X Festival Internacional da Novadança

Evento tradicional do calendário da dança no País chega à décima edição, reunindo artistas brasileiros e estrangeiros numa grande celebração

Intercâmbio, formação de opinião, aperfeiçoamento de profissionais de dança. Estes são apenas alguns dos objetivos de um evento que costuma atrair centenas de pessoas em nome da dança contemporânea e da Newdance. É o Festival Internacional da Novadança, que em sua décima edição vai reunir, de 10 a 17 de fevereiro, em vários espaços de Brasília, profissionais do Brasil e do exterior. Coreógrafos e bailarinos como o espanhol Aléxis Eupierre, o francês Sylvain Prunenec, o brasiliense Giovane Aguiar e o carioca Gustavo Barros irão apresentar espetáculos e ainda participar de workshops. O evento inclui ainda mostra de vídeo, sala de vídeo, cursos e debates. O Festival acontece na Sala Martins Pena e na Sala Alberto Nepomuceno, ambas do Teatro Nacional Cláudio Santoro, no Centro de Dança de Brasília e no teatro do Conjunto Cultural da Caixa.

2006 é um ano de celebração. São dez anos divulgando, oferecendo possibilidades de troca de experiências e trabalhando a linguagem da Novadança. O Festival Internacional da Novadança é o único com este perfil no calendário da dança brasileira. E tem atraído, a cada ano, mais interesse de profissionais de várias partes do mundo. Só de propostas de espetáculos para esta edição comemorativa, o curador e diretor do Festival, Giovane Aguiar, conta que recebeu mais de 250. E vindas de vários países, como França, Portugal, Chile, Uruguai, Alemanha e, é claro, Brasil. “Decidimos optar por uma programação feita com espetáculos que privilegiassem o movimento e não tanto o conceito”, informa Giovane Aguiar. E complementa: “E que estivessem dentro da linguagem da Novadança”.

O X Festival Internacional da Novadança chega com muitas novidades. Em primeiro lugar, será um evento mais curto, se considerarmos a programação de espetáculos. Por outro lado, o Festival se prolongará ao longo de todo o ano, realizando o lançamento de três curtas (resultado da mostra de vídeo), a edição de um livro dividido em duas partes (uma com registro de imagens dos principais espetáculos apresentados em 10 anos, feitas por diferentes fotógrafos brasileiros, e outra com a seleção de trechos da “Conversa com os Artistas”) e uma edição de inverno. “Vamos realizar outra edição do Festival, em meados do ano, com o objetivo de explorar a relação entre Dança e Tecnologia. Será um festival feito com espetáculos que seguem uma linha de dança mais conceitual, mais da investigação sobre o corpo e sua relação com as novas mídias”, explica Giovane Aguiar. Segundo ele, de agora em diante a Novadança será contemplada sempre com duas edições: no verão, um evento mais ligado ao movimento; no inverno, uma programação mais conceitual.

Os espetáculos que integram a décima edição do Festival Internacional da Novadança apresentam uma coincidência temática: em mais da metade deles, o que se coloca em cena é a relação afetiva entre homem e mulher. A começar pelo trabalho do francês Sylvain Prunenec, que se inspira no mito de Orfeu e Eurídice, passando pelo Tratado das meias verdades, de Giovane Aguiar, que fala do universo feminino, recuperando figuras como Eva e Maria Madalena, e chegando a Amarduele, o premiado solo do coreógrafo e bailarino espanhol Alexis Eupierre, que já foi definido como uma “ode ao amor”.

No momento, já estão abertas as inscrições para o Encontro de Coreógrafos (uma tradição do evento que costuma render belíssimos encontros e depoimentos) e para os workshops Ação, o Corpo em Movimento. O primeiro acontece em duas semanas, de 06 a 10 de fevereiro de 2006, na cidade de Alto Paraíso na Chapada dos Veadeiros, e a segunda semana, de 10 a 15 de fevereiro, em Brasília. Todos os coreógrafos selecionados devem chegar em Brasília até às 12 horas do dia 05 de fevereiro de 2006.

Os workshops Ação, o Corpo em Movimento se propõem a oferecer ferramentas técnicas e desenvolver habilidades para a improvisação. A primeira parte da aula consiste em um profundo alongamento e alinhamento do corpo. Durante a segunda parte, estuda-se o trabalho no chão e como viajar através do espaço de forma eficiente usando pequenas seqüências de movimentos. Aula de dança com Alexis Eupierre, para dançarinos e coreógrafos previamente selecionados. As inscrições devem ser feitas através do site do Festival: www.festivalnovadanca.com.br.

