2º SLOW FILME
Segunda edição do Festival abre espaço para o Slow Bier e para o sabor do queijo mineiro
* O mineiro e o queijo, mais recente filme do cineasta Helvécio Ratton, será exibido em avant-première. Ratton conversa com o público após a exibição.
*A produção de cerveja artesanal no Brasil é tema de filme, palestra com o mestre cervejeiro Marco Falcone, proprietário da cervejaria Falke Bier, e degustação
*Exibição de 21 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens de ficção e documentário de países como Irã, Índia, Itália, França, Líbia, EUA, Chile e Hungria
* Palestra sobre turismo gastronômico com o cineasta, escritor, chef e apresentador do programa Trilhas do Sabor, Rusty Marcellini, com exibição do curta Um Armazém das Antigas
*Restaurantes da cidade criam pratos exclusivos inspirados no Slow Filme
Depois de provar que até terras mais áridas como o sertão brasileiro são capazes de produzir vinho de excelente qualidade, os produtores brasileiros jogam por terra mais uma máxima: a de que só o oeste europeu consegue fazer a boa cerveja. É isso o que vai ficar provado durante a segunda edição do SLOW FILME – Festival Internacional de Cinema e Alimentação, evento patrocinado pela Petrobras e realizado em Pirenópolis, Goiás, entre 15 a 18 de setembro. Uma das atrações do festival será a exibição de dois filmes que tratam da produção artesanal de cerveja no Brasil, acompanhada de palestra com o célebre mestre cervejeiro Marco Falcone (proprietário da Cervejaria Falke Bier, de Ribeirão das Neves, Minas Gerais) e degustação de cervejas fabricadas em pequena escala. SLOW FILME acontece de quinta a domingo, no Cine Pireneus. Entrada franca. A abertura oficial, na quinta-feira, dia 15, às 20h, terá sessão dupla com os curtas Mulheres da Terra, de Márcia Paraíso, e A Horta do Seu Geraldo, de Fernando Bola.
Mas não só a bebida à base de cevada dará o tom da edição 2011 do festival que alia cinema e gastronomia, sob o conceito da sustentabilidade. O grande cineasta mineiro Helvécio Ratton fará, durante o evento, a pré-estreia nacional de seu filme O mineiro e o queijo, que lança luz sobre a fabricação, consumo e distribuição do famoso queijo mineiro – em especial aquele fabricado na Serra da Canastra, na região do Serro e do Alto Paranaíba, em pequenas queijarias familiares. Apesar de ser considerado patrimônio cultural brasileiro, o verdadeiro queijo minas é proibido de ser comercializado fora do estado de Minas Gerais, por ser fabricado com leite cru. Após a projeção, Ratton conversará com a plateia sobre tradição e contradição e o público será convidado a degustar exemplares de queijos de Minas Gerais como os produzidos nas Serras da Canastra, Serro e Salitre e os fabricados em Cruzília.
E na tarde de domingo, os espectadores terão a oportunidade de conhecer o curioso método de funcionamento da Mercearia Paraopeba, da cidade de Itabirito, a aproximadamente 60 km de BH, que aposta em várias moedas, entre elas o escambo e a confiança. Um filme sobre o local, dirigido por Rusty Marcellini, vai ser exibido na sessão das 15h, acompanhado de um vídeo também do cineasta, que registra as festas e quitutes mineiros. Depois da exibição, o próprio Marcellini conversa com a platéia sobre “turismo gastronômico”.
O FESTIVAL
A segunda edição do festival de perfil único no Brasil está ainda mais diversa. Sob curadoria do professor de cinema, crítico e cineasta Sérgio Moriconi, serão exibidos 18 filmes, entre longas, médias e curtas de ficção e documentário, de diferentes países. São produções do Brasil, Itália, França, Irã, Líbia, Suécia, Hungria, Índia, Chile e Estados Unidos que poderão ser vistas ao longo de quatro dias de programação.
