TODOS OS SONS

Projeto reúne grandes nomes e novos talentos da música em apresentações gratuitas

Shows acontecem na Praça das Fontes, no Parque da Cidade e trazem para o público brasiliense artistas como Tom Zé, Fernanda Takai, Oswaldo Amorim, Virgínia Rodrigues, Simone Mazzer e Filipe Catto, além de trupes circenses e grupos teatrais

Quem acompanha a vida musical de Brasília conhece bem o projeto TODOS OS SONS. Durante sete anos consecutivos, ele foi realizado no gramado do Centro Cultural Banco do Brasil, proporcionando o contato do público da capital brasileira com artistas do cacife de Ray Lema (o grande músico congolês em dueto inesquecível com o brasileiro Chico César), Criolo (em show que bateu recorde de público do CCBB), Otto, Karina Buhr, André Abujamra, Baby do Brasil e Rosa Passos, além do sérvio Goran Bregovic e de Angelique Kidjo (Benin), ambos feitos em parceria com o Festival Cena Contemporânea. Agora, o projeto amplia sua vocação de oferecer música de qualidade com entrada franca, ocupando a Praça das Fontes do Parque da Cidade (entrada pelo Estacionamento 09). Com o patrocínio da Vivo – por meio da Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Cultura do GDF – TODOS OS SONS faz um convite a toda a família para tardes e noites inesquecíveis regadas a boa música e muita diversão.

O primeiro concerto será no próximo dia 11 de dezembro, com um elenco que promove um passeio pelo Brasil. Para começar, a música instrumental eclética, alegre e diversificada do brasiliense Oswaldo Amorim Trio. Depois, a baiana Virgínia Rodrigues, uma diva da música internacional, apresenta o repertório de seu mais recente CD, Mama Kalunga. Em seguida, o palco será tomado pela presença magnetizante da cantora e atriz paranaense Simone Mazzer, nome em ascensão na música brasileira. E para terminar, todo o carisma do gaúcho Filipe Catto, apontado pela crítica como um dos maiores artistas de sua geração.

A festa tem início a partir das 15h com um programa de atividades lúdicas e esportivas, contando com a participação do Circo Rebote apresentando o espetáculo Inka Clown Show, protagonizado por Atawallpa Coello, uma atração para toda a família, unindo poesia e expressão da cultura andina. Uma Praça de Alimentação especialmente montada oferecerá opções de comida de qualidade, diversificada e a baixo custo. “O projeto é um marco da boa música na cidade”, afirma a curadora Michele Milani, complementando: “Este ano, decidimos deslocá-lo para a área central de Brasília, para oferecer maior acessibilidade”.

O convite segue pelos meses de janeiro e fevereiro, sempre com a proposta de reunir, no mesmo programa, artistas de Brasília seguidos por artistas que estão despontando no cenário nacional e terminando com grandes nomes da música popular brasileira. Em 15 de janeiro, passarão pelo palco o brasiliense Dillo, os paulistas 2 Reis e o grande baiano Tom Zé. E no dia 12 de fevereiro, espaço para a música da banda Consuelo (DF), da banda Samuca e a Selva (SP) e da mineira Fernanda Takai. TODOS OS SONS é uma realização da ArteViva e Cena Promoções Culturais, tem direção artística de Michele Milani e Alaôr Rosa e coordenação geral de Fernanda Oliveira, com patrocínio da Vivo via plataforma Vivo Transforma.

Em cultura, o Vivo Transforma protagoniza e apoia projetos pautados na formação musical para jovens e na democratização do acesso à música, com ingresso solidário ou de baixo custo. Somente em 2015, foram 3 milhões de pessoas beneficiadas por meio de iniciativas próprias e projetos incentivados e 5 mil crianças e jovens atendidos em projetos culturais ligados principalmente à formação musical. Em 2016, estão sendo apoiados 90 projetos em 10 estados brasileiros, pautados principalmente na música como meio de transformação social.

FESTA DA MÚSICA

O show de abertura do projeto TODOS OS SONS começa com o som do Oswaldo Amorim Trio. Acompanhado por Daniel Baker (teclados) e Paulo Marques (bateria), o contrabaixista Oswaldo Amorim apresenta suas composições, seus arranjos, com uma linguagem rica e diversificada, além de uma prévia do show Tributo a Jaco Pastorius, que irá promover durante o ano de 2017, como homenagem ao nome mais reverenciado do contrabaixo elétrico. “Será um show para cima, com um repertório alegre e com muita energia”, diz Oswaldo Amorim.

