21º CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA

No aniversário de 25 anos, festival realiza edição inteiramente online e gratuita

*Trabalhos da França, Espanha, Estados Unidos, Moçambique, Inglaterra, Alemanha e México dividem a programação com obras de diferentes estados brasileiros e de artistas e grupos do DF

*Propostas especialmente concebidas para o ambiente digital, como Cage Shuffle: a digital duet, com o trabalho dos artistas norte-americanos Paul Lazar e Bebe Miller

*Obras inéditas, criadas para o festival, por grupos como a Cia dos Atores, do Rio de Janeiro, e Lagartijas Tiradas al sol, do México

*Oficinas com criadores como o argentino Matías Umpierrez e o moçambicano Idio Chichava

*Exibições gratuitas, no site e no canal do YouTube do Cena Contemporânea

FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72157716858659133

No ano em que comemora 25 anos – e um total de 21 edições – o Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília se reinventa e realiza uma edição virtual que homenageia a sua própria história e, ao mesmo tempo, olha para o futuro jogando luz nas perspectivas das artes cênicas. O módulo online do Cena será realizado entre 1º e 11 de dezembro de 2020 e marca a primeira parte da 21ª edição – o segundo módulo está marcado para acontecer entre 25 de maio e 06 de junho de 2021, com uma programação que irá mesclar propostas possíveis de serem realizadas ao vivo, como quem ama o teatro e a dança merece e aguarda, e outras criadas para o ambiente virtual, priorizando propostas locais e ibero-americanas.

A proposta agora é explorar novos formatos e abordagens, em resposta ao desafio imposto pelo distanciamento social. Neste primeiro módulo, a programação será exibida gratuitamente, em horários diversos, no site do festival – www.cenacontemporanea.com.br – integrado ao canal Youtube do Cena Contemporânea. Cada espetáculo poderá ser visto por mais três dias depois de sua estreia, em qualquer horário, no canal Youtube do festival – com raras exceções que serão indicadas no site. Basta clicar no link e assistir.

A realização é da Cena Promoções Culturais, com patrocínio do Banco do Brasil e do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. Apoio da Funarte e Iberescena, Embaixada da França, Embaixada da Espanha, com a colaboração da Embaixada da Argentina, Goethe-Institut, entidades da sociedade civil e dos próprios artistas. Curadoria de Carmem Moretzsohn e Mariana Soares.

O FESTIVAL

Para 2020, o Cena Contemporânea preparou uma edição que aposta em propostas inovadoras. Para este primeiro módulo, foram selecionados trabalhos de diversas linguagens e diferentes formatos produzidos na França, Espanha, Inglaterra, México, Estados Unidos, Moçambique e Alemanha, além de projetos de diferentes estados brasileiros e propostas de artistas e grupos do Distrito Federal. São obras híbridas, que transitam entre a videoarte, intervenções virtuais por aplicativos, teatro virtual, enfim, obras transmídia. Algumas foram especialmente concebidas para o ambiente digital. Outras apresentam registros de espetáculos que encantaram o público em teatros mundo afora. Na programação estão trabalhos como “The Silent Burn Project”, da Akra Khan Company, da Inglaterra, numa versão exclusivamente feita para o Cena 2020. Esta que é uma das mais importantes companhias de dança da Europa criou um trabalho especial para celebrar seus 20 anos.

E há ainda espetáculos como “Hibridismo”, da companhia alemã Cocoondance, “Clã_Destin@: uma viagem cênico-cibernética”, da companhia Clowns de Shakespeare, de Natal/RN ou “Juntoseseparados 5”, da brasiliense Anti Status Quo Companhia de Dança, que serão apresentados em tempo real, via streaming. Além das exibições, o festival ainda contará com atividades pedagógicas e encontros online.

Neste ano, o Cena Contemporânea visita sua memória, convidando cúmplices de sua trajetória para revisitá-la criativamente, oferecendo ao público um mosaico de recordações afetivas e criativas, que atravessa as obras selecionadas. Registros de espetáculos e depoimentos de artistas que estiveram no festival nos diversos anos anteriores serão exibidos em vídeos curtos antes da programação diária.

Dentre os parceiros do Cena, o grupo Lagartijas Tiradas al Sol, do México, que já participou de duas edições anteriores do festival, preparou especialmente para essa edição online o espetáculo “Cada vez que alguém diz isso não é teatro, se apaga uma estrela”, com uma profunda reflexão sobre a pandemia vista pelo teatro e do teatro repensado pela pandemia. Já o grupo espanhol Agrupación Señor Serrano, outro que já passou duas vezes pelo Cena, traz o belo e pungente “Birdie”, que se inspira no clássico filme “Os Pássaros”, de Hitchcock para refletir sobre a situação dos imigrantes na Europa.

Um dos destaques promete ser “Cage Shuffle : a digital duet” (Cage Aleatório: um dueto digital), obra recentíssima dos norte-americanos Paul Lazar e Bebe Miller, dois ícones da dança contemporânea dos Estados Unidos. Os dois apresentam performance criada para a plataforma digital a partir de uma partitura de John Cage que propõe a encenação de pequenas histórias de um minuto cada. Coreografia de Annie-B Parson, diretora da Big Dance Theater. Ainda do universo da dança, a programação apresenta atrações como “Anarchy – L’Harmonie du désordre” (Anarquia – A Harmonia da Desordem), um forte trabalho inspirado no hip hop da companhia francesa Chute Libre, e “Parasite” (Parasita), da também francesa Sandrine Lescourant, à frente da Cie Kilaï, que reflete sobre a diversidade e o outro. Além do moçambicano Idio Chichava, que traz “Último Berro – Corpo em Estado de Emergência” e “Começa a Ficar Tarde”, dois trabalhos que querem falar da urgência do corpo do intérprete num país que está sendo assolado pela violência de extremistas ou daquela que é fruto da pobreza.

Do Brasil, o Cena 2020 contará com trabalhos inéditos como “Processo Julius Caesar”, um registro do processo de criação do novo espetáculo da Companhia dos Atores, do Rio de Janeiro, previsto para estrear em janeiro de 2021; “Aquilo que não podem demolir enquanto eu puder falar”, obra dirigida por Francis Wilker, que trata da matéria fantasma dos espaços; a estreia de “La Codista_BR”, adaptação para o Brasil de texto original escrito pela holandesa Marleen Scholten, com direção de César Augusto, e o lançamento do canal Bebelume, o primeiro do Brasil dedicado aos bebês de 0 a 5 anos de idade, exibindo oito episódios da série “Grão Jeté”, com direção de Clarice Cardell. O festival ainda vai exibir sete mini-performances especialmente criadas para o Cena pelos coletivos de Brasília que integram a Rede GARRA – Grupos de Artistas em Rede Associada.

Atividades Pedagógicas – Estão programados encontros e oficinas que propõem um mergulho nas técnicas, estéticas e informações das diversas áreas das artes cênicas e também em processos de criação de artistas convidados. O artista multidisciplinar argentino Matías Umpierrez vai ministrar a oficina “Clínica de Obsessão”, que propõe a reflexão sobre a obra dos artistas participantes e sua passagem para outros dispositivos. E na oficina “Uploading the Rhythm”, Idio Chichava promete trabalhar a fisicalidade e a imaginação até o limite, mantendo contato com influências das danças tradicionais moçambicanas. Por se tratarem de processos imersivos, as oficinas possuem vagas limitadas e inscrição prévia para a participação.

Já os Encontros do Cena – Espaço Internacional de Intercâmbio e Cooperação Cultural, atividade regular do festival, agora em sua 10ª edição, propõe uma reflexão aprofundada sobre a criação artística, estimulando o diálogo entre criadores, redes, festivais e instituições, em tempos de incertezas e insegurança para todo o setor das artes cênicas. Serão discutidos temas como a criação em tempos de virtualidade, o desafio que se apresenta para a curadoria dos festivais, o papel da arte como espaço de reflexão no futuro pós-pandêmico e as expressões poéticas do corpo negro e sua representação na arte contemporânea.