Além das sessões realizadas no Cine Pireneus, SLOW FILME propõe um programa de atividades paralelas, que complementam o conceito do festival. Serão oferecidas visitas a fazendas de agricultura orgânica, a pequenas fábricas de produção familiar, conversas com especialistas e produtores e muito mais. Vários restaurantes da cidade também se integram ao evento, criando pratos exclusivos, como é o caso do Le Bistrot, da chef Márcia Pinchemel, e Montserrat, comandado por Juan Pratginestos.
O festival é uma realização da Prefeitura de Pirenópolis e da Objeto Sim Projetos Culturais e conta com a parceria dos convivia Pirenópolis, Cerrado e Campo Lindo, ligados ao Slow Food, sob a coordenação da antropóloga e produtora rural Kátia Karam. O evento tem o apoio da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira e da Secretaria de Cultura de Pirenópolis, da Arca das Letras e do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Patrocínio Petrobras.
SLOW BIER
Nesta segunda edição, um dos focos será o movimento Slow Bier, criado em 1990, na Alemanha, propondo o prazer de tomar uma cerveja produzida no processo lento e artesanal. Um dos representantes brasileiros do movimento, Marco Falcone, proprietário de uma das mais conceituadas marcas de cerveja artesanal brasileira, a Falke Bier, vai conversar com a plateia após a exibição de Cerveja Falada – de Guto Lima, Demétrio Panarotto e Luiz Henrique Cudo –, que mostra a história de Rupprecht Loeffler, o mais antigo mestre cervejeiro do país. O diretor Luiz Henrique Cudo também estará presente à sessão.
Falcone promete apresentar um panorama da produção de cerveja artesanal no Brasil, especialmente em Minas Gerais, onde a supremacia da fabricação de cachaça está caindo em nome da cerveja. Cervejeiros que produzem sua cerveja na panela do fogão de casa (homebrewers) e produtores que investiram em microcervejarias (microbrewers) produzem, por ano, 6,2 milhões de litros de cerveja tipicamente mineira. Este volume é quase todo consumido no próprio estado. As cervejas são preparadas em pequena escala, seguindo receitas diferenciadas, com aromas e paladares sofisticados. Ao final da conversa com Marco Falcone, será oferecida degustação de algumas marcas de cerveja artesanal brasileira.
QUEIJO MINAS
Dentre as produções brasileiras, destaque para O mineiro e o queijo, novo filme do premiado diretor mineiro Helvécio Ratton, responsável por sucessos como A Dança dos Bonecos, Amor & Cia, O Menino Maluquinho e vários outros filmes. Ratton estará presente no evento, para falar um pouco sobre cinema e sobre sua paixão pelo queijo minas artesanal.
Para rodar O mineiro e o queijo, Helvécio Ratton circulou pelas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Alto Paranaíba, visitando locais onde o queijo ainda é produzido de forma artesanal, segundo as mais antigas tradições – os primeiros indícios da fabricação de queijo em Minas Gerais datam do século XVIII. Hoje, o queijo minas é produzido por cerca de 30 mil famílias, mas a tendência é que a produção caia, já que os jovens não demonstram interesse em seguir a tradição, porque não dá muito lucro. Como não podem escoar a produção para outros estados, os produtores ficam com o consumo muito restrito.
Ratton costuma dizer que seu documentário é político e poético, pois dá visibilidade a uma situação que fica restrita às queijarias familiares, que lutam contra algumas leis e o lobby dos grandes laticínios. O documentário só será lançado nos cinemas no dia 30 de setembro. Após a conversa com o diretor, o público será convidado, a degustar exemplares de queijos produzidos em Minas Gerais.
PROGRAMAÇÃO INÉDITA
SLOW FILME exibirá, em primeira mão, o documentário A Horta do Seu Geraldo, que apresenta um personagem da cidade de Pirenópolis ligado à agricultura orgânica – conhecer de perto sua horta é uma das atividades paralelas propostas pelo evento. O filme que acaba de ser finalizado será exibido na noite de abertura, ao lado de outro documentário, Mulheres da Terra, de Márcia Paraíso, que demonstra a consciência ecológica que existe entre as mulheres camponesas de Santa Catarina.
