Daniel Veronese parte do texto do norueguês Jon Fosse para explorar uma das marcas de seu trabalho: o despojamento em nome da interpretação naturalista. É quase como se o espectador assistisse a tudo num flagrante cotidiano, do buraco da fechadura. Isso, no entanto, não impede que o elenco atinja grande teatralidade ao expor aquilo que parece ser extremamente corriqueiro. São os sentimentos humanos revelados com muita sutileza e riqueza de composição. Com Eugenia Guerty, Pablo Messiez, Diego Gentile, Luis Gasloli e Elvira Onetto.

Elenco: Eugenia Guerty, Pablo Messiez, Diego Gentile, Luis Gasloli e Elvira Onetto

Dramaturgia: Jon Fosse

Direção: Daniel Veronese

Produção Executiva: Maxime Seugé

DURAÇÃO: 55 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS

* ESPETÁCULO FALADO EM ESPANHOL

EL PAÍS DE LAS MARAVILLAS – Nídia Telles (Uruguai) – 7 e 8 de setembro

Nidia Telles é uma das maiores atrizes do Uruguai e tem grande prestígio internacional. Sua interpretação de “Madame Curie” é antológica e percorreu os principais festivais do mundo.

A história de EL PAÍS DE LAS MARAVILLAS gira em torno do tema da imigração. O fenômeno das pessoas que querem deixar cegamente o seu meio, porque têm esperança vital de que naquele outro país, qualquer que seja ele, encontrarão um destino melhor. Sempre buscando o país das maravilhas, que está cada vez mais longe.

No espetáculo, Alicia, uma mulher divorciada, uruguaia, espera seu filho que volta de Nova York, onde mora há três anos. Ela vive a fantasia de que irá com ele para os Estados Unidos, quando ele retornar no fim das férias. E tem a intenção até de vender seu apartamento para começar vida nova. Ela não contava com os planos de seu filho, de poder viver e trabalhar em seu próprio país, que a distância e o tempo dimensionaram em sua memória. Texto e direção de Omar Varela. Com Nidia Telles e Gabriel Hermano.

Texto e direção: Omar Varela

Intérpretes: Nidia Telles e Gabriel Hermano

DURAÇÃO: 75 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS

* ESPETÁCULO FALADO EM ESPANHOL, COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS

MERCADORIAS E FUTURO – Lirinha (PE) – 9 e 10 de setembro

Espetáculo teatral escrito e interpretado por José Paes de Lira, o Lirinha, vocalista do grupo Cordel do Fogo Encantado. Performance que une texto, som, luz e improviso, em MERCADORIAS E FUTURO, Lirinha interpreta Lirovsky, um vendedor de livros que inventou uma parafernália de máquinas em forma de carrinho para ajudar em seu ofício. Dessa aparelhagem, dispara sons, imagens e luz, pondo em cena um aparato de recursos tecnológicos contemporâneos. São equipamentos que ele mantém ao alcance do corpo, ativando um arsenal de áudios pré-gravados que, junto com os improvisos, se convertem na trilha sonora do espetáculo. MERCADORIAS E FUTURO é sobre arte, comércio e direito autoral, sobre a dificuldade de unir arte e negócios, sobre como trabalhar e ganhar dinheiro.

Isso tudo resulta num espetáculo dinâmico, repleto de referências poéticas tradicionais e contemporâneas, que estabelece um elo entre o arcaísmo das feiras livres e o esbanjamento tecnológico que sustenta os negócios virtuais das bolsas de valores e mercado futuro. O mercado, e sua essência imutável.

Texto, encenação e direção: José Paes de Lira

Produção e co-direção: Leandra Leal

Iluminação: Jathyles Miranda

Trilha: José Paes de Lira e Buguinha Dub

Figurino e adereços: Alfredo Jorge Correa de Sá

Cenografia: Maurício Castro

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

AQUELES DOIS – Luna Lunera (Belo Horizonte – MG) – 9, 10, 11, 12 e 13 de setembro

Da rotina de uma repartição pública, revelam-se laços de cumplicidade entre dois de seus novos funcionários, gerando incômodo nos demais. “Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.” Espetáculo criado a partir do conto homônimo de Caio Fernando Abreu e iIndicado ao Prêmio SHELL SÃO PAULO 2009 nas categorias de Melhor Direção e Melhor Cenário (Cláudio Dias, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves, Rômulo Braga e Zé Walter Albinati) e melhor Iluminação (Felipe Cosse e Juliano Coelho).