PROGRAMAÇÃO

TERÇA, DIA 01/12
21h30
• Abertura – Cena 25 anos – 10 min
• Cada vez que alguém diz isso não é teatro se apaga uma estrela – Lagartijas Tiradas al Sol – México – 15 min – Livre
• The Silent Burn Project (Projeto O Silêncio Queima) – Akram Khan Company – Inglaterra – 45 min – Livre

QUARTA, DIA 02/12
21h30
AntaGônicos – Celeiro das Antas – Rede Garra – DF – 03 min – 12 anos
Birdie – Agrupación Señor Serrano – Espanha – 60 min – 12 anos

QUINTA, DIA 03/12
21h30
La Codista_BR – César Augusto, Pedro Uchoa e Monique Vaillé – RJ – 35 min – Livre
Performances Rede Garra – Obras Reunidas – DF – 25 min – 12 anos

SEXTA, DIA 04/12
21h30
Buraco – Cia VíÇeras – Rede Garra – DF – 4 min – 12 anos
Anarchy – L’Harmonie du Désordre (Anarquia – A Harmonia da Desordem) – Espanha – 57 min – Livre

SÁBADO, DIA 05/12
11h00
Grão Jeté – Canal Bebelume – DF – 30 min – Teatro para bebês de 0 a 5 anos

17h00
Hibridity (Hibridismo) – Cocoondance – Alemanha – 60 min – Livre

19h00 e 21h00
Clã_Destin@: uma viagem cênico-cibernética – Os Clowns de Shakespeare – RN – 60 min – 14 anos

21h30
Papiamento – Projeto Atlânticos – Felipe Oládélè e António Tavares – Rio de Janeiro/Cabo Verde – 13 min – Livre
Aquilo que não podem demolir enquanto eu puder falar – Francis Wilker – DF – 30 min – Livre

DOMINGO, DIA 06/12
19h00 e 21h00
Clã_Destin@: uma viagem cênico-cibernética – Os Clowns de Shakespeare – RN – 60 min – 14 anos

19h30
Baque – Andaime Cia de Teatro – Rede Garra – DF – 3 min – Livre
Cage Shuffle: a digital duet (Cage Aleatório: um dueto digital) – Paul Lazar e Bebe Miller – NY/EUA – 30 min – Livre

SEGUNDA, DIA 07/12
19h00 e 21h00
Clã_Destin@: uma viagem cênico-cibernética – Os Clowns de Shakespeare – RN – 60 min – 14 anos

21h30
MP3 – A Missão – Grupo Tripé – Rede Garra – DF – 4 min – Livre
Juntoseseparados 5 – Anti Status Quo Cia de Dança – DF – 35 min – Livre

TERÇA, DIA 08/12
21h30
comofazerabsolutamentenada.mov – Grupo Liquidificador – Rede Garra – DF – 4 min – Livre
Parasite (Parasita) – cie Kilaï – França – 51 min – Livre

QUARTA, DIA 09/12
21h30
Joana – Grupo Embaraça – Rede Garra – DF – 5 min – 12 anos
Começa a ficar tarde e Último Berro – Corpo em estado de emergência – Ídio Chichava – Moçambique – 43 min – Livre

QUINTA, DIA 10/12
21h30
Drops Telecotidiano – Os Novos Candangos – Rede Garra – 3 min – 12 anos
Poema/Confinado – Agrupação Teatral Amacaca – Hugo Rodas – DF – 45 min – 12 anos

SEXTA, DIA 11/12
21h30
Processo Julius Caesar – Companhia dos Atores – RJ – 25 min – Livre
Estudo #1 para díptico: Ué, eu ecoa ocê’ ué eu? – Cibele Forjaz e Celso Sim – SP – 15 min – 16 anos
Cada vez que alguém diz isso não é teatro se apaga uma estrela – Lagartijas Tiradas al Sol – México – 15 min – Livre

SINOPSES

(por ordem de exibição)

CADA VEZ QUE ALGUÉM DIZ ISSO NÃO É TEATRO SE APAGA UMA ESTRELA –
LAGARTIJAS TIRADAS AL SOL – MÉXICO
CRIADO ESPECIALMENTE PARA O CENA
Durante o confinamento, o teatro se mostrou um lugar ideal para refletirmos sobre a pandemia – e a pandemia produziu condições inéditas para pensar o teatro. Durante alguns meses, todos os teatros do mundo fecharam as portas e nós, pessoas que nos dedicamos à cena, fomos aceitando que as características de contágio do vírus convertessem nosso espaço de trabalho em local de risco. A vulnerabilidade diante do vírus nos obriga a olharmo-nos como parte da natureza, nos recorda que somos animais. Enfatiza que fazemos parte de uma espécie que compartilha características. Isso nos leva a pensar em nós mesmos como um todo. Essa mesma sensação ocorre, algumas vezes, no teatro. Muitos de nós reunidos nos reconhecemos como parte de um conjunto de indivíduos. E na escuridão da sala, às vezes, sentimos que temos algo em comum com os demais, ainda que seja por uns breves instantes, antes que aflorem todas as desigualdades.
LAGARTIJAS TIRADAS AL SOL – A companhia foi fundada em 2003, por Luisa Pardo e Lázaro Gabino com o objetivo de desenvolver projetos que procuram vincular o trabalho e a vida, romper fronteiras. Em 2011, receberam o Prêmio do Público do Festival de Jeunes Compagnies Impatience, organizado pelo Teatro Odéon, de Paris, e o Preisträger ZKB Förderpreis, do Zürcher Theater Spektakel, pelo espetáculo “El Rumor del Incendio” (que esteve no Cena em 2012), sobre os movimentos e guerrilhas que sacudiram o México nas décadas de 1960 e 1970. Em 2018, o grupo voltou ao festival com o impactante “Tijuana”, fruto de uma pesquisa sobre a vida dos imigrantes que vivem na fronteira entre EUA e México.
Texto: Lázaro Gabino Rodríguez
Edição: Chantal Peñalosa
Produção: Lagartijas tiradas al sol y Cena Contemporanea Brasília
DURAÇÃO: 15 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

THE SILENT BURN PROJECT (PROJETO O SILÊNCIO QUEIMA) – AKRAM KHAN COMPANY – GRÃ-BRETANHA
EDIÇÃO ESPECIAL PARA O CENA
Uma das companhias de dança mais inovadoras do mundo preparou para o Cena 2020 uma versão especial de seu mais recente trabalho. A Akram Khan Company mescla e desafia os limites da dança contemporânea e da dança kathak indiana. Foi criada há 20 anos pelo dançarino e coreógrafo Akram Khan, hoje um dos artistas da dança mais celebrados da atualidade. Inspirado nas palavras de Malala – “Nós compreendemos a importância das nossas vozes somente quando estamos silenciados” -, o trabalho apresenta um registro do processo de criação e ensaios da companhia, com trechos de performances filmadas ao ar livre especialmente para o vídeo e depoimentos. The Silent Burn Project foi criado para celebrar os 20 anos da AKC, cuja característica é reunir artistas das mais variadas origens e nacionalidades, e quer propor uma pausa para revisitar o passado para melhor projetar o futuro.
AKRAM KHAN – Nome referencial para as artes no Reino Unido, Khan nasceu em Wimbledon, Londres, em uma família de Dhaka, Bangladesh. Começou a dançar e treinar a dança clássica do sul da Ásia, Kathak, aos sete anos de idade. Aos 13 anos, foi escalado para a produção Mahabharata, da Shakespeare Company de Peter Brook. Suas colaborações incluem o Balé Nacional da China, a atriz Juliette Binoche, a bailarina Sylvie Guillem, além de artistas como Anish Kapoor e Antony Gormley. Khan foi descrito pelo Financial Times como um artista “que fala tremendamente sobre coisas tremendas” e já recebeu alguns dos principais prêmios das artes ao longo de sua carreira, incluindo o Laurence Olivier Award, o Bessie Award (Prêmio de Dança e Performance de Nova York), o prestigioso prêmio de Artista Distinto da ISPA (Sociedade Internacional para as Artes Cênicas), o Prêmio Fred e Adele Astaire, o prêmio Herald Archangel no Festival Internacional de Edimburgo, além de seis prêmios de dança nacional do Critics Circle, entre outros. Khan recebeu um MBE por serviços em dança em 2005 é um Artista Associado de Sadler’s Wells, Londres e Curve, Leicester.
Curadoria e planejamento: Akram Khan, Céline Gaubert, Mavin Khoo, Christine Maupetit, Maxime Dos
Edição: Maxime Dos
Colaboração musical: Vincenzo Lamagna
Intérpretes da companhia: Yen-Ching Lin, Ching-Ying Chien, Theo TJ Lowe, Kristina Alleyne, Sadé Alleyne, Kennedy Junior Muntanga, Akram Khan
Músicos: Sohini Alam, Nina Harries, B C Manjunath, David Azurza, Chitra Poornima Sathish.
DURAÇÃO: 57 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