A grande maioria dos títulos da programação é inédita no Brasil, como o curta de ficção O que traz a chuva, do Chile, e o longa, também de ficção, Onde o Vento faz a Curva, da Itália, premiados no Slow Food on Film em 2008, e o comovente documentário Seja água, meu amigo, co-produção da Itália e Uzbequistão que fala das consequências das transformações ambientais sobre a vida de pescadores do mar Aral. Há ainda produções premiadíssimas internacionalmente e nunca mostradas no Brasil, como o curta Meatrix, que projetou o diretor Louis Fox, ou o húngaro O Jantar, de Karchi Perlmann, menção honrosa no Festival de Veneza e vencedor de diversos festivais, como o Palm Springs International Short Festival, nos Estados Unidos.
SLOW FILME é um festival diferente de todos os que existem no Brasil. Além de exibir filmes de grande qualidade estética, tem por objetivo afirmar princípios como o da sustentabilidade, do respeito ao meio ambiente e do resgate cultural. O evento é inspirado no Slow Food on Film, festival realizado anualmente em Bologna, na Itália, reunindo produções de todo o mundo, que tratam de temas ligados aos conceitos do Slow Food. Segundo o movimento, o alimento deve ser bom, limpo e justo – bom no sabor, limpo na forma de cultivar (sem prejudicar a saúde, o meio ambiente ou os animais) e justo no retorno dado aos produtores por seu trabalho. Para o movimento Slow Food, é preciso defender a herança culinária, as tradições e culturas. Fazer uma conexão entre o prato e o planeta.
PROGRAMAÇÃO
Quinta, 15.09
20h – Abertura oficial com exibição dos curtas-metragens Mulheres da Terra, de Márcia Paraíso, e A Horta do Seu Geraldo, de Fernando Bola, com a presença da cineasta Márcia paraíso e do agricultor Geraldo Veiga.
Sexta, 16.09
15h30 – Programa 1: O que traz a chuva; Seja água, meu amigo; O jantar; Gato e Rato (78’)
18h – Soluções locais para a desordem global (113’)
20h30 – Histórias da Cerveja em Santa Catarina (26’) e Cerveja Falada (15’). A sessão será apresentada pelo cineasta Luiz Henrique Cudo, seguida de conversa com o mestre cervejeiro Marco Falcone e degustação de cervejas artesanais.
Sábado, 17.09
15h – As Mulheres de Zeri (50’)
16h – Onde o vento faz a curva (110’)
18h30 – Programa 2: O pão nosso de cada dia; O Dia do Santo Banquete; Comida em memória dos mortos; Meatrix, Comida, sempre comida (101’)
20h30 – O mineiro e o queijo (70’)
Sessão seguida de conversa com o cineasta Helvécio Ratton e degustação de queijos tradicionais fabricados em Minas Gerais
Domingo, 18.09
15h – Exibição dos curtas Um Armazém das Antigas (7’) e Festas Gastronômicas Mineiras (14’)
Sessão seguida de palestra sobre turismo gastronômico com o cineasta Rusty Marcellini
16h – Milkbar – Cantina polonesa (50’)
17h – Programa 1 (94’)
19h – Fruta do deserto: as tâmaras de Al Jufrah; Mulheres da Terra; A Horta do Seu Geraldo (68’)
SINOPSES
A HORTA DO SEU GERALDO
Documentário
Brasil, 2011, 12 min, cor
Direção: Fernando Bola
A história do “Seu Geraldo”, um garimpeiro que decide voltar às suas origens e cultivar a terra, parece simples à primeira vista. Mas sua busca pessoal de reunir sua família, prover seu sustento e alimento, numa propriedade como tantas outras do interior do Cerrado vai reunir personagens inusitados, alguns que literalmente vem de outros continentes buscar aqui a sabedoria da terra, em volta deste homem tão especial.
Roteirista e diretor de cinema e televisão, Fernando Bola dirige documentários para a TV Câmara. Estudou na UnB, UPIS e IESB e lançou recentemente o curta Bolo de Arroz.