AQUELES DOIS recebeu o 13º Prêmio SESC-Sated de Melhor Espetáculo e Melhor Direção e o 5º Prêmio Usiminas-Sinparc, como Melhor Espetáculo, Melhor Direção e Melhor Ator (Rômulo Braga). A peça é mais uma criação da Cia. Luna Lunera, composta por atores formados pelo Curso de Teatro do CEFAR – Centro de Formação Artística do Palácio das Artes. Criado em 2001, o grupo já encenou Fuleirices em Fuleiró (baseado na obra de Mário Brasini), Perdoa-me por me Traíres (que recebeu 9 prêmios SESC-Sated/MG), Nesta Data Querida (de Guilherme Lessa), Não Desperdice Sua Única Vida ou… (Prêmio SESC-Sated de Melhor Direção para Cida Falabella e Melhor Ator para Odilon Esteves), e AQUELES DOIS.

Texto: Caio Fernando Abreu

Diretores/Criadores: Cláudio Dias, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves, Rômulo Braga e Zé Walter Albinati

Em cena: Cláudio Dias, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves e Rômulo Braga

Cenário e Figurino: Núcleo de criadores do espetáculo

Iluminação: Felipe Cosse e Juliano Coelho

Direção de Produção: Cláudio Dias

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS

ELDORADO – Eduardo Okamoto (Campinas – SP) – 10, 11, 12 e 13 de setembro

Acompanhado por uma “menina”, um cego busca encontrar o que nenhum homem pôde jamais: Eldorado. Toda a história se resume nisto: era uma vez um homem que procura. Nos tempos e lugares da viagem, haja espaço para humanidades. O espetáculo nasce da observação da realidade, da interação com construtores e tocadores de rabeca, instrumento de arco e cordas, parecido com o violino, presente em muitas manifestações da cultura popular do Brasil. Desta maneira, procurou-se exercitar o olhar, encontrando no cotidiano os pequenos acontecimentos poéticos. Entre as margens da estória e da história, ELDORADO procura recriar realidades. Assim, possamos recriar a nós mesmos.

Em pesquisas de campo nas cidades de Iguape e Cananéia (litoral sul de São Paulo), o ator Eduardo Okamoto visitou rabequeiros, recolhendo causos, músicas, ações, gestos, vozes. Assim, codificou um repertório atoral que serviu de base à criação dramatúrgica. O premiado dramaturgo argentino Santiago Serrano partiu destes materiais primeiros para criar um texto inédito. No fim da jornada, o diretor Marcelo Lazzaratto (da Companhia Elevador de Teatro Panorâmico) orquestrou estas criações de ator e autor.

Concepção, pesquisa e atuação: Eduardo Okamoto
Dramaturgia: Santiago Serrano
Direção e Iluminação: Marcelo Lazzaratto
Figurino: Verônica Fabrini
DURAÇÃO: 60 MIN

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

AUSLÄNDER – Compañía de Artes Escénicas Contemporâneas (Uruguai) – 10, 12 e 13 de setembro

Emigração é a saída de pessoas de uma região para outra de um mesmo país ou de um país para outro. As razões que levam uma pessoa ou grupo a emigrar são muitas, como as condições políticas desfavoráveis, a precária situação econômica, perseguições religiosas ou guerras. Como artista uruguaio, Martin Inthamoussú enfrenta o problema da emigração em suas criações. O conceito da distância ganha um papel importante. O virtual e o real se confundem e se fundem. As distancias se fazem mais curtas. As noções de tempo e espaço mudam absolutamente. Essas mudanças também se refletem no corpo e em sua qualidade de movimento. O corpo está em um lugar, mas sentido, ao mesmo tempo, estar em outro diferente. Estar em um lugar, mas não pertencer a ele. A dualidade cartesiana começa sua luta em nossas vidas: a mente em um local, o corpo em outro.

AUSLANDER conta a historia de muitos uruguaios e latino-americanos que são obrigados a viajar para longe para estabelecer novas identidades que não são as do país que os recebe e muito menos as do país que deixaram. A obra toca o tema da identidade e de como essa noção primordial afeta o comportamento das pessoas. Projeto criado em residência no Theater im Ballsaal de Bonn (Alemanha), Provisional Danza de Madrid (Espanha) e Sala Ana Frank de Mendoza (Argentina). Criação e interpretação de Martin Inthamoussú. Direção e dramaturgia: Federico Ortega Oliveras.