BIRDIE – AGRUPACIÓN SEÑOR SERRANO – BARCELONA/ES
Espetáculo multimídia, que revisita o clássico filme “Os Pássaros”, de Alfred Hitchcock, com vídeos, objetos, maquetes, bonecos, 2.000 animais em miniatura e três performers manipulando esse mundo, envolto em humor, senso crítico e compromisso com o ser humano. Em foco, a situação dos imigrantes e refugiados no mundo contemporâneo.
O trabalho nasceu a partir da análise de dois diferentes aspectos do mundo contemporâneo. De um lado, as guerras, as grandes secas, o desmatamento desenfreado, a contaminação das encostas, exploração de mão-de-obra, instabilidade política, péssimas condições de higiene, perseguições, deportações forçadas, exploração abusiva dos recursos naturais, escassez de alimentos… De outro, supermercados bem abastecidos, segurança nas ruas, estabilidade familiar, liberdades, bem-estar, reciclagem, energias renováveis, prosperidade, mobilidade social… Entre eles, bandos de pássaros que desconhecem fronteiras, em migração constante. E além deles, planetas, asteroides, átomos, resíduos… Nada no cosmos está quieto.
*O espetáculo recebeu o Prêmio da Crítica de Barcelona 2016 de melhor espetáculo de Novas Tendências e o Prêmio Butaca, Premios de Teatro de Catalunya, Nuevas dramaturgias.
AGRUPACIÓN SEÑOR SERRANO – Fundada em 2006, em Barcelona, por Àlex Serrano, com a proposta de fundir linguagens, mesclando performance, texto, vídeo, som e maquetes para levar para a cena aspectos discordantes da complexa experiência humana contemporânea. Foi premiada com o Leão de Prata 2015 na Bienal de Veneza.
Criação: Àlex Serrano, Pau Palacios y Ferran Dordal
Performance: Àlex Serrano, Pau Palacios y David Muñiz
Voz: Simone Milsdochter
Project manager: Barbara Bloin
Desenho de iluminação e video programação: Alberto Barberá
Desenho de som e trilha sonora: Roger Costa Vendrell
Video criação: Vicenç Viaplana
Maquetes: Saray Ledesma y Nuria Manzano
Figurino: Nuria Manzano
Assistente de produção: Marta Baran
Assessora científica: Irene Lapuente / La Mandarina de Newton
Assessor do projeto: Víctor Molina
Assessoramento legal: Cristina Soler
Management: Art Republic
DURAÇÃO: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

LA CODISTA_BR – CESAR AUGUSTO, PEDRO UCHOA E MONIQUE VAILLÉ – RJ

ESTRÉIA NO CENA

La Codista é um solo, escrito no período de confinamento, pela atriz holandesa, Marleen Scholten, do grupo Wunderbaum. Baseado em histórias sobre trabalhos informais, a protagonista revela ao público seu novo emprego e empreendimento. Ela é uma “Codista”, uma palavra inventada para nomear o trabalho “daquele que fica na fila para outros e é pago por isso”. LA CODISTA_BR, versão brasileira, foi construída por Cesar Augusto, Monique Vaillé e Pedro Uchoa, através do intercâmbio artístico entre Brasil e Holanda. O trabalho tem a direção de Cesar Augusto, da Cia dos Atores. A tradução e adaptação está nas mãos de Pedro Uchoa, roteirista assistente do canal Porta dos Fundos. A performance será realizada por Monique Vaillé. A atriz é residente da Cia dos Atores e uma das idealizadoras da Ocupação “Ovárias”, indicada na categoria especial do Prêmio Shell, por fomentar o protagonismo estético-político das mulheres em cena.
OS ARTISTAS – O coletivo holandês Wunderbaum tem uma longa história no Brasil com os artistas Cesar Augusto, Monique Vaillé e Pedro Uchoa. Em 2016, o Wunderbaum criou junto com atores brasileiros o espetáculo musical ‘Vamos Fazer Nós Mesmos’. Sua estreia foi na 7° edição do TEMPO_FESTIVAL, e em 2018 foi apresentado no Festival de Curitiba. Em julho desse ano, Pedro Uchoa, tradutor do LA CODISTA_BR, participou como ator do filme ‘Urlaub in Deutschland’, dirigido por Walter Bart, um dos atores fundadores do Wunderbaum. Esse filme foi totalmente executado através das diretrizes de isolamento e distanciamento impostas pelo covid, e exibido ao ar livre no Theaterhaus Jena, em Jena na Alemanha.
Texto: Marleen Scholten
Tradução: Pedro Uchoa
Direção: Cesar Augusto
Performer: Monique Vaillé
Equipe criativa: Cesar Augusto, Marleen Scholten, Monique Vaillé e Pedro Uchoa
Trilha sonora: Felipe Storino
Figurino: Patrícia Muniz
Visagismo e maquiagem: Diego Nardes
Direção de imagem: Thiago Sacramento
Suporte técnico, câmera e fotos: Carolina Godinho
Produção: Cesar Augusto, Monique Vaillé e Pedro Uchoa
Realização: Treco Produções, Cia dos Atores e Wunderbaum
Apoio Institucional: Embaixada do Reino dos Países Baixos
DURAÇÃO: 35 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
MINI-PERFORMANCES REDE GARRA – DF
CRIADOS ESPECIALMENTE PARA O CENA
Sete pílulas teatrais criadas pelos grupos Andaime Cia de Teatro, Celeiro das Antas, cia. viÇeras, Grupo Embaraça, Grupo Liquidificador, Grupo Tripé e Novos Candangos

AntaGônicos – CELEIRO DAS ANTAS
Um grupo de teatro em total isolamento social se reúne virtualmente para pensar no tema do novo espetáculo a ser encenado nas plataformas digitais. A dificuldade de entendimento revela o despreparo do grupo para lidar com essa nova realidade
O GRUPO – Fundado em 1991, o Celeiro das Antas é uma entidade de estudo, pesquisa, montagem e apresentação de peças teatrais e produção de eventos culturais. Mantém diálogo com as tradições da cultura popular e, em especial, com o gênero cômico. Participa de festivais no Brasil e no exterior.
Direção: Zé Regino
Atores: Elisa Carneiro, Felix Saab, Kelly Costty, Rodrigo Lelis, Zé Regino
Edição: Kelly Costty
DURAÇÃO: 3 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

Buraco – CIA VÍÇERAS
Ensaio performativo real, ficcional e imaginado, uma obra de dança que flerta com o cinema. As coisas particulares que são vistas com atenção e silêncio, se aproximando do documentário de criação. Buraco é a espera de algo desconhecido.
O GRUPO – A companhia nasceu em 2010, tendo como carro-chefe a investigação artística autoral e colaborativa. Operando diferentes linguagens cênicas e artísticas de modo transdisciplinar, como teatro, dança, e audiovisual, a cia produziu em seus 10 anos sete espetáculos, sete intervenções performáticas e seis videoarte.
Intérprete criadora: Marcia Regina
Diretor: Fausto Ribeiro
Concepção e criação: Marcia Regina e Fausto Ribeiro
Direção de fotografia: Camila Oliveira
Imagens adicionais: Marcia Regina
Edição e montagem: Marcia Regina
Áudio palestra: José Trigueirinho Netto, Data de Gravação: 11/12/2014
Participação especial: Lorenzo Manuel
Trilha sonora: Ben Ive – Flume, Quinteto da Paraíba – Baque de Luanda, Caçador de mim – Milton Nascimento
Produção audiovisual: Baleia Filmes e Luz da Nuvem
Coprodução: Festival Dança em Trânsito
DURAÇÃO: 4 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