O contrabaixista Oswaldo Amorim costuma dizer que gosta de passear pelos estilos e gêneros musicais. Por isso, promete um show eclético e sem rótulos. Assim como toda sua carreira. Oswaldo Amorim pode ser visto tanto tocando baixo acústico no show intimista ao lado do violonista Paulo André Tavares, ou no baixo elétrico (cheio de efeitos e distorções) no show do guitarrista Haroldinho Mattos; num show acompanhando Hermeto Paschoal ou num tributo a Tim Maia com a cantora Indiana Nomma. “Sou um apaixonado pela música”, define o contrabaixista.

Descoberta por Caetano Veloso em 1997, Virgínia Rodrigues é hoje um nome reverenciado na Europa, Estados Unidos e Japão. Com sua voz poderosa, que vai do grave ao agudo sem esforço, ela funde jazz, música clássica, samba, canções de candomblé e outros ritmos com muita personalidade, vagueando, com extrema segurança, entre o erudito e o popular. Apesar de ser considerada uma diva pela crítica internacional, a cantora é ainda um nome pouco conhecido do grande público brasileiro. Virgínia Rodrigues será a segunda atração do primeiro show de TODOS OS SONS.

Virgínia Rodrigues foi escolhida Melhor Cantora de 2016 no 27º Prêmio da Música Brasileira. Promete, para o show em Brasília, cantar seu quinto e mais recente trabalho, Mama Kalunga (2015), no qual faz reverência às matrizes africanas. No encontro com canções ligadas aos Orixás, Virgínia apresenta leitura própria do legado complexo e multifacetado da cultura afro-brasileira. Acompanham a cantora nos shows os violões de Leonardo Mendes e Bernardo Bosísio, violoncelo de Iura Ranevsky, e pelas percussões de Marco Lobo e Sebastian Notini.

A terceira atração de TODOS OS SONS em dezembro é uma cantora que já veio muitas vezes a Brasília como atriz da Armazém Companhia de Teatro. Simone Mazzer deixou a carreira teatral para se dedicar à música e vem se destacando com uma voz potente e um jeito único de interpretar as canções. Recentemente, conquistou o Prêmio da Música Brasileira Revelação. Em Brasília, ela apresenta um repertório amadurecido ao longo dos últimos anos, em que mescla músicas do seu primeiro álbum, “Férias em Videotape”, com uma série de referências musicais.

No palco, Mazzer apresenta músicas de autores de sua geração (Luciano Salvador Bahia, Bernardo Pellegrini, Maurício Arruda Mendonça, entre outros) e músicas de autores consagrados. Os hits do álbum: “Tango do mal” (da trilha da novela “Babilônia”, da TV Globo), “Dei um beijo na boca do medo” (trilha de abertura da série Meu nome é Bruna, da Fox) e ainda “Estrela Blue” (que acaba de entrar na trilha da novela “Lei do Amor”, também da TV Globo) se completam às consagradas “Camisa Listada” (Assis Valente) e “Hyper-ballad” (Björk). No quesito homenagens, saúda Angela Ro Ro (“Balada da arrasada”), Gilberto Gil (“O amor daqui de casa”), Caetano Veloso (“Vaca profana”) e Itamar Assumpção de quem canta “Parece que bebe”.

E a programação termina com a voz singular e o talento arrebatador do cantor, compositor, violonista e pianista gaúcho Filipe Catto, que promete apresentar um show baseado em seu segundo álbum, Tomada (cujo título faz alusão ao verbo tomar, conquistar, muito mais do que ao plugue de três pinos).

Depois de conquistar os brasileiros com os hits “Saga”, “Adoração” e “Flor da Idade” (que revelaram ao país um guri de voz singular, capaz de transitar por vários gêneros e sentimentos e arrebatar plateias), Filipe Catto apresenta um repertório feito de canções próprias, inspiradas em artistas que contribuíram para sua formação musical, de PJ Harvey a Cássia Eller, de Radiohead a Jeff Buckley. São músicas como “Dias e Noites”, primeiro single do CD; parcerias com dois nomes consolidados da MPB (Pedro Luís é coautor de “Adorador” e Moska, da irresistível “Depois de Amanhã”), presentes inesperados (Marina Lima ofertou a poderosa “Partiu”) e releituras de canções, como “Amor Mais Que Discreto”, de Caetano Veloso, e “Do Fundo do Coração”, balada pouco valorizada da Gang 90.