AS MULHERES DE ZERI (LE DONNE DI ZERI)
Documentário
Itália, 2008, 52 min, cor
Direção: Walter Bencini
A história do árduo trabalho e do compromisso de uma comunidade de jovens mulheres de Lunigiana, na Itália, que passaram a executar o trabalho de seus avós, criando uma raça específica de ovelhas que há alguns anos estava praticamente extinta. A comunidade prosperou em desenvolver uma economia de pequena escala, defendendo a biodiversidade e a dignidade do ambiente rural, ao mesmo tempo em que conseguiu preservar as tradições locais.
Produtor, diretor, diretor de fotografia e editor de filmes, o italiano Walter Bencini frequentemente trabalha para a Slow Food Foundation. Esta relação tem influenciado suas mais recentes produções, que pregam a ética no processo de produção de alimentos.
CERVEJA FALADA
Documentário
Brasil, 2010, 15 min, cor
Direção: Guto Lima, Demétrio Panarotto e Luiz Henrique Cudo
Uma vida dedicada à paixão pelo trabalho e à manutenção de uma tradição familiar. O documentário do catarinense Guto Lima retrata a história de Rupprecht Loeffler, o mais antigo mestre cervejeiro do país que, ao longo de 93 anos de vida, além de produzir a bebida artesanalmente em Canoinhas (SC), testemunhou boa parte da história do século 20.
Formado em Jornalismo, Guto Lima atua há mais de dez anos em audiovisual, tendo realizado as mais diversas funções, com foco na Direção de Produção e Produção Executiva. Luiz Henrique Cudo é ator, com várias passagens pelo teatro, cinema e televisão. E Demétrio Panarotto é mestre em Teoria Literária pela UFSC, professor de literatura e de cinema, autor, músico e compositor.
COMIDA EM MEMÓRIA DOS MORTOS (NDIE ZOT: CIBO IN MEMORIA DEI MORTI)
Documentário
Itália, 2008, 25min, cor
Direção: Pietro Silvestri
Uma comunidade albanesa do vilarejo de San Demetrio Corone, sul da Itália, manteve-se isolada por 500 anos. Entre as tradições preservadas está a Festa dos Mortos. Diz a lenda que, durante o carnaval, Deus permite que os mortos voltem para casa por uma semana. É neste período que os moradores de San Demetrio Corone vão ao cemitério. Trazendo um banquete, batem três vezes no portão, chamando pelos que já se foram. Ao pé das tumbas, desfrutam de uma suntuosa refeição.
Pietro Silvestri é documentarista independente, diretor teatral e videoartista. Trabalhou durante muitos anos na Índia, seguindo o grupo de músicos nômades Bauls of Bengal e fazendo documentários antropológicos, premiados internacionalmente, para a RAI e outras instituições.
COMIDA, SEMPRE COMIDA! (ALWAYS FOOD)
Documentário
Índia/Alemanha, 2010, Cor, 44min
Direção: Antje Christ
Eles acordam ao raiar do dia para preparar a comida que vai alimentar milhões de pessoas todos os dias. São os vendedores de rua da Índia, que precisam lutar para garantir seu sustento. Mas o que para eles é uma questão de vida ou morte, para as autoridades transformou-se em problema: querem as lanchonetes de rua fora do caminho para dar lugar a novos sabores e uma nova forma de viver. O protagonista dessa história é Ganesh Rao, que migrou para Hyderabad para estudar, mas, para sustentar a família, prepara pratos típicos e os vende na rua, enquanto o país mergulha fundo na era da globalização.
Documentarista experiente, a alemã Antje Christ vem produzindo, nos últimos 15 anos, uma coleção de filmes retratando a cultura de diversos países como Vietnã, Sri Lanka, Islândia e Cabo Verde. Ultimamente, vem focando seu trabalho em questões relacionadas ao impacto da globalização.
FESTAS GASTRONÔMICAS MINEIRAS
Documentário
Brasil, 2010/2011, Cor, 14 min
Direção: Rusty Marcellini
Seleção de trechos de programas da série Trilhas do Sabor, realizada pela Rede Minas de Televisão semanalmente, que mostra três dos principais eventos turísticos gastronômicos de Minas Gerais: a Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo, em Piranguinho; o Festival da Jabuticaba, em Sabará; e o Festival da Quitanda, em Congonhas.
