Brassaï

MUSEU NACIONAL DE BRASÍLIA – 2 DE SETEMBRO A 2 DE OUTUBRO DE 2011. ENTRADA FRANCA

Exposição apresenta 98 imagens do fotógrafo que melhor retratou a noite parisiense. 

Registros da Paris noturna e contraventora dos anos 1930 deram a volta o mundo e fizeram a fama de Brassaï.

O “fotógrafo da noite”. Para muita gente assim ficou conhecido o fotógrafo francês de origem húngara Gyula Halász, mais conhecido como Brassaï, um dos mais célebres fotógrafos do século XX. Suas fotos de paisagens noturnas de Paris, com seus habitantes mais comuns e também os mais insólitos, suas ruas e calçadas cheias de luz e sombra correram o mundo e deram-lhe fama internacional. Agora, este belíssimo trabalho poderá ser visto no Museu Nacional de Brasília, de 2 de setembro a 2 de outubro de 2011. Entrada franca.

A exposição BRASSAÏ é uma realização da Aliança Francesa de Brasília e reúne 98 fotografias em branco e preto, feitas no período entre guerras. São 89 imagens em 60,5 x 50 cm e outras nove de 73 x 60 cm, que revelam um olhar curioso do fotógrafo para com a Paris noturna e contraventora da década de 1930. Através da lente sutil de Brassaï, o espectador do século XXI pode caminhar pelos ambientes sombrios que o fotógrafo revela como se lançasse sobre eles um halo de poste de luz.

Com o fotógrafo, é possível perambular por Montparnasse, Les Halles, pelo canal de L’Ourcq, canal Saint-Martin, Place d’Italie, Belleville. Penetrar nos cafés e conhecer de perto figuras pitorescas da noite parisiense. Observar a solidão de prostitutas que esperam por clientes sozinhas nas ruas. Conhecer ângulos inusitados da bela cidade, descobrindo o traçado artístico presente até em tampas de bueiros. Brassaï transcende o real com tons surrealistas. Revela aos observadores uma Paris até então desconhecida, desprezada. Dá visibilidade a senhoritas de vida fácil, jovens delinqüentes, trabalhadores noturnos. Privilegia lugares até o momento ignorados pela sociedade, como a casa da Madame Suzy, com seus ritos, grandes figuras e o perfume de proibição, bares freqüentados por transexuais, cafés que recebem intelectuais e artistas e muito mais.

Segundo Yann Lorvo, delegado geral da Aliança Francesa no Brasil, Brassaï “soube com gênio e poesia captar e desvendar o segredo da luz e da noite”. Para Lorvo, ele encarna, com perfeição “a França cosmopolita, curiosa e aberta ao mundo”.

O ARTISTA

Gyula Halász, conhecido mundialmente como Brassaï, nasceu em 1899 em Brasso, na Transilvânia, filho de um professor de literatura francesa. Aos três anos de idade, mudou-se com a família para Paris, onde o pai foi ser palestrante, por um ano, na Sorbonne. Pode ser que Brassaï não se recordasse de muito daquele período – ele deixou Paris com quatro anos de idade –, mas a cidade permaneceu como uma fantasia romântica em sua vida.

Já estudante, quis mudar-se para a capital francesa, mas foi impedido pela guerra. Romênia e França estavam em lados opostos. Passou então por Budapeste e Berlim (1920-1923), conhecendo e tornando-se amigo de artistas como LázlóMoholy-Nagy, Kandinsky e Kokoschka. Voltou a Paris em 1924 e ali se instalou definitivamente.

No início, Brassaï pensa em se tornar artista plástico. Enquanto trabalha artisticamente em desenhos e gravuras, faz charges e caricaturas para jornais franceses e alemães e colabora, com colunas, para revistas austríacas, húngaras ou romenas. Seus escritos versam sobre tudo, de crítica a exposições a partidas de rúgbi (esporte do qual ele não entende nada). É a partir da sugestão de editores, que pedem fotografias para ilustrar suas colunas, que Brassaï começa a fotografar.

As primeiras fotografias foram tiradas em 1929, com uma máquina emprestada e, pouco depois, o fotógrafo adquiriu a sua famosa Voightlander, a câmara fotográfica que o acompanharia por muitos anos. Da sua vivência noturna resultou o livroParis de Nuit. Em 1932 Brassaï fotografou os grafitti nas paredes de Paris, um trabalho fortemente divulgado na revista surrealista Minotaure. Seus ensaios sobre personagens e artistas enriqueceram a revista Harper´s Bazaar onde começou a trabalhar em 1937.

Brassaï escreveu 17 livros e numerosos artigos, incluindo Histoire de Marie, que tem introdução de seu grande amigo, Henry Miller, e Conversas com Picasso (1965), outro grande amigo, livro que foi traduzido para 12 idiomas.Brassaï abandona a fotografia em 1961, depois da morte de Carmel Snow, editor da revista Harper’s Bazaar. Em 1970, recebeu o prêmio nacional da França por sua contribuição artística e especialmente por sua fotografia. Faleceu em 1984, em Nice, na França.

SERVIÇO
Local: Museu Nacional da República
Data: 2 de setembro a 2 de outubro de 2011
Horário: de terça a domingo, das 9h00 às 18h30
ENTRADA FRANCA
Informações: (61) 3325. 5220

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