Anticorpos

FERNANDO & HUMBERTO CAMPANA – 1989-2009

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL BRASÍLIA – 25 DE JULHO A 25 DE SETEMBRO. ENTRADA FRANCA

Designers brasileiros fazem primeira grande retrospectiva.

200 obras percorrem vinte anos de carreira.

Peças de artes plásticas, mobiliário e jóias.

Fernando e Humberto Campana são unanimidade no universo do design internacional. Expuseram suas obras em alguns dos principais museus do mundo – Vitra Design Museum/Weil AM Rhein/Alemanha, MoMA/Nova York, Georges Pompidou/Paris. Acumulam diversos prêmios prestigiados e têm peças no acervo de alguns dos mais importantes museus e instituições internacionais. Agora, fazem a primeira grande retrospectiva de sua carreira. O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília realiza, de 25 de julho a 25 de setembro de 2011, a mostra ANTICORPOS – FERNANDO & HUMBERTO CAMPANA – 1989-2009, que cobre 20 anos de trabalho da dupla. Oportunidade para conhecer por que os Campana são apontados como responsáveis por dar um novo sentido à expressão contemporânea do design. Ocupando as Galerias 1 e 2 do CCBB, a exposição pode ser vista de terça a domingo, das 9h às 21h. Entrada franca.

Fernando e Humberto Campana conquistaram o mundo com objetos poéticos criados a partir da observação de realidades contraditórias. Estão em seus trabalhos toda a beleza e a complexidade da realidade brasileira – a exuberância da natureza, a mistura de povos, a vitalidade e a desordem das grandes cidades. São peças ousadas, ícones estéticos únicos em seu perfil, feitos de materiais simples manufaturados e reaproveitados e com edições limitadas.

ANTICORPOS – FERNANDO & HUMBERTO CAMPANA – 1989-2009 apresenta aproximadamente 200 obras que enfatizam o método de trabalho, elucidando as estratégias artísticas e as fontes de inspiração dos artistas. Fazem parte da mostra importantes obras dos irmãos, emprestadas de coleções particulares e do próprio Estúdio Campana, além uma série de colagens e de peças inéditas, criadas a partir de experimentações em papel machê, desenvolvidas em cooperação com o Vitra Design Museum. A exposição inclui ainda um conjunto de objetos que os Campana vêm colecionando ao longo dos anos e que ajudam a compreender seu universo pessoal (como uma imagem de Nossa Senhora que quebrou e foi reconstruída diversas vezes por eles).

Curadoria e organização da mostra são de Mathias Schwartz-Clauss, curador do Vitra Design Museum, onde o trabalho esteve exposto, de maio de 2009 a fevereiro de 2010. Em seguida, a mostra itinerou na Holanda, Espanha e Itália. No Brasil, a coordenação geral está a cargo da ARTVIVA Produção Cultural.

OS ARTISTAS

Humberto e Fernando Campana rompem os limites entre arte e design, ignoram as convenções do design tradicional, brincam com a noção de funcionalidade. Suas peças apresentam um extraordinário contraste de cores, formas e materiais. Os artistas trabalham com material reciclado, desde antes de a sustentabilidade entrar na agenda do planeta. Em suas obras estão rolos de corda, tocos de madeira, mangueiras, restos de borracha, fios e muitos outros materiais.

Vindos de formações acadêmicas diferentes, os Campana trabalham juntos há muitos anos. Tudo começou quando Humberto colocou o diploma debaixo do braço e decidiu pesquisar as incontáveis possibilidades do artesanato. Acabou montando um estúdio de objetos confeccionados a mão. Mais jovem e também já graduado, Fernando estudava o poder de comunicação e de síntese dos traços de Le Corbusier e Oscar Niemeyer. Em 1983, Humberto pediu a ajuda do irmão para preparar um pedido muito grande. Nascia assim uma das mais bem sucedidas duplas da arte e do design contemporâneos.