Mineiro de Belo Horizonte, Rusty Marcellini é cineasta, fotógrafo, chef de cozinha, colunista de gastronomia, autor da série de livros Caminhos do Sabor e apresentador do programa Trilhas do Sabor, exibido semanalmente pela Rede Minas.
FRUTA DO DESERTO: AS TÂMARAS DE AL JUFRAH (DESERT FRUIT: THE DATES OF AL JUFRAH)
Documentário
Líbia, 2010, 31 min, cor
Direção: Walter Bencini
Uma jornada ao coração da Líbia pelas antigas rotas da terra na qual fazendeiros cultivam 400 variedades de tâmaras. Uma riqueza forjada na cultura e nas tradições locais: língua, religião, arquitetura e gastronomia.
O diretor Walter Bencini começou sua carreira como documentarista na década de 90. Como diretor de fotografia, trabalhou para diversas redes de televisão, entre elas a Rai.
GATO E RATO (MOUSH VA GORBE)
Documentário
Irã, 2008, 26 min, cor
Direção: Bijan Zamanpira
Um grupo de crianças passa o dia pela vizinhança recolhendo restos de pão para revender e ganhar alguns trocados. Os farelos são então reutilizados pela indústria na composição de diversos alimentos.
Vencedor de 67 prêmios cinematográficos, o diretor iraniano Bijan Zamanpira começou a trabalhar no cinema há menos de dez anos. Neste período, já dirigiu 11 curtas-metragens.
HISTÓRIAS DA CERVEJA EM SANTA CATARINA
Documentário
Brasil, 2007, 29 min, cor
Direção: Andreas Peter
Produzido para o projeto “Santa Catarina em Cena”, da RBS/TV, foi exibido em duas partes em 2007. Desde a chegada dos colonizadores, quando a cerveja era produzida artesanalmente e o hábito passava de pai para filho, aos dias atuais, a cerveja sempre esteve presente na cultura do estado catarinense. Este documentário mostra histórias curiosas e aponta um novo cenário, onde as micro cervejarias mantêm vivas histórias e hábitos.
A partir deste documentário surgiu a ideia de realizar um filme exclusivamente sobre Rupprecht Loeffler e a Cervejaria Canoinhense, lançado sob o título de Cerveja Falada.
MEATRIX
Animação
EUA, 2003, 4min, cor
Direção: Louis Fox
Em uma sátira ao clássico da ficção científica Matrix, Leo, um porco de uma pequena fazenda familiar, é chamado por um touro antropomórfico, Moopheus, que mostra a ele que a fazenda em que ele vive e conhece é uma ilusão e que ele está realmente sob domínio de uma terrível “fazenda industrial”. O objetivo da animação é, assim como a sua continuação The Meatrix II: Revolting, fazer com que os consumidores utilizem apenas alimentos orgânicos e carne caipira.
Roteirista e diretor de diversas animações e produções de vídeo, com The Meatrix, Louis Fox conquistou vários prêmios em festivais internacionais. Co-fundador do Free Range Studios, ele gosta particularmente de dublar as vozes de personagens de suas animações.
MILKBAR – CANTINA POLONESA (MILKBAR)
Documentário
Suécia, 2007, 50 min, cor
Direção: Terese Mörnvik e Ewa Einhorn
Um bar que serve comida tradicional. Os preços são baixos e os fregueses são muitos. Na Polônia, dos 25 mil milkbars que existiam, restam apenas 140. Um deles, o Bar Bywalec, é administrado por duas senhoras turronas – Danuta Dzius e Dzitka Monasterska. Lá, como antigamente, sem-teto dividem mesa com famílias de classe média ou com operários. Danuta e Dzitka querem reformar o bar, mas os custos são altos. Será que esse ícone do passado comunista sobreviverá? Muitos acreditam que os milkbars estão com os dias contados.