A programação ainda inclui Sala de Vídeo – onde estudantes e público em geral podem consultar um acervo com cerca de 200 fitas de vídeo sobre Dança Moderna e Contemporânea, New Dance e Vídeodança – e Mostra de Filmes Dançando Para a Câmera, uma realização da USINA em parceria com outras entidades, que tem o objetivo de incentivar a produção de filmes brasileiros que estejam em acordo com a linguagem do Vídeodança.

Artistas Convidados

Alexis Eupierre (Espanha)

É coreógrafo, dançarino e professor de dança. Atualmente é o diretor artístico e coreógrafo da companhia de dança AE. LAPSUS de Barcelona. Entre os seus trabalhos como coreógrafo encontram-se “Clos-k”, “Deformaciones-Repeticiones-Espejos”, “Zoom”, “Transformer”, “Espacios de Pliegue” (“Crease Spaces”, “In Situ”, “Amarduele”, “Scratch”, “Amarduele/No Amarduele Mas”, “Stories Without Threads”. Durante os últimos anos tem trabalhado em projetos de dança com David Zambrano, Margarita Guergue, John Jaspers, Sara Skaggs Dance Company e Mark Thompkins entre outros. Como professor, ministrou aulas para as companhias Lanónima Imperial Company, Mudances Company, Senza Tempo, Damián Muñoz Company, Tránsit Company e Contemporary Ballet Company de Barcelona. Já se apresentou no Festival Impultztanz (Viena), The International Summer Dance Festival (Tokyo), Festival de Nuevas Tendencias (Havana), Festival de Invierno (Montevideo), Centro Rojas (Buenos Aires), Cuerpo Creativo Congress (Maracaibo), National University (Bogotá).

Espetáculo Amarduele
Apresentação dia 10/02, às 20h, no Teatro da Caixa
Se a coluna vertebral é a base de nossa estrutura física, o amor é a coluna de nossas vidas, prazer e dor, um labirinto onde às vezes fica difícil distinguir o que é, mas, como diz a canção de Chavela Vargas: “amar duele y vivir sin amor, no se puede”.

Sylvain Prunenec (França)

Sylvain Prunenec é coreógrafo e tem colaborado com inúmeros artistas como Odile Duboc, Dominique Bagouet, Trisha Brown, Hervé Robbe. Como dançarino, trabalhou com Nathalie Collantès, Loïc Touzé, Boris Charmatz, entre outros. No cinema atuou nos filmes “Jeanne et le Garçon formidable” e “Toutes ces belles promesses”. Entre suas criações destacam-se “Verso Vertigo” (1996), “Bati” (1998), “Zarb” (2000), “La Finale” (2002) e “Fronde Ethiopia” (2002). Desde 2000, ele tem trabalhado em parceria com artistas africanos como a the Ethiopian Dance Company Adugna, Studios Kabako e Faustin Linyekula’s Congolese Company. Em 2003 e 2004, foi o artista residente do Forum, the Le Blanc-Mesnil, onde criou os espetáculos “Effroi” e “Redoux”. Atualmente, está trabalhando no seu novo espetáculo intitulado “Lunatique”.

Espetáculo Effroi, solo
Apresentação dia 11/02, às 20h, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional “Do mito de Orpheu eu extraí o desdobrar de sua morte. De acordo com a tradição, as razões pelas quais ele trouxe para si o ódio da dama Tracian variavam: sua fé na memória de Eurídice, seu gosto por homens jovens ou ainda, o culto que ele tinha estabelecido até seu retorno do subterrâneo. As bacantes, sentindo-se insultadas por sua recusa e sem fazer qualquer trato, o feriram, fizeram seu corpo em pedaços e jogaram no Rio que desembocava no mar. Mais tarde, pescadores descobriram na areia, na “Boca de Meles”, a cabeça sangrenta de Orpheu, cantando. Eu escolhi alguns modelos desse mito: uma (desesperada) corrida, uma (letal) queda, membros espalhados, o som de uma voz banhada de sangue e esse modelos foram tratados sem estarem atados a uma narrativa”.
Quatro poemas de Célia Houdart´s pontuam o desdobrar de Effroi. Eles evocam as sensações carnais da austera cabeça (de uma sensitividade hipertrofiada) e os sentimentos ambíguos que ela carrega.
Os gestos, as palavras e a música de Fred Bigot contribuem para a representação desse fragmentado, desunido corpo, cuja voz seria o pano de fundo.