Criação e interpretação: Martin Inthamoussú

Direção e dramaturgia: Federico Ortega Oliveras

Música: Sigur Ros, Ryuichi Sakamoto, Bjork, Eleni Karaindrou, Gustavo Santaolalla, Erikk Mackenzie, Alfredo Zitarrosa

Produção: Silvana Bergson

DURAÇÃO: 60 MIN

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

Delírios de Grandeza – David Espinoza (Espanha) – 11, 12 e 13 de setembro

O espetáculo se coloca como uma situação compartilhada pelo artista e pelo público, ao qual se pede testemunhar as fantasias do intérprete, para demonstrar que realmente as coisas se sucederam. Ao longo de sete ações diferentes, David Espinosa tenta aparecer aos olhos do espectador como estrela de Hollywood, campeão mundial de futebol, super herói, sexy symbol, rock star, personagem histórico e poeta suicida, utilizando para tudo isso três elementos: um computador portátil, uma mochila com roupa e seu próprio corpo.

O corpo do intérprete se situa entre o sublime e o patético, entre a realidade e o sonho, jogando com os conflitos e a frustração que surge deste contraste, e a visão irônica de tudo, um riso doloroso diante da aceitação dos problemas, limitações e defeitos e a precariedade dos métodos que inventamos para resolvê-los. O fracasso como motor criativo. David Espinosa transforma essas idéias em matéria cênica com humor e brilho, conseguindo fugir aos clichês e à comicidade gratuita, O espetáculo é multimídia. Nele, o intérprete utiliza as ferramentas habituais da rede: mensagens, ícones, clips, fotomontagens, vídeos, animações, dublagens, play back, para transformar o ambiente, indo desde o íntimo às situações mais insólitas e delirantes, jogando com as formas de representação. Licenciado em Interpretação Textual pela E.S.A.D de Valencia em 1998, desde 1994 David Espinosa estuda Dança Contemporânea, Improvisação, e Capoeira em Valencia, Bruxelas e Barcelona. A parceria com África Navarro vem de alguns anos e já rendeu a criação da associação cultural El Local Espacio de Creación.

Criação e interpretação: David Espinosa
Direção: David Espinosa e África Navarro
Com a colaboração de: Juanma Pacheco, Ruben Ramos, Ramón Oriola e outros amigos ou insensatos.
Apoio: Instituto Cervantes

DURAÇÃO: 60 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS

CEM GRAMAS DE DENTES – Cia. Azul Celeste (São José do Rio Preto-SP) – 12 e 13 de setembro

Um matador profissional, cercado pela polícia, pede a presença de um determinado líder da comunidade para negociar sua rendição. Trata-se de Cosme, rapaz ainda, mas muito respeitado e temido nas redondezas. Afirmam que ele matou um homem que atemorizava a vizinhança e, desde então, sua palavra é ordem: nem precisa mostrar sua valentia para que as desavenças se resolvam por si e os malfeitores fiquem longe dos seus domínios.

Porém Cosme entra no galpão de onde o matador mantém a polícia longe a tiros e dá com uma pessoa enigmática e muito diferente da figura acuada que a situação poderia sugerir. Experiente e frio, ele sabe muito bem que não vai sair dali vivo, pois matou um policial, e só chamou o líder comunitário porque queria lhe fazer uma revelação: foi contratado por alguém da vizinhança para tirar a vida de Cosme. A partir daí, num diálogo limítrofe entre a investigação policial e uma sombra de psicanálise espontânea, povoado de memórias, sonhos e poesia inesperada, Cosme vai descobrir-se uma imagem invertida do matador – chegando mesmo, por fim, a duvidar de que lado está do espelho. O espetáculo recebeu prêmios de Melhor cenário, iluminação, texto inédito, direção, sonoplastia pesquisada, prêmio especial do júri pela excelência e equilíbrio do conjunto de atores e melhor espetáculo no Festival Nacional de Campo Mourão/PR.

Elenco: Jorge Vermelho e Marcelo Matos
Direção: Georgette Fadel
Texto: Bosco Brasil

Cenografia e adereços: Jorge Vermelho
Figurinos: Cláudia Schapira
Desenho de luz: Guilherme Bonfanti
Trilha sonora: Rafael Pagliuso Neto
DURAÇÃO: 60 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 14 ANOS

A CASA – 12 e 13 de setembro

Livre adaptação da obra A Casa de Bernarda Alba, escrita por Federico Garcia Lorca, um dos maiores dramaturgos espanhóis do início do século 20. A obra representa o auge do seu teatro renovador e poético. Embora alguns críticos a considerem uma premonição da Guerra Civil Espanhola, A Casa de Bernarda Alba transcendeu as circunstâncias da Espanha e tornou-se universal. Um realismo trágico introduz o espectador a esta casa de mulheres solitárias em conflito constante pela busca de liberdade e realização pessoal. A casa, como o próprio nome diz, representa o núcleo central de toda a trama. Nela, cinco filhas são controladas por uma mãe dominadora e impedidas de sair às ruas. Entre repressão e desejos contidos, as personalidades destas mulheres se cruzam em uma disputa de poder, amor e ódio.