Baque – ANDAIME CIA DE TEATRO
Sob a imensidão do céu, agora o futuro sempre presente às nossas costas, ontem, e o passado mais do que nunca, amanhã.
O GRUPO – Criada em 2007, na Universidade de Brasília, a Andaime Cia de Teatro atua em diversas esferas da linguagem teatral: Performance, Produção Cultural, Teatro Empresarial e Institucional bem como na formação de artistas e público em geral. Nos últimos anos, tem se aventurado na pesquisa do hibridismo de linguagem entre teatro e audiovisual. A trajetória da Cia é estruturada sobre as possibilidades inovadoras de ocupações de espaços com teatralidades contemporâneas, traçando um caminho que começa na sala de teatro convencional, passa pelas ruas e parques e desemboca em ocupações cênicas de espaços não convencionais.
Roteiro e Direção: Joy Ballard, Kamala Ramers, Larissa Mauro, Marília Carvalho e Tatiana Bittar
Performers: Kamala Ramers, Larissa Mauro, Marília Carvalho e Tatiana Bittar
Direção de fotografia e edição de imagem e som: Joy Ballard
Trilha Sonora Original: Marília Carvalho
DURAÇÃO: 3 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

MP3 – A Missão – GRUPO TRIPÉ
Imagine um mundo onde a música foi banida e o único sistema de som se encontra nas mãos de um ditador…
O GRUPO – Criado em 2012 da união de jovens artistas em busca de um teatro independente e autoral. Possui em seu repertório as peças “Entre Quartos”, “O Novo Espetáculo (Tudo Está à Venda)” e “todo mundo perde alguma coisa aos oito anos”, que se debruçam sobre temas e criações ligados à infância e à juventude.
Texto e Dramaturgia: Similião Aurélio e Grupo Tripé
Adaptação para versão online: Ana Quintas, Gustavo Haeser e João Pedreira
Atuação: Ana Quintas e João Pedreira
Trilha Sonora: Luiz Alberto Pires
DURAÇÃO: 4 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

comofazerabsolutamentenada.mov – GRUPO LIQUIDIFICADOR
Algumas coisas não estão acontecendo conforme nós imaginávamos. Decidimos fazer uma intervenção. Misturamos nossas cabeças virtuais e nos olhamos pela tela-plana. Atritando referências de diferentes trabalhos anteriores do grupo com nossas experiências de videoconferências, encontramos uma possibilidade.
O GRUPO – Coletivo que se constrói há 10 anos trabalhando com a pesquisa de linguagens, formatos e espaços não-convencionais.
Criação: Grupo Liquidificador
Elenco: Ana Quintas, Fernanda Alpino, Larissa Souza e Luisa L’Abbate
Texto: Fernanda Alpino, trecho do espetáculo Jardim das Delícias (2018)
DURAÇÃO: Aprox. 4 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre

Joana – GRUPO EMBARAÇA
Partindo de impulsos que permeiam o julgamento de Joana D’arc, a criação evoca dois olhares da mesma fogueira: de quem viu de perto e de quem é tomada pelo fogo. A profecia está no discurso e o corpo continua intacto. Eu tenho fé. Na casa que vim e da casa que tenho.
O GRUPO – Criado em 2012, na Universidade de Brasília, quando atrizes negras se uniram para levar aos palcos dramaturgias que atravessavam a negritude. As fundadoras, Fernanda Jacob e Tuanny Araujo, atuam, escrevem, dirigem e coordenam todas as fases de criação dos trabalhos. Com processos criativos multifacetados, o grupo mergulha em histórias que por vezes partem de universos pessoais e que constituem memórias coletivas, para propor reflexões, figuras e narrativas constantemente silenciadas e apagadas.
Texto, Direção e Atuação: Fernanda Jacob e Tuanny Araujo
Consultoria cenográfica: Marley Oliveira
DURAÇÃO: 5 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