Giovane Aguiar (Brasília)

É diretor do Festival Internacional da Novadança desde 1996. Nos últimos anos, participou de workshops e performances com o português Rui Horta; com os norte americanos Carla Perlo, Cathie Caraker, Nancy Stark Smith, Daniel Lepkoff, Lisa Nelson, Steve Paxton, Karen Nelson, Katie Duck, Ray Chung, Ryuji Lee e Howard Sonenklar; com o venezuelano David Zambrano; com os japoneses Lee Oka-Ryuji e Hisako Horikawa; com a holandesa Angélika Oei; com o alemão Dieter Heitkamp e o espanhol Jordi Cortes Molina. Como coreógrafo, criou os espetáculos: “Auto Retrato”, indicado para o prêmio APAC de 1993; “Mulheres” em 1996 – Portugal; “Zero” vencedor do prêmio Aluízio Batata de 1997, “Retratos” (Portrait) indicado para os prêmios Candango de Cultura e Prêmio Ok de 1998, “Sol Num Quarto Vazio” em 1999, “Mezzanino” em 2000 e “Vertigem”, apresentado no Dança Brasil em 200. Seus trabalhos já foram vistos em Portugal, Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela, Espanha e Alemanha. Em 1998, participou do VI Encuentro de Creadores na Venezuela. Produziu a exposição “Pinturas e Desenhos” de Ralph Gehre, coordenou a montagem das exposições “Bernar Venet Brasil” de Bernar Venet, “Azulejões e Charques” de Adriana Varejão, “Êxodos” de Sebastião Salgado e “Ver é Crer” de Vick Muniz. Fez a Direção Artística do projeto Very Special Arts.
Espetáculo O Tratado das Meias Verdades

Apresentação dia 12/02, às 20h, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional


O TRATADO DAS MEIAS VERDADES é um olhar sobre a sociedade brasileira através da dança e das artes visuais. Como o cristianismo conspirou contra a mulher desde o mito da Eva até a mulher contemporânea. Revelando sua participação na desvalorização do feminino na sociedade. É um espetáculo de dança, feminino e generoso que trás um outro olhar sobre a mulher contemporânea e sua mitologia, permitindo que o espectador reflita sobre sua identidade e influência social. Este espetáculo é a união da linguagem da dança e do vídeo, sendo usado como elemento para a criação de narrativa que permita que o público possa se transportar para dentro da cena e para fora do teatro, criando uma atmosfera que vai além da caixa cênica passando por lugares onde a nossa memória está gravada e para onde nossos sentimentos são levados. Para a construção deste espetáculo vários textos fizeram parte da nossa pesquisa. Mas todos eles foram lidos não como uma verdade absoluta, mas com o objetivo de construir uma linha de pensamento que permitisse a reflexão sobre o feminino, seu papel e utilização na sociedade. O provocador de tudo foi o livro “O Poder do Mito” de Joseph Campbell. Que de uma maneira poética e mágica transporta o leitor para os mitos que estão dentro de nós. Entre eles o de nascer e morrer. Da vida se alimentando da vida. Dos textos que são tidos como apócrifos dois foram fundamentais para o nosso estudo, “O Evangelho de Maria Madalena” e “A Origem do Mundo”. No primeiro, passamos a compreender como o conhecimento do ponto de vista do feminino nos leva a uma compreensão mais harmoniosa dos mistérios da vida. No último, a revelação de que este mundo em que vivemos é a experiência da “Ciência do Bem e do Mal” coexistindo ao mesmo tempo. Um mundo de dualidades que se encontram e interagem.

Dança Pequena (Brasília)

O Dança Pequena – Grupo de Dança Contemporânea surgiu em 2000, do encontro de Édi Oliveira (bailarino, coreógrafo e diretor artístico do grupo) e de Fabiana Garcez (intérprete) para e realização do espetáculo O Coração tem sua memória (dezembro 2001), também apresentado no Festival Internacional da Novadança (Brasília, 2004) e no projeto Tempo para cultura (Parkshopping, 2004). Em seguida, as bailarinas Danielle Renée e Shirley Farias passaram a integrar o grupo para a realização do espetáculo Tenham olhos só para mim (abril, 2005). A Dança Pequena busca, através de uma movimentação econômica e simples, chegar à construção de uma dança onde excessos e ações inúteis são eliminados. O que se pretende é fugir do virtuosismo gratuito e dos exageros estéticos, enfatizando a força dramática de movimentos simples, o lirismo de imagens cotidianas ou metafóricas e o poder de informação de ações purificadas. Assim, sentimentos e emoções serão sugeridos ao público através de cenas construídas com simplicidade, poesia e introspecção, desprovidas da pretensa imposição das imagens de sentido único.