Direção, cenografia e sonoplastia: Adriano e Fernando Guimarães

Elenco: Clara Camarano, Jú Welasco, Kika de Moraes, Natália Leite e Valéria Rocha

Participação especial: Alice Stamato, Camila Evangelista, Michelly Scanzi e Suzana Outeiral

Iluminação: Dalton Camargos

Direção Musical: Mateus Ferrari.

Músicos convidados: Caetano Maia, Eduardo Lint, Lucas Ferrari, Mariana Quezado, Paula Ferrari, Wandilene Macedo.

Figurino e Maquiagem: Cyntia Carla.

DURAÇÃO: 70 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 14 ANOS

DUETS – Niv Sheinfeld – Israel – 12 e 13 de setembro

Uma noite de três duetos. No primeiro, Interlúdio, o olhar bem-humorado sobre a corte a sedução, estão Noga Golan e Oren Laor. Em Da vida e da morte, dueto para homem, mulher e barriga grávida, “centrado em torno de questões de gênero, responsabilidade e introspecção, pode-ser ver o trabalho de Sivan Gutholtz e Niv Sheinfeld, bailarinos excepcionais, com grande maturidade artística. E Co-variância: dueto de dois homens manifestando uma relação de desprendimento, atuação e mútua dependência. Nas palavras da imprensa israelense, “um trabalho delicado e profundo, realizado em uma mistura exata de coragem e sensibilidade”. Em cena, Ran Bem-Dror e Sivan Gutholtz

Direção: Niv Sheinfeld e Oren Laor

Músicas: Shostakovich, Morrissey & Siouxsie Sioux, Brahms e Chopin

Figurinos e objetos de cena: Ruth Gwily, Gal Rada e Niv Sheinfeld

DURAÇÃO: 60 MINUTOS

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS

SHOWS

PRAÇA DO MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA – ENTRADA FRANCA

DIA 6 DE SETEMBRO

17 às 20h30 – Projeto Todos os Sons – Domingo CCBB

Com Raquel Becker, Marcos Farias, Bois de Gerião e Maurício Tizumba e os Tambores de Minas (MG)

· Realizado em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil

DIA 12 DE SETEMBRO

Richard Galliano e Hamilton de Holanda

DIA 13 DE SETEMBRO – SHOW DE ENCERRAMENTO

17às 20h30 – Todos os Sons – Domingo CCBB

Orquestra de Câmara do SESC, Cai Dentro, Innatura e Angelique Kidjo

· Realizado em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil

DESTAQUES

RICHARD GALLIANO – Um dos grandes nomes da música francesa, é considerado um dos melhores acordeonistas do mundo. Misturando ritmos, sempre com um toque jazzístico, Galliano tem um extraordinário domínio técnico e alcança uma sonoridade e uma fluidez de rara qualidade. O artista foi colaborador e amigo pessoal de Astor Piazzola e tem se apresentado junto a grandes nomes da música mundial.

HAMILTON DE HOLANDA – Uma das maiores expressões mundiais do bandolim, o carioca-brasiliense Hamilton de Holanda tem cumprido carreira internacional. Recentemente, foi um dos ganhadores do Prêmio da Música Brasileira, como melhor solista, na Categoria Instrumental, pelo CD Brasilianos 2.

ANGELIQUE KIDJO – Ganhadora do Grammy em 2008, Angelique é hoje uma das grandes vozes da música pop mundial. Nascida no Benin, em 1982, ela se mudar para Paris e depois segue para Nova York, onde mora atualmente. Suas influências musicais vieram do pop africano, do zouk caribenho, da rumba congolesa, do jazz e do gospel. Tem colaborado com Dave Matthews, Kelly Price, Branford Marsalis, Robbie Nevil, Carlos Santana, Joss Stone e Cassandra Wilson.

CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA

Local: Brasília – Sala Martins Penna do Teatro Nacional, Pavilhão de Vidro do CCBB, Teatro do CCBB, Teatro da Caixa, Sala Funarte Plínio Marcos, Teatro Garagem, Teatro Goldoni, Teatro Paulo Autran, Teatro Newton Rossi e Praça do Museu Nacional da República.

Data: de 2 a 13 de setembro de 2009

Horários: ver programação

Ingressos: R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia) – exceção para o Teatro do CCBB, com ingressos a R$ 15,00 e R$ 7,50

 

CENA CONTEMPORÂNEA – MOSTRA SÃO PAULO

Local: Teatro do CCBB

Data: de 27 de agosto a 20 de setembro

Horários: de quinta a sábado, às 19h30; domingos, às 18h

Ingressos: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia)

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