OS ARTISTAS

OSWALDO AMORIM

Músico contrabaixista, compositor, arranjador, diretor musical, nascido no Rio de Janeiro. Iniciou os estudos em música em 1979, no Conservatório Carlos Gomes em Belém do Pará. Estudou ainda na Escola de Música de Brasília (1990 – 1992) e graduou-se em Licenciatura em Música pela Universidade de Brasília em 1996. Em Nova York conclui o curso de especialização em contrabaixo pela Bass Collective e o Mestrado em Jazz Performance. Músico profissional desde 1990, já se apresentou em várias cidades no Brasil e no exterior (Argentina, Cuba, Equador, EUA, Paraguai, Portugal, Rússia e Ucrânia), tendo gravado e tocado ao lado de artistas como Hermeto Paschoal, Eumir Deodato, Raul de Souza, Roberto Menescal, Marcio Montarroyos, Léo Gandelman, Ricardo Silveira, Toninho Ferragutti, Sérgio Sampaio, Vinícius Cantuária, Nivaldo Ornelas, Raul Mascarenhas, Marcos Ariel, Victor Biglione, Bocato, Oswaldinho do Acordeon, Gary Keller, Daniela Spielman, Vitor Santos, etc.

Professor da Escola de Música de Brasília, é colaborador e colunista da revista Baixo Brasil. Desde 2003, desenvolve um trabalho com o violonista e compositor Paulo André Tavares, que conta com o CD “Na Estrada” (2010) e cinco especiais gravados para TV Senado (2004 e 2009), TV Câmara (2005) TV SESC/TV Câmara (2006) e TV Brasil (2008). Integra ainda o trabalho solo de artistas como o pianista Renato Vasconcellos, o compositor e pianista Antônio Carlos Bigonha, o guitarrista Haroldinho Mattos, a cantora Indiana Noma, o guitarrista Genil Castro, o Trio de Jazz do baterista André Togni; o grupo Jazz Quinteto do cantor Rogério Midlej; o grupo SOM Trio, dentre outros. Além das atividades como músico/educador, desenvolve seu projeto solo, mostrando suas influências e preferências, suas composições e arranjos.

VIRGÍNA RODRIGUES

Cantora descoberta por Caetano Veloso durante ensaio do Bando de Teatro Olodum, em Salvador, em 1997, é hoje uma cantora respeitada nos importantes festivais de jazz do mundo. Entre seus fãs está o ex-presidente Bill Clinton, que já afirmou que Virgínia é sua cantora preferida no mundo. Caminhando com desenvoltura entre o erudito e o popular, a cantora tem uma voz que os críticos já definiram como sendo “celestial”.

Virgínia Rodrigues lançou o primeiro disco Sol Negro em 1997. O álbum foi logo muito bem recebido na Europa e nos Estados Unidos e a cantora começou a ser chamada de “Cinderela brasileira”, por ter uma história de superação, de manicure a estrela internacional. Em um ano, já estava fazendo turnês e lançando discos na Europa, Japão e Estados Unidos. De lá para cá, vieram ainda Nós (2000), com referências a músicas de blocos afro de Salvador, Mares Profundos (2004), Recomeço (2008) e o recente Mama Kalunga (2015), que apresenta uma narrativa mitológica, filosófica e afetiva da presença negra no Brasil e no mundo, com rastro que, segundo ela, mistura “barro e espírito”.

 

SIMONE MAZZER

Atriz e cantora nascida em Londrina, iniciou sua carreira musical em 1989, com a banda Chaminé Batom, que chegou a lançar dois discos. Em 1994, passa a integrar, como atriz, a Armazém companhia de Teatro, em montagens como A Tempestade, Pessoas Invisíveis, Esperando Godot, Alice Através do Espelho e A Caminho de Casa. A carreira de atriz inclui ainda a protagonista do espetáculo Ilda e Nicole, da companhia Lezard Dramatique, da França, a atuação no filme Mato Sem Cachorro, de Pedro Amorim, o longa Nise da Silveira – Senhora das Imagens, dentre outros projetos.

Como cantora, tem arrebatado prêmios (como o Prêmio da Música Brasileira, Revelação em 2016) e plateias por onde passa. Após assistir a um show de Simone Mazzer, o cantor e compositor Celso Fonseca escreveu numa rede social: “O lugar comum seria dizer que é uma força da natureza, mas evito o termo e prefiro dizer que Simone tem uma força de vida (…). No camarim, ia lhe dar os parabéns, mas só consegui dizer obrigado. Pela arte, pelo talento, pela força, pela emoção e pela vida”, elogia o artista antes de arrematar com a declaração: “Virei devoto”. Reverência semelhante a artista recebeu do poeta e também compositor Jorge Salomão: “Mazzer é um fenômeno na música feita no Brasil contemporâneo. Veio para arrebentar a pasmaceira reinante”.