Espetáculo Tenham Olhos Só Para Mim
Apresentação dia 13/02, às 20h, no Teatro da Caixa
O novo espetáculo do Dança Pequena – Grupo de Dança Contemporânea, aborda a questão da vaidade excessiva e descontrolada, num momento no qual grande parcela da sociedade dá importância exacerbada à valorização do corpo e da estética, tentando, a todo custo, inserir-se em padrões de beleza pré-estabelecidos e inconstantes. A encenação provoca o público a pensar nos limites da busca da beleza – muitos são capazes de por em risco a própria integridade física, por acreditarem que o valor de cada um se afirma por seus atributos corporais, tudo isso, muitas vezes, em detrimento de seu conteúdo intelectual e espiritual, o que cria pessoas vãs, vazias, sem essência e, por fim, fragilizadas. Não raro, perde-se a referência de onde acaba a auto-estima, que faz com que cada um procure cuidar bem de si e zelar pelo seu bem estar, e onde começam a vanglória, a presunção e o egocentrismo, criando pessoas centradas e viciadas na própria imagem, no exercício do exibicionismo e no sentimento de superioridade. A personagem A Rosa do livro ‘O Pequeno Príncipe’, de Antoine de Saint-Exupéry, será a metáfora do comportamento vaidoso. Essa personagem aparece como o subconsciente do espetáculo, como uma presença que ronda toda a atmosfera criada em cena, na qual três mulheres praticam seus rituais de ornamentação em um ambiente onde reina a vaidade embriagante, a inveja, a soberba, bem como a insegurança e a fragilidade. Afinal, o destino de toda flor é murchar.

Gustavo Barros (Rio de Janeiro)

Estudou Mímica Corporal Dramática de Etienne Decroux, Máscaras Balinesas, Contato Improvisação, Dança Contemporânea e Artes Marciais. Participou de diversos workshops com artistas como: Min Tanaka, Christoph Wavelet , Massoud Saidpour, Alejandro Ahmed, Howard Katz “Fireheart”, Denise Namura , Maud Robart , Eugenio Barba e Odin Teatret , Marteen Spangberg e Mark Thompkins. Participou do Encontro” Dançar o que é nosso” – Dancas na Cidade em Lisboa, quando trabalhou de Xavier Le Roy, Boris Charmartz, Howard Sonnenklar e Pep Ramiz. Em 2002 recebe a bolsa Danceweb junto ao Festival Impulstanz, onde trabalhou com Vera Mantero, Louise LeCavalier, David Zambrano, Andrew Hardwood, Meg Stuart e Inaki Azpillaga entre outros. Atualmente integra a Lia Rodrigues Cia de Dancas onde participou da criacão do premiado “Aquilo de que somos feitos”.

Espetáculo Peça Inacabada para Artista Mecânico
Apresentação dia 14/02, às 20h, no Teatro da Caixa
Talvez tudo no universo seja perecível. Talvez o universo seja perecível. Talvez tudo seja duração. O perecível difere do descartável: o perecível é uma condição superável pela aceitação que o universo é finito. E o descartável supõe uma prática fundada na ilusão do infinito. Percepção, impulso, ação. Uma ação gera uma gama de outros atos. Uma reação em cadeia. Se observado sob um ponto de vista mais amplo, o ato perde o seu sentido plural e ganha uma unidade. “Peça Inacabada para Artista Mecânico” propõe um olhar sobre as ações do homem contemporâneo. Na sociedade existem mecanismos geradores de ações em que os indivíduos se colocam com um determinado fim. Fim esse que será um próximo ponto de partida. Essa peça não propõe um fim, mas apenas a sua duração.


