BIFF – Festival Internacional De Cinema De Brasília
BRASILIA INTERNACIONAL FILM FESTIVAL
De 13 a 22 de julho de 2012
CINE CULTURA LIBERTY MALL
MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA
MOSTRA CARA LATINA
A primeira edição do BIFF – Festival Internacional de Cinema de Brasília – Brasilia International Film Festival vai homenagear a produção de cinema assinada por mulheres latino-americanas, dando relevo à participação feminina na política do continente. Só na América do Sul, três países vivem ou viveram a experiência de serem dirigidos por mulheres, com Michelle Bachelet, no Chile, Cristina Kirchner, pela segunda vez na Argentina, e Dilma Roussef no Brasil. Para isto, a curadoria selecionou produções que percorrem a história, a começar por um clássico dos anos 1950 e chegando até 2011.
A programação contará com o brilhante ARAYA, um poema documental filmado por Margot Benacerraf em 1959 e até hoje pouquíssimo exibido no mundo, embora tenha dividido o Prêmio da Crítica Internacional de Cannes com Alain Resnais por Hiroshima, Mon Amour. O filme passou muitos anos esquecido e foi recentemente restaurado, na comemoração de seus 50 anos. ARAYA já foi comparado ao clássico O Homem e o Mar, de Robert Flaherty. Mas a grade contempla também produções recentes, como a ficção ABRIR PORTAS E JANELAS, de Milagros Mumenthaler, que conquistou o Festival de Locarno, e o mais recente filme da brasileira Lúcia Murat, UMA LONGA VIAGEM, de cunho altamente biográfico.
BIFF – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE BRASÍLIA/ BRASILIA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL tem direção geral de Nilson Rodrigues e direção de programação de Anna Karina de Carvalho.
SINOPSES
ARAYA – VENEZUELA, 1959, 82 min
Direção: Margot Benacerraf
O filme retrata um dia na vida de três famílias que vivem em um dos mais inóspitos lugares do planeta – a península de Araya, situada no nordeste da Venezuela. Durante 450 anos, desde a chegada dos espanhóis à região, o sal foi coletado manualmente e empilhado em grandes pirâmides brancas brilhantes. Com vista para a área, uma fortaleza do século 17, construída como proteção contra ataques de piratas, ficou como lembrança dos dias em que o mineral valia tanto quanto o ouro. Benacerraf capta o trabalho árduo de salineiros, pescadores e demais habitantes da região, em deslumbrantes imagens de alto contraste em preto-e-branco. Um documento precioso que guarda a memória dos métodos arcaicos de trabalho, antes do seu desaparecimento definitivo com a chegada da exploração industrial.
PRÊMIO INTERNACIONAL DA CRÍTICA, NO FESTIVAL DE CANNES DE 1959 (COMPARTILHADA COM HIROSHIMA, MON AMOUR, DE ALAIN RESNAIS).
AMOR, MUJERES Y FLORES, COLÔMBIA/GRÃ BRETANHA, 1988, 58 min
Direção: Marta Rodriguez
A Colômbia é um dos maiores países produtores de flores. O documentário denuncia como os pesticidas, que são proibidos em países como Estados Unidos, Alemanha e França, são exportados para o Terceiro Mundo e a América Latina, produzindo o que se chama “A Bomba Atômica dos Pobres”. Na savana de Bogotá, empresários norte-americanos, franceses e japoneses, nos anos 1970, dão início à indústria da Floricultura. Aproveitando a mão de obra barata e as condições climáticas, se chega a produzir muito, com custos baixos, dando emprego a cerca de 70 mil mulheres. Como as flores são produzidas para exportação, para que fiquem perfeitas é necessário usar pesticidas. Aí começa um ciclo que traz graves consequências para a saúde das mulheres, provocando inclusive mortes.