 

FILIPE CATTO

Natural de Porto Alegre, cantor, compositor, violinista e pianista lançou seu primeiro EP “Saga” em 2009, atingindo logo um grande sucesso e entrando para a trilha da novela Cordel Encantado, da TV Globo. Em 2011, lança o segundo projeto “Fôlego” e em 2013, o DVD “Entre Cabelos, Olhos e Furacões”. É de 2015 o CD Tomada, que o artista vem trabalhando em shows pelo país e no qual não foge das emoções e dos assuntos espinhosos.

As composições e interpretações de Filipe Catto têm sido temas de várias novelas da Rede Globo, como “Quem É Você” (novela “Sangue Bom”, 2013), “Adoração” (novela “Saramandaia”, 2013) e a mais recente, uma regravação da música de Chico Buarque “Flor da Idade”, na voz de Filipe Catto, que foi tema da novela “Joia Rara” (2014). O cantor e compositor também já participou de grandes projetos musicais, como “Elis Por Eles” com a direção de Pedro Mariano, se apresentou com grandes nomes da música brasileira e esteve em programas de televisão como “Encontro” com Fátima Bernardes, Altas Horas, Programa do Jô, entre outros.

 

CIRCO REBOTE

Criada pelos acrobatas e palhaços Atawallpa Coello, Erika Mesquita e Waskar Coello, a companhia nasceu em 2004 com a proposta de realizar circo teatro e espetáculos de rua, pesquisando variadas linguagens artísticas, que incluem da acrobacia cômica à música ao vivo. Na primeira edição do projeto TODOS OS SONS, o grupo apresenta o InkaClown Show, espetáculo-solo do palhaço, acrobata, trapezista, equilibrista e músico Atawallpa Coello, que já circulou por diversos países da Europa, Estados Unidos, Porto Rico, México e 14 cidades brasileiras.

 

AULA ESPETÁCULO E OFICINA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS

O projeto TODOS OS SONS tem início antes mesmo do show do dia 11 de dezembro, com um importante programa de formação musical desenvolvido pelo Grupo Kelú-Kesô, que será desenvolvido na região do Itapoã, bairro Fazendinha/I, no dia 1º de dezembro. Contando com o trabalho dos dois fundadores da companhia, Leonardo Coutinho de Souza e Luiz Gonzaga Araújo e Costa Júnior, será apresentada uma aula espetáculo, na parte da manhã, dedicada a alunos do ensino fundamental. De tarde, o mesmo grupo desenvolve no local uma Oficina de Instrumentos Musicais, que irá ensinar a transformar material reciclado em música.
Data: 1º de dezembro de 2016, quinta-feira
Local: Escola Classe Ensino Fundamental – CEF Zilda Arns – Itapoã, Quadra 378, conjunto L, Área Especial

AULA-ESPETÁCULO
Horário: 10h
Duração: 50 minutos
Exposição dos instrumentos alternativos já criados pelo grupo, com o objetivo de despertar a curiosidade e o interesse em relação ao tema da oficina a ser desenvolvida de tarde. Os integrantes do grupo contam de uma forma lúdica e interativa a história da construção de cada um dos instrumentos expostos, mostrando detalhadamente o material utilizado na sua confecção, a forma como foi trabalhado esse material e o resultado sonoro e estilístico.

OFICINA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS
Duração: 2h30
Direcionada a crianças a partir de 10 anos de idade, com no mínimo 30 vagas.
Montagem de instrumentos criados pelos próprios alunos, enfatizando a criatividade de cada um. O aluno sai da oficina com o instrumento montado e testado e com sua criatividade aflorada. São trabalhados materiais que seriam jogados no lixo e que serão utilizados pelos participantes durante a aula, como garrafas plásticas, papéis reciclados, entre outros.

FICHA TÉCNICA

Patrocínio: Vivo – através da Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria de Cultura do GDF
Realização: Arteviva e Cena Promoções Culturais
Direção Artística: Michele Milani e Alaôr Rosa
Coordenação Geral: Fernanda Oliveira

 

SERVIÇO

Local: Praça das Fontes do Parque da Cidade (entrada pelo estacionamento 9)
Datas: 11 de dezembro de 2016, 15 de janeiro e 12 de fevereiro de 2017
Horário: a partir das 15h (atividades lúdicas e esportivas) e 17h (apresentações musicais)
ENTRADA FRANCA
Informações: (61) 3349.3937 – (61) 9 9315.5757

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