Kleber Damaso e Letícia Ramos (Goiânia)

Kleber é bailarino e coreógrafo. Iniciou seus estudos em dança com Henrique Rodovalho. Formado em licenciatura e bacharelado pelo Curso Superior de Dança da UNICAMP em janeiro de 2001. Participou da Cia. Domínio Público, dirigida pela americana Holly Cavrell, de outubro de 1997 a meados de 2000. Recebeu Premio no Congresso Nacional de Iniciação Cientifica, pelo painel do projeto TRADIÇÃO NAGÔ: Uma Re-elaboração do Mito. Premio de Segunda Melhor Coreografia no Festival Curta Dança de Sorocaba. Premio de melhor bailarino no Fest-Dança de Curitiba. Integrou o elenco da Quasar Cia. de Dança de 2001 a 2002. Desde 2003 é coordenador da companhia Desvio e coordenador pedagógico do Espaço Quasar. Participou do encontro de Novos Coreógrafos em Caracas, Venezuela. Foi selecionado para o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros 2004, Salvador/BA, com o projeto “Construindo Janice” e para o Refest e Mostra Dança Brasil com o vídeo-dança “Esfolada”. Recentemente foi contemplado com uma Bolsa Vitae de Artes.

Letícia é bailarina, professora, produtora e intérprete. Formada em Bacharelado em Dança pela Universidade Estadual de Campinas UNICAMP, 1997-2001.Integrou a Domínio Público Cia de Dança dirigida pela prof. Holly Cavrell e o Grupo de Teatro Carranca dirigido por Gustavo Garcia da Palma durante o período da faculdade. Em 2000 ganhou o Prêmio Shabelewisk no Fest-Dança Curitiba com a coreografia “Mezzanino” dirigida pela Pofa. Holly Cavrell. Dançou na Quasar Cia de Dança nos anos de 2001 e 2002. Em 2003 assumir o projeto Escola Quasar de Arte Contemporânea e a coordenação do Espaço Quasar. Com a companhia Desvio participou do Dança em Trânsito, Mostra de Dança Contemporânea do Festival de Dança de Joinville e Projeto Fora do Eixo no Sesc Ipiranga com a coreografia “Fantasmas da Desvio”. Trabalhou com Cristina Moura e em 2004 retorna ao elenco da Quasar Cia de Dança. Presenta o solo “Mr. Z, Mr. Zebra ou Skhìzeingraph” na Mostra Sesc de Artes Mediterrâneo 2005, no Festival de Dança de Londrina e no Festival Tápias de Dança Contemporânea.


Espetáculo Mr. Z
Apresentação dia 14/02, às 20h20, no Teatro da Caixa
Constituído de três parênteses, Mr Z ou Skhízeingraph é sobre o medo e o desejo de ser observado, estreitando a construção do movimento do corpo e do vídeo. O primeiro momento: “Perseguição” – é um roteiro de vídeo-dança filmado 24 horas antes da apresentação, com intuito de confrontar a paisagem urbana na cidade onde o trabalho será apresentado e o estado físico impresso no corpo da interprete; Segundo momento: “O verso e o Reverso” – convidam a memória do espectador a editar suas imagens. Homônimo à coreografia, transforma este corpo em cena com urgência de liberdade e prazer, sem abdicar do desejo pelo “outro” olhar, como o da câmera, que flagra e registra; O terceiro: “Lua” – revela o corpo / página, mapeado com trechos do conto “Aventura de um Fotógrafo”, de Ítalo Calvino, perseguidos intimamente e expostos em tempo real por uma filmadora que dança com a bailarina.

Vanilto Lakka (Belo Horizonte)

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Uberlândia. Iniciou seus estudos no ano de 1991 por meio do contato com o movimento de Dança de Rua. Estudou Balé Clássico, Jazz, Dança Moderna e Técnicas de Dança Contemporânea. Em 1997 foi um dos fundadores do Grupo Werther – Pesquisa de Dança. Em 2003 recebeu o prêmio Estimulo Dança Profissional no XVI Festival de Dança do Triângulo, e também ocupou a função de pesquisador/criador/intérprete residente do Território Minas, programa do FID (Fórum Internacional de Dança). Entre os suas criações destacam-se: “Mídia Corporal”. “Dúbbio”, “Você, Um Imóvel Corpo Acelerado”, “De….va..gar: últimos Capítulos da Cultura Nacional” e “O Corpo é a Mídia da Dança?”, que foram apresentados no PanoramaRioArte-RJ, FID e o Masculino na Dança-SP. Atualmente compõe como convidado o elenco da companhias Camaleão Grupo de Dança e Mário Nascimento Cia. Foi selecionado pelo prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) como melhor intérprete no ano de 2005.