O primeiro projeto que assinaram em dupla foi o das cadeiras de metalPositivo e Negativo, em 1989. Fundaram a Campana Objetos que se transformou, em 2006, em Campana Design. O boom para os irmãos aconteceu em 1994, com a exposição no MoMA, em Nova York, com curadoria da italiana Paola Antonelli. Os dois surgiram como uma promessa de renovação. Enquanto o design internacional caminhava no rumo da industrialização, os dois optavam pelo artesanal, tecendo novas e exuberantes superfícies e formas. Em pouco tempo, tornaram-se nomes proeminentes do mercado internacional.

Humberto Campana (1953) nasceu em Rio Claro, São Paulo e formou-se em Direito pela USP – Universidade de São Paulo. Em 1998, atuou como professor do curso de Desenho Industrial da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado. Depois, de 1999 a 2000, foi professor do MUBE – Museu Brasileiro de Escultura, situado em São Paulo.

Fernando Campana (1961) é natural de Brotas, São Paulo, e formado em Arquitetura pela Faculdade de Belas Artes de SP. Em 1983, foi assistente de montagem e fez monitoria na XVII Bienal Internacional de Artes de São Paulo. Em 1998, assim como Humberto, atuou como professor do Curso de Desenho Industrial da FAAP e, de 1999 a 2000, foi professor do MUBE.

A EXPOSIÇÃO

A mostra está dividida em nove núcleos: Fragmentos, Objetos Trouvés, Nós, Varetas, Híbridos, Planos Flexionados, Objetos de Papel, Agrupamentose Orgânicos.

Fragmentos apresenta as peças marcadas pela técnica da fragmentação, usada por Humberto em suas primeiras esculturas de terracota. Com a poltrona Favela, de 1991, a ideia principal se tornou um tributo à improvisação e à efemeridade. Já Objetos Trouvés mostra as obras criadas pelos irmãos Campana a partir da idéia de que as histórias contidas nos objetos e materiais deixam a nova peça impregnada de novos significados.

Em Nós estão exemplos dos trabalhos desenvolvidos pelos Campana exclusivamente a partir de estruturas lineares. Os fios de metal são utilizados como matéria-prima e repetidos continuamente, amontoados ou entrelaçados. A série de objetos que os Campana construíram com feixes de Varetas parece refletir o caos artificial criado pelo homem. Esta série começou com um dos primeiros trabalhos de Humberto com metal: a escultura Grelha, que se assemelha a uma cadeira grande demais, e assim torna-se uma espécie de comentário jocoso sobre o design.

A justaposição de materiais orgânicos e inorgânicos, naturais e industriais, quentes e frios marca os trabalhos do núcleo batizado deHíbridos, que inclui a série Mistura, iniciada em 1997, e a sérieTransplásticos, de 2007. Os artistas entrelaçaram vime com materiais inusitados. Já Planos Flexionados apresenta um grupo de obras diferentes no âmbito do trabalho dos artistas. São peças que combinam abordagem artística e produção industrial e já atingiram o nível da produção em série.

Em Objetos de Papel, Humberto e Fernando Campana oferecem um novo olhar sobre as caixas de papelão recolhidas e recicladas pelos catadores e moradores de rua de São Paulo. Transformadas em luminárias, biombos, mesas e assentos, as caixas ganham nova identidade. Atualmente, em parceria com o Vitra Design Museum, os designers exploram as possibilidades de criar, industrialmente, objetos manufaturados em papel reciclado e reciclável.

Uma das marcas do trabalho de Humberto e Fernando Campana é retirar materiais manufaturados de seu contexto original e agrupá-los de forma nova. Mesmo o material mais barato e de fácil aquisição ganha, assim, ilusão de luxo. Em Agrupamentos estão exemplos desta técnica, enraizada no barroco da cultura brasileira. O percurso termina com o núcleo Orgânicos, no qual estão trabalhos inspirados na natureza brasileira, com toda sua diversidade, além de obras que surgem como mutações geradas pelo contato com a civilização.

ANTICORPOS – FERNANDO & HUMBERTO CAMPANA – 1989-2009

Data: 25 de julho a 25 de setembro de 2011
Local: Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília
Horários: de terça a domingo, das 9h às 21h
ENTRADA FRANCA
Informações: (61) 3310. 7087

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