Terese Mörnvik e Ewa Einhorn são realizadoras suecas. Terese Mörnvik estudou documentário, graduou-se em 2001 e desde então, já assinou quatro curtas e o média Milbar. Ewa Einhorn mora em Berlim, estudou em Viena e trabalha também com animação.
MULHERES DA TERRA
Documentário
Brasil, 2010, 25 min, cor
Direção: Márcia Paraíso
Produzido pela Plural Filmes, o filme foi duplamente premiado no 2º Festival Nacional de Cinema e Vídeo Rural de Piratuba, em Santa Catarina. Conta histórias de vida de mulheres que, com suas mãos, cuidam da terra e são cuidadas por ela. As entrevistas foram captadas no interior dos municípios de Marema, Mondaí, São Miguel do Oeste, Chapecó, Anchieta e Palmitos, entre mulheres que integram o Movimento de Mulheres Camponesas de Santa Catarina.
Marcia Paraíso é co-fundadora da produtora Plural Filmes e por 10 anos foi curadora do Brasil Plural – festival de cinema brasileiro na Europa. É documentarista e dirigiu trabalhos premiados, como Profetas da Chuva e da Esperança e Jalapão.
O DIA DO SANTO BANQUETE (LA SAINT FESTIN)
Animação
França, 2007, 15min, cor
Direção: Anne Laure Daffis e Leo Marchand
Viva! Amanhã é dia 40 de novembro! Dia do santo banquete, a grande celebração dos ogros… então, se você ainda não tiver apanhado uma criança, apresse-se! E boa caçada! Nesta criativa animação, os diretores Daffis e Marchand utilizam desenhos simples inventivamente mesclados a imagens antigas para contar a história dos ogros que se alimentam de criancinhas nesse dia tão especial.
Diplomados na Universidade Pantheón-Sorbonne, Anne Laure e Leo Marchand começaram a trabalhar juntos publicando um livro, Un bon peu e seguiram em parceria no cinema. Dirigiram curtas, documentários, até chegar ao formato da animação, que os consagrou.
O JANTAR (VACSORA)
Ficção
Hungria, 2008, 26min, cor
Direção: Karchi Perlmann
Uma pequena família de agricultores húngaros diante da crise de setembro de 2006. Mal começa o dia e um dos filhos, sozinho no chiqueiro de porcos, escorrega, cai e fica inconsciente. A cidade desperta, o comércio abre, mas ninguém percebe o que aconteceu. O rádio traz informações do mundo lá fora, ecoando a vibração política e cultural do país. O dia termina, o sol se põe e a história também se desenrola, mas não sem uma grande ironia do destino.
Premiado em diversos países, o filme recebeu menção honrosa no Festival de Veneza e foi o grande vencedor do Palm Springs International Short Festival, nos Estados Unidos.
O MINEIRO E O QUEIJO
Documentário
Brasil, 2011, 70 min, cor
Direção: Helvécio Ratton
Documentário inédito mostra a tradição de quase 300 anos do verdadeiro queijo minas e a contradição que o ameaça: considerado patrimônio nacional, é proibido fora de Minas Gerais. O que é bom para os mineiros não é bom para o Brasil? O mineiro e o queijo revela as sutilezas da produção do queijo artesanal feito de acordo com a receita trazida por portugueses da Serra da Estrela durante o Ciclo do Ouro. Feito a partir do leite cru, como os melhores queijos da Europa, o queijo minas artesanal é um patrimônio cultural brasileiro. Helvécio Ratton traz à tona o debate sobre as dificuldades enfrentadas por seus produtores, na Serra da Canastra, na região do Serro, próxima ao Vale do Jequitinhonha, e no Alto Paranaíba, área na divisa entre Minas e Goiás.
Produtor e diretor, Helvécio Ratton é um dos grandes nomes do cinema brasileiro. Mineiro, teve seu longa de estréia, A Dança dos Bonecos, premiado em todos os grandes festivais nacionais e também no exterior. Como diretor assina dez longas-metragens.