Drops Telecotidiano – NOVOS CANDANGOS
Um macarrão instantâneo. Jogo de paciência. “Arrumação” de um quarto. Hidratação de cabelos. Comida requentada de micro-ondas. 50 abdominais. Um curta. Um orgasmo. 180 segundos.
O GRUPO – Os Novos Candangos estrearam seu primeiro espetáculo em 2012, “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, que recebeu os prêmios Nelson Brasil Rodrigues: 100 anos do Anjo Pornográfico, Prêmio Myriam Muniz e Prêmio SESC do Teatro Candango como Melhor Espetáculo e Melhor Atriz (Tati Ramos). O espetáculo circulou por várias cidades brasileiras e rendeu o curta documental “Autópsia”, concebido por Rafael Toscano, sobre o processo de criação da montagem. Seguiram-se montagens como “Os Beatniks em ‘A Gaivota'”, “Perdoa-me Por Me Traíres”, “Os Beatniks em ‘PSICOSE'”, “Monstros” e “A Radialista do Fim do Mundo”.
Realização, criação e produção: Novos Candangos
Elenco: André Rodrigues, Diego de León, João Campos, Luana Proença, Mateus Ferrari, Natália Leite, Rafael Toscano, Tati Ramos e Xiquito Maciel
Edição de vídeo: Diego de León e Rafael Toscano
DURAÇÃO: 3 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos
ANARCHY – L’HARMONIE DU DÉSORDRE (ANARQUIA – A HARMONIA DA DESORDEM) – CIE CHUTE LIBRE – FRANÇA
Imagine que tudo desmorona para permitir um novo acordo: relançar a máquina humana tendo a espontaneidade como único credo. A desordem está plantada: o teatro desmoronou, os dançarinos estão no chão, as luzes cintilam, tudo se desvaneceu nas ruínas da música… Resta o corpo que procura uma forma diferente de se mover, experimentando suportes e pontos de equilíbrio. Os dançarinos ocuparão o espaço de forma livre, instintiva. Nesse ir e vir febril, eles vão aspirar por novos códigos humanos: colocar-se a questão da liberdade absoluta e do equilíbrio social. Como conviver sem dominar/tolerar outros gêneros?
CIE CHUTE LIBRE – Criada em 2005, com um título que alude à definição física de “estudo ideal do movimento de um corpo sujeito apenas ao seu próprio peso”, faz uma alegoria à dança hip hop. Os coreógrafos Annabelle Loiseau e Pierre Bolo desenvolveram uma abordagem artística situada entre a abstração e a narração. O trabalho é focado na interpretação da dança, a partir de um vocabulário coreográfico do hip hop.
Direção e coreografia: Annabelle Loiseau e Pierre Bolo
Intérpretes: Salem Mouhajir, Ainda Boudriga, Gabriel Um Tegue, Clémentine Nirennold, Kevin Ferré, Elsa Morineau, Patrick Flégeo, Andrège Bidiamambu, Floriane Leblanc, Annabelle Loiseau, Pierre Bolo
Iluminação: Véronique Hemberger
Operação de luz: Jérémy Pichereau
Cenografia e maquinaria: Frédéric Plou
Criação musical e arranjos: Pierre Bolo
Figurinos: Annabelle Loiseau
Fotos: Stéphane Tasse, Etienne Bolo, Adrien Selbert, Jean François Quais
Produção: Tiffen Ezanno, Marine Rioult, Aurélia Tonati
DURAÇÃO: 57:30
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
GRÃO JETÉ – BEBELUME
LANÇAMENTO NO CENA
Em parceria com o Movimento Internacional de Dança (MID) e o Festival VIVADANÇA (BA)
Grão Jeté é uma série de 8 episódios de vídeo-dança, especialmente concebidos para a primeira infância, com um mergulho na poesia corporal, provocada por sonoridades e movimentos. Com trilha sonora original, são abordados temas como identidade corporal, o mundo das cores, os animais, maternidade, comida, jogos lúdicos, dentre outros, contando com a presença de diferentes bailarinos brasileiros. A proposta é capturar os bebês de 0 a 5 anos, a partir daquilo que eles estão aprendendo a dominar – o corpo –, assim como surpreender o público adulto com experiência estética inovadora. Os vídeos apresentam dança balinesa, contemporânea, flamenca, acrobacias e muitas outras linguagens corporais.
BEBELUME – O canal online BebeLume é o único no Youtube dedicado à produção audiovisual poética para a primeira infância. Criado pela atriz brasiliense Clarice Cardell, a partir de sua experiência à frente da companhia hispano-brasileira La Casa Incierta, pioneira no campo das artes cênicas para a primeira infância (0 a 5 anos), que ela criou ao lado do diretor espanhol Carlos Laredo, e com a qual já se apresentou em diversos países como França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Martinica, Portugal, Israel, Finlândia e em diversas cidades do Brasil. Clarice Cardell também coordena o GT Cultura na Rede Nacional pela Primeira Infância e colaborou na coordenação do I Encontro Cultura e Primeira Infância, realizado em 2015 em parceria com o Ministério da Cultura. Em 2017, recebeu em Washington, o prêmio internacional ALAS BID (Banco Interamericano Mundial), concedido como iniciativa inovadora para a primeira infância.
Roteiro e direção: Clarice Cardell
Direção de fotografia: Marcelo Barbosa
Intérpretes: Tiana Oliveira, Fernanda Cabral, Edson Beserra, Elisa Carneiro, Ulysses X, Cirila Targuetta, Maira Moraes, Daniel Lacourt, Julia Henning
Assistência de câmera: Juliana Caribe
Trilha original: Lupa Marque e Jota Dale
Coordenação coreográfica: Tiana Oliveira
Consultoria coreográfica: Hugo Rodas
Assistência de produção: Lemar Rezende, Herbert Lins
Iluminação: James Festenseifer
Montagem: Eduardo Garcez
Produção: Leonardo Hernandes
DURAÇÃO: 30 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 0 a 5 anos
AO VIVO
HIBRIDITY (HIBRIDISMO) – COCOONDANCE – ALEMANHA
Em parceria com o Movimento Internacional de Dança (MID) e o Festival VIVADANÇA (BA) e Goethe Institut
Em suas últimas peças o CocoonDance embarcou na busca pelo corpo “impensado”. O resultado é mais do que apenas obras de dança originais: são experiências corporais, externas e de auto percepção, que oferecem ao espectador um novo olhar sobre o corpo e o movimento. Corpos que se transformam em algo novo, alheio, e movimentos que movem não só os corpos dos bailarinos, mas também os do público. A obra reúne duas culturas de movimento muito diferentes e seus conceitos corporais associados – de um lado o Muay Thai (também chamado de box tailandês), que é praticado na Tailândia há centenas de anos, e de outro, o balé romântico.
COCOONDANCE – Fundada em 2000 pela coreógrafa suíça Rafaële Giovanola e pelo dramaturgo Rainald Endraß. Giovanola atuou como solista em Turim, antes de se transferir para o Balé de Frankfurt. Desde a fundação, a companhia produz e se apresenta no independente Theatre im Ballsaal de Bonn, onde, a partir de 2004, é responsável pela curadoria e financiamento do teatro. Cocoondance trabalha sobre a improvisação, com forte carga dramatúrgica. Já se apresentou pelos 5 continentes e recebeu diversos prêmios.
Intérpretes: Fa-Hsuan Chen, Martina De Dominicis, Álvaro Esteban, Tanja Marin Friðjónsdóttir/ Susanne Schneider, Anna Harms, Frédéric Voeffray
Coreografia: Rafaële Giovanola
Composição: Jörg Ritzenhoff, Franco Mento
Iluminação: Boris Kahnert, Peter Behle
Figurinos: Mathilde Grebot
Coaching Ballett: Isabelle Fokine
Coaching Muay Thai: Priest West
Visão exterior: Susanne Schneider/ Tanja Marin Friðjónsdóttir, Leonardo Rodrigues
Dramaturgia: Rainald Endraß
Direção de produção: Daniela Ebert, Neele Renzland
Administração: Mechtild Tellmann, GROUNDWORKERS
DURAÇÃO: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
ESPETÁCULO TRANSMITIDO DIRETO DE BONN, ALEMANHA.
AO VIVO
CLÃ_DESTIN@: UMA VIAGEM CÊNICO-CIBERNÉTICA – CLOWNS DE SHAKESPEARE – NATAL/RN
Espetáculo encenado virtualmente, sem dramaturgia linear. O diretor artístico Fernando Yamamoto descreve o projeto não como uma peça, mas como uma viagem. O Clã_destin@ passa por reflexões sobre a América Latina, aborda o teatro e o momento atual de pandemia. O mistério sobre a trama é proposital. A interação com o público é grande. São apenas seis espectadores por sessão e as apresentações são feitas ao vivo, em dois horários diários.
CLOWNS DE SHAKESPEARE – Criado em 1993 em Natal, Rio Grande do Norte, o grupo desenvolve uma investigação com foco na construção da presença cênica do ator, na musicalidade da cena e do corpo, teatro popular e comédia, sempre sob uma perspectiva colaborativa. Mesmo sem trabalhar diretamente com palhaço, a técnica do clown está presente na sua estética, seja na lógica subvertida do mundo, seja na relação direta e verdadeira com a platéia, seja no lirismo que compõe o universo desses seres. O grupo já se apresentou por cerca de 80 de cidades brasileiras, dentre elas, 24 capitais e o Distrito Federal, e percorreu mais de 30 cidades do interior do Rio Grande do Norte. Seus espetáculos foram levados para Portugal, Espanha, Chile, Equador, Uruguai e foram premiados diversas vezes com prêmios SHELL, APCA, dentre outros.
Elenco: Ana Julia Marko, Camille Carvalho, Diogo Spinelli, Dudu Galvão, Nicoli Dichoff, Paula Queiroz e Renata Kaiser.
Direção e dramaturgia: Fernando Yamamoto
Assistência de direção: Diog
DURAÇÃO: 60 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
ESPETÁCULO PARA ATÉ 6 ESPECTADORES POR SESSÃO.
PAPIAMENTO – PROJETO ATLÂNTICOS – FELIPE OLÁDÉLÈ E ANTÓNIO TAVARES – RIO DE JANEIRO/CABO VERDE
O Projeto Atlânticos é uma série de trabalhos performáticos que investiga o corpo como território existencial, produzido a partir de estruturas históricas, bioquímicas e memórias ancestrais, além de invenções contemporâneas. PAPIAMENTO é um dos desdobramentos do Projeto Atlânticos. Trata-se de um filme-ìpàdé (fundamento da religião do Candomblé direcionado para saudar os ancestrais) que parte da produção de “imagens-ẹbọ” (imagens como oferendas). Um papiamento entre dois corpos. Sobre o tempo de entendimento. Como nos conectar utilizando as tecnologias de nossa ancestralidade através do som da dança e do corpo. Como inspiração, as palavras do filósofo, teórico político, historiador e professor camaronês Achille Mbembe: “Para constituir o mundo que nos é comum, será preciso restituir àqueles e àquelas que foram submetidos a processos de abstração e de coisificação na história a parte de humanidade que lhes foi roubada”.
FELIPE OLÁDÉLÈ – Ator e dançarino, em 2019 esteve em Cabo Verde, para residência artística voltada para pesquisar danças populares cabo-verdianas. Fundou a Companhia Negra de Teatro em 2015 em Belo Horizonte, com a qual circula com o espetáculo “Chão de pequenos”. Pela cia criou a performance “Invisibilidade social”. Desde 2017 atua também no espetáculo “PRETO” da companhia brasileira de teatro, com direção de Marcio Abreu. No cinema atuou em filmes como “Apto420” (Dellani Lima), Velhoeste, Thiago Taves Sobreiro e “Coiote” (Sérgio Borges). Dirige e atua no curta “Wanderlust”, assinado pela Companhia Negra de Teatro.
ANTÓNIO TAVARES – Bailarino dos Mindel’s Stars e fundador dos grupos Compasso Pilon e Crêstcheu. Bolseiro do Atelier Mar em Portugal, estudou na Escola de Artes e Ofícios do Espectáculo/Chapitô; na Escola Superior de Dança de Lisboa e Curso de Coreografia na Fundação Calouste Gulbenkian. Fundador da Associação de Artistas Africanos Portugal/Tchon di Nôs. Regressa em 2001 a Cabo Verde e funda a Associação Fou-Naná Projectos/Centro de Pesquisa Cultural. É diretor artístico do Centro Cultura do Mindelo e professor na Uni-CV.
Concepção de Felipe Oládélè em diálogo com a obra “Kmêdeus” de António Tavares
Direção: Felipe Oládélè
Roteiro: Martha Kiss Perrone e Felipe Oládélè
Performers: António Tavares e Felipe Oládélè
Trilha sonora original: Felipe Storino
DURAÇÃO: 13 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
AQUILO QUE NÃO PODEM DEMOLIR ENQUANTO EU PUDER FALAR – TEATRO DO CONCRETO E DIAZUL DE CINEMA – DF

