A MAGIA DE MIRÓ
Exposição apresenta 69 obras, entre desenhos e gravuras, e 23 fotografias do grande artista catalão
*Oportunidade rara de conhecer a rotina do artista em momentos de descontração e criação
*Curadoria e fotos de Alfredo Melgar, conde de Villamonte, fotógrafo galerista em Paris e amigo de Miró
“Com Miró, a pintura uniu-se ao reino da poesia”. Assim a historiadora Janis Mink define, na biografia que escreveu sobre o artista para a editora alemã Taschen, o trabalho do catalão que está entre os grandes nomes da arte mundial em todos os tempos. Agora, o espectador de Brasília terá a rara oportunidade de ver de perto um recorte da obra do mestre na exposição A MAGIA DE MIRÓ, composta de 69 desenhos e gravuras e 23 fotografias que integram a coleção de Alfredo Melgar, curador e amigo de Miró. A mostra ocupa a Galeria Principal da CAIXA Cultural e encerra, em Brasília, uma itinerância pelas unidades da CAIXA Cultural no Brasil. A MAGIA DE MIRÓ poderá ser vista de 1º de julho a 30 de agosto, sempre com entrada franca.
Joan Miró (1893-1983) sempre foi refratário a classificações e correntes artísticas, no entanto, é apontado como um dos principais nomes do movimento surrealista. De espírito inquieto, mas muito introvertido, Miró refletiu, em seu trabalho, o impacto da poesia sobre as artes plásticas, construindo um universo onírico, marcado por formas e cores que muitas vezes, pela espontaneidade e extrema liberdade artística, lembram a simplicidade dos desenhos infantis.
Um dos mais originais artistas do século XX, Miró explorou diversas técnicas artísticas, como pintura, escultura, litografia, cerâmica, aquarelas, pastéis, colagens, pintura sobre cobre, cenografia teatral e várias outras linguagens. Sua obra recolhe motivos do universo da memória e do subconsciente, trabalhando-os com grande fantasia e imaginação.
A EXPOSIÇÃO
A MAGIA DE MIRÓ reúne obras que fazem parte da coleção de Alfredo Melgar, conde de Villamonte e fotógrafo galerista em Paris, que assina a curadoria da mostra. As 69 obras da Coleção Melgar expostas na CAIXA Cultural datam de diferentes períodos de produção, indo de 1962 a 1983. São gravuras (técnica na qual Miró foi considerado um dos grandes mestres de todos os tempos) e desenhos, muitos deles únicos. Alguns dos desenhos são esboços ou notas, realizados sobre superfícies diversas, dentre papel, lixa e papelão, em lápis e giz de cera. Muitos destes trabalhos foram feitos durante os últimos cinco anos de vida do artista.
A exposição conta ainda com 23 fotografias que são um verdadeiro presente para o espectador. Nelas, o personagem é Miró, clicado em preto e branco, por Melgar, em visitas que fez ao ateliê do artista. As fotografias registram o artista espanhol em pleno processo criativo. Nas imagens, Miró aparece em diversos momentos de criação e de descontração, revelando um plano mais íntimo e pessoal do catalão. Os retratos datam da década de 1970, quando o artista convidou Melgar para fotografá-lo. O fotógrafo conta que ao tomar contato com o universo modernista, passou a adquirir as obras. Melgar conheceu Miró quando o artista já era reconhecido internacionalmente. Tornaram-se amigos e o fotógrafo fez várias visitas ao ateliê do mestre.
As obras da exposição remetem ao processo criativo de Miró. O resultado é o traço colorido e inconfundível do gênio, que buscava a máxima intensidade com economia de traços. “O ponto de partida é completamente irracional, brutal, inconsciente: eu parto como uma fera. Mas no dia seguinte – ou vinte anos depois, é a mesma coisa – de cabeça descansada, eu observo friamente. É a hora da autocrítica.” Essa declaração foi dada por Miró ao ensaísta e crítico francês Gaëtan Picon, em 1975, e é uma das que melhor descrevem o processo de compreensão reflexiva levado adiante pelo artista. Apesar de seu espírito de liberdade criativa, Miró era rigoroso em seu labor diário e trabalhava com a disciplina de um operário.
A mostra já passou pela CAIXA Cultural São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza, com patrocínio da Caixa Econômica Federal via Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural (www.programasculturaiscaixa.com.br).
JOAN MIRÓ
Nascido em Barcelona, em abril de 1893, é um dos mais renomados artistas da história da arte moderna. Miró estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí. Em 1920, vivendo em Paris, encontrou-se com Pablo Picasso e recebeu a influência de poetas e escritores surrealistas que amadureceram seu estilo.
Em suas pinturas e desenhos, tentou descobrir signos que representassem conceitos da natureza num sentido poético e transcendental. Nesse aspecto, tinha muito em comum com dadaístas e surrealistas, sendo influenciado principalmente por Paul Klee. Miró também trazia intuitivamente a visão despojada de preconceitos que os artistas das escolas fauvista e cubista buscavam, mediante a destruição dos valores tradicionais.
A partir de 1948, entre Espanha e Paris, realizou uma série de trabalhos de conteúdo poético com variações temáticas sobre mulheres, pássaros e estrelas. Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim pelo mural que realizou para o edifício da Unesco, em Paris. Miró morreu em Palma de Maiorca, na Espanha, em 25 de dezembro de 1983.
Atualmente, sua produção pode ser vista na Fundació Joan Miró, em Barcelona, inaugurada em 1975, e que reúne grande parte de sua produção, além dos principais museus de arte contemporânea do mundo.
ALFREDO MELGAR – Alfredo Melgar Alexandre nasceu em Madri, em 1944. Foi médico e professor da Cruz Vermelha, atuou como voluntário dos campos de refugiados do Oriente Médio e viajou pela América, África, Ásia e Europa trabalhando, alternadamente, como médico e fotógrafo. De volta à Espanha, em 1980, fundou a editora e galeria de arte Alfredo Melgar, produzindo portfólios de pintura, música e poesia. De 2003 a 2008 foi presidente da Associação Espanhola de Gestores do Patrimônio Cultural (AEGPC). Hoje, vive em Madrid, realizando trabalhos de edição, produção e direção de exposições e eventos culturais.
SERVIÇO
Exposição: “A Magia de Miró” – Joan Miró
Período: 1º de julho a 30 de agosto (terça-feira a domingo)
Horário: terça a sábado, de 10h às 20h, e domingo, de 10h as 19h
Local: CAIXA Cultural Brasília | Galeria Principal – (SBS Quadra 4 Lotes 3 / 4))
Abertura: 30 de junho, às 19h
Classificação indicativa: Livre
ENTRADA FRANCA
Informações: 61 3206-9448 | 61 3206-9449
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