O PÃO NOSSO DE CADA DIA (NOTRE PAIN CAPITAL)
Documentário
França/Senegal, 2008, 13 min, cor
Direção: Elhadj Magori Sani
Nas ruas da ilha Saint Louis, Senegal, o diretor Elhadj Magori Sani documentou, quase sem usar palavras, a cadeia alimentar do pão – da produção à distribuição e do consumo imediato ao mercado negro que sustenta a mendicância de crianças que, nas ruas, pedem o alimento como esmola para mais tarde revendê-lo.
Antes de se dedicar ao cinema, o jovem cineasta nigeriano Elhadj Magori Sani trabalhou para vários jornais da França e da Nigéria. Seu segundo documentário, Pour le meilleur et pour l’oignon, recebeu o Prêmio Jean Rouch do Forum Africano do Filme Documentário, em 2008, e foi exibido na mostra Cinema do Mundo, do Festival de Cannes.
O QUE TRAZ A CHUVA (LO QUE TRAE LA LLUVIA)
Ficção
Chile, 2006, 14 min, cor
Direção: Alejandro Fernández
Um dia no campo. O velho fazendeiro limpa a lama enquanto sua mulher faz queijo para vender na beira da estrada. O tempo parece ter parado para eles, até que o casal recebe a visita de seu neto. Como num passe de mágica, surgem refrigerante, biscoitos e a televisão. Impressões de uma vida de sacrifício que em algum tempo poderá não mais existir.
O que traz a chuva foi o grande vencedor da categoria curta-metragem no Festival Slow Food on Film de 2008.
ONDE O VENTO FAZ A CURVA (IL VENTO FA IL SUO GIRO)
Ficção
Itália, 2005, 110 min, cor
Direção : Giorgio Diritti
Escolhido melhor longa-metragem da edição 2008 do Festival Slow Food on Film, Onde o vento faz a curva se passa em Chersogno, uma vila nos Alpes italianos que se mantém graças ao turismo de verão. A essa pequena comunidade chega um pastor francês, para montar um pequeno negócio de queijos. Sua chegada parece sugerir a possibilidade de uma nova vida para o vilarejo. Mas, pouco a pouco, rumores e ciúme complicam a situação.
Primeiro longa-metragem dirigido por Giorgio Diritti. Nascido em Bologna, trabalhou com Federico Fellini, Carlo Lizzani, Marco Ferreri e Pupi Avati.
SEJA ÁGUA, MEU AMIGO (BE WATER, MY FRIEND)
Documentário
Itália/Uzbequistão, 2009, 12 min, cor
Direção: Antônio Martino
Hoje não é o que foi ontem nem será amanhã. A frase cerca a resignação dos antigos pescadores de Muynag, um pequeno vilarejo onde uma vez havia bancos do mar Aral. Praticamente uma cidade-fantasma, seus habitantes são vítimas de um interminável problema ambiental que os tem atingido por muitos anos.
Antônio Martino é um diretor independente que vem realizando documentários sobre a complexa relação entre o homem e a natureza.
SOLUÇÕES LOCAIS PARA A DESORDEM GLOBAL (THINK GLOBAL, ACT RURAL)
Documentário
França, 2009, 113 min, cor
Direção: Coline Serrau
Durante três anos, a diretora Coline Serrau viajou pelo mundo para entrevistar fazendeiros, filósofos e economistas que a partir de seus experimentos e criações, têm alcançado, com sucesso, importantes soluções para evitar o desgaste da terra.
Em 2010, foi o grande vencedor na categoria Melhor Documentário Estrangeiro da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
UM ARMAZÉM DAS ANTIGAS
Documentário
Brasil, 2010, cor, 7min
Direção: Rusty Marcellini
A Mercearia Paraopeba é um armazém de secos e molhados, situado em Itabirito, Minas Gerais, que resgata tradições e a simplicidade das mercearias do passado. Seu José e o filho Roninho administram o local seguindo o modelo de seus antepassados, comercializando produtos da região, aceitando a moeda da troca como pagamento, anotando compras num velho caderninho, sempre com muita paixão e respeito pelos semelhantes. O vídeo virou tese em faculdades de administração e economia e é sucesso no Youtube, com quase 200 mil acessos.