Espetáculo Dúbbio
Apresentação dia 14/02, às 21h, no Teatro da Caixa
Em “Dúbbio” discuti-se a ambigüidade das relações humanas diante da solidão e da convivência com as marcas deixadas em nós. Uma questão é imposta: existe a possibilidade de ficarmos sós? A questão tenta ser respondida a partir da utilização de um corpo repleto de informações diversas como Dança de Rua, Dança Clássica e Técnicas de Dança Contemporânea, além de todas as outras técnicas cotidianas que compõe um corpo, resultando em uma dança híbrida.

Dudude Herrmann (Belo Horizonte)

Inicia o trabalho com seu grupo, a Companhia de Dança Dudude Herrmann, em 1992. Produziu Arrotos e Desejos, Plus, Intersecções Barrocas em Andamento Latino, Iphigênia e O Que Fazer para o Jantar?. Trabalhou com as companhias Meia Ponta e Primeiro Ato, com a qual montou os espetáculos Whisky com Guaraná, Reflexões do Gesto e o premiado Carne Viva. Atualmente, leciona no Estúdio Dudude Herrmann, aberto em 1993, dando continuidade a um trabalho desenvolvido na escola do Grupo Corpo e na Companhia Primeiro Ato.

Espetáculo Pedaço de uma Lembrança
Apresentação dia 14/02, às 21h30, no Teatro da Caixa
“Registro das impressões; re-visitar um lugar de aprendizado onde o frescor perdura até hoje. Iniciação pela possibilidade da invenção via linguagem da improvisação como produto final escutando os ecos da memória guardada no corpo do movimento”. Uma releitura de um trabalho coreográfico feito para o Grupo TransForma, por Graciela Figueroa, em 1976, Pedaço de uma Lembrança estreou no Festival ‘1,2 na Dança’ em outubro de 2004, com o intuito de homenagear Marilene Martins. Apoiada na memória do Grupo TransForma, nos idos anos 70, Dudude re-visita este lugar da lembrança com o corpo de hoje, admitindo o registro guardado neste corpo impregnado e construído através da memória. Uma aventura fascinante aos olhos da artista – escutar os ecos da atemporalidade de um determinado momento. O espetáculo faz parte do repertório vivo da Companhia, e já foi apresentado no ‘Feminino na Dança’, evento do Centro Cultural São Paulo, em 2005.

Ângelo Madureira e Ana Catarina (São Paulo)

Ângelo Madureira foi bailarino e coreógrafo do Balé Popular do Recife atuou também como diretor. No ano de 1997 a convite do Diretor do Grupo XPTO, Oswaldo Gabrielli, vem para São Paulo atuando na Cia. como interprete e coreógrafo. Ana Catarina foi bailarina da Cia. Cisne Negro de1998 a 2002 trabalhando com diversos coreógrafos entre eles Itzik Galili (Israel), Patrick Delcroix (França), Mark Baldwin(Ingleterra), Ana Maria Mondini, Rui Moreira, Tindaro Silvano (Brasil) entre outros. Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira se apresentaram nos principais teatros do Brasil e em Países como Alemanha, Estados Unidos, França Canadá, Argentina e etc… Em 2000, fundou a Escola Brasílica Música e Dança.

Espetáculo Outras Formas
Apresentação dia 15/02, às 20h, no Teatro da Caixa
Com a colagem O Que Faz Os Lares De Hoje Tão Diferentes E Atraentes?, de 1956, Richard Hamilton atualizou a inquietação que pairava sobre o mundo das artes de então, lançando as bases para a Pop Art. Apontando o imaginário da sociedade de consumo como fonte de inspiração para a criação, Hamilton definiu que as obras artísticas deviam ser “populares, transitórias, esquecíveis, produzidas em massa, jovens, em escala empresarial, de baixo custo, humorísticas, sexy e ardilosas”. Com isso, deu fundamentação intelectual à forma de expressão que mudou a arte da segunda metade do século XX. A Pop Art, que se alimenta das imagens massificadas dos meios de comunicação, se encontra com a mais genuína expressão da cultura popular brasileira. No espetáculo, o duo estabelece um paralelo entre as obras de Hamilton e a busca por outras formas para a dança popular. Os bailarinos são banhados por diferentes efeitos de iluminação, que tentam reproduzir os diferentes ambientes impressos pelo artista inglês em suas pinturas.

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