ESTRÉIA NO CENA
A memória é o dispositivo central nessa criação que emerge do encontro entre um encenador, uma dramaturga e um cineasta. Em cena, um jogo composicional entre o cinema e a o teatro, para trazer à tona a cidade e suas metamorfoses e afetos. Uma oficina mecânica que também era teatro e a casa de José Perdiz. Paredes impregnadas de 26 anos de teatro na capital do Brasil. A disputa imobiliária que transforma a cidade em produto. Um teatro é destruído, as memórias não. Agora, ainda mais que ontem, lembrar é um trabalho importante, um ato de reconstrução das ruinas. Três atrizes e um convite: acordar as lembranças. Por onde navega o olhar feminino daquele espaço? Um outro edifício se constrói. Recordar é também tornar a passar pelo coração. Enquanto elas acordam as memórias estão reconstruindo, refazendo, re-existindo.
TEATRO DO CONCRETO – Criado em Brasília, em 2003, profundamente identificado com a cidade e caracterizado pela ideia de diversidade, com intérpretes de várias cidades do Distrito Federal. Desenvolve trabalhos de pesquisa e criação teatral, que o consolidaram no cenário nacional. Ao longo de sua trajetória, produziu oito espetáculos, três publicações e projetos de interação com a comunidade. No trabalho criado especialmente para o CENA 2020, além de Micheli Santini (que integra a companhia), estão as atrizes Adriana Nunes (uma das fundadoras da Cia de Comédia Os Melhores do Mundo, com larga trajetória na televisão e no cinema) e Lucinaide Pinheiro (que além de atriz atua como arte-educadora e gestora de políticas públicas).
FRANCIS WILKER – Diretor teatral, pesquisador, curador e, desde 2017, professor efetivo do curso de licenciatura em Teatro do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará. É um dos fundadores do Teatro do Concreto, com o qual encenou, entre outros, Diário do Maldito (2006), Ruas Abertas (2008), Entrepartidas (2010), Festa de Inauguração (2019). É autor do livro Encenação no Espaço Urbano (Editora Horizonte, 2018).
Criação: Francis Wilker, Ligia Souza e Marcelo Díaz
Atrizes: Adriana Nunes, Lucinaide Pinheiro e Micheli Santini
Textos: Ligia Souza
Diretor Audiovisual: Marcelo Díaz
Edição: Sergio Azevedo
Direção de fotografia e câmera: Dani Azul
Câmera adicional: Marcelo Díaz e Joy Ballard
Técnico de som: Hudson Vasconcelos
Violoncelo e arranjo: Mar Nóbrega
Assistente de produção: Raquel Fonseca
Idealização e direção geral: Francis Wilker
Coprodução: Teatro do Concreto e Diazul de Cinema
Apoio: Baco Pizzaria | Júnior Radiadores | Valdir Pina | Djair Diniz
DURAÇÃO: 30 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
CAGE SHUFFLE: A DIGITAL DUET (CAGE ALEATÓRIO: UM DUETO DIGITAL) – PAUL LAZAR & BEBE MILLER – NY/EUA
EDIÇÃO ESPECIAL PARA O CENA
“Cage Shuffle” é um solo de dança/teatro criado por Paul Lazar, que estreou na American Realness em Nova York em 2017 e continua a fazer turnês nacionais e internacionais. Na era de Covid-19, a peça foi reconcebida como um dueto digital entre dois intérpretes: Paul Lazar e Bebe Miller. Eles apresentam uma série de histórias de um minuto escritas por John Cage – pioneiro da música aleatória e da música eletroacústica e figura chave das vanguardas artísticas do século XX –, ao mesmo tempo em que dançam uma partitura coreográfica complexa criada por Annie-B Parson, diretora da Big Dance Theater, e pelos próprios intérpretes. O humor, a inteligência e a iconoclastia de Cage estão presentes no trabalho, apontado como uma obra-prima por artistas como David Byrne, que já disse: “Cage Shuffle é uma das minhas peças favoritas de todos os tempos. Bonito, profundo e hilário – como todas as coisas deveriam ser”.
PAUL LAZAR – Membro fundador e codiretor artístico do Big Dance Theater, junto com Annie-B Parson. Lazar trabalhou também com outros grupos, como o célebre The Wooster Group, em vários espetáculos, tendo conquistado prêmios de prestígio como dois Bessies (o New York Dance and Performance Awards) e Jacob’s Pillow Dance Award. É conhecido ainda por sua atuação em mais de 30 filmes de grande sucesso, como “O Silêncio dos Inocentes”, “Expresso do Amanhã”, “Philadelphia” e “O Hospedeiro”. Atualmente, leciona na New York University.
BEBE MILLER – Um dos grandes nomes da dança nos Estados Unidos, é dançarina, coreógrafa e diretora, detentora de diversos prêmios, como quatro Bessie Awards de Dança e Performance de Nova York. Foi Distinguished Professor de dança na Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Ohio, entre 2000 e 2016, e recebeu o título Honoris Causa em Humane Letters em 2009. Formou a Bebe Miller Company em 1985 e desde então já criou mais de 50 espetáculos em cerca de 400 apresentações pelo mundo.
JOHN CAGE – Músico, compositor, artista plástico, poeta e filósofo, desenvolveu um trabalho que não se encaixa nas definições artísticas tradicionais. Em finais da década de 1940, criou seu “teatro de meios-mistos”, que acabou desembocando numa grande variedade de experimentos performáticos nas duas décadas seguintes. São trabalhos que incluem ações, artefatos, imagens, movimentos que acolhem a indeterminância (o acaso) como parte importante da composição. Inspirado no zen-budismo, propõe uma arte participativa, que propicie a interação entre autor, intérprete e público.
Texto: John Cage
Concebido e dirigido por Paul Lazar
Intérpretes: Bebe Miller e Paul Lazar
Coreografia: Annie-B Parson, Bebe Miller e Paul Lazar
Video Design: Eamonn Farrell
Iluminação: Sonia Baidya
Som: Stephen Trefnoff
Figurinos: Eamonn Farrell, Bebe Miller e Annie-B Parson
Direção de Palco: Ilana Khanin
Direção de produção: Andrew Hensler e John Smith
Produção: Sara Pereira da Silva
Representação e Produção de turnê: ArKtype / Thomas O. Kriegsmann
Comissariado pelo Centro de Artes Wexner, em Columbus, Ohio.
DURAÇÃO: 30 MIN
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
AO VIVO
JUNTOSESEPARADOS 5 – ANTI STATUS QUO COMPANHIA DE DANÇA – DF
Performance em videoconferência artesanal tecnológica. Em uma espécie de jogo de interação, nove pessoas, mediadas pelas telas dos seus computadores pessoais, descobrem uma linguagem doméstica, íntima, precária e lúdica que reflete os paradoxos da situação em que vivemos. Os bailarinos performam ao vivo a partir da interação virtual das múltiplas telas do ambiente de videoconferência, lançando mão de todos os recursos possíveis e disponíveis em suas casas e no aplicativo de reuniões virtuais. Concebido no contexto da pandemia, e em sua quinta versão inédita, o trabalho concebe a dramaturgia como uma crônica do momento. É atualizado com a velocidade dos acontecimentos e tem como ponto de partida o corpo em busca por uma nova subjetividade que dê conta do agora.
ANTI STATUS QUO COMPANHIA DE DANÇA – Criada em 1988, pela coreógrafa e diretora Luciana Lara. Tem construído uma trajetória que mescla experimentações do corpo e da dança contemporânea em diálogo com as artes visuais e pesquisas de novos suportes para a dança.
Direção e concepção: Luciana Lara
Bailarinos: Déborah Alessandra, Jaqueline Silva, Leandro Menezes, Leonardo Rodrigues, Luciana Lara, Márcia Regina, Mônica Bernardes, Raoni Carricondo e Rebeca Damian.
Pesquisa em conjunto com o Núcleo de Formação ASQ: João Lima, Maria Ramalho, Marcela Brasil, PA, Renata Studart e Mônica Bernardes.
Trilha sonora originalmente criada para o espetáculo Cidade em Plano (2016): Valéria Lehmann
DURAÇÃO: 35 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
PARASITE (PARASITA) – CIE KILAÏ – FRANÇA
Cinco mulheres, cinco dançarinas de hip hip se reúnem para tratar das diferenças. O que acontece a um relacionamento, quanto se tem que lidar com egos, modéstias, sensibilidades, desejos descontrolados, esses parasitas todos que interferem no encontro entre as pessoas? Obra contemplada com o Prix Beaumarchais SACD/CCN de Créteil et du Val de Marne.
CIE KILAÏ – Criada em 2015 por Sandrine Lescourant, bailarina iniciada nas danças clássicas e modernas, dança africana e dança contemporânea, e posteriormente dedicada, como autodidata, ao hip hop. Conhecida como “Mufasa”, Sandrine Lescourant desenvolve uma técnica híbrida em dança e teatro físico. Como performer, trabalha com vários coreógrafos e diretores consagrados, ao mesmo tempo em que desenvolve uma carreira na cena underground. Oferece workshops de improvisação na França e no exterior.
Coreografia: Sandrine Lescourant
Intérpretes: Marie Marcon, Johanna Faye, Sandrine Lescourant, Julia Flot, Cintia Golitin
Criação musical: Abraham Diallo
Visão exterior: Clémentine Célarié
Iluminação: Tom Klefstael
Figurinos: JB Matondo
DURAÇÃO: 51 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
COMEÇA A FICAR TARDE – IDIO CHICHAVA – MOÇAMBIQUE
“O lixo é o produto final da ação do consumo”. Filmado na Lixeira de Malhampsene, o maior lixão de Maputo, a obra quer chamar a atenção para a produção desenfreada de resíduos sólidos, poluição e aquecimento global, através da dança e do vídeo, onde o corpo e a lente se entrelaçam e desenvolvem uma relação de cumplicidade.
IDIO CHICHAVA – Diretor artístico da Cia Converge+, onde desenvolve projetos de colaboração artística multidisplinar e criativa, sempre com a intenção de dar espaço e fala para todos. Divide-se entre Moçambique e a França, onde interpreta e faz assistência coreográfica das peças da companhia Kubilai Khan Investigations desde 2005. Ministra aulas e oficinas de dança na França e em outros países. É um dos produtores do Festival Raiz, de música tradicional de Moçambique.
Realização: Ivan Barros
Intérpretes: Idio Chichava, Paulo Inácio, Martins Turanji, May Juli Machado, Vasco Sitoe, Edna Jaime
Direção, câmera e edição: Ivan Barros
Texto: Jorge Barata
Grafismo: Francisco Vinagre
Carpintaria: Félix Paqueia
Produção: Margarida Bondo, Idio Chichava, Ivan Barros, Francisco Vinagre, Isaias Uamba
Agradecimento especial: Município da Matola e Catadores da Lixeira de Malhampsene
DURAÇÃO: 14:05
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
ÚLTIMO BERRO – CORPO EM ESTADO DE EMERGÊNCIA – IDIO CHICHAVA – MOÇAMBIQUE
EDIÇÃO ESPECIAL PARA O CENA
Performance de vídeo-dança, com o olhar do videasta Ivan Barros, que situa o corpo do bailarino Idio Chichava em diferentes arquiteturas da cidade de Maputo e em sua periferia. Um ensaio sobre o que constitui a reinvenção do corpo em estado de emergência, tendo como pontos de partida as situações de crise atuais, desde Cabo Delgado (que vem sendo alvo de violentos ataques de grupos terroristas inspirados no Exército Islâmico) até Covid-19.
IDIO CHICHAVA – Diretor artístico da Cia Converge+, onde desenvolve projetos de colaboração artística multidisplinar e criativa, sempre com a intenção de dar espaço e fala para todos. Divide-se entre Moçambique e a França, onde interpreta e faz assistência coreográfica das peças da companhia Kubilai Khan Investigations desde 2005. Ministra aulas e oficinas de dança na França e em outros países. É um dos produtores do Festival Raiz, de música tradicional de Moçambique.
IVAN BARROS – Videasta e produtor moçambicano recentemente premiado com o Prémio Novos Autores Moçambique, no Kugoma 2020, maior e mais antigo festival de cinema moçambicano.
Realização: Ivan Barros
Interpretação: Idio Chichava
Texto: Filimone Manuel Meigos
Trilha sonora: Lenna Bahule
DURAÇÃO: 28:52
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
POEMA/CONFINADO – ATA – AGRUPAÇÃO TEATRAL AMACACA – HUGO RODAS – DF

ESTRÉIA NO CENA
Trabalho criado a partir de laboratórios visando a elaboração de propostas de teatro virtual. Narrativas cênicas, visuais e sonoras que utilizam a câmera do celular para a captação de imagens e misturam teatro e audiovisual. Na composição, as próprias moradias dos atores são parte da narrativa, assim como objetos, escritos, imagens, músicas, num processo que ressignifica a própria noção de isolamento social.
ATA – Criada em 2009, com a proposta de descobrir/explorar formas de dramaturgia por meio de experiências vocais, musculares, gestuais, estudo de instrumentos musicais e ritmos. Sempre com a direção de Hugo Rodas, a companhia encenou “Ensaio Geral”, “Punaré & Baraúna”, “Os Saltimbancos” e “O Rinoceronte”.
HUGO RODAS – Ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro, é um dos artistas contemporâneos mais talentosos e importantes. Nasceu no Uruguai e radicou-se em Brasília em 1975. Sua trajetória sempre esteve ligada aos coletivos e parcerias, como com Antonio Abujamra, José Celso Martinez Correa e Denise Stoklos. Recebeu diversos prêmios por suas criações, com destaque para o Prêmio do Serviço Nacional do Teatro (1977) de melhor espetáculo infantil para o antológico “Os Saltimbancos” e o Prêmio Shell (1997) pela Direção do espetáculo “Dorotéia”, ao lado de Adriano e Fernando Guimarães.
Direção: Hugo Rodas
Elenco: Abaetê Queiroz, André Araújo, Camila Guerra, Dani Neri, IanoFazio, Juliana Drummond, Márcia Duarte, Pedro Tupã, Rodrigo Lélis e Rosanna Viegas
Produção Executiva: Luciana Lobato
Assistente Técnico: Caetano Maia
Programação Visual: Patrícia Meschick
Patrocínio: Fundo de Apoio à Cultura – FAC / Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF-SECEC
DURAÇÃO: 45 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
PROCESSO JULIUS CAESAR – CIA DOS ATORES – RJ