Rusty Marcellini é cineasta, fotógrafo, chef de cozinha, consultor, colunista de gastronomia, autor e apresentador de televisão.
PROGRAMAÇÃO PARALELA
QUINTA, 15.09
VISITA À FEIRA AGROECOLÓGICA
Realizada só às quintas-feiras, é ocasião para conhecer a produção de frutas e hortaliças orgânicas, feita por produtores locais, beneficiários da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS).
Local: Praça do Pequizeiro, Vila Matutina (próximo ao Batalhão dos Bombeiros)
Horário: 16h às 20h
OFICINAS SENSORIAIS
Atividades lúdico-educativas serão desenvolvidas com os participantes do festival e nas escolas estimulando os sentidos para degustação de alimentos bons, limpos e justos.
SEXTA, 16.09
DEGUSTANDO O CERRADO
Debate sobre os produtos do cerrado com produtores e especialistas, seguido de coquetel com frutos do cerrado elaborado por alunos do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia da Universidade Estadual de Goiás – UEG – Unidade Pirenópolis.
Horário: 9h30min
Local: Auditório da UEG
Valor: R$ 15,00
Reservas: (61) 8157.9333 ou carvalhofrances@hotmail.com
SÁBADO, 17.09
FARINHADA NA FAZENDA CUSTÓDIO SANTOS
A proposta é participar da produção artesanal de farinha de mandioca, valorizando a atividade dos produtores rurais e destacando a importância e a riqueza deste alimento. Um almoço com produtos agroecológicos encerra a atividade.
Horário: 8h30min
Local: Fazenda Custódio Santos, a 25 km de Pirenópolis.
Valor incluindo transporte: R$ 40,00 por pessoa
Número máximo de 25 participantes
Reservas: (62) 3331.1388/(62) 8142.0369 ou e-mail katia_karam@hotmail.com
DOMINGO, 18.09
APRENDENDO COM SEU GERALDO
Visita à chácara Mar e Guerra para conhecer o trabalho realizado por seu Geraldo Veiga, personagem de filme inédito que será exibido na noite de abertura do festival. O passeio inclui um menu degustação com os produtos do local.
Horário: 10h
Local: Chácara Mar e Guerra (a 1 km do trevo de Pirenópolis)
Valor: R$ 20,00 por pessoa
Reservas: (62) 3331.2576 ou giu_musco@yahoo.fr
SUGESTÕES DE PASSEIOS
CAFÉ DA MANHÃ NA FAZENDA BABILÔNIA
Resgate antropológico da culinária goiana, acompanhado de visita à fazenda. Mais de 40 itens, feitos com produtos da própria fazenda, o café resgata receitas antigas, do Goiás rural.
Horário: 10h
Local: Fazenda Babilônia – GO 431 – Km 3
Valor: R$ 36,00 por pessoa
Reservas: (61) 3443-8891 e (61) 3242-9805 ou objetosim@gmail.com
VISITA AO SANTUÁRIO DE VIDA SILVESTRE VAGAFOGO
Preservação da natureza, educação ambiental, aproveitamento e beneficiamento de produtos de frutos do cerrado e produtos de agricultura orgânica, gastronomia, lazer, esporte de aventura, paz e qualidade de vida.
Horário: 9h às 17h
Valor: R$ 14,00 (passeio) e R$ 30,00 (brunch)
Informações: (62) 3335.8515 – Cel: (62) 9222.5471 e 9115.0376
http://www.vagafogo.com.br/
SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E ALIMENTAÇÃO
Local: Cine Pireneus – cidade de Pirenópolis, Goiás
Data: 15 a 18 de setembro de 2011
ENTRADA FRANCA
Informações: (61) 3343. 8891
www.slowfilme.com.br
Assessoria de imprensa (informações exclusivas para jornalistas): Objeto Sim
Tel: (61) 3443. 8891/ Fax: (61) 3242. 9805
Carmem Moretzsohn: (61) 8142. 0111
Gioconda Caputo: (61) 8142. 0112
Maria Alice Monteiro: (61) 9831. 5090
Roberta Timponi: (61) 9211. 1414
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