ABRIR PUERTAS Y VENTANAS – SUIÇA/ARGENTINA, 2011, 98 min
Direção: Milagros Mumenthaler
Com María Canale, Martina Juncadella, Ailín Salas, Julián Tello
Primeiro longa-metragem da diretora Milagros Mumenthaler. Final do verão em Buenos Aires. Três jovens irmãs, Marina, Sofia e Violeta, se veem sozinhas na casa da família após a morte da avó, que as criou. Cada uma expressa o luto à sua maneira, num clima de indolência e apatia. Marina se concentra nos estudos enquanto cuida da casa. Sofia se torna obcecada pela aparência e sai com os amigos. Quanto a Violeta, vagueia entre o quarto e a sala de estar, onde, de vez em quando, recebe um homem mais velho. A diretora apresenta suas personagens como se fossem larvas que finalmente rompem seu casulo para voar como borboletas adultas, rumo à maturidade.
PRÊMIOS DE MELHOR FILME E MELHOR ATRIZ (PARA MARÍA CANALE) DO FESTIVAL INTERNACIONAL DE LOCARNO, PRÊMIO DE MELHOR FILME IBEROAMERICANO NO FESTIVAL DE GUADALAJARA E PRÊMIO FIPRESCI, DA CRÍTICA INTERNACIONAL.
SIBILA, CHILE/ESPANHA/FRANÇA, 2011, 95 min
Direção: Teresa Arredondo
Documentário familiar, no qual a diretora procura recuperar as consequências para a familia da escolha política de sua tia, Sibila. Viúva do escritor peruano José María Arguedas e ex-esposa do poeta Jorge Teillier, Sibila foi acusada de pertencer ao grupo terrorista Sendero Luminoso e passou 15 anos presa. Foi libertada aos 66 anos de idade. Teresa, sobrinha de Sibila, constrói um filme que pode ser chamado de “narrativa da memória”, revelando inquietudes e contestações que caracterizam o documentário contemporâneo que mistura memória familiar e história política. Nas imagens, além de Sibila, aparecem os próprios pais da diretora e seus primos.
PRÊMIO DE DIREITOS HUMANOS NO 14º BAFICI – BUENOS AIRES FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA INDEPENDENTE.
QUEM TEM MEDO? UM GOLPE EM HONDURAS – ¿Quién dijo miedo? Honduras de un golpe –HONDURAS/ARGENTINA , 2010, 90 min
Roteiro e direção: Katia Lara
Documentário. Em 28 de junho de 2009 aconteceu um brutal golpe de estado em Honduras: o exército sequestrou o presidente Zelaya. René, ator e sindicalista, se juntou à Frente de Resistência Nacional contra o Golpe de Estado. Os hondurenhos ergueram-se: pessoas resistiram apesar do viés da mídia e da repressão, em pé pelos seus direitos.
PRÊMIO DO PÚBLICO DO CINEMAISSE/FINLÂNDIA, MENÇÃO ESPECIAL DO JURI NOS FESTIVAIS ICARO/GUATEMALA E CONCORDIA/ARGENTINA.
UMA LONGA VIAGEM – BRASIL, 2011, 95 min
Direção: Lucia Murat
Com Caio Blat
Documentário de cunho altamente biográfico, conta a história de três irmãos, a partir da linha dramática da vida do caçula, que vai para Londres em 1969, enviado pela família para não entrar na luta armada contra a ditadura no Brasil, seguindo os passos da irmã. Durante os nove anos em que viaja pelo mundo, ele escreve cartas. Contrapondo-se à entrevista e às cartas, os comentários em off da irmã, presa política que virou cineasta e viaja pelo mundo, num processo inverso ao do irmão que, de viajante livre, foi obrigado a enfrentar diversos problemas. Um documentário que trabalha sobre a memória, não só pela forma como é feita a investigação, mas também sobre o motivo do filme: a morte do terceiro irmão.
PRÊMIO DA CRÍTICA MELHOR DOCUMENTÁRIO no FESTIVAL DE PAULINIA, PRÊMIOS DE MELHOR FILME, MELHOR ATOR, MELHOR DIREÇÃO DE ARTE, JÚRI POPULAR E PRÊMIO ESTUDANTIL NO FESTIVAL DE GRAMADO.
CONTATOS
Anna Karina de Carvalho
Diretora – Director
BIFF – BRASILIA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL
Brasilia – 13-22 July 2012
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