ESTRÉIA NO CENA
O eterno conflito entre liberdade e autoridade, entre o bem público e as ambições pessoais recebe de William Shakespeare um tratamento que posiciona esta obra entre os seus melhores textos. O autor utiliza a conspiração e a morte do imperador por seus pares para discutir as várias correntes de pensamento sobre este “bárbaro ato”, sem jamais cair numa definição arbitrária ou tendenciosa. Sob a autoria de Gustavo Gasparani, um dos fundadores da Cia dos Atores, um outro plano na dramaturgia colocará o público ora como espectador da peça ora como cidadão de Roma, parte integrante deste embate de ideias. A situação será exposta, os argumentos apresentados no fervor de seus porta-vozes e caberá à plateia tirar as suas conclusões. Todo o processo de ensaios está sendo registrado e o CENA CONTEMPORÂNEA exibirá uma versão online do trabalho em primeira mão.
CIA DOS ATORES – Um dos grupos mais expressivos da cena teatral brasileira, tem mais de 30 anos de atividade, sempre investigando a cena e influenciando gerações. Já alcançou reconhecimento de público e crítica, recebendo os mais importantes prêmios de teatro do país – Shell SP, SHELL RJ, APCA, Molière, APTR, CESGRANRIO, MAMBEMBE SP, MAMBEMBE RJ, SHARP, além do prêmio da crítica francesa como melhor espetáculo estrangeiro, com “Ensaio.HAMLET”, em 2006. A companhia já se apresentou em grande parte do país e em festivais e turnês pela Europa (França, Espanha, Portugal, Bélgica, Alemanha, Rússia e Bulgária), Américas do Sul e Norte (Argentina, Chile, Colômbia e EUA).
RAFAEL GOMES – Diretor e roteirista de curtas premiados – como o fenômeno da internet “Tapa na Pantera”, com Maria Alice Vergueiro – e longas-metragens como “45 Dias sem Você”, “Música para Cortar os Pulsos” (adaptação de espetáculo teatral homônimo que ele dirigiu e foi premiado pela APCA) e “Meu Álbum de Amores”, com trilha sonora de Arnaldo Antunes. Tem longa carreira na televisão, tendo assinado projetos como a série “Tudo que é sólido pode derreter”, da TV Cultura, e “3 Teresas” e “Vizinhos”, para o canal GNT.
Texto Original: William Shakespeare
Adaptação: Gustavo Gasparani
Direção Geral: Rafael Gomes
Elenco: Cesar Augusto, Gustavo Gasparani, Marcelo Olinto e Susana Ribeiro
Cenografia: Beli Araujo e Cesar Augusto
Iluminação: Wagner Antônio
Corpo e Assistência de Direção: Fabrício Licursi
Edição Imagem: Carol Godinho
Tecnologia multimídia: Thiago Sacramento
Direção de cena: Wallace Lima
Produção Executiva: Celso Lemos
Realização: Cia Dos Atores
DURAÇÃO: 25 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
ESTUDO#1 PARA DÍPTICO: UÉ, EU ECOA OCÊ’ U É EU? – CELSO SIM E CIBELE FORJAZ – SP
CRIADO ESPECIALMENTE PARA O CENA
Performance audiovisual criada especialmente para os 25 anos do Festival Cena Contemporânea, por Celso Sim, Cibele Forjaz e a cineartvista Manoela Rabinovitch. Parte das palavras de Ailton Krenak: “estamos dançando e cantando para levantar os nossos céus, rumo às grandes transformações necessárias para garantir que haja vida humana e extra-humana no planeta Terra no século XXI e futuros”. O trabalho homenageia os indígenas mortos pela Covid-19.
CIBELE FORJAZ – Diretora, iluminadora, docente e pesquisadora, é orientadora de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas na ECA/USP. Em 30 anos de teatro, teve mestres como Antunes Filho e José Celso Martinez Correa e participou de coletivos como A Barca de Dionísos e Teatro Oficina Uzyna Uzona. Integra os grupos Cia Livre de Teatro e mundana companhia. Ganhou vários prêmios, entre eles, APCA 1989, Mambembe 1996, APCA 1998, Qualidade Brasil 2002, APCA e Shell 2004, Shell 2007 e APCA 2010.
CELSO SIM – Cantor, compositor, produtor musical e ator, estudou com Jorge Mautner com quem trabalhou entre 1990 e 2000. Recebeu o Prêmio Shell, junto com José Miguel Wisnik e Tom Zé, pela trilha sonora do espetáculo “O Sertões: A Terra”, encenado pelo Teatro Oficina. Foi produtor musical do disco “A mulher do fim do mundo”, de Elza Soares, vencedor do Grammy Latino 2016. Vive em Lisboa desde 2018.
Performance e criação: Celso Sim e Cibele Forjaz
Cineartvista especialmente convidada: Manoela Rabinovitch
DURAÇÃO: 15 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos

OFICINAS

OFICINA A CLÍNICA DA OBSESSÃO – MATÍAS UMPIERREZ – ARGENTINA
Um laboratório, um espaço de reflexão que indaga sobre a tenaz persistência que obsessiona e gera a pulsão criativa de um artista. Os encontros se constroem a partir da análise, debate e discussão do perfil e da obra dos participantes, partindo de suas buscas, circunstâncias e problemáticas emergentes. Os artistas refletem sobre o corpo de sua obra e a passagem para outros dispositivos. O trabalho de Matías Umpierrez indaga sobre a relação entre o espectador e a ficção. Seus projetos se situam na fronteira entre as artes performáticas, visuais e projetos curatoriais, gerando uma dialética entre memória-esquecimento-cenário-discurso-cena-território.
MATÍAS UMPIERREZ – ator e artista multidisciplinar, que desafia e rompe fronteiras entre as linguagens, apresentando espetáculos teatrais e audiovisuais. Foi reconhecido pela empresa BGH como um dos 100 artistas argentinos mais inovadores dos últimos 100 anos. Durante os anos de 2016 e 2017, foi escolhido pela Rolex para o projeto Mentor & Protégé Art Initiative, um programa bianual, que escolhe um artista por disciplina no mundo. Umpierrez teve como mentor o grande encenador canadense Robert Lepage.
OFICINA UPLOADING THE RHYTHM – IDIO CHICHAVA – MOÇAMBIQUE
A oficina explora a consciência do espaço, a presença e a fisicalidade e trabalha a imaginação até o limite, mantendo contato com influências de danças tradicionais moçambicanas. Oficina focada nas possibilidades físicas do corpo. Exige resistência para trabalhar os apoios e a comunicação entre os níveis (chão, meio e salto) e a relação do corpo com o espaço. Centrada em exercícios de improvisação, composição espontânea e performance.
IDIO CHICHAVA – Diretor artístico da Cia Converge+, onde desenvolve projetos de colaboração artística multidisplinar e criativa, sempre com a intenção de dar espaço e fala para todos. Divide-se entre Moçambique e a França, onde interpreta e faz assistência coreográfica das peças da companhia Kubilai Khan Investigations desde 2005. Ministra aulas e oficinas de dança na França e em outros países. É um dos produtores do Festival Raiz, de música tradicional de Moçambique.

21º CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA – MÓDULO ONLINE

1º a 11 de dezembro de 2020
No www.cenacontemporanea.com.br e canal do YouTube do Cena
Horários e classificação indicativa: ver programação
Coordenação geral: Michele Milani
Direção artística: Carmem Moretzsohn
Coordenação de produção: Clara Nugoli
Coordenação atividades paralelas: Mariana Soares
Curadoria: Carmem Moretzsohn e Mariana Soares
Apresentação de vídeos: Ada Luana e Ellen Oléria
Direção de Vídeo: Ronaldo Duque
Programação visual: JJBZ

________________________________________________________________
Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112
Amanda Guedes: (61) 98429-0007
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Redes sociais: Luiza Souza